Tuesday, 07 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Dilemas entre emoção e razão

Em dezembro de 2006, no interior de São Paulo, bandidos atearam fogo num carro com uma família dentro. Entre os ocupantes, o menino Vinicius, de cinco anos, que veio a morrer como as outras três vítimas. Em fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro, uma quadrilha arrastou por sete quilômetros o menino João Hélio, de seis anos. Os bandidos fugiam após roubar o carro, e a criança não conseguiu se desvencilhar do cinto de segurança. Um mês depois, no interior de Santa Catarina, a menina Gabrielli, com dois anos incompletos, foi encontrada morta numa pia batismal. Antes, ela fora estuprada e estrangulada.

Os três casos têm muito em comum: a precocidade das vítimas, a crueldade dos assassinos, o estardalhaço da mídia, a comoção social, o horror. O horror que atravessa a todos diante de notícias que delineiam parte da barbaridade humana. Aliás, traços que nos fazem duvidar da humanidade na natureza dos autores dos crimes.

Se receber tais notícias não é fácil, o que dirá relatá-las? Muitos se queixam da violência no noticiário cotidiano, mas como proceder diante de episódios como os citados acima? Como se deve abordar esses assuntos? Os meios de comunicação só exploram a dor e a miséria alheias quando dão conta disso? Onde fica o limite entre o sensacionalismo e a indignação da mídia, atitude que objetiva chacoalhar a sociedade para reivindicar mudanças? Como tratar friamente de casos carregados de tanta dor, de tanta perda, de tanta emoção? Como jornalistas devem se comportar nessas situações? Simplesmente não dar essas notícias é uma forma de combatê-las? É uma forma de respeitar o luto dos familiares das vítimas?

As perguntas são tantas e as incertezas muito mais.

Este Monitor de Mídia acompanhou a cobertura dos meios locais sobre o episódio mais recente, o da garotinha Gabrielli. O mais recente, infelizmente. Não se pode dizer ‘o último episódio’. Não existem garantias de que outros não acontecerão e incendiarão as redações.

Por isso mesmo, é emergencial pensar em limites de cobertura, em posturas dos profissionais. Este Monitor de Mídia não quer ditar regras sobre isso porque entende que os meios de comunicação e os jornalistas devem se preocupar com isso e decidir quais atitudes seguir. Entretanto, entendemos ainda que entre os valores que mais devem pesar nessas reflexões, dois se destacam: Cuidado e Respeito.

Os meios e os profissionais precisam ter cuidado redobrado nessas coberturas, já que a pressão social e a pressa jornalística impelem a tratamentos passionais, desmedidos. É preciso ter cuidado na abordagem de vítimas e acusados; é preciso ter cuidado com a apuração das informações; com a condução do caso que não se esgota numa única edição.

É necessário respeito também com os envolvidos, estejam eles em quaisquer dos lados. O pré-julgamento não é uma função da mídia. Nem tampouco a condenação antecipada. A intensificação do martírio não deve pautar as redações. E os profissionais deveriam se guiar por um sentimento de empatia. Aquele velho pensamento ajuda: Como é que eu agiria se fosse comigo? Como eu reagiria se estivesse na pele da vítima ou do acusado?

Cuidado e Respeito não são valores isolados. Eles se interpenetram, se completam, se confundem. E mais: ajudam a fazer um jornalismo com mais responsabilidade, equilíbrio e humanidade.

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Da crônica policial ao texto sensacionalista

Laura Seligman, Gabriela Forlin e Camila Guerra (*)

Era uma vez o tempo em que a ‘crônica policial’ era somente um texto sobre os assuntos referentes à violência urbana. A partir do momento em que assassinatos, estupros, roubos, chacinas e vários outros tipos de agressão tomaram conta da mídia, nada mais estimulante do que entrar em uma batalha contra a moralidade inevitavelmente decadente. A conivência com os poderes e com o dinheiro deu uma regularidade às publicações sensacionalistas, criando uma rotina que banaliza a barbárie social em que nos encontramos.

Em seu livro Espreme que sai sangue, Danilo Angrimani já destaca o fascínio exercido por esse gênero de publicação na sociedade, baseando-se na teoria freudiana das instâncias do aparelho psíquico. A linguagem utilizada nesse tipo de texto remete ao inconsciente dos consumidores, atendendo as necessidades psicológicas coletivas. É frustrante saber que nós mesmos somos os responsáveis pela venda extraordinária de textos sensacionalistas.

A crônica policial nasceu de um jornalismo que não se pratica mais. O jornalismo anterior à transformação dos veículos em grandes empresas, anterior à crise do papel, veio muito antes da adoção de um modelo que prima pela superficialidade. Repórteres policiais não eram camaradas de delegados, tampouco mantinham posição fixa no xadrez. Era um tempo de investigação, de suspense e de histórias escritas com riquezas de personagens, detalhes e um gosto de literatura. O apelido de crônica policial não é à toa. Havia gente nas histórias daquele tempo. Personagens com os quais podíamos nos espantar, identificar, emocionar, revoltar até.

Nos dias de hoje, a brutalidade parece vencer a inteligência da polícia e, assim, a ‘moderna’ crônica policial – farta em tiros, bombas e cadáveres – se tornou cada vez mais poderosa e popular, porém com outros artifícios: sangue, sexo e banalização da violência. Vale lembrar que isto nada mais é do que conseqüência do misto de descompromisso, conformismo e impotência que predomina na nossa sociedade.

O que se vê é a cobertura policial dissociada de suas reais causas, em falta com seu verdadeiro compromisso. O tema segurança pública é muito sério e deveria ter a atenção e espaço equivalentes à importância que o problema tem para os leitores e para a sociedade. A segurança pública é também uma questão de saúde pública, de uso do espaço público, de manutenção e aproveitamento da mão-de-obra já formada, de estabilidade social, de Justiça.

Infelizmente, a noção que a imprensa demonstra ter do problema em sua cobertura regular é ainda limitada e imediatista: o registro do crime, uma continuação no dia seguinte e pouco mais. Tudo isso, com o apelo sensacionalista que bem conhecemos.

A tendência atual

Os jornais populares atuais de maior circulação – Extra (RJ), Diário Gaúcho (RS) e O Dia (RJ) – se diferenciam muito dos clássicos desse segmento – Última Hora (Rio de Janeiro, 1951-1964) e Notícias Populares (São Paulo, 1963-2001). Tais periódicos marcaram época e ficaram conhecidos pelas suas características peculiares: utilização de linguagem chula, abuso de temas como violência e sexo, a busca por atingir o emocional dos leitores e, conseqüentemente, aumentar a sua circulação.

Suas vendas eram fundamentadas nas manchetes e priorizavam os fatos ocorridos nos bairros. Com o decorrer do tempo foram dedicando um espaço cada vez maior às editorias de polícia e esportes, características que demonstram a preocupação desses jornais em agradar os seus leitores, colocando em primeiro lugar o interesse do público e não o interesse público.

O livro Jornalismo Popular, de Márcia Frans Amaral, é uma ampla pesquisa sobre este tema. Ele mostra que a imprensa de segmento popular vem sofrendo modificações, como o abandono da linguagem chula, dos cadáveres e de imagens que remetam explicitamente ao sexo.

Esses periódicos são geralmente locais, fazem uso de uma linguagem simplista que incorpora termos usados pelos próprios leitores, criando assim uma proximidade que não pode ser alcançada por um jornal de âmbito nacional, como a Folha de São Paulo.

Pautas como: o atendimento de instituições públicas, o mercado de trabalho, futebol, televisão e a vida das celebridades são constantes, pois servem de estratégia para atrair os leitores. A imprensa de segmento popular vem, ainda, dando maior importância a questões como a prestação de serviços. Aproximando conteúdo e leitor, procuram aos poucos conquistar a tão sonhada credibilidade.

É fato que ainda precisam melhorar em muitos aspectos para serem considerados de qualidade, mas pode-se notar uma certa boa vontade da grande maioria em troca de um público que sequer pretendia ler jornais.

No entanto, existe uma minoria que insiste em permanecer nos padrões do passado. Esse é o caso do Diário do Litoral, popular Diarinho, que faz uso de uma linguagem de baixo calão, abusando do sarcasmo. Sem falar na editoria de polícia, que ocupa um espaço significativo dentro do periódico e publica com freqüência fotos de cadáveres, acidentes, que servem claramente como apelo.

Segundo Márcia Franz Amaral, este é o último resquício de um jornalismo popularesco em extinção no Brasil. O Diarinho, que se diz representante dos direitos populares e anuncia que ‘mata a cobra e mata o pau’, na análise da pesquisadora é mais um dinossauro do que um super-herói.

(*) Laura Seligman, professora de Jornalismo na Univali e pesquisadora no Monitor de Mídia. Gabriela Forlin e Camila Guerra são acadêmicas de Jornalismo e pesquisadoras-voluntárias no Monitor de Mídia

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Solidariedade, que nada

Laura Seligman (*)

Nas últimas semanas, uma série de comerciais da operadora de telefonia BrasilTelecom convida o telespectador à desordem social. Num deles, uma idosa tenta subir escadas com muita dificuldade, ao som de trilha melancólica. Eis que uma jovem se aproxima e oferece ajuda. A idosa agradece num educado ‘por favor’. É aí que desanda a maionese. A moça responde que por favor não dá, mas por uns 15 reais…

No outro comercial da série, uma mulher, ao estilo executiva, caminha rapidamente quando tropeça e cai com violência ao chão. A situação é constrangedora. Um homem, terno e gravata, se aproxima e oferece ajuda. Quando ela, machucada, aceita, ele anuncia o preço: 15 para socorrê-la, 30 se tiver que juntar o que caiu ao chão.

O consumidor mais desavisado deve se perguntar por que um anúncio desse tipo é mantido no ar. Há pouco tempo, assistíamos aos belos filmes publicitários produzidos pela Fundação para Uma Vida Melhor, estimulando valores como amizade, gratidão, integridade, caráter. O choque entre o que norteia uma série e outra é inevitável.

No Brasil, anúncios publicitários necessitam de denúncia e longos processos para saírem de circulação. O processo exige que alguém que se sentir ofendido faça a requisição junto ao Conselho de Auto-regulamentação Publicitária – CONAR.

Mais do que reclamar sobre a lentidão e a burocracia exigida para que se intervenha no conteúdo publicitário, é preciso criticar duramente o vale-tudo usado por agências e clientes para vender qualquer tipo de peixe. Os comerciais de cigarro no rádio e na televisão, proibidos desde 1971 nos EUA, 1974 na Alemanha e somente desde 2003 no Brasil. Até então, tudo era permitido para vender tabaco: mostrar que quem fuma ficava bonito, charmoso, valente, heróico, inteligente… nada disso.

Comete o mesmo pecado a BrasilTelecom quando tenta dizer que nada é de graça hoje em dia, somente alguns de seus produtos (era essa a idéia da peça publicitária). Para melhorar sua imagem, mostra-se um mundo em que tudo vale e tudo é permitido. É a esse conceito que o cidadão comum fica exposto. Que as denúncias sejam feitas.

(*) Professora de Jornalismo na Univali e pesquisadora do Monitor de Mídia

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O caso Gabrielli em duas perspectivas

Joel Minusculi (*)

Dentre os tópicos de maior repercussão nos jornais, a violência está em alta. As manchetes refletem uma realidade com requintes de crueldade e elementos só vistos em literatura de terror. Cada episódio desses desperta uma torrente de sentimentos em todos os envolvidos, inclusive na imprensa.

Casos como o da menina Gabrielli têm os principais tópicos relevantes para a imprensa: com os catarinenses, tem o caráter da proximidade; pelas descrições, possui o impacto; pelo fato de estar relacionado com segurança e pela procura do público pelo desdobramento, há o interesse público; e, o principal, o caráter negativo, o qual os manuais de jornalismo pregam como um dos mais relevantes neste tipo de notícia.

Dois tipos de abordagem

Gabrielli Cristina Eicholz foi uma das vítimas recentes da violência. A menina, com apenas um ano e oito meses, foi violentada e estrangulada em 03/03. Além da brutalidade, outro ponto chamou a atenção: o corpo foi encontrado dentro de uma pia batismal, em uma igreja, na cidade de Joinville.

Os jornalistas são humanos e, como tais, não são isentos de sentimentos. O problema então surge em como publicar o caso, entre ser totalmente frio em um lead padrão ou pontuar o discurso com o máximo de detalhes, para colocar o leitor na atmosfera dos envolvidos. O primeiro é o mais prático, porém o menos enriquecedor. Já o segundo, sem cuidado, pode chegar ao extremo do sensacionalismo.

Pela peculiaridade e violência do caso, toda a mídia local, nacional e, até mesmo, internacional abordou o caso. Mas foi através da análise dos dois principais jornais da cidade onde o fato ocorreu – A Gazeta de Joinville (semanal) e A Notícia (diário) – que a diferença de tratamento foi perceptível.

Barbárie

A Gazeta de Joinville carrega em seu slogan ‘informação com isenção’. Porém, em sua edição semanal de 07 a 11/3, logo na primeira página, trata o acontecido como ‘Barbárie’ – uma clara tomada de posição. Na chamada de capa, da forma como os verbos foram conjugados, houve uma narração detalhada, ao estilo do jornalismo literário. Além disso, a matéria interna ‘Criança vai à igreja e é morta’ é um texto sem vozes, em que não foi citada nenhuma fonte de informações.

Violência

O jornal A Notícia, em sua edição de 04/03, publicou o caso de ‘violência’ numa pequena chamada de capa. Na parte interna, tratou o assunto na forma de uma matéria padrão, do ‘quem, o que, como, quando e onde’. Na edição do dia 05, o periódico dedicou manchete e destaque para o caso. Nesta ocasião, os textos foram baseados, principalmente, no depoimento da mãe de Gabrielli. Frases de impacto e de apelo estavam em evidência nos títulos e linhas de apoio.

Durante a semana, entre 06 e 10/3, as investigações acerca do crime abriram a editoria de ‘Segurança’ no AN. Neste período, o jornal publicou no topo da página uma foto de Gabrielli, com sua data de nascimento e morte. As matérias desse período cobriram todos os detalhes, desde a concentração de esforços de toda a polícia do Estado até a mobilização nacional.

Menores e a ética

Em duas situações, o jornal destacou um suspeito nos títulos: ‘Polícia pede exame de DNA a adolescente’, em 08/03, e ‘Polícia suspeita que um menor matou Gabrielli’, em 09/03. Apesar de não divulgar o nome do acusado, a ação da imprensa em busca de um culpado não costuma surtir um efeito positivo – similar ao caso Juliana, objeto de análise do MONITOR DE MÍDIA em 13/02/2004. Prova disso é a matéria publicada no dia 14/03 no portal G1: ‘Menor conta drama de ter sido suspeito de matar menina’

É delicado o fato de o jornal ter deixado explícito em um título que um ‘menor’ está envolvido no caso, pois a retomada da discussão sobre a maioridade penal ainda é recente no país – além de já anunciar um provável culpado antes do fim das investigações. O típico jornalismo que acusa e condena. Em alguns casos, a resposta policial a essa atitude é o silêncio, como aconteceu no caso de Gabrielli, quando as autoridades tentaram preservar dados estratégicos.

No domingo, dia 11/03, o assunto deixou de ser destaque no AN. O jornal relembrou outros casos que envolveram crianças no Estado. O caso Gabrielli esteve presente numa pequena nota. Já na segunda-feira, dia 12/03, nada sobre o caso constou no periódico.

Com a prisão do pedreiro Oscar Rosário – réu confesso –, no dia 13/03, A Notícia dedicou manchete e destaque em ‘Segurança’. O tratamento gráfico da foto voltou, assim como um quadro com a reconstituição do caso. De teor descritivo, o texto relatou como foi efetuada a prisão. Outra matéria abordou o sentimento de ‘alívio’ dos pais com a prisão do culpado.

No dia seguinte, o AN detalhou a reconstituição. Em duas páginas, descreveu os trabalhos e publicou um infográfico do depoimento de Rosário. Além disso, mesmo com o caso resolvido pela prisão do réu confesso, o jornal levantou 10 questões sem respostas do caso Gabrielli – um ponto positivo no jornalismo investigativo.

Montanha russa

Nesta análise, foi possível perceber como um caso ‘quente’ repercute nos jornais e o tratamento disposto. Quando o impacto inicial do sentimento dos envolvidos deu lugar à burocracia das investigações, foi nítido o processo de ‘esfriamento’ da notícia, sendo substituída por outros casos ‘quentes’. Com a resolução do caso, o assunto voltou a ser destaque e, consequentemente, ganhou evidência no jornal – como em uma montanha-russa e seus picos de emoção.

Já a discussão dos limites da linguagem literária e do simples reportar pode ser conferido no texto ‘Da crônica policial ao texto sensacionalista’.

Plim-plim

Em Santa Catarina, a Rede Brasil Sul de Televisão (RBS) é afiliada à Rede Globo de Televisão. Nesta parceria, o caso da menina morta na igreja de Joinville ganhou repercussão nacional. Os principais telejornais divulgaram com destaque a fatalidade, como o Bom Dia Brasil e no Jornal Nacional Também na internet, todos os dias, desde o inicio até o termino oficial do caso, o portal G1 acompanhou com destaque na primeira página o caso catarinense. Um fato inusitado, já que, quase exclusivamente, os principais casos publicados nesse espaço são do eixo Rio-São Paulo. Só mesmo um caso de violência para Santa Catarina emplacar nacionalmente.

(*) Aluno de Jornalismo na Univali e pesquisador-bolsista do Monitor de Mídia

***



Violência e segurança nos jornais catarinenses

Dizem por aí que a ferida só dói quando é tocada. Parece que a mídia, e por conseqüência a opinião pública, também funciona mais ou menos dessa maneira. Diante da violência e dos crimes brutais que ocorreram nos últimos dias, os jornais expuseram mais escancaradamente e com maior freqüência o assunto. Assim, despertou-se o interesse em saber quais assuntos entram na parte de segurança pública e polícia dos jornais. São só tragédias?

Este Monitor de Mídia buscou esses fatos nos jornais catarinenses de 12 a 15 de março. Observou o conteúdo das matérias, a maneira com que os assuntos foram tratados, e ainda mediu o espaço dedicado a esses temas. Os resultados estão nas tabelas, separadas por dia, editoria, manchetes e tamanho.

Jornal de Santa Catarina

O caso de Gabrielli Cristina Eicholz voou como uma flecha de Joinville para todo o mundo. No período analisado, O Jornal de Santa Catarina apresentou esse assunto em quase todas as edições, com exceção da primeira. No total, foram três matérias contando as novidades sobre o caso (publicadas nas edições dos dias 13, 14 e 15) e uma pequena entrevista com uma tia da menina na última edição avaliada.

A edição do dia 14/03 merece destaque por ser a mais consistente no caso e por trazer um infográfico da reconstituição de como ocorreu o crime. Neste mesmo dia, o jornal também falou sobre a tentativa de suicídio de uma agente de trânsito durante a reconstituição feita pelo assassino confesso de Gabrielli.

Continuando a tendência do assunto sobre o abuso infantil, o Santa publicou uma série de matérias sobre o tema na edição do dia 15/03. Foram cinco matérias contando os casos que vieram à tona após o da menina joinvillense. O jornal foi cuidadoso, divulgando apenas o fato sem citar nomes. Vale lembrar que, antes de o assassino confesso se entregar, o principal suspeito do crime era um adolescente de 17 anos. Apesar de não ter o seu nome divulgado na mídia, o ex-suspeito deu uma entrevista ao portal G1: ‘Menor conta drama de ter sido suspeito de matar menina’ em que conta as conseqüências de ter sido o suspeito do crime. Por isso, é importante tratar com cautela o que é divulgado em casos como esse.

No outro lado da tendência da vez, algumas matérias no campo policial apareceram em menor volume e intensidade. Acidentes de trânsito, por exemplo, raramente deixam de acontecer e resultaram em seis matérias. Todas as edições analisadas tocaram no assunto, porém em forma de notas. A única exceção foi uma matéria veiculada no dia 12/03 sobre o saldo dos acidentes do final de semana.

Outras notícias policiais também foram veiculadas. A edição do dia 12/03 trouxe a carta de um leitor falando sobre o aumento da violência nas cidades e na editoria geral, o caso do homem baleado dentro do hospital em Itajaí. No dia 13/03 foi publicada uma nota no caderno Geral e uma fotolegenda na contracapa sobre esse assunto. Porém, o que chamou a atenção nesta edição foi o volume de matérias relacionadas a segurança e polícia. Foi a mais recheada e contou com um total de 11 matérias sobre os temas.

No dia 14/03 foi publicada uma nota na coluna de Valther Ostermann sobre a necessidade do aumento do efetivo policial em Blumenau e o caso de uma mulher que denunciou a plantação de maconha do marido. Exceto isso, o jornal deu maior destaque aos acidentes de trânsito e ao caso Gabrielli. A última edição analisada, (15/3) trouxe dois artigos discutindo a maioridade penal no Brasil, um a favor da revisão e outro contra.

Completando a edição, foram publicadas as matérias: ‘Sobrinho é preso por matar tio’, ‘Polícia apreende quase 20 quilos de maconha’, ‘Agência do Besc é assaltada em Brusque’, ‘Blair consegue aprovar plano de defesa de mísseis’, ‘Jornalista seqüestrado aparece em vídeo’ e ‘Zagueiro cumprirá pena por agressão’.

O Santa, diferentemente dos outros dois periódicos do Grupo RBS (Diário Catarinense e A Notícia), não possui editorias especiais para polícia e segurança. No jornal blumenauense, as notícias relacionadas a esses assuntos pertencem ao caderno Geral, o que pode confundir o leitor que está em busca de matérias específicas sobre o assunto. De uma forma geral, as reportagens policiais dão um tratamento frio ao texto, como se tratasse de qualquer outro assunto. Acompanhe na tabela abaixo a publicação do Santa sobre polícia e segurança.

12/03

Editoria

Título

Cm/coluna

Capa

‘Trânsito causa cinco mortes no fim de semana’

3

Opinião

Cartas – Violência

7

Geral

‘Ex-fugitivo internado é baleado dentro do hospital’

6.9

Geral

‘Em 48 horas, seis mortos no trânsito’

25.5

Geral

‘Homem atropelado na BR-470 é identificado’

5.9

13/03

Capa

‘Comando da PM mais próxima de Blumenau’

22.2

Capa

‘Preso acusado de matar menina em Joinville’

2.2

Geral

‘Polícia espera comando próprio em dois meses’

46,5

Geral

‘O crime está na mira’

88

Geral

‘PM e Defesa Civil recebem nova frota’

7

Geral

‘Morre preso baleado no hospital’

16.9

Geral

‘Homem de Itajaí morre na BR-101’

6

Geral

‘Polícia começa a investigar morte de aposentado’

25.3

Geral

‘Polícia prende jovem suspeita de assalto’

6

Geral

‘Balas perdidas matam mais duas pessoas’

6.2

Geral

‘Polícia prende suspeito de matar menina’

58

Geral

‘Motociclista de 20 anos morre em acidente’

4.7

Geral

‘Corpo é resgatado do Rio Tijucas’

6.2

Contracapa

‘Morte sob escolta’ (foto)

260,04

14/03

Capa

‘Crueldade revivida na reconstituição do caso Gabrielli’

0.7

Capa

‘Dia de Fúria’

7.2

Informe

‘Relembrando’ (coluna de Valther Ostermann)

3.6

Geral

‘Engavetamento envolve oito veículos no Victor Konder’

70,2

Geral

‘Suspeito Reconstitui cena do crime’

54,4

Geral

‘Mulher denuncia plantação de maconha do marido’

2.8

15/03

Capa

‘Litoral registra novos casos de abuso sexual contra menores’

2.1

Opinião

‘Uma discussão necessária’

30,4

Opinião

‘Maioridade penal’

21,6

Informe

‘Caso Elfy’

6

Geral

‘Novos casos de agressão sexual’

60

Geral

‘Professor é suspeito de abusar de alunos’

15,8

Geral

‘A gente tem vontade de fazer justiça com as próprias mãos’

25,2

Geral

‘Outro caso vem à tona no Litoral’

13.7

Geral

‘Assassino é levado ao presídio’

27,8

Geral

‘Sobrinho é preso por matar tio’

24,8

Geral

‘Polícia apreende quase 20 quilos de maconha’

3.2

Geral

‘Agência do Besc é assaltada em Brusque’

3

Geral

‘Homem morre atropelado na BR-101’

2.3

Mundo

‘Blair consegue aprovar plano de defesa de mísseis’

8.3

Mundo

‘Jornalista seqüestrado aparece em vídeo’

3.8

Esportes

‘Zagueiro cumprirá pena por agressão’

24,3

Diarinho

O Diário do Litoral, ou Diarinho como é mais conhecido, é um jornal que abrange notícias locais, regionais e estaduais. Possui algumas características marcantes, como a linguagem bem coloquial (sidespede no lugar de ‘se despede’, por exemplo), e por vezes, chula; além de considerar o critério impacto um dos mais importantes, utiliza também fotos chocantes e imprime um caráter sensacionalista. É um jornal popular, no sentido de que muitas pessoas o lêem, das classes mais inferiores até as mais altas. O carro chefe do periódico é a editoria polícia. Mas pelo conteúdo, se configura mais como popularesco, por abusar de conteúdo sensacionalista.

Contudo, diferentemente dos outros jornais analisados, durante o período em que o Monitor de Mídia acompanhou o Diarinho foram poucas as matérias sobre acidentes. Geralmente, tratava-se de prisões de criminosos e traficantes, ou de ações de bandidos que não foram capturados. O periódico apresenta muitas matérias que nasceram de denúncias anônimas ou do próprio jornal, e sobre isso afirmou no dia 14/03, na matéria: ‘PM apreende produtos furtados’ que ‘a participação da comunidade é uma arma importante no combate à criminalidade’.

Um fato que chamou a atenção foi que, nos dias analisados, o periódico não trouxe nenhuma matéria, nem uma nota sequer sobre o caso da menina joinvillense Gabrielli. Mesmo com toda a movimentação que ocorreu esta semana em torno do caso, como a confissão de um acusado, a reconstituição do crime e uma agente de trânsito que atirou em seu próprio peito, nada saiu sobre o assunto.

Entretanto, o Diarinho foi o primeiro dos três jornais que publicou uma matéria sobre os casos de abuso sexual de menores que ocorreram no estado. No dia 14/03, o assunto foi manchete em: ‘Professor é acusado de abusar de alunos no Itajaí’ e também na matéria que abriu o caderno de polícia, que dedicou página inteira com o mesmo título. O periódico fez um paralelo de três histórias: uma que ocorreu em Penha, outra em Itajaí e outra em Piçarras.

Os assuntos de segurança pública apareceram poucas vezes no jornal. Na edição do dia 14/03, mostrou: ‘Base de segurança é revitalizada’ em que o 7º batalhão de Polícia Militar de São José foi recuperado com o apoio da comunidade, numa ação que faz parte do projeto Polícia Comunitária implantado no município. No dia 15/03 trouxe: ‘Codetran tá em cima dos infratores’ em que alertou que a polícia estava fazendo blitz e apreendendo carros irregulares e motoristas infratores.

De acidentes também são poucas as matérias no jornal. Somente em duas edições. No dia 12/03 apresentou: ‘Bebum é preso dirigindo’ e no dia 13/3 trouxe: ‘Motora dorme no volante e bate brutus’.

Acompanhe na tabela abaixo a publicação do Diarinho sobre polícia e segurança.

12/3

Editoria

Título

Cm/coluna

Manchete

‘Bandido invade hospital e atira na cabeça de guri jurado de morte’

Não se aplica

Polícia

‘Cara invade hospital e atira na cabeça de guri’

102,4

Polícia

‘Assaltantes levam R$ 30 mil de uma empresa nas Areias’

21,6

Polícia

‘Cara preso com espingarda dentro de zona de São Viça’

44,4

Polícia

‘Final de semana com três mortos e três feridos a tiros’

60,8

Polícia

‘Malaco preso por roubo foge da delegacia de Camboriú’

22,4

Polícia

‘Civil apreende R$ 300 mil em pasta de cocaína pura no Itajaí’

93

Polícia

‘Foragido do Rio Grande é preso em morro’

45

Polícia

‘Dona Justa nega liberdade pra guria que matou a mãe esfaqueada’

21

Polícia

‘Guri craqueiro leva tirombaço na perna’

11,7

Polícia

‘Procurados por assassinato são presos’

15

Polícia

‘Casal de ladrão vai em cana’

7,9

Polícia

‘Assaltantes são presos’

7,9

Polícia

‘Argentino se ferrou’

9,2

Polícia

‘Polícia encontra chevetão’

6,5

Polícia

‘Motoqueiro é preso com carteira falsa’

11

Polícia

‘Bebum é preso dirigindo’

5,6

Polícia

‘Malocada furta posto turístico’

15,2

13/3

Manchete

‘Guri baleado dentro do Marieta morre na UTI do hospital’

Não se aplica

Polícia

‘Golpistas de luxo são indiciados’

16,4

Polícia

‘Torcedor pego com maconha vai ficar longe do estádio por três jogos’

16,7

Polícia

‘Bandidão pedido pela dona justa volta para trás das grades’

78

Polícia

‘PM grampeia traficas que vendiam crack’

7,8

Polícia

‘Andarilho é espancado’

10,6

Polícia

‘Polícia desce porrada em festa de criança’

16,3

Polícia

‘Motora dorme no volante e bate brutus’

7,4

Polícia

‘PM pega nove quilos de erva’

14,1

Polícia

‘Dono de bar reage a assalto e é baleado’

10,2

Polícia

‘Cartorário morre em acidente misterioso’

24,3

Polícia

‘Diretora e monitoras são afastadas’

24

Polícia

‘Bandidão de Itajaí foge do presídio de Tijucas’

33,8

Polícia

‘Malacos usam coletes da polícia para assaltar’

13,2

Polícia

‘Piripaque mata delegado dentro da central de polícia’

55,6

14/3

Manchete

‘Professor é acusado de abusar de alunos no Itajaí’

Não se aplica

Polícia

‘Professor é acusado de abusar de alunos no Itajaí’

136,4

Polícia

‘Malas tocam o terror na Meia Praia’

33,6

Polícia

‘Família sidespede de guri assassinado no hospital’

56

Polícia

‘Emoção marca enterro do delegado Acioni’

35,4

Polícia

‘Cabras roubam R$ 6 mil de advogada’

18,6

Polícia

‘Brigões saem na faca em São José’

10,2

Polícia

‘Mulher cai da cama e morre’

7,2

Polícia

‘Idosa é amarrada em assalto em São José’

11,5

Polícia

‘Garrucha é apreendida na Palhoça’

9,1

Polícia

‘Foragido da DP é capturado’

10,9

Polícia

‘Traficante internacional de drogas é presa em Palhoça’

75,2

Polícia

‘PM apreende drogas e produtos furtados’

35,6

Polícia

‘PM apreende máquinas de jogatina’

14,4

15/3

Manchete

‘Guri é preso com arma e droga dentro de colégio’

Não se aplica

Polícia

‘Malacos atrapalhados vão em cana aprontando em Navega’

67,6

Polícia

‘Bandidos roubam banco na Santa & Bela’

15,7

Polícia

‘Ladrão apanha de dono de bar e vai em cana’

30,3

Polícia

‘PM captura fujão e apreende drogas’

15,6

Polícia

‘Guri é pego com cocaína e arma dentro de escola’

18,7

Polícia

‘Codetran ta em cima dos infratores’

13,8

Polícia

‘Polícia fecha bingo recheado com 36 máquinas caça-grana’

53,6

Polícia

‘Julgamento de bandidos é adiado no Itajaí’

22

Polícia

‘Loja de roupas é furtada na Interpraias’

23,4

Polícia

‘Assaltantes dão preju de R$ 12 mil para joalheria’

15,6

Polícia

‘Bandidos roubam carinha no Itajaí’

11,8

Polícia

‘Eletrecista ficou sem moto’

7,7

Polícia

‘Brigas terminam em quatros esfaqueados na Grande Florianópolis’

85,2

Polícia

‘Tirombaços deixam um morto e um ferido em Buguaçú’

22

Polícia

”Doido chapado tenta simatar e vai parar na]o hospital’

22

Polícia

‘Droga que seria levada para Balneário é apreendida’

14,4

Polícia

‘Bruto capota e bloqueia trecho da BR-101’

13,5

Polícia

‘Início de incêndio’

5

A Notícia

Em A Notícia do dia 12/3, a onda de violência às crianças ganha destaque, e o caso da menina Gabrielli ganha acompanhamento diário (acompanhe o acompanhamento do caso no link Especiais). Na editoria Mundo, há diversas notas que também relacionam a violência em nível mundial. Atentados terroristas e assaltos a idosos são alguns dos fatos mais noticiados. O jornal mantém uma editoria específica para Segurança, porém, ao abrir as páginas de Geral, podem-se ver mais notícias relacionadas à violência.

A editoria ‘Destaque’ do dia 12/03 trouxe a manchete: ‘Mulheres seduzidas pelo tráfico’. A matéria apresentou uma visão de mulher sensibilizada, usando depoimentos de detentas que afirmam terem entrado no mundo do crime para sustentar a família ou por influência do companheiro. O entretítulo ‘Relatos de uma mãe arrependida’ mostrou a vida de uma presidiária de 35 anos, mãe de seis filhos, que está condenada a quatro anos de prisão no regime fechado, mais uma vez procurando sensibilizar o leitor.

No dia 14/03, a reportagem ‘O passo-a-passo da Bárbarie’, além de trazer a reconstituição do ‘caso Gabrielli’, apresentou a opinião de advogados que se negam a defender acusados de estupro numa clara tendência de mobilização da opinião pública contra a violência urbana. Ao lado da matéria havia um box que recuperava os piores crimes cometidos em Santa Catarina. No dia 15/03, o AN novamente deu prioridade ao caso da menina joinvillense, comparando o crime a outros casos de violência sexual contra crianças que estão investigados no Litoral Norte.

Apesar da quantidade de reportagens sobre violência que compõem o Jornal A Notícia, os textos do periódico não podem ser caracterizados pelo sensacionalismo. Não há fotos chocantes e os textos tentam ser objetivos. De todas as notícias publicadas, apenas o ‘caso Gabrielli’ teve seqüência das informações. Acompanhe na tabela abaixo a publicação de A Notícia sobre polícia e segurança.

12/3

Editoria

Título

Cm/coluna

Capa

‘Menino jogado de carro por ladrões’

4,2

Capa

‘Mais mulheres são atraídas ao tráfico’

4,3

Capa

‘Visita tumultuada e rápida de Bush’

4,3

Opinião

‘O preço de uma bala’

42,9

Opinião

‘O Ser e o caos’

28

Destaque

‘Mulheres seduzidas pelo tráfico’

285,6

Mundo

‘Colômbia esquenta para Bush’

66,5

Mundo

‘Munição de guerra achada em jardim’

11,1

Mundo

‘Atentado mata 32 peregrinos’

10,6

Mundo

‘Assaltante agride mulher de 101 anos’

10,1

Mundo

‘Al Qaeda tentou bloquear internet’

11

Segurança

‘Ladrões jogam menino de carro’

105,6

Segurança

‘Pintor morto depois de proteger amigo’

31,2

Segurança

‘Semana foi violenta para os cariocas’

22,5

Segurança

‘Apreendidos 20 kg de pasta de cocaína’

6

Segurança

‘Homem tenta esfaquear PM’

8

Segurança

‘Acidentes de trânsito’

46,8

13/3

Capa

‘Polícia anuncia prisão de suspeito’

84

Capa

‘Homicídios em hospitais de Rio do Sul e Itajaí’

6,6

Geral

‘Trio acusado de seqüestro é apresentado’

20,6

Mundo

‘Nove mortos com a explosão de uma bomba no Afeganistão’

3,2

Mundo

‘Ataque suicida em um ciber café’

7,9

Mundo

‘Acidente’

3,9

Mundo

‘Repórter da BBC some em Gaza’

7,9

Mundo

‘Velório’

7,8

Mundo

‘Pedreiro é o assassino confesso de Gabrielli’

145,8

Segurança

‘Tragédias em hospitais’

96

14/3

Capa

‘Suspeito refaz os passos do assassinato’

134

Opinião

‘A eficiência da polícia’

45

Opinião

‘A panacéia da maioridade penal’

28

Destaque

‘O passo-a-passo da barbárie’

386,1

Mundo

‘Reféns europeus são libertados’

10

Segurança

‘Mulher no comando de quadrilha’

90

Segurança

‘Hospital vai rever segurança’

10,5

Segurança

‘Jovens mortos na porta da escola’

10,5

Segurança

‘Foi libertada irmã do jogador Ricardo’

23

Segurança

‘Adolescente tem alta de hospital’

10,5

15/3

Capa

‘Ainda há dúvidas no caso Gabrielli’

5

Opinião

‘A violência na escola’

28

Política

‘Aprovado fundo antiviolência’

44

Geral

‘Acidente aéreo causa quatro mortes’

10,5

Mundo

Justiça da Itália condena argentinos

9,8

Mundo

‘Protesto no fim do tour latino’

9,9

Segurança

‘Suspeito já está no presídio de Joinville’

212,5

Segurança

‘Homem morto com três facadas’

9,2

Segurança

‘Dupla invade casa e mata um’

12,3

Segurança

‘Atropelado por trem não resiste’

10,7

Segurança

’11ª Vítima’

8,1

Diário Catarinense

No Diário Catarinense do dia 12/03 foram contabilizadas doze matérias relacionadas a violência e segurança pública. Na página 26, editoria de polícia, o DC concentrou quatro matérias sobre crimes que aconteceram nas cidades de Anita Garibaldi, na capital Florianópolis, em Itajaí e Lages. O assassinato na cidade de Lages ocorreu em seis de março de 2006, foi um resgate desnecessário e para cobrir espaço vazio, já que do casal acusado, a mulher foi condenada em outubro de 2006 e o homem ainda aguarda julgamento. Não havia um fato novo, nenhuma resolução e nem uma perspectiva da data do julgamento.

Na página 27, o DC trouxe três matérias e quatro notas sobre esse tema. Duas matérias eram do Rio de Janeiro e uma do Rio Grande do Sul. As matérias do Rio de Janeiro tratavam do caso João Hélio e um novo assalto que envolveu uma criança arremessada para fora do carro do pai. A matéria do Rio Grande do Sul é sobre a descoberta de um esquema para aliciar menores.

No Diário Catarinense do dia 13/03, a ênfase foi para o ‘caso Gabrielli’. A página 29 do periódico foi ocupada por quatro matérias relacionadas ao crime, mais um box explicando como o assassino agiu. A edição ainda trouxe a reportagem sobre o garoto baleado no hospital em Itajaí, sem citar nome e idade do rapaz.

O destaque do dia 14/03 foi novamente o ‘caso Gabrielli’ com a reportagem ‘Crueldade revivida’, apresentada na capa com a foto-destaque ‘Como foi a barbárie’. Outras notas sem muito destaque trataram do temporal em Itajaí, de um acidente de carro no Paraná, da prisão de uma acusada de tráfico internacional, de um homem encontrado com maconha, da morte de dois estudantes baleados e do abuso sexual de uma menina de seis anos.

O jornal de quinta-feira 15/03 apresenta uma reportagem especial que ocupa as páginas quatro e cinco, com o título ‘Onda de Violência’. A matéria usa o ‘caso Gabrielli’ para falar de outros crimes de violência sexual ocorridos no estado. O destaque da matéria principal vai para declaração da psicóloga, policial e antropóloga Victória Regina dos Santos, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Victória afirma que não ouve um aumento no número de casos de violência, e sim a imprensa que voltou as atenções para eles.

O DC não possui uma editoria específica de Segurança. Matérias sobre acidentes de trânsito aparecem na editoria Geral. Somente na edição do dia 15/03 houve uma matéria sobre violência fora da editoria Polícia. O caderno Mundo trouxe ‘Ataque em lotação mata oito pessoas’. Reportagens e notas relacionadas às drogas, prisões e apreensões, são publicadas na editoria de Polícia. Acompanhe na tabela abaixo a publicação do DC sobre polícia e segurança.

12/03

Editoria

Título

Cm/coluna

CAPA

Estradas tem fim de semana trágico

18

GERAL

Fim de Semana com 11 mortos nas estradas

30

POLÍCIA

Suspeito pelo assassinato de professora está preso

54

POLÍCIA

Há um ano , outro crime chocava

36

POLÍCIA

Pintor é morto depois de separar briga

44

POLÍCIA

Ex-fugitivo baleado em hospital

16

POLÍCIA

Assaltantes jogam menino para fora de carro no Rio

87,5

POLÍCIA

Passeata relembra João Hélio

21

POLÍCIA

Casal confessa rapto de crianças

33

POLÍCIA

Suspeito do crime depõe na polícia

5

POLICIA

Policial leva duas facadas em ocorrência

5

POLICIA

Dois são presos por furtos em carros

4.7

POLICIA

Vinte quilos de cocaína achadas em fundo falso

4.7

13/03

CAPA

Foto Destaque: Preso acusado de Assassinar criança

58

GERAL

Capotagem mata um e fere oito

47

GERAL

Cinco acidentes fatais pelo Estado

21

POLÍCIA

Morre preso baleado dentro de hospital em Itajaí

51

POLÍCIA

Deic apresenta dupla flagrada com cocaína

8.4

POLÍCIA

Detidos todos os seqüestradores de universitário

15.5

POLÍCIA

Caso Gabrielli: ‘Ele destruiu duas famílias’

24

POLÍCIA

Pedreiro confessa o assassinato de Gabrielli

125.2

14/03

CAPA

Foto-destaque ‘Como foi a barbárie’

52,5

CAPA

Chamada de capa com foto: ‘Quadrilha internacional tinha braço em Palhoça’

8

Reportagem Especial

‘Crueldade revivida’

316,5

Geral

‘Temporal alaga ruas no Vale do Itajaí’

116,5

Geral

‘Acidente mata cinco e deixa 28 feridos no PR’

6,5

Geral

‘União anuncia verba para SC’

29

Geral

‘Inpe irá pesquisar mudanças’

13,5

Polícia

‘´Presa acusada de tráfico internacional’

80,5

Polícia

‘Mandados cumpridos em quatro estados’

18

Polícia

‘Negada liberdade para bancário’

33

Polícia

‘Após crime, hospital vai rever segurança’

11

Polícia

‘Morrem dois estudantes baleados’

11

Polícia

‘Menina de seis anos sofre abuso sexual’

36

Polícia

‘Homem é preso com maconha’

26

15/03

CAPA

Violência contra crianças: Abuso em Joinville traz à tona outros casos

3

CAPA

Crime em São João Batista: Regalia para jovem que ajudou em assassinato

3

CAPA

Acidente em Tubarão: Homem morre ao ser atropelado por trem

3

Reportagem Especial

Onda de violência

319.5

MUNDO

Ataque em lotação mata oito pessoas

52.5

GERAL

Balneário, Itajaí e Camboriú fazem limpeza após enxurrada

91.5

GERAL

Homem morre atropelado por trem

47

POLÍCIA

Jovem envolvida em assassinato terá regalias

45

POLÍCIA

Policiais oferecem recompensa

21

POLÍCIA

Casal tinha estoque com furtos

29

POLÍCIA

Brasil luta pela extradição de joinvilense

14.5

CONTRACAPA

Foto-destaque: Caçada ampla a matadores

57