Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Em alto e bom som

Muito bem colocadas as palavras do Sr. Alberto Dines, exprimem exatamente o que pensamos, nós, brasileiros passivos, que ficamos diante do aparelho de TV assistindo a tudo, perplexos, sem esboçar qualquer tipo de reação, assim como nossos eleitos. É graças à coragem de poucos membros da imprensa que consigo respirar fundo, ao término dessa leitura, sentindo como se tivesse dito em alto e bom som tudo o que o texto contém, pois que também exprimem toda a minha indignação.

Silvia Mello, advogada, São Paulo



Honra da imprensa

Parabéns ao jornalista Alberto Dines pelo artigo ‘A imprensa sob custódia’. Você honra a imprensa brasileira.

Gisálio Cerqueira Filho, cientista político, Rio de janeiro (Departamento de Ciência Política da UFF)



Excelente, excelente

Excelente, excelente, excelente! Parabéns ao articulista

Carlos Magno Pereira, professor, Niterói, RJ



Terrorismo declarado

Se o artigo de Dines insultasse o casal Garotinho com um chorrilho de sonoros palavrões, certamente soariam mais brandos que os gritos de horror das vítimas de ações criminosas que acontecem no Rio de Janeiro. Todos nós sabemos que a D. Rosinha é procuradora oficial de seu marido, logo nomeado para dirigir a segurança pública e emprestar ao governo do Rio a credibilidade que pode ser medida pelos gravíssimos acontecimentos na Rocinha e em Benfica. O casal é responsável pelos crimes que aconteceram e note-se o atrevimento com bastante despreparo do secretário Ricardo Bruno, insurgindo-se contra as verdades que Dines escreveu e foi benevolente até, não colocou na balança a tal ‘fé evangélica’ que o casalzinho usa para se autopromover. Teria sido melhor que ficasse quietinho no seu lugar de favor, para não ter que ler sua inclusão no bloco dos trapalhões e burlões da sociedade.

Faz muito tempo que a imprensa, principalmente a carioca, deixa que o António Garotinho lhe venda as notícias que quer, e o resultado não podia ser outro: terrorismo declarado nas favelas e carnificina nas penitenciárias. O governo federal e seu ministro da Justiça, que já conhecem as artimanhas do casal-padrão em comunhão, tarda em dar-lhes um tremendo puxão de orelhas porque tudo o que pregam e fazem está custando a vida de muita gente.

Não sou defensor oficioso do jornalista Dines, mas todos os leitores o apóiam e agradecem seus artigos repletos de verdades que incomodam aqueles maus governantes e seus asseclas. Em Brasília ainda não acordaram da viagem à China, mal tendo tempo para analisar o que aconteceu em Benfica, muito menos para ponderar os prós e contras de enviar tropas ao Haiti. O certo seria encampar todos os presídios onde acontecem rebeliões com crimes de morte e desvendar o que existe por trás dessas administrações penitenciárias cheias de falhas.

Marcos Pinto Basto, São Paulo



Mais 10 anos

Estou solidária com Dines, em mais esse golpe. A ditadura ainda não acabou: estamos vivendo os dias finais dela, mas ela ainda está por aí, estrebuchando. Em 64, o meu pai, que era janguista, me disse, chorando: ‘Isso vai durar 50 anos!’ O meu pai sabia das coisas: ele viu que golpe era, e contra o que estava sendo construído. Ora essa! Ainda faltam 10 anos! Não desesperemos.

Caia Fittipaldi, São Paulo



Na peneira do interesse

Era previsível. Com o artigo, o Dines expôs a gangrena do jornalismo do JB. Como carioca lamento, pois li muito o JB enquanto morei no Rio. Era um grande jornal. Está cada vez mais difícil exercer nossos ofícios com ética. E está cada vez mais difícil ler jornal, principalmente, quando sabemos que a peneira do interesse é que filtra as notícias e dirige os comentários. Tristes tempos!

Vera Silva, psicóloga, Brasília