Um cartunista com uma arma de brinquedo rendeu um policial no prédio onde funciona o jornal Miami Herald, na sexta-feira (24/11), depois de exigir contato com o editor-executivo do jornal em língua espanhola Nuevo Herald – da mesma companhia. O cubano José Varela, de 50 anos, portava uma faca e um revólver de plástico preto que parecia real. Varela já tinha trabalhado para o jornal e, segundo seguranças do edifício, costumava ir ao local. Um negociador da polícia, após conversar com o cartunista por 40 minutos em espanhol, convenceu-o a se render. Para alguns jornalistas do Miami Herald, Varela disse que era ‘o novo diretor do jornal’ e que estava ali para ‘desmascarar os verdadeiros conflitos do jornal’. Informações de Jennifer Kay [AP, 25/11/06].
Pequim rejeita apelação de Ching Cheong
Decisão do Supremo Tribunal de Pequim causou revolta entre defensores do veterano jornalista de Hong Kong Ching Cheong, na semana passada. O tribunal rejeitou pedido de apelação do profissional, que trabalhava como correspondente do jornal Straits Times, de Cingapura, e manteve a sentença de cinco anos de prisão sob acusação de espionagem. ‘Estamos desapontados e furiosos com a decisão’, afirmou Serenade Woo, presidente da Associação de Jornalistas de Hong Kong. ‘O tribunal obviamente ignorou o argumento da defesa e isso levanta sérias dúvidas sobre a honestidade do sistema legal chinês’. Cheong, de 56 anos, foi condenado em agosto deste ano sob acusação de espionagem para Taiwan. O julgamento, a portas fechadas, durou apenas um dia. No veredicto original, um tribunal inferior de Pequim havia determinado que o jornalista vazou informações, algumas confidenciais, a duas pessoas de uma fundação taiwanesa que eram, na verdade, membros de uma agência de inteligência. Em uma declaração lida por sua irmã, Cheong reiterou sua inocência. A família afirmou que tentará uma nova apelação da sentença. Informações da AFP [24/11/06].