Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Onda de violência e barbárie

Recomenda-se ouvir a conversa de Sérgio Abranches com Sidney Rezende, na Rádio CBN, nesta manhã de 9 de janeiro. Abranches disse: uma onda de violência e barbárie assola o Brasil de Norte a Sul e a sociedade não se mobiliza na escala necessária contra isso. Mencionou trabalho escravo, muito relacionado com a questão ambiental, e pessoas queimadas em ônibus.l Ver no site www.cbn.com.br.


Mexicanos no Peru


Extensa reportagem do The Dallas Morning News dá conta do avanço dos cartéis mexicanos no Peru.


Em destaque:


1) Alimentação de uma volta do Sendero Luminoso (guerrilha maoísta) para auxiliar no tráfico. A produção de cocaína no Peru aumentou após a redução da área plantada na Colômbia. Mas também, e sobretudo, porque se expandiram os mercados consumidores na Europa, na Ásia e na América Latina.


2) Assassinato de um juiz federal, Hernán Saturno Vergara, atribuído a ordens de cartel mexicano. Mexicanos superaram colombianos no domínio do tráfico no continente.


3) Cientistas a serviço dos cartéis desenvolveram fertilizantes químicos que aumentam em até 1.000 por cento a produtividade por hectare de cocaína plantada.


4) A política antidrogas dos Estados Unidos está condenada ao fracasso, segundo Kenneth Sharpe, do Swarthmore College, da Pensilvânia: “A política de drogas dos EUA, baseada em proibição, alimentou as guerras de drogas na América Latina. Não há rigorosamente nenhuma possibilidade de que uma política de proibição possa algum dia funcionar – aqui nos Estados Unidos, na América Latina ou em qualquer lugar, porque a proibição apenas perpetua o comércio de drogas, fazendo crescer o crime e a violência”.


Clique aqui para ler a reportagem (em inglês; basta cadastrar-se).


Brasil e Cuba


O novo embaixador de Brasília em Washington, Antônio Patriota, diz que o Brasil pode ajudar na transição em Cuba. Certamente pode. De modo menos grandioso do que supõe a imaginação do Itamaraty. E tanto mais quanto menos badalar o assunto.


Nos últimos dias, os principais jornais publicaram reportagens relevantes sobre a situação cubana. Nem de longe aparece tanta relevância do governo brasileiro. E só apareceria se os jornalistas estivessem delirando.


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Cervejeiras


O Conar arquivou queixas da Kaiser contra a Bohemia, informa Mônica Bergamo na Folha. Ao fim e ao cabo, as cervejeiras se entendem. Mas quem sabe isso não abre uma brecha para se rediscutir a propaganda das cervejas. Não do ponto de vista dos concorrentes desavindos, mas do interesse público, monitorado pela imprensa.