Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A cobertura da TV aberta e o jornalismo eu-cêntrico

Tão interessante quanto ir às ruas manifestar ou acompanhar as passeatas pessoalmente é ver a cobertura da TV aberta e das redes sociais. Interessante por serem tão distintas.

Se você quer realmente saber o que acontece durante as manifestações, faça isso pelas redes sociais – além de ir às ruas, claro. Embora o Facebook traga muitas postagens e fotos de pessoas que estão nas ruas e seja a rede social mais popular do Brasil, é através do Twitter que se podem encontrar informações em maior quantidade e rapidez. Na noite passada, enquanto a tropa de choque e os manifestantes estavam em conflito na Rua Augusta (por volta de 23h, 23h30), nenhuma emissora de TV aberta falava sobre o fato. Todas estavam com suas programações normais. Quem acompanhava pelo Twitter, podia encontrar informações de quem estava no local, pedidos de evitar a região, fotos e até um streaming ao vivo, transmitido por uma pessoa que estava em frente ao ato.

Seja por profissionais da mídia ou manifestantes, a melhor cobertura está nas redes sociais. Mesmo na 5º e maior manifestação até agora em São Paulo, na última segunda-feira (17/6), a TV aberta não fez a cobertura completa do que estava ocorrendo. Na segunda-feira, apenas a Band, com o Datena, mostrou ao vivo e o tempo todo a manifestação na Paulista, Brigadeiro Faria Lima e Ponte Estaiada. As redes sociais mostram uma força tremenda e são fundamentais nas manifestações. Todos querem participar de alguma forma, seja para apoiar, informar, organizar ajudas ou até mesmo criticar os atos. Independente do propósito, é o melhor espaço disponível.

PS.: Vale ressaltar as coberturas feitas pelas emissoras de rádio CBN e BandNews FM.

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William Nunes é estudante de Jornalismo, São Paulo, SP