Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O diploma não morrerá

Após quase duas semanas da decisão do Supremo Tribunal Federal, que retirou a obrigatoriedade de exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, o Brasil ainda se movimenta para contornar a decisão dos ministros.

Durante esse período, houve manifestações pelo país, porém ainda pouco significativas. Desde o impeachment de Fernando Collor, a sociedade não se reúne, em grande número, para mostrar indignação com determinadas decisões no país.

Um dia após a decisão do Supremo, o ministro das Comunicações Helio Costa, que é jornalista não diplomado, também mostrou sua indignação e defendeu a exigência do diploma, solicitando que algum senador ou deputado criasse um projeto para mudar a decisão.

Profissão desvalorizada

Independente do pedido do ministro, já há parlamentares em busca de apoio para regulamentar a exigência do diploma. Até quarta-feira (1/7), o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) deve apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com o apoio de 40 senadores. Para se apresentar uma PEC são necessárias apenas 27 assinaturas.

Na Câmara, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e José Airton Cirilo (PT-RS) pretendem apresentar propostas semelhantes, mas que ainda estão em processo de coleta de assinaturas.

Mesmo com assuntos polêmicos preenchendo as páginas dos jornais, como a situação de José Sarney e a morte de Michael Jackson, a semana promete novos rumos para o jornalismo brasileiro.

São sinais de que os nossos representantes têm consciência da importância da obrigatoriedade do diploma, uma vez que, sem ele, a profissão poderia ser desvalorizada, com qualquer jornalzinho contratando jornalistas a preço de banana. 

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Estudante de jornalismo em São Paulo, criador do site Tutube.com.br