Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

A facilidade de ingressar no nível superior

Hoje em dia é notório que quem deseja cursar o nível superior já consegue com mais facilidade. Antigamente somente pessoas com poder aquisitivo alto é que podiam chegar a uma universidade. O grande número de faculdades e as ofertas de cursos a preços populares enchem os olhos daqueles que almejam ingressar na carreira com que sempre sonharam.

É claro que diante de tanta facilidade, há de se observar várias questões. Dentre elas, as oportunidades, preço e condições para estar num lugar que ofereça conteúdo que se possa absorver para a vida toda. São inúmeras inserções comerciais na TV, rádio, jornal e internet que, no dia-a-dia, perseguem os chamados calouros, recém-saídos do ensino médio ou não, principalmente no início do ano.

Nem sempre os baixos valores são sinônimos de um ensino duvidoso, mas isso também não é o suficiente para acreditar que a qualidade oferecida é das melhores. O melhor a fazer sempre é uma vasta pesquisa. Afinal de contas, trata-se de um investimento e assim sendo busca-se o melhor. E para isso não é perda de tempo andar um pouco mais, visitar o campus onde se pretende estudar e pesquisar na internet o histórico da faculdade.

A chance de se aproximar da realidade

Na tentativa de conquistar cada vez mais alunos, as universidades sempre dão um jeitinho de criar estratégias que de certa forma atraem os novos estudantes e que vão desde certificados nos primeiros anos da faculdade e prêmios, até mensalidades em torno de 300 reais. Oportunidades que podem valer a pena, mas diante de todas essas ‘facilidades’, é preciso uma checagem geral na estrutura, qualidade de ensino e também na avaliação do MEC (Ministério da Educação e Cultura).

O FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), criado no governo Lula, e que visa a ajudar a população a ingressar no ensino superior, agora teve um salto, na gestão inicial do governo Dilma. Hoje (14/02), em conversa no programa Café com a presidenta, Dilma Rousseff afirmou que a taxa de juros será de 3,4% ao ano e que o aluno só terá de começar a pagar o financiamento um ano e meio depois de formado.

Como a presidenta bem ressaltou, não é por falta de opção que você não vai ter acesso à universidade. O bom de tudo isso é que o programa é aceito em todas as universidades do Brasil e desta forma existe a liberdade de escolha por aquela que é mais tradicional e/ou reconhecida aos olhos dos novos alunos. Uma iniciativa muito boa e quem sempre desejou cursar uma carreira tem agora a chance de se aproximar de uma realidade, que um dia foi só sonho.

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Jornalista, Taboão da Serra, SP