Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Abuso de poder no Pará

Na semana passada o Sindicato dos Jornalistas do Pará e a Fenaj lançaram nota de repúdio a ação de um policial federal do estado, que agrediu e deu voz de prisão a uma equipe de reportagem da TV Record em Belém. O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Pará lançou nota de esclarecimento onde defende a ação de seu colega. A Fenaj recorreu à superintendência da PF em Brasília e quer providências.


Na quarta-feira (25/4), após ser acusado de assassinar um assaltante na manhã da terça-feira, 24, em frente ao colégio Grão Pará, na capital paraense, o policial federal identificado pelas iniciais A.D.O., agrediu e deu voz de prisão ao repórter cinematográfico Edílson Matos, a repórter Célia Pinho e ao motorista Marcelo Silva, da equipe da TV Record em Belém.


Em nota oficial, a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas do Pará repudiaram a atitude, qualificando a ação como atentado à liberdade de imprensa e abuso de poder.


Já em nota de esclarecimento lançada no dia 26, o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Pará saiu em defesa do agente federal. Argumentou que a equipe da TV Record entrou no gabinete do delegado que preside o inquérito sem autorização e foi convidada a se retirar. Os profissionais de imprensa teriam resistido em sair ‘mesmo diante das argumentações dos delegados, de que por ser o trabalho policial função de risco, e que a imagem do policial teria que ser preservada’.


O presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, entrou em contato com o delegado geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, para pedir esclarecimentos sobre o fato e solicitar providências. Lacerda garantiu que se houve excessos, a corregedoria da PF vai apurar.