Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

A web é inocente

O mudo está cada vez mais globalizado, as pessoas buscam facilidades, pois já não há tempo para interagir com tantas mudanças. A internet nos permite velocidade, alcance, versatilidade e diversas outras vantagens. Portanto, não a vejo como uma assassina, e concordo com Castilho, quando diz:

‘Quanto maior for seu envolvimento na produção e circulação de notícias mais consistente será o convívio social’.

Maria Chirlane, estudante de Jornalismo, Recife



Quem é quem na web?

A matéria de Carlos Castilho tem grande fundamento, mas é importante acrescentar que, diante da possibilidade que a web oferece a qualquer usuário de fazer ‘noticia’, é preciso ser discutida a questão ética. O que deve ser considerado notícia, o que é especulação? Esse é a meu ver um problema já antigo das mídias, porém com a internet tende a ficar mais absurdo. Visto que qualquer pessoa pode criar informações, jogá-las na rede, fazer cair nomes etc. Duas horas depois, tira a notícia da rede. Quem será responsável pela falsa notícia? Outro fator importante a ser discutido é a falta de espaço no mercado. Com a rede web a tendência é que o profissional de jornalismo perca espaço para os internautas informantes.

Silvânia Barrozo, estudante de Jornalismo, Belo Horizonte



Já mataram o rádio

Quem responde afirmativamente à pergunta (A internet está matando a imprensa?) são aqueles que também afirmariam no passado que o rádio mataria o jornal e que a televisão mataria o rádio. Numa sociedade aberta e pluralista, acho que a resposta deve estar na qualificação da atividade, o que implica, entre outras coisas, que a informação a ser divulgada na imprensa seja mais reflexiva e interpretativa do que meramente informativa.

Creio que a imprensa deveria ser mais uma defensora da melhoria da educação, pois somente eleitores mais qualificados podem ser ‘consumidores’ dessa espécie de informação. Do contrário, essa atividade somente será buscada por uma parcela muito pequena da população.

Julio Cesar Finger, promotor de justiça, Porto Alegre