A Alberto Dines, editor responsável
Luiz Egypto, redator-chefe
Lúcio Flávio Pinto, jornalista e autor do artigo
Prezado senhores,
O artigo “A censura à imprensa feita através da justiça”, de autoria do jornalista Lúcio Flávio Pinto, publicado no Jornal Pessoal nº 513 e reproduzido no Observatório da Imprensa nesta terça-feira22/5, cita Daniel Dantas.
Por isso, é preciso esclarecer que:
1) A Satiagraha caracterizou-se por provas forjadas, crimes financeiros inexistentes, obtenção ilegal de provas e o uso da estrutura da Abin, sob o comando do então delegado Protógenes Queiroz. O objetivo era prender, mesmo após ter se constatado a inexistência de crimes por parte do Opportunity. Por duas vezes, em setembro e em dezembro de 2007, o Ministério Público Federal pediu a descontinuidade da investigação, “já que dos autos não consta nada de concreto que sequer sugira a prática de crime por quem quer que seja”.
2) Os desdobramentos de inquéritos sobre a Satiagraha, que estão no Supremo Tribunal Federal, devem desvendar os ilícitos que não vieram à tona e cercam essa operação. [Parecer do Ministério Público Federal, no julgamento do Superior Tribunal de Justiça recomendou a nulidade da Satiagraha e da ação penal de corrupção em razão de suas ilegalidades. O STJ, em junho de 2011, acatou o parecer do MPF. A Procuradoria Geral da República recorreu contra a decisão e o STJ, em juízo prévio, não definitivo, acolheu. Por isso, o inquérito foi para o Supremo.]
3) O ex-delegado Protógenes Queiroz, comandante da operação, foi condenado por fraude processual e está sendo investigado, por iniciativa do Ministério Público, por corrupção passiva.
4) Por isso, não faz sentido a afirmativa do artigo que “motivos não faltam para colocar o bilionário baiano na alça de mira”. Não só faltam motivos como eles foram armados para justificar a Satiagraha.
Atenciosamente, Elisabel Benozatti
Assessoria de Comunicação do Opportunity