Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Quem criou Marcos Valério?

[do release da editora]

Quem é Marcos Valério? Como um modesto funcionário do Banco do Estado de Minas Gerais se transformaria em milionário em apenas sete anos, com uma fortuna visível de mais de 14 milhões de reais? Em O operador, o jornalista Lucas Figueiredo investiga os primeiros passos de Marcos Valério no mundo da corrupção e tráfico de influência, revelando que o valerioduto, na verdade, é uma criação do PSDB mineiro, que utilizou os “serviços” do operador para gerenciar os caixas dois de suas campanhas. E, mais surpreendente, Figueiredo mostra como o publicitário se reinventou no governo PT e conseguiu permanecer até hoje solto e milionário. O livro chegou às livrarias na terça-feira (12/9).

Como um modesto funcionário do Banco do Estado de Minas Gerais se transformaria em milionário em apenas sete anos, com uma fortuna visível de mais de 14 milhões de reais? Em O operador, o jornalista Lucas Figueiredo investiga os primeiros passos de Marcos Valério no mundo da corrupção e tráfico de influência, revelando que o valerioduto é uma criação do PSDB mineiro, que utilizou os “serviços” do Operador para gerenciar os caixas dois de suas campanhas.

No livro, Lucas Figueiredo conta como o Marcos Valério conseguiu se recriar com a mudança de rumos na política brasileira e se aproximar da cúpula do governo PT, mantendo o seu esquema de lavagem de dinheiro. Por que o PT rasgaria sua história e cederia à corrupção? Que falcatruas do partido não foram investigadas? Por que só 18 parlamentares foram identificados se havia mais de 100 envolvidos no escândalo do mensalão? Quem são os grandes corruptores dessa história? Por que, mais uma vez, foram poupados? Por que Valério não foi preso? Por que continua milionário?

Repórter especial do Estado de Minas e acostumado a investigar os episódios escusos da história brasileira recente – é autor também de Morcegos negros, onde esmiúça o Esquema PC; e de Ministério do silêncio, sobre o serviço secreto nacional –, Lucas revela informações exclusivas, esmiúça fatos, traça históricos e perfis de personagens e, assim, vai encaixando um a um os elos da trama. Após toda a pesquisa, ele não se diz otimista a respeito dos desdobramentos judiciais do caso: “Houve muito calor e pouca luz. Levantaram-se poucas provas legais. Por falta de uma investigação séria na CPI, você vai ter uma enxurrada de absolvições”. É um livro fundamental para entender a corrupção que impera em diversos níveis da política brasileira.

O autor

Lucas Figueiredo nasceu em Belo Horizonte em 1968. Foi repórter da Folha de S.Paulo e colaborador de O Estado de S.Paulo, Caros Amigos, Playboy, Superinteressante, Nossa História, Revista MTV e Defue Sud (Bélgica), entre outras publicações. Também realizou coberturas no Peru para o serviço brasileiro da rádio BBC de Londres. Figueiredo recebeu duas vezes o Prêmio Esso de jornalismo, além dos prêmios Embratel, Folha e BDMG. Publicou pela Record os livros-reportagens Morcegos Negros (2000) e Ministério do Silêncio (2005), este último agraciado com a menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog. Atualmente é repórter especial do jornal Estado de Minas.