Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

A mídia e o Brasil de 1968

Em 10 de setembro, o ciclo de conferências ‘A Imprensa discute a Imprensa’, realizado pela Associação dos Servidores da Imprensa Nacional e pelo jornal Correio Braziliense, vai colocar em debate o tema ‘A Mídia e o Brasil de 68’, que será analisado por cinco grandes nomes do jornalismo brasileiro.

O evento é parte das comemorações do bicentenário da Imprensa Nacional, do bicentenário da criação do Correio Braziliense e da marca, e, especialmente, será uma homenagem aos 200 anos de criação da Gazeta do Rio de Janeiro, data a ser celebrada na data da mesa-redonda, dia em que, em 1808, circulou pela primeira vez o primeiro jornal feito no país e que saiu dos prelos da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional.

Uma seleta mesa-redonda foi convidada para analisar a fundo o tema, que vai se debruçar sobre a postura da mídia diante dos acontecimentos de 1968, quando, assim como no mundo todo mas de forma diferente, foram marcados no Brasil por um período autoritário e por manifestações e revoltas estudantis. Será discutida a relação entre os sistemas de mídia e os sistemas políticos naquele ano e as conseqüências disso até o presente, sob o arcabouço conceitual de pensadores como Hallim, Mancini, Habermas e Fraser.

Foram convidados a debater o assunto os jornalistas Raimundo Rodrigues Pereira, Ciro Marcondes Filho, Carlos Chaparro, Juliana Gesuelli e Carlos Marcelo. Raimundo Rodrigues Pereira dirigiu jornais progressistas entre 1964 e 1984, como, por exemplo, Opinião e Movimento, foi repórter da revista Realidade, fez parte da equipe de jornalistas que criou a revista Veja, junto com Elio Gaspari, e, hoje, coordena editorialmente a revista Retrato do Brasil.

Debatedores e público-alvo

Ciro Marcondes é considerado um dos mais influentes pensadores do jornalismo brasileiro. Jornalista, sociólogo e autor de importantes obras, como O Capital da Notícia. É professor titular da Universidade de São Paulo (USP), doutor pela Universidade de Frankfurt e pós-doutor pela Universidade de Stendhal Grenoble. É titular da cátedra Unesco de Divulgação Científica no Brasil. E coordena o projeto de pesquisa ‘Nova Teoria da Comunicação’.

Manuel Carlos Chaparro é jornalista e professor da Universidade de São Paulo. É detentor de quatro prêmios Esso de Jornalismo, ganhos na década de 60. É autor do livro Pragmática do Jornalismo. É doutor em Ciências da Comunicação pela USP e Pós-doutor pela Universidade Nova Lisboa.

Juliana Gesuelli Meirelles é jornalista e historiadora. Mestra em História pela Unicamp e doutoranda em história pela mesma instituição. Ganhou, ano passado, o Prêmio Luso-brasileiro D. João VI de Pesquisa, promovido, com o apoio da Universidade de Coimbra, pela Comissão Luso-brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (Coluso). É autora do livro Imprensa e Poder na Corte Joanina, edição do Arquivo Nacional.

Carlos Marcelo Carvalho é editor-executivo do Correio Braziliense. Prêmio Esso de Jornalismo de 2005.

A mediação será feita pelo diretor-geral da Imprensa Nacional, jornalista Fernando Tolentino de Sousa Vieira.

A sexta edição do ciclo ‘A Imprensa discute a Imprensa’ será realizada no auditório D. João VI, da Imprensa Nacional, em Brasília, a partir das 19 horas. A entrada é franca. A mesa-redonda será transmitida pela internet, pelo Ministério da Educação. O acesso será pelo portal da Imprensa Nacional e a participação dos internautas, com perguntas e comentários, será feita por meio de mensagens para o e-mail 200anosimprensanacional@in.gov.br

O público-alvo do ‘A Imprensa discute a Imprensa’ são os estudantes de Comunicação e de História, professores de graduação e pós-graduação, jornalistas, historiadores, sociólogos e pessoas interessadas no assunto.