Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Mordaça fascista

Não se defende o indefensável. A proposta do Conselho Federal de Jornalismo é uma mordaça, uma tentativa de atrelar jornais e jornalistas aos arbítrios ideológicos do PT. Em 27 anos de profissão (22 dos quais passados dentro de redação), nunca vi algo tão fascista em termos de censura e restrição à liberdade de imprensa.

Álvaro Fraga, jornalista, Belo Horizonte



Vocês não estão com nada

Eu sou contra qualquer tipo de censura, mas essa situação chegou a um ponto insuportável. Hoje, para a grande maioria, jornalismo significa fazer fofoca de personalidades. Acho justas essas manifestação contra o CFJ, mas quando isso vai mudar? Parece que a maioria dos jornalistas ou está de rabo preso ou tem medo do confronto contra profissionais de suas áreas.

Isso tinha que ser resolvido pelos próprios jornalistas, mas vocês se escondem, quem sabe no dia em que vocês tomarem atitudes realmente sérias nós, brasileiros. poderemos ter orgulho da nossa imprensa. Vocês não têm do que reclamar. Se chegaram a essa situação foi por desleixo e indiferença dos próprios jornalistas.

Wagner Sclosa



Covas entendeu

Caro Alberto Dines, o caso Ibsen Pinheiro é apenas um deles. Não devemos esquecer o caso da Escola Base em São Paulo, que destruiu várias famílias na época. Recorramos aos comentários de Mário Covas, quando desautorizou a Procuradoria a recorrer da decisão judicial que condenava o estado por aquela infâmia: ‘Sem comentários…’ Se buscarmos casos, daremos mais do que munição aos defensores do conselho. Ademais, é uma proposta e, como estamos num regime democrático, há de se debater sem paixões profissionais, mas com responsabilidade. Toda profissão há de ter limites de atuação.

Waldiney Guimarães, empresário. São Bernardo do Campo, SP



Se não deve não teme

Acho que quem não deve não teme. Se você, jornalista, cumprir seu papel com notícias claras e verídicas certamente sua matéria não será censurada, palavra que acho pesada para o momento democrático que felizmente vivemos no país. Cumpra seu papel e não haverá essa ou aquela lei que tenha poder de se voltar contra você.

Auxiliadora Meneses, secretária, Cotia, SP



Exceção por quê?

Por que os jornalistas são profissionais de exceção? Os advogados têm seu órgão regulador, os contabilistas, médicos, veterinários, engenheiros etc., também.

Vanderlei Branco, contabilista, Florianópolis



É e pronto, mais nada

Besteira. A imprensa é o que é e pronto. Mais nada. Vide Ibsen e Brizola.

João Maurício Pimentel, Rio de Janeiro



Enormes excessos

‘Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizer…’ Mais ou menos assim disse Voltaire e assim defendo o exercício de quem usa a fala e a escrita como profissão. Entretanto, para tal é necessário, no mínimo, saber ‘falar e escrever’. E é justamente aí que nos deparamos, como consumidores da mídia, com enormes excessos cometidos por pessoas que se auto-intitulam profissionais, sem muitas vezes saber o que escrevem e falam, adentrando o campo do desrespeito, da falta de ética e da imoralidade. Por isso, acho muito plausível o envio do anteprojeto ao Congresso, o que, além de despertar a fúria dos incomodados, está alcançando o objetivo maior, que é o conhecimento e o amplo debate por diversos setores da sociedade.

Caliba de Lima, gerente social, São Paulo