No final da tarde de segunda-feira (1/11), criminosos ainda não identificados invadiram, roubaram e sabotaram a gráfica do Correio Mariliense, um dos principais jornais de Marília, cidade do centro-oeste paulista a cerca de 450 km da capital. A ação criminosa, aparentemente com intuito de furto comum, apresenta sinais suspeitos de atentado político ou patrimonial, com intenções de calar ou suspender a publicação do periódico. Isto porque, após a invasão, os criminosos não levaram tudo de valor que havia no prédio, que abriga uma rotativa offset que imprime o jornal há três anos. Nas instalações funciona também todo o sistema de pré-impressão, um dos setores mais visados pelos bandidos. Arrancaram e levaram o computador central. Trata-se de um equipamento importado que controla a pré-impressão e sua ausência torna todo o sistema ineficaz. Neste departamento existem outros equipamentos de menor importância que sequer foram alvo da ação criminosa.
Tudo leva a crer que tenha havido o objetivo de desestabilizar a rotina de trabalho do jornal Correio Mariliense. Em ação inicial, provocaram um curto-circuito no sistema elétrico do prédio, que é de alta voltagem. Assim, com o apagão interno, eles entraram no prédio. Outra ação suspeita dos invasores foi a ato de atear fogo em cinco pontos diferentes do prédio, próximo a bobinas de papel e latões de produtos químicos inflamáveis. Ambas as ações facilmente poderiam levar a um incêndio de grandes proporções, colocando toda a edificação em risco. A Polícia Militar foi chamada, para registrar a ocorrência, e a Polícia Civil enviou perícia técnica para levantar o que ocorreu e que danos foram causados. O laudo da polícia científica deve sair em 30 dias.
A direção da Rede Marília de Comunicações, à qual pertence o jornal Correio Mariliense, repudiou com veemência a ação criminosa. Os prejuízos estimam-se em torno de R$ 50 mil reais.
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Editor do jornal Correio Mariliense, Marília, SP