Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O público adolescente também é segmentado

A existência de uma enorme geração de jovens apontada por indicadores demográficos animou, há alguns anos, as editoras americanas a lançarem revistas para meninas adolescentes. Como mostra reportagem da Newsweek [19/4/04], seis anos atrás, Teen, YM e Seventeen tinham 6,3 milhões de leitoras. Revistas femininas como People, Cosmopolitan, Elle e Vogue resolveram ir na onda e criaram os subprodutos Teen People, CosmoGirl, Elle Girl e Teen Vogue. Ultimamente, no entanto, seus editores reaprenderam que não há nada mais volúvel que uma garota adolescente. Enquanto YM perdeu mais de um quarto de suas leitoras, Seventeen viu seus anunciantes irem embora – em 2002, teve uma queda de 14% na publicidade. No mesmo ano, a Teen fechou.

O mercado parecia ter ficado superlotado. Mas, ainda assim, alguns títulos conseguiram vencer. CosmoGirl aumentou sua circulação em 18% entre 2002 e 2003, direcionando-se a meninas de 13 a 15 anos de idade. Teen Vogue, por sua vez, vende 325 mil exemplares em banca – apenas 135 mil a menos que o título-mãe –, privilegiando editoriais de moda, em detrimento de testes e este tipo de material comum nas publicações teen. ‘Nunca seremos uma revista para todas as adolescentes’, conforma-se a editora Gina Sanders. A publisher da YM, que passou por reformulação e agora é voltada para moças a partir dos 17 anos, Joan LaBarge, concorda: ‘Não se pode mais falar às jovens como um só grupo’.