Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

O que Van Gogh tem a ver com isso?

[do release da editora]

No caso do livro do professor e comunicólogo Carlos Parente, o pintor holandês não só emprestou nome ao livro (Obrigado, Van Gogh!) como serviu de inspiração para seu conteúdo. Na obra, o autor revela em linguagem saborosa o que costuma dar certo e errado na quase nunca cartesiana comunicação corporativa.

Carlos Parente pensa mais rápido do que quando se expressa verbalmente – e olha que ele fala rápido como poucos. Esse exercício diário parece ter favorecido a linguagem de Obrigado, Van Gogh! Recém-saído da Avon, onde exerceu nos últimos três anos o cargo de diretor de Comunicação, ele faz pausa estratégica para lançar seu primeiro livro.

A proposta desse homem de comunicação e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing e da Aberje chega a ser ousada, já que tira um pouco do ar aristocraticamente polido da comunicação empresarial, em especial dos grandes conglomerados, subdivididos em diretorias, departamentos, gerências…

‘Difícil, é dizer não’

Filho de um professor que ao fim da vida lhe deixou de herança mais de 17 mil livros, e nascido em berço embalado por intelectuais, Parente não teve dificuldade para traduzir em cases bem narrados sua longa trajetória de 18 anos pelo mundo corporativo.

O que surpreende no livro são a vertente para a narrativa bem-humorada do autor, quase no sotaque de sua indisfarçável baianidade, e a simplicidade com que dá soluções ou corrige rumos em diferentes experiências de comunicação.

O autor chega a perguntar onde é mais importante a Comunicação estar, se com RH, Marketing ou Presidência. A resposta é com qualquer desses departamentos, segundo ele, desde que seja onde a Comunicação tiver o poder para transformar. ‘O comunicador precisa ter coragem; difícil, é dizer não’, costuma mencionar.

Rir e chorar

Parente, que também ministra palestras sob medida e treinamentos para grandes empresas, aposta no desenvolvimento da gestão competente por meio das habilidades, do diálogo permanente e do acompanhamento dos processos. ‘A proposta é refletir sobre situações comuns que ocorrem dentro das empresas e trazer para este universo outras experiências vivenciadas’, destaca.

Obrigado, Van Gogh!, a propósito, nasceu das idas e vindas de Parente a Amsterdã e às exposições do pintor, há quatro anos, que o ajudaram a ver o sol (no caso a comunicação objetiva, precisa) mesmo quando não estampado fisicamente na pintura.

Com prefácio de Paulo Nassar, presidente-executivo da Aberje, e comentários do palestrante Mário Sérgio Cortella, do jornalista Heródoto Barbeiro e do publicitário Alberto Dualibi, o livro é uma coletânea de artigos sobre comunicação empresarial que nos oferece, em estilo livre e divertido, motivos para rir e chorar de nossas próprias trajetórias profissionais como comunicadores, empresários, leitores, ou mesmo de nossas vivências como consumidores de notícias, idéias e produtos. São toques sobre situações com as quais nos deparamos no dia-a-dia profissional, e dicas para quem está ingressando no mundo corporativo.

O autor

Carlos Parente atua há mais de 18 anos nas áreas de comunicação, marketing e recursos humanos em empresas brasileiras e multinacionais, nas quais liderou projetos de comunicação corporativa, transformações de cultura em situações de fusão, aquisição e reposicionamento estratégico. Administrador de empresas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e com MBA em Marketing pela Faculdade de Economia e Administração – Universidade de São Paulo (FEA-USP), é professor no curso de pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial). Além disso, possui diversos artigos publicados em revistas especializadas em comunicação e é co-autor do livro Comunicação interna: A força das empresas – vol. 1 (Aberje Editorial).