Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Não é escolha, é dever

‘O país inteiro implora por verdades, cansou do engenhoso sistema de empulhação que comanda há tanto tempo nosso processo político e converte os governantes – mesmo os bem intencionados – em incorrigíveis bravateiros’

Faço minhas as palavras de Dines e acrescento que o meio acadêmico, os estudantes, a sociedade clamam por justiça! Justiça esta que se estabelecerá nos pilares da verdade e do comprometimento. Não é escolha, é dever dos agentes da informação trazer à tona a discussão da mentira empregada em `n´ setores da nação.

Nazen Ricardo, estudante de Relações Públicas, UFPR



Faltou a chamada

Por que a Folha de S. Paulo não deu chamada na capa a respeito do episódio NYTimes faz mea-culpa? Será que isso não tem tanta importância como tinha a ‘reportagem’ do Larry?

Mario Cesar Ribeiro, microempresário, São Paulo

Era da impostura, hora de verdades – Alberto Dines

O verdadeiro jornalismo patriótico – Marcelo Csettkey e Marcelo Gil



Garras à mostra

Como jornalista concordo que o governo (isso inclui toda a sua assessoria) tenha dado importância demais a uma matéria feita de forma totalmente picareta. A verdade é que não havia um fato que a justificasse. Também pela ameaça de cassação do visto do jornalista, o que para a classe soou como resgate da tão temida censura. Mas, como cidadã brasileira, acho que essa ameaça, ainda que arbitrária, serviu para mostrar a garra aos americanos e fazê-los provar um pouquinho do próprio veneno! Não é assim que fazem, invadem países, destroem culturas, não aceitam diálogo, a exemplo do que fizeram no Iraque? E se o mundo inteiro não posasse de cordeirinho?

Maria Santos, jornalista, Sertãozinho, SP

O baixo preço da auto-estima – Schirley Luft



Resposta à resposta 1

Caro Setti, o que escreveu está aí registrado para quem quiser ler, e não adianta dar o escrito como não-dito. Quem analisa os jornalistas somos nós, os leitores, que deixam de comprar os jornais que saem em defesa de valores que não são nossos. No caso do Larry Rohter, toda a imprensa dormiu no plantão e fraquejou na reação, como o próprio governo. O NYT é um jornalão cheio de truques mágicos que não nos interessam, já temos muita sujeira por aqui, e não tem o direito de conspurcar a vida do nosso presidente da República, coisa que nossos jornais mais importantes não destacaram com a devida indignação. Preferiram insurgir-se contra a expulsão do Larry, como se este fosse um jornalista sério. Foi assim que a grande maioria dos leitores entendeu e tornou-se ainda mais cuidadosa com o que lê agora. Não me enganei, caro Ricardo Setti.

Marcos Pinto Basto, São Paulo

Ricardo A. Setti responde – Canal do Leitor [rolar a página]



Resposta à resposta 2

Lamento se minha interpretação de idéias tenha sido entendida como discussão pessoal, com respeito ao artigo do jornalista Ricardo Setti, e o reconheço plenamente como uma pessoa civilizada. Em nosso meio costumamos chamar a atenção, nos debates, para que não se vociferem ameaças quando uma afirmação parece nos constranger e questionar nossos pensamentos. Jamais pensei em diminuir a qualidade profissional desse jornalista, porém clamei a que não perdesse o foco de suas análises, o que poderia depor, aí sim, contra sua profissão.

Alexandre Carlos Aguiar, biólogo, Florianópolis