Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Maria Antônia, uma rua em guerra

[do release da editora]

Maria Antônia, a história de uma guerra resgata parte do movimento estudantil do Brasil perdido no tempo, contado tão somente através das informações dadas pelos jornais da época. Quarenta e cinco anos depois da histórica briga entre estudantes da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie, o repórter e escritor Gilberto Amendola reconstrói cenas daquele episódio por meio de entrevistas com seus principais personagens, como o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, e outros tantos estudantes que hoje podem ser facilmente reconhecidos no cenário nacional. Dirceu era um dos líderes do movimento estudantil no fim dos anos de 1960, mais precisamente em 1968, quando conduziu centenas de estudantes da USP numa passeata pelo Centro de São Paulo.

Amendola descreve personagens, dá voz aos dois lados da Rua Maria Antônia, que abrigava em uma de suas calçadas os estudantes de esquerda da Filosofia, vanguarda de quase tudo o que aconteceu no movimento estudantil daqueles idos; e do outro lado, os direitistas do Mack (nem todos é verdade, mas boa parte de seus estudantes). O Mackenzie era o QG dos membros do CCC, o temido Comando de Caça aos Comunistas. Alguns estudantes se infiltravam em grupos de esquerda para dedurar colegas ‘vermelhos’. Foram três dias de confusão na Maria Antônia naquele outubro. Um estudante secundarista morreu. Houve protestos na cidade. Quebra-quebra. Ação da Polícia. Enterro escondido do estudante morto. As bebedeiras de uma turma que ajudou a mudar o País. Amendola, com seu texto rico em detalhes, rápido, saboroso, prende o leitor e o leva para fins de 1968. Para a guerra da Maria Antônia.

Maria Antônia, a história de uma guerra é a primeira publicação de Letras do Brasil. 

Sobre o autor

Gilberto Amendola é jornalista com experiência em rádio (Jovem Pan), TV (ESPN Brasil), jornal (Jornal da Tarde), revista (Ver Vídeo, Shopping Music) e internet (Eritmo e AOL). Como dramaturgo, escreveu peças para empresas entre 1996 e 1998, e estreou em circuito comercial com a peça “Asdrúbal C – O Viajandão”, em 1998. Vieram depois as comédias “Antibióticos”, “Espeto de Coração” e “Sex Shop Café”, montadas pela Cia. Encena. É autor de Assassinatos Sem a Menor Importância, da Coleção Repórter Especial; e de Meninos Grávidos – o drama de ser pai adolescente, também da Coleção Repórter Especial.