Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Credibilidade na imprensa é maior nos países pobres


Uma pesquisa divulgada hoje (3/5) em Londres mostra que os habitantes da América Latina, Ásia e África confiam mais na imprensa do que nos governos de seus respectivos países.


Os resultados da pesquisa encomendada pela BBC, agência Reuters e pela ONG britânica Media Center mostram também que nos países ricos da Europa e América do Norte, os governos têm mais crédito do que os jornais, revistas, rádio e televisão.


Mas apesar de metade dos 10 países pesquisados terem dado revelado uma confiança maior na imprensa do que nos respectivos governos, a pesquisa mostrou também uma preocupante desilusão de 28% de leitores em relação aos veículos tradicionais.


O Brasil é o país onde é mais intensa a frustração dos leitores pois 44% de entrevistados se revelaram insatisfeitos com a informnação fornecida pela mídia convencional.


Globalmente, a imprensa foi considerada confiável por 61% dos entrevistados contra 52% das opiniões favoráveis aos governos. A imprensa mereceu as maiores notas na África (na Nigéria chegou a 88% contra 34% de credibilidade no governo) e na Ásia (na Índia, a imprensa merece a confiança de 82% da população enquanto o poder público tem 66%) .


Nos Estados Unidos, a confiabilidade da imprensa foi de 59% enquanto a administração Bush foi considerada confiável por 67% dos entrevistados. Na Europa, a Inglaterra registrou os seguintes índices de confiabilidade comparada: imprensa 47% e governo 51%.


No Brasil, o único país latino americano incluido na pesquisa realizada pela empresa Globe Scan, a imprensa obteve um índice de credibilidade estimado em 45% dos brasileiros consultados enquanto o governo federal foi considerado confiável por apenas 30% das pessoas ouvidas no Rio, São Paulo e Brasília.


Entre os veículos de comunicação, a televisão ganhou fácil de todos os demais em matéria de confiança do público com um índice de 82%, seguida pelos jornais de circulação nacional (75%), jornais locais e comunitários (69%) e rádios com 62%. Os weblogs foram considerados confiáveis por apenas 25% dos usuários da internet.


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