Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Proximidade das primárias aumenta lucro das TVs

A 14 meses das eleições presidenciais dos EUA e com 17 candidatos na disputa, emissoras de televisão e rádio comemoram a perspectiva de aumento da receita com anúncios de campanha. Analistas de Wall Street prevêem que, apenas nas estações de TV, a receita possa chegar a US$ 3 bilhões no ciclo eleitoral de 2008 em 2006, este valor foi de US$ 1,6 bilhão, e em 2004, de US$ 900 milhões.

Com a disputa acirrada, os pré-candidatos têm que investir na imagem para ser notados pelos eleitores. O presidenciável republicano Mitt Romney, ex-governador de Massachussetts, gastou mais de US$ 1,8 milhão no primeiro semestre de 2007 em rádio e TV, o que ajudou sua performance nas pesquisas. ‘Nós tivemos de enfrentar a competição com candidatos com alto índice de popularidade’, afirma o porta-voz do pré-candidato, Kevin Madden.

Corrida interna

Como nos EUA os partidos fazem eleições internas para escolher seu candidato à presidência, a campanha esquenta perto desta disputa. É neste momento que os tais nomes mais conhecidos e populares começam a investir em TV e rádio. O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, ainda não fez comerciais de televisão, mas já gravou peças de rádio para coincidir com visitas aos estados de Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul. Giuliani lidera as pesquisas no Partido Republicano.

O democrata John Edwards, em terceiro lugar na corrida do Partido Democrata, fez poucos comerciais até agora. ‘Isso vai mudar quando chegarmos perto das primárias, pela razão óbvia de que mais gente se interessa e presta atenção’, diz o estrategista Joe Trippi. ‘Neste ponto, a TV torna-se mais poderosa que a internet’, resume. Já Hillary Clinton, primeiro lugar entre os democratas, já deu início a sua ofensiva: lançou, há duas semanas, comerciais em Iowa, primeiro estado a sediar a convenção do partido.

Foco na rede

Ainda que, de acordo com as previsões, a TV aberta é o meio onde os candidatos mais irão gastar seu dinheiro de campanha, especialistas políticos afirmam que emissoras de televisão a cabo e internet também terão destaque na corrida pela Casa Branca. ‘Você vai ver muito mais internet. As pessoas estão mais confortáveis com este meio, sabem como usá-lo e já se convenceram de seu poder de persuasão’, afirma Carol Darr, diretora do Instituto para Política, Democracia e Internet da Universidade George Washington. Informações de Jeremy Pelofsky e Megan Davies [Reuters, 24/8/07].