Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Internautas são acusados de planejar ataques terroristas na Tunísia

Os Repórteres Sem Fronteiras protestaram contra as sentenças de mais de 26 anos de prisão impostas por um tribunal tunisiano em 6/4/04 a oito jovens internautas da cidade de Zarzis, acusados de promover ataques terroristas. As supostas provas encontradas são arquivos baixados da internet. ‘Olhar sítios na internet não pode ser considerado evidência de uma conspiração terrorista’, afirmou a organização. Os oito foram condenados por formação de grupo terrorista, agressão contra indivíduos com intenção de aterrorizar, realização de reuniões não-autorizadas, roubo e tentativa de roubo, e posse de substâncias ilícitas e preparação de material explosivo. Segundo informações dos RSF [14/4/04], os advogados de acusação não conseguiram apresentar provas conclusivas contra os jovens. O caso continha alguns arquivos baixados da internet, com informações sobre o rifle Kalashnikov e explicações de como fazer uma bomba. No momento da prisão, os policiais confiscaram um tubo de cola e alguns CD-ROMs, únicos objetos que poderiam ser relacionados à confecção de explosivos.

Propagandas de remédios contra impotência causam rebuliço

Cialis, novo remédio do laboratório Eli Lilly contra impotência que garante ação por 36 horas, lançou um comercial de TV inédito entre os medicamentos para impotência nos EUA. Enquanto explica o que o remédio faz pelo consumidor, também diz os efeitos colaterais, mesmo raros, que o medicamento pode causar – uma regra publicitária da Food and Drug Administration –, como uma ereção de quatro horas. Esse tipo de anúncio é comum em jornais e revistas, mas o formato descritivo está cada vez mais presente na TV para medicamentos em geral, de redutores de colesterol a antidepressivos. A jogada de marketing provavelmente está na longa ação do Cialis em relação aos concorrentes, Viagra e Levitra. No final das contas, expor os efeitos colaterais não anularia as grandes vantagens. Há, porém, críticos desse tipo de comercial explicativo, transmitido em horário em que muitas crianças estão vendo TV. De sua parte, o Levitra tem um comercial mais explícito e tido como ‘agressivo’ e ‘racista’ por críticos. Uma bela morena diz que a droga aprimora a ereção e o quanto a experiência faz com que seu parceiro tenha vontade de ‘fazer mais’. Informações de Robert Steyer [TheStreet.com, 12/4/04] e Theresa Agovino [AP, 14/4].