Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Suspeitos de seqüestrar correspondente são capturados

Soldados americanos prenderam quatro iraquianos suspeitos de terem ligação com o seqüestro da jornalista americana Jill Carroll, que foi libertada em março depois de ficar 82 dias em cativeiro, noticia a AP [9/8/06]. Os homens, que não foram identificados, foram presos na província de Anbar.


A jornalista de 28 anos, que trabalhava para o Christian Science Monitor, foi seqüestrada em Bagdá, em janeiro, e seu intérprete foi assassinado no momento da sua captura. Na época, os seqüestradores se identificaram como sendo do grupo ‘Brigadas da Vingança’ e pediram a libertação das mulheres presas no Iraque em troca da liberdade de Jill. Caso os EUA não soltassem as iraquianas, o grupo prometeu matar a repórter. Algumas presas foram realmente libertadas, mas autoridades americanas afirmaram que o fato não estava relacionado ao pedido dos seqüestradores.


Série sobre o seqüestro


A história do seqüestro será publicada em uma série de 11 partes no Monitor a partir da próxima semana, segundo noticia Joe Strupp [Editor & Publisher, 7/8/06]. A própria Jill escreveu o relato. ‘Ela tem uma memória incrível, e escreveu uma história rica em detalhes’, disse Dave Cook, chefe do escritório do Monitor em Washington.


Jill afirmou que não pretende dar prosseguimento à publicação de seus relatos ou repercuti-los em entrevistas a rádios e televisão. ‘Eu não quero ser rica. Eu não quero ser famosa. Eu só quero ser uma correspondente internacional’, desabafou ela. Conforme Cook, ‘reviver a história foi algo doloroso para Jill e ela o fez com relutância. Ela está devastada com a morte de seu tradutor, Alan Enwiya’.


O relato vai estar disponível no sítio do jornal, junto com entrevista em vídeo com a repórter realizada pelo jornalista Peter Grier. Jill está trabalhando atualmente no quadro efetivo no escritório do Monitor em Boston. Ela era freelancer do jornal quando foi seqüestrada e foi efetivada logo após seu retorno aos EUA.