Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Os quatro são três

Não é importante, mas é irritante – e um desrespeito ao leitor.


O Estado de hoje, em que o ex-presidente Fernando Henrique prega o voto distrital puro – um tiro no pé, como pretendo mostrar em outra nota -, traz uma breve, porém bem feita entrevista do repórter Carlos Marchi com o estudioso que talvez seja o pai da matéria, quando se fala de reforma política: o professor Jairo Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro.


Nicolau alerta para o risco de imaginar que reforma política é a panacéia para as mazelas éticas que empurraram para abaixo de zero a respeitabilidade do Congresso Nacional, acha que antes de mais nada é preciso se formar um consenso sobre a abrangência das mudanças e, por fim, relaciona os pontos que, a seu ver, devem ser focalizados.


O primeiro é o financiamento das campanhas. Ele defende que seja exclusivamente público.


O segundo é o troca-troca de partidos. Ele é pela fidelidade partidária estrita.


O terceiro é são as coligações partidárias nas eleições proporcionais (para vereadores, deputados estaduais e federais). Ele sustenta que é absolutamente necessário coibi-las.


O quarto, o quarto… – cadê o quarto?


O jornal não traz. A matéria acaba antes.


Como ironizou uma leitora, se os Três Mosqueteiros eram quatro, no Estadão, quatro pontos são três.


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