Na resposta que deu à nota pública do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, motivada pela crítica que fez de nosso posicionamento em solidariedade aos povos palestino e libanês, Alberto Dines extrapolou. Rompeu as regras da boa educação e resvalou para o terreno da injúria, da difamação e da calúnia.
Dines disse que não teríamos assinado a nota, embora nossa assinatura coletiva esteja absolutamente clara. Nossos nomes são públicos, estão em nossa página eletrônica.
Dines chamou os assessores de imprensa de ‘sanguessugas de sanguessugas’ e de ‘mensaleiros de mensaleiros’, e os acusou de publicar ‘contrabandos’. Afirmou que estamos a serviço de governos estrangeiros. A partir do adjetivo ‘inerme’ – isto é, ‘sem armas’, ‘indefeso’ – que utilizamos para descrever a condição do secretário geral Kofi Annan, nosso crítico tirou a absurda conclusão de que não gostamos da ONU, assim como, supostamente, não teríamos gostado de Sérgio Vieira de Mello.
Diante de tamanha falta de compostura, carregada de palavras e expressões falsas e desabonadoras, que nos atingem e que ferem a honra de grande parcela dos jornalistas que representamos, seremos obrigados a resolver na Justiça nossas divergências com o jornalista crítico Alberto Dines.
Brasília, 18 de agosto de 2006.
A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal
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Nota do OI: Este Observatório tem um limite para réplicas e tréplicas, para evitar o risco de discussões intermináveis. Por isso, registre-se o seguinte: 1) o jornalista Alberto Dines está em viagem e impossibilitado de se manifestar sobre a nova nota do Sindicato do DF, embora tenha sido dela informado; 2) o Sindicato do DF comunica que vai acionar na Justiça o jornalista Alberto Dines por causa de opiniões que este emitiu nos artigos ‘Sindicato do DF esquece que é de jornalistas’ e ‘Raio-X de assessores pelegos’. Novos tempos, velhos métodos. (L.E.)