Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Olho na Revolução Francesa

Também sou carioca e, há 13 anos, vivo na cidade de Montenegro, cerca de 60 km de Porto Alegre. Meus pais e irmãos ainda vivem no Rio e todos os anos vou visitá-los. A cada ano, porém, vejo meus parentes e amigos de maneira diferente. Parece-me que estão parados no tempo. Creio que seja uma impotência para reagir contra este estado de coisas a que deixaram esta minha Cidade Maravilhosa chegar. Não adianta. Quando os empregados vêem os patrões roubarem, espoliarem e não cuidarem da própria empresa eles também não irão cuidar. Ou aparece alguém, líder de fato e de direito, para modificar as coisas ou iremos mais fundo no buraco.

A minha esperança é que a história sempre se repete. E eles estão se esquecendo disso. Provavelmente porque nunca leram sobre a Revolução Francesa. Ou acham que o brasileiro é banana? Cada vez que conheço outra cidade no mundo me convenço de que Deus foi pródigo: treinou em todas as partes do planeta Terra e encerrou Sua construção, colocando todo seu conhecimento, experiência, bom gosto e, sobretudo, boa vontade do povo, naquele pedacinho de terra-mar-ar, chamado Rio de Janeiro. Pena que algumas pessoas, que considero, além de péssimos cariocas, péssimos fluminenses, péssimos brasileiros, foram colocadas para governar esta Cidade Maravilhosa.

Ricardo de Alemar Rodrigues, engenheiro, Montenegro, RS

Onde está o meu Rio de Janeiro? – Gabriel Perissé



CUBA, CASTRO & CHE
Asma e revolução

É de lascar. Wladir Dupont deve ter escolhido o pior trecho do livro de Norberto Fuentes para ilustrar o seu (dele, Fuentes) libelo desmistificador da figura de Che Guevara: a asma, eis o motor secreto da aparente bravura do famoso revolucionário. Diz o autor: ‘Esse afogar-se permanente curte o doente para resistir a qualquer onda de medo e com muita consistência.’ Caro Fuentes, meu avô foi asmático, meu sogro foi asmático, meu filho é asmático. Até agora não registramos nenhum surto revolucionário.

Luiz Paulo Santana, Belo Horizonte



Aulas em Guantánamo

O que a imprensa ignora (?) é que a ilha encontra-se em guerra, sob bloqueio econômico, há mais de 40 anos. O fantasma da invasão? Já esqueceram da Baía dos Porcos? Direitos humanos? Os americanos estão dando aulas dessa matéria em Guantánamo, no Afeganistão e agora no Iraque. Por que não vão verificar? E o México? Ah! Ah…

Milton Sacramento, servidor público, Brasília

Os podres da vida revolucionária – Wladir Dupont



11/9, QUASE 3 ANOS DEPOIS
Sem surpresa

Marcelo, por que será que não estou surpresa com todas as suas revelações? E por que será que também não me surpreendi ao perceber que compartilhamos da mesma opinião?

Dulce Galvão, mercadóloga, Salvador



Ética à la Bush

Por supostamente possuir armar atômicas, químicas e biológicas, além de mandar prender e torturar os inimigos do regime, Saddam Hussein foi deposto pelo governo dos EUA, que é detentor dos maiores arsenais do mundo em armas atômicas, químicas e biológicas, e que, como vimos, igualmente manda prender e torturar os opositores do regime. EUA, aliás, cujo presidente George Bush faz uma cruzada incansável para poder prender (e, evidentemente, torturar) Osama bin Laden, cujos pai e avô foram, respectivamente, parceiros comerciais e sócios, em empresas do setor petrolífero, de ninguém menos que papai Bush e vovô Bush! Este é o modelo ético norte-americano, universalmente aceito.

Zeca Martins, publicitário, São Paulo