Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

O Estado de S. Paulo

GRAMPOS EM DEBATE
Ricardo Brandt

Internautas se dividem sobre escuta na Abin

‘A proposta que visa a permitir à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a realização de escutas telefônicas, com autorização judicial, divide opiniões não só na cúpula das forças de segurança nacional, mas também entre a população. Enquete realizada pelo portal estadao.com.br mostra que 52% dos internautas acham que a Abin deve ser autorizada a fazer escutas e 48% discordam.

Na semana passada, ao deixar o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Paulo Lacerda, que vai assumir a direção-geral da Abin, disse que pedirá ao Congresso a aprovação de uma lei que autorize a agência a fazer escutas em casos excepcionais, como suspeitas de terrorismo e sabotagem – um risco real para o Brasil, segundo ele. Lacerda foi incumbido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de promover uma transformação radical na Abin.

O sucessor de Lacerda na Polícia Federal foi um dos primeiros a se manifestar contra a proposta. O delegado Luiz Fernando Corrêa, que assumiu o cargo de diretor-geral na segunda-feira, afirmou que os policiais federais já atuam no combate ao terrorismo e a ações de sabotagem contra instalações públicas. Destacou que já há, até mesmo, equipes especializadas. ‘O grampo só deve existir para produção de prova em investigações criminais, o que não é atribuição da Abin, mas da PF’, defendeu.

Lacerda tem opinião divergente. ‘O Brasil está em franco processo de desenvolvimento e poderá se tornar alvo do terrorismo. A sabotagem e as ameaças de terrorismo podem causar danos ao Estado e à sociedade’, argumentou, durante sabatina no Senado, na terça-feira.

Corrêa, que foi um dos responsáveis pela criação do novo sistema de grampos da PF, quando ainda chefiava a Delegacia de Repressão a Entorpecentes no Rio Grande do Sul, defende apenas o compartilhamento de informações com a Abin – em questões de segurança nacional.

O novo sistema de escutas da PF é modelo. Batizado de Guardião, ele pode fazer 400 interceptações telefônicas ao mesmo tempo e foi o principal instrumento para desvendar casos de corrupção nos últimos anos. Ele foi usado como suporte nas mais de 400 operações realizadas pela Polícia Federal sob o comando de Lacerda.

O assunto também divide opiniões entre especialistas da área jurídica e criminal. O advogado criminalista Frederico Crissiúma de Figueiredo argumenta que a proposta é inconstitucional, pois a quebra do sigilo só pode ocorrer em casos de investigação criminal ou instrução processual. Como a lei estabelece que a Abin é responsável por fornecer subsídios ao presidente da República nos assuntos de interesse nacional, ele considera que não há possibilidade de o órgão quebrar o sigilo telefônico dentro dos preceitos constitucionais.

O coronel Geraldo Cavagnari, membro do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, discorda ao defender o uso das escutas como mecanismos de espionagem no exterior e contra-inteligência dentro do País. ‘Isso é comum nos países desenvolvidos, que têm bons serviços de inteligência e não são ditaduras’, argumenta.

A voz apaziguadora veio do ministro da Justiça, Tarso Genro, que após a troca de opiniões públicas entre os chefes da Abin e da PF disse que ‘não há conflito de atribuições’ entre os órgãos. ‘A utilização do grampo, se for feita, deve ser decidida pelo presidente na sua relação com a Abin e, evidentemente, pelo Congresso.’’

INTERNET
O Estado de S. Paulo

País também foi vítima de hackers chineses

‘Francis Delons, secretário de Defesa Nacional da França, ligado ao gabinete do primeiro-ministro François Fillon, afirmou ontem que a França também foi alvo de ataques cibernéticos chineses. Nas últimas semanas, Alemanha, EUA e Grã-Bretanha acusaram Pequim de invadir computadores de seus governos. Até agora, a China negou todas as acusações.’

CASO MADDIE
O Estado de S. Paulo

Pais de Madeleine ficam em Portugal e juram inocência

‘Reuters e AP, Praia da Luz, Portugal – Philomena McCann, irmã de Gerry McCann, pai da garotinha Madeleine, de 4 anos, desaparecida há quatro meses em Portugal, disse ontem à rede de TV britânica BBC que seu irmão e sua cunhada gostariam de voltar à Grã-Bretanha, mas permanecerão na casa que alugaram na Praia da Luz para provar sua inocência no caso. ‘Eles não querem dar a impressão de que estão fugindo’, disse.

Na sexta-feira, o anúncio da polícia portuguesa de declarar os pais de Madeleine suspeitos de uma suposta morte acidental da menina causou uma reviravolta no caso. Até então, o único suspeito era o britânico Robert Murat, que mora com sua mãe próximo ao hotel onde se hospedava a família McCann quando Madeleine desapareceu. A casa de Murat já foi revistada duas vezes e nada foi encontrado. A polícia, no entanto, informou ontem que ele ainda é suspeito no caso.

Madeleine desapareceu em 3 de maio de um hotel na Praia da Luz. Seus pais dizem que estavam jantando com amigos enquanto a menina dormia com seus irmãos mais novos, um casal de gêmeos de 2 anos. Desde então, o drama dos pais de Madeleine comoveu o mundo.

A mãe, Kate, e o pai, Gerry, ambos médicos, alugaram uma casa no local onde a filha foi vista pela última vez e passaram a peregrinar pela Europa com fotos e brinquedos de Madeleine. Reuniram-se com o papa Bento 16, sensibilizaram a escritora J.K.Rowling, que decidiu exibir um pôster da menina no lançamento do último livro da série Harry Potter.

Depois foi o craque David Beckham que gravou um apelo emocionado na TV. Tanta publicidade serviu para que os pais arrecadassem US$ 2 milhões em ajuda. Dinheiro bem-vindo, já que os McCann não recebiam salários desde junho.

REVIRAVOLTA

Na quarta-feira, porém, testes realizados na Grã-Bretanha revelaram traços de sangue, que poderiam ser de Madeleine, no carro alugado pelo casal 25 dias depois de ela ter desaparecido. Uma das teses da polícia passou a ser a de que Kate seria responsável pela morte acidental da filha dentro do quarto do hotel. Com ajuda do marido, eles teriam escondido o corpo e usado o carro alugado para transportá-lo para outro lugar.

Depois de dois dias de interrogatórios, Kate e Gerry foram declarados suspeitos na sexta-feira. Philomena McCann, a tia, afirmou que a polícia portuguesa teria oferecido um acordo a Kate: dois anos de prisão em troca da confissão do crime. Os pais continuam afirmando que são inocentes.

‘A polícia não está mais procurando por Madeleine’, disse John Corner, um amigo da família. ‘O que eles querem é uma maneira de encerrar o caso o mais rápido possível. E o jeito mais fácil de fazer isso é acusar a família.’ O advogado português dos McCanns, Carlos Pinto Abreu, disse ontem que, por enquanto, não há nenhuma acusação formal e que as investigações continuam.’

TELECOMUNICAÇÕES
Ethevaldo Siqueira

Esqueletos e sacos sem fundo nas Comunicações

‘Tenho pena do próximo presidente da República, pois ele irá receber uma herança terrível nas Comunicações. Ao invés de modernizar e harmonizar a legislação setorial, o governo Lula deixará ao sucessor uma colcha de retalhos de disposições contraditórias e geradoras de conflitos potenciais, além de fundos e tributos extorsivos que sugam bilhões, sem qualquer retorno.

Há um imenso descompasso entre o desenvolvimento da tecnologia e a legislação de Comunicações no Brasil. Numa época em que a digitalização domina todos os segmentos da eletrônica e das comunicações e em que a internet, o celular e as redes de banda larga se expandem em escala planetária, o Executivo e o Congresso insistem em esvaziar as agências reguladoras em favor do fortalecimento político dos ministérios, e em discutir questões menores e interesses de grupos.

O fato é que o governo Lula paralisou de vez a modernização institucional do setor por falta de projeto, de quadros competentes e de orientação. Esse cenário começou a desenhar-se no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, que interrompeu o projeto de reestruturação das Comunicações, iniciado pelo ex-ministro Sérgio Motta.

Para comprovar essa situação, convido o leitor a analisar, sucintamente, quatro pontos da gestão estatal no setor de Comunicações: Telebrás, Eletronet, Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e Fundo de Fiscalização de Telecomunicações (Fistel).

Comecemos pela Telebrás. Não se surpreenda, leitor: a Telebrás, embora privatizada há 9 anos, ainda não foi extinta. Mesmo inativa, a empresa tem existência legal e tem diretores que cuidam de uma montanha de papéis ligados a questões pendentes, ao quadro de funcionários – cedidos, em sua maioria, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – e a responsabilidades judiciais, entre as quais, as dívidas resultantes de condenações e indenizações milionárias, inclusive os R$ 254 milhões que está pagando a uma minúscula empresa, como a VT Um Produções. E pior: o governo quer ressuscitar a Telebrás, para operar diversos serviços.

Outro esqueleto é a Eletronet, uma estatal falida, ligada à Eletrobrás e a um sócio estrangeiro. Detentora de uma rede de cabos de fibra óptica de 16 mil quilômetros, que cruza o País de norte a sul, a empresa está paralisada desde 2003 e tem dívidas de mais de R$ 600 milhões com os fornecedores de infra-estrutura. Seus cabos de fibra óptica foram instalados sobre a rede de energia elétrica das estatais do grupo Eletrobrás (Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul).

Mas o governo considera a Eletronet uma empresa estratégica e pensa em reestatizá-la, por intermédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

SACOS SEM FUNDOS

Além desses dois esqueletos, o governo federal administra diversos fundos que, contrariamente à sua finalidade legal, se transformam em mero sugadouro de recursos, encarecendo os serviços de telecomunicações, sem qualquer contrapartida à sociedade.

O caso mais revoltante é o Fust, sob cujo rótulo já foram arrecadados mais de R$ 5 bilhões, desde sua criação no ano 2000, sem ter aplicado um único centavo em benefício do País. Esses bilhões já foram para o ralo, sem qualquer possibilidade de utilização futura. O ministro Hélio Costa, desde 2005, vem prometendo utilizar cerca de R$ 600 milhões por ano em projetos do Fust. Mas até agora, zero.

Arrecadar um fundo e não aplicá-lo é um procedimento imoral. Caberia ao governo devolvê-lo aos contribuintes ou reaplicá-lo na mesma área nos exercícios seguintes. Mas isso não acontece.

Como o governo não aprova projetos segundo as regras do Fust, seus recursos acabam sendo engolidos pelo Tesouro Nacional sob a rubrica de superávit fiscal.

Outro fundo mal gerido é o Fistel, que deveria ser utilizado única e exclusivamente para cobrir as despesas de fiscalização da Anatel. Para se ter uma idéia de outro confisco absurdo e inconstitucional, é bom lembrar que o orçamento anual da Anatel é pouco superior a R$ 300 milhões, enquanto o governo se apropria ilegalmente de mais de R$ 1,5 bilhão arrecadados (e não aplicados na fiscalização) do Fistel a cada ano.

CORTE DE RECURSOS

Além de confiscar o equivalente a cinco orçamentos da Anatel por ano, o governo impõe à agência cortes cada vez mais drásticos em seus recursos, impedindo-a de aparelhar-se adequadamente para cumprir suas obrigações legais, como, por exemplo, fiscalizar e coibir as 20 mil ou 30 mil rádios piratas que infernizam os maiores aeroportos do País, pondo em risco a vida de milhares de passageiros de aviões e bloqueando comunicações de emergência, como as da polícia, do corpo de bombeiros e dos prontos-socorros.

E o último lembrete: o Brasil é campeão mundial em tributação sobre serviços de telecomunicações. Mais de 40% do valor de nossas contas telefônicas representam ICMS, PIS e Cofins, entre outros tributos.

Eis aí o cenário da gestão estatal de nossas Comunicações que não vai mudar até 2010.’

JORNALISMO LITERÁRIO
Mônica Manir

Ele é amigo do rei

‘Ele foi-se embora pra América. Lá foi ser amigo do rei. Yes, do Pelé. E da Gisele, a Bündchen. E da Naomi, do Coppola, da Mariah Carey, da Raica, do De Niro, do Raul Boesel e até do Silvio, o Santos. Conta João de Matos que, em 1976, época de vacas esturricadas, Silvio lhe emprestou 5 mil ‘dólar’. Emprestou, não. Deu a grana, porque nunca a quis de volta. João morava em Nova York e fazia uns bicos para o apresentador comprando eletroeletrônicos na Rua 46. Com o dinheiro, entrou de sócio na Bacc (Brazilian American Cultural Center), centro de divulgação da cultura brasileira com escritório em Manhattan. O negócio virou uma agência de viagens, que se multiplicou em outras duas, mais três restaurantes e um jornal. A coisa deslanchou num tanto que João ficou, assim, milionário. ‘Pergunta pro Silvio dessa história do empréstimo. Ele vai te atender. É só falar que é para uma matéria sobre o João de Matos’, diz o próprio.

Silvio não foi localizado, mas a história dá um pouco da medida de como João enxerga João: um PR, public relations, que tem ótimas relações públicas com Deus e uma série de celebridades. O paulistano nascido no Brás há 60 anos costuma anunciar sua facilidade para ser bem-quisto na alta-roda – e na baixa também. No último Brazilian Day, que arrebanhou mais de 1,5 milhão de pessoas na 46 e na vizinhança, João levou vários tapinhas nas costas por coordenar a maior festa étnica dos Estados Unidos. Até o chefe de polícia deu congratulations pela organização, que não teria registrado nenhuma ocorrência grave, a não ser prováveis atrações entre policiais americanos e brasileiras. João enumera mais de dez casamentos do gênero de quem se conheceu no evento.

O compadrio marca a trajetória de João desde que chegou a Miami, em 1965, com uma carta de chamado de responsabilidade. Um amigo mandou o tal documento para o consulado, com um comprovante de imposto de renda, dizendo-se responsável pelo sustento de João no estrangeiro. Entrou legalizado, mas não migrou pensando em ficar. O adolescente de menos de 18 anos queria era voltar com um Mustang a tiracolo o mais velozmente possível. ‘Depois de seis meses nos Estados Unidos com o carro, poderia trazê-lo de volta sem pagar nenhuma taxa’, lembra. Como lei também muda nos EUA, aquela mudou. O prazo se ampliou para cinco anos e João foi-se deixando ficar na outra civilização.

Primeiro lavou pratos numa cozinha que servia companhias aéreas. Dali foi alçado a motorista de caminhão da mesma empresa, levando comida para aeroportos. Dez meses depois, às vésperas de embarcar ele mesmo pra casa, decidiu conhecer Los Angeles. Chegou de carro com uns amigos, doido para conhecer pop stars. Viu show ao vivo dos Beatles, ajudou a levantar do chão um Jim Morrison bêbado. A luz do dia, porém, não trazia tanto glamour. João operava máquinas numa fábrica de isopor. Ficou, obviamente, amigo do dono. Ainda assim, foi insultado por um gerente, que o chamou de burro e wet bag. A expressão (saco molhado) cunhava os mexicanos que atravessavam a fronteira a nado. ‘Mexicano, brasileiro, não falava inglês, era wet bag.’ O gerente mexeu com seus brios. João resolveu fazer um curso em Los Angeles de técnico em plásticos, assumindo o cargo do algoz um ano depois. ‘Tinha mais de 180 empregados que eu tomava conta.’ E esboça um longo ‘éééééé…’, como que dizendo ‘é, minha cara’, lustrando o ego empreendedor.

Nesse meio-tempo dona Crescência quase morreu de preocupação com o filho, que não mandava notícia. Catou o moleque cabeludo para um tempo no Brasil, que durou a transmissão da Copa de 70. De volta aos States, João cimentou os pés em Nova York. Acelerou um táxi e depois uma van de sua propriedade até receber o dinheiro de Silvio Santos e entrar em sociedade na Bacc com o mineiro Benito Romero, promotor de eventos havia quase uma década na cidade. Depois de um ano, a relação azedou. ‘Entendo que a associação mudou seu propósito de intercâmbio cultural e virou apenas uma agência de viagens’, afirma Romero, que está prestes a inaugurar a Casa do Brasil, ONG que se propõe a ser ‘uma porta aberta para a cultura brasileira em Nova York’. Benito, de fato, não acalenta grande afeto por João. ‘Às vezes o dinheiro sobe à cabeça das pessoas, elas se esquecem do caminho por onde passaram.’

Pelo menos para Nossa Senhora de Fátima, João reconhece que não tem apenas aliados neste mundo. Toda manhã, antes de ajustar o nó da gravata, pede à santa saúde para si, para os amigos e para os inimigos. Também deve rogar por sorte na vida, porque foi num golpe do tipo que alavancou a Bacc. João fez um acordo com a Varig numa época em que a companhia estava em crise por causa do acidente de 1979 com um DC-10 da American Airlines que caiu logo após decolar de Chicago, quando 273 pessoas morreram. Passado o aperto, a Varig deu preferência a João com comissões acima do mercado.

John, como é conhecido no Hemisfério Norte, hoje oferece preços convincentes a quem deseja viajar para o Brasil, seja nativo, seja americano. Seu quartel-general é Nova York, mas ele tem tentáculos em New Jersey, Port Chester, San Diego, Boston e Miami, além de um escritório no Rio e outro em São Paulo. Também foi sócio da Bumba Macau, discoteca no Brooklyn quase eleita para sediar Os Embalos de Sábado à Noite. Bumba Macau? ‘Queria Feelings, mas o Morris Albert achou que não caía bem e sugeriu o nome de outra música do disco dele.’

Não faltasse o que fazer para esse workaholic, João mantém há 25 anos o The Brasilians, com ‘s’ mesmo, distribuído por mala direta para todos os EUA, mais enfaticamente na costa leste americana, ‘onde dá mais brasileiro’. O jornal é mensal, a assinatura anual sai por US$ 10 e a distribuição chega às 100 mil cópias. Bilíngüe, seria um canal para brazucas e americanos terem informações sobre o Brasil, além de um espaço para procurar emprego, imóveis, serviços, veículos ou para deixar de ser sozinho. Está lá, na última edição on-line: ‘Porto-riquenho, 36 anos, 5 pés e 5 (1,65 m), busca brasileira sexy para viver a vida louca e iniciar família no futuro’. A edição é podada de hardnews. ‘Certa vez um rapaz me perguntou por que não permito que falem mal do Brasil no meu jornal. Eu disse: ‘Porque minha mãe mora lá, então é maravilhoso’.’ Dona Crescência já faleceu, mas ele mantém a proposta de lavar a roupa suja em outro lugar.

Onde João melhor oferece seu cardápio de public relations é na Churrascaria Plataforma, que fica na 49 com a 8ª Avenida. No rodízio a US$ 55 por cabeça, descontados o couvert, a bebida e a sobremesa, são oferecidos todos os tipos de carne – menos o cupim, desprezado pelos comensais como carne menor. Ali o empresário se movimenta entre as mesas por duas ou três horas diárias. Ali puxou papo com Gisele Bündchen, que tinha acabado de chegar aos EUA. ‘Todo domingo ela ia lá, quietinha, eu fiz amizade com ela, até hoje é amiga minha. Modelos, eu conheço todas.’

De perfil encorpado, 5 pés e 11 de altura (1,80m), 190 libras de peso (86 kg) , perfil de Emerson Fittipaldi, João tem fama de bico-doce. É descasado há 14, 15 anos, não sabe direito. Já separada dele, a ex-esposa, Margareth, dormiu com um cigarro entre os dedos. O deslize provocou um incêndio, que a levou à morte por asfixia. Do casamento teve duas filhas: Françoise, de 32 anos, e Claudine, de 29, que foi sócia de Naomi Campbell numa companhia de public relations e está de núpcias marcadas com o filho de Robert De Niro – como já dito, muito amigo de João.

A comunidade artística, em geral, cai de amores pelo empresário, especialmente os cantores que participaram do Brazilian Day em alguma das 23 edições. Desde 2002 a Globo banca o cachê dos artistas e transmite o evento para 104 países, mas é João quem cobre despesas com passagem e hospedagem. ‘Dá mais de 100 mil dólar de hotéis, eu banco isso, tá entendendo? Não tenho Embratur por trás de mim, minha luta é sempre atrás de patrocínio.’ Elba Ramalho é uma das que lotaram a 46 com um show em que precisou ser escoltada, tamanho o calor do público. ‘João é um grande fomentador da cultura brasileira lá fora’, diz, confessando uma ponta de inveja ‘do bem’ por não ter estado no último ano. ‘João é um cara raçudo para fazer o que faz’, classifica o cantor Daniel.

João se diz é doente por promover o Brasil. Doente pelo Corinthians. E doente por carros. Acompanhou quase todos os GPs de Fórmula Indy e Fórmula 1. É amigo, claro, de Michael Andretti, de seu sósia (Emerson), Nigel Mansell, Raul Boesel. Também é assim com Manuel Piedade, ex-presidente da AMG, divisão de esportes da Mercedes Benz. Por isso recebe o modelo em primeira mão em Nova York. Tem duas AMGs 63 e uma BMW na cidade. Quando Boesel parou de competir, João deu uma aquietada nas viagens pelos circuitos e passou a correr de kart, até saltarem ele para um lado, o kart para outro, num acidente grave há três anos. Ele ameniza: ‘Quebrei umas duas, três costelas, fiquei meio dolorido, mas tô querendo voltar’. Não adianta o olhar de repreensão dos amigos. ‘Tudo o que o João quer o João consegue’, é o bordão da comunidade.’

TELEVISÃO
Keila Jimenez

Não gostou? Processa

‘Tudo começou em um tumultuado Fashion Week de 2005. Vesgo, do Pânico, que iniciava na época seu ritual de atormentar celebridades, resolveu beijar, sem permissão, é claro, as costas de Luana Piovani. A atriz reagiu a tapas. Estava aberta a novela Luana x Pânico, que ganhou há duas semanas um capítulo mais caro do que os de folhetim de horário nobre. Luana conseguiu na Justiça uma indenização da emissora e do Pânico. Ela agora pode receber cerca de R$ 300 mil.

A decisão, à qual cabe recurso, entra na ficha corrida da trupe. No ano passado, Vesgo e seu parceiro Silvio já haviam sido detidos por algumas horas por tentarem chegar à janela do apartamento de Carolina Dieckmann, no Rio, usando uma escada magirus. Eles queriam que a atriz calçasse as Sandálias da Humildade, mas acabaram obrigados a indenizá-la em R$ 35 mil.

Em ambos os casos, a fama da dupla nos tribunais cresceu devido a processos por danos morais – prejuízos causados por ofensa dirigida à honra de alguém, mediante calúnia (mentira) ou difamação (falar mal).

Mas eles parecem não se importar com o ibope junto aos juízes. Também perseguidos pelo par de chinelos, Clodovil, Luiza Tomé e Mariana Kupfer quase processaram o humoristas. Vitor Fasano e Netinho acharam que Vesgo é quem merecia umas chineladas e atacaram o humorista. O primeiro, com um soco, após ser cumprimentado assim: ‘Vitor, faz anos que não te vejo.’ Netinho bateu no humorista ao ouvir a pergunta: ‘Você abriu o canal?’. Ná época, o apresentador estava lançando uma emissora de TV – e quem moveu o processo foi Vesgo, por agressão.

‘O sonho de toda a celebridade é receber só elogios. O Pânico faz humor crítico e os artistas mais intolerantes buscam na lei o respaldo para impedir que a crítica seja feita’, reclama Emílio Surita, do Pânico, que diz não entender o valor dessas indenizações. ‘Não sabemos qual é o critério adotado, mas o fato é que uma simples menção do nome das ‘ofendidas’ implicará em multa de meio milhão de reais.’ O valor equivale aos 1.315 salários mínimos estabelecidos como pena para a infração. ‘São 109 anos de trabalho de um cidadão comum. De duas uma, ou a multa é alta ou o salário do trabalhador é uma mer…’, fala Surita.

COLLOR

Outra turma que dá trabalho aos advogados, mas na Globo, é a do Casseta & Planeta. Entre os que processaram os humoristas estão o ex-presidente Fernando Collor, Jorgina de Freitas, acusada de fraudar o INSS, e o empresário do Papa Tudo, Arthur Falk.

Em 1997, o Casseta foi alvo de mais de 130 ações movidas por policiais militares de Diadema. As ações não deram em nada – mas cada uma pedia cerca de R$ 200 mil por danos morais. Os cassetas também foram vetados na Parada Gay em São Paulo e quase levaram processo de uma entidade gaúcha, por causa de piadas questionando a masculinidade dos sulistas.

RECOMENDAÇÕES

‘Processar o Pânico é uma sacanagem, porque os meninos fazem humor’, diz Milton Neves, acostumado a processar todo mundo que o ataca no ar. ‘Se mexer com minha honra, processo mesmo. A pessoa que pensasse antes de falar.’

É justamente isso que os advogados das emissoras pregam. ‘Não censuramos ninguém, mas passamos algumas recomendações para evitar mais ações’, fala o superintendente Jurídico da Rede TV!, Dennis Munhoz.

Entre os conselhos estão: não brincar com políticos em epóca de eleições, não citar o nome de pessoas que processaram a emissora e evitar piadas de estereótipos, para não provocar a gritaria de alguma ONG de plantão na frente da TV. ‘Processou, não aparece mais’, diz Munhoz.

‘A emissora nos dá total liberdade e apoio para segurar o rojão’, fala Emílio Surita. Mesmo assim, eles preferem manter distância de Luanas. ‘Ninguém cria humor pensando nas limitações jurídicas, mas macaco gordo não pula em galho fino. No momento, nossos primatas estão em dieta’, fala Emílio.

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Escada magirus e tapas

‘Barrichello – Quando ainda era só um programa de rádio, o Pânico foi processado pelo piloto por causa da paródia da música ‘Xibom Bombom’, que virou ‘Sempre Atrás do Alemão’.

Carolina Dieckmann- A atriz ganhou uma indenização de R$ 35 mil em um processo por danos morais, e conseguiu que Vesgo e Silvio fossem detidos por tentarem chegar à sua janela com uma escada magirus.

A turma do quase- Clodovil, Luiza Tomé e Vitor Fasano quase processaram o programa. Fasano, assim como Netinho, agrediu Vesgo.’

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Rei dos processos

‘Jorge Kajuru: Foram várias confusões na Justiça. Em uma delas, Kajuru foi processado por Neves tê-lo chamado de ‘Picareta e Rei do Jabá’ no ar.

Silvio Luiz: Ao ver o nome de Neves no quadro Para Quem Você tira o Chapéu, do Programa Raul Gil, Silvio Luiz disse ‘não conheço esse sujeito’. Foi processado. Na saída do programa, diz ter levado um chute na bunda de Neves.

José Trajano – Neves diz que Trajano ofendeu sua honra na época da convocação de Felipão para técnico da seleção.Quer R$ 100mil.

Collor, Jorgina e Pms

Collor : Alvo constante dos humoristas, o ex-presidente entrou com um pedido de indenização por difamação.

Jorgina de Freitas: A acusada de fraudar o INSS pediu indenização por danos morais na Justiça contra o programa.

Arthur Falk: Empresário do Papa Tudo também entrou com pedido de danos morais contra os cassetas.

PMs: Policiais de Diadema processaram os humoristas por causa de piadas sobre o episódio que envolveu maus-tratos da PM na Favela Naval. As ações não deram em nada.’

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‘Luana quase foi contratada’

‘A relação entre o Pânico e Luana nunca foi das melhores. Perseguida por causa das Sandálias da Humildade, a atriz virou chacota da trupe na confusão ‘Caetano fez não fez’ a música para ela. Até mudar o nome de sua cidade natal, de Jabuticabal para Luanópolis, o Pânico sugeriu em campanha. Troca de ironias, tapas…

Mas processo mesmo só veio no início deste ano, após a dupla Vesgo e Silvio ter plantado durante todo um dia um carro de som na porta de Dado Dolabella (ex da atriz), pedindo, na época, para que ele reatasse com Luana.

A decisão judicial (de R$ 300 mil de indenização) – à qual cabe recurso, deixou indignado o vice-presidente da Rede TV! , Marcelo Carvalho. ‘Como se explica essa Luana e esse Dado terem, meses atrás, negociado para trabalharem na mesma RedeTV! que processam?’, provoca ele. ‘Agora Luana fala que não, que foi convidada a fazer Donas de Casas Desesperadas e recusou. Mentirosa. Ela acertou salário, aceitou fazer, mas nós não pudemos por causa da agenda de teatro dela’, continua Carvalho. ‘Não ganhou dinheiro de um lado, sendo contratada, e quer tirar dinheiro de outro. Eu testemunhei o casal dizendo ao jurídico que retiraria a ação se os contratássemos’, ataca o executivo.

Procurada pelo Estado, Luana Piovani preferiu não se manifestar sobre o caso.’

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O homem das 100 ações

‘Quando o assunto é processo, nada se compara à ficha corrida de Jorge Kajuru. O jornalista esportivo é recordista de ações por dano moral – contra ele, é claro. Já teve mais de 100 processos nas costas. Sua lista de desafetos judiciais é eclética: vai de Luciana Gimenez ao ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. Em conversa com o Estado, Kajuru, no ar atualmente no SBT de Ribeirão Preto, fala da fortuna gasta com advogados, do lançamento do seu livro e de alguns dos seus 12 processos em andamento. Bom, 12 até o fechamento da edição.

É verdade que você é o rei dos processos por falar demais?

Fui, já tive 108, agora tenho só 12 em andamento

E o restante, você venceu?

É, uns prescreveram, outros eu venci… Dias atrás tomei uma paulada do processo que a Luciana Gimenez move contra mim.(R$ 20 mil de indenização por danos morais) Mas ela não vai conseguir tirar meu dinheiro. Querem bloquear minha conta bancária (risos). Com tanto processo você acha que eu teria conta?

Ela processou por que você a chamou de burra no ar?

(Risos). E é mentira? Mas meu dinheiro ela não leva, não. Não tenho cara de jegue, nem me chamo Jagger.

Não se arrepende de nada do que disse ?

Não. Olha só a idoneidade das pessoas que me processaram. Eurico Miranda, Milton Neves… Fui processado por pessoas de bens, não de bem.

Haja dinheiro para pagar os advogados…

Tudo o que ganho vai para eles. Pago por mês. Sei certinho o que já paguei para os advogados: R$1.156.820,00. E ainda devo uns 300 mil para eles, que vou pagar com o dinheiro do meu livro.

Você vai lançar um livro?

Vou, este mês: Condenado a falar.

Estou com medo de perguntar, mas sobre o que é?

(risos) Ah, tem uns jornalistas contando a história da minha vida e depois, comento o que acho de várias personalidades, de A a Z…Não poupo ninguém (risos).

É verdade que você tem transtorno bipolar?

É sim… mas faço tratamento.

Será que o fato de ser bipolar não interfere na hora de dar sua opinião sobre as pessoas?

Ah, se interfere é para melhor. Se falo merda, são merdas verdadeiras… (risos).’

Mário Viana

Esquisitos da Record pedem passagem

‘Elegante, como convém a uma dama, V. atravessa a academia de ginástica e vem comentar os primeiros capítulos de Caminhos do Coração. ‘Interessante a mistura do mundo do circo com as pesquisas de genética. É tudo fantasia mesmo’. Já o taxista D. aposta no sucesso da novela de Tiago Santiago. ‘A molecada vai querer dormir mais tarde só pra ver os meninos com superpoderes’, diz. ‘Faz falta essa ficção nas novelas, né?’

É bom lembrar que, esquisitos por esquisitos, a novela da Record não é pioneira. Saramandaia (1976) tinha gente que voava, botava formiga pelo nariz ou inflamava os lençóis quando se excitava. Em O Bofe (1973), o personagem de José Wilker morria de tanto rir. De todo modo, é fascinante a capacidade do brasileiro em se apoderar das novelas. Mal estreou uma obra e o sujeito já deu uma olhadinha e formou opinião. Mesmo quem reclama do excesso de clichês das novelas, acaba por usar exatamente esses clichês como referência. Com duas frases e um trejeito de ombros, descobre-se quem é o vilão, quem é a mocinha, quem vai ficar com quem no fim da história.

Caminhos, já de cara, mostrou quem era quem. No time do bem, lutam Bianca Rinaldi, Fafá de Belém e a criançada esquisita. No time do mal, pelejam Ítala Nandi, Preta Gil e André Mattos (ótimo em seu look desagradável). E tem os personagens intermediários, como os homens da delegacia que mais parece fetiche de revista gay: Gabriel Braga Nunes, André Segatti e Guilherme Trajano devem ser os policiais mais bem apanhados do Brasil.

É preciso arranhar também os insondáveis mistérios da escalação de atores, que ataca agora a Record. Como explicar que, mais uma vez, José Dumont faça o sujeito bronco? Só por causa de seu rosto inegavelmente nordestino? Será que só Lima Duarte está autorizado a transitar do cangaceiro para o empresário? Nem Stênio Garcia consegue furar o bloqueio!

Outra dúvida: não houve ninguém no estúdio que desaconselhasse a cena em que a menina Tatiana (Letícia Medina) vê o assassino da mãe no avião? A menina gritou tanto, que todos os vidros a bordo estouraram, as luzes do avião entraram em curto e a aeronave quase foi pro beleléu. Pouco mais de um mês depois do pavoroso acidente da TAM, a cena foi de gosto bastante duvidoso – para ser bem polido.’

Etienne Jacintho

Essa tal TV para grandes homens

‘Toda vez que ligo a TV no canal FX, aquele anúncio de ‘televisão para grandes homens’ me deixa irritada. Esse slogan só não é pior que o anterior, ‘o que o homem vê’. Mas vale a pena ouvir esses rótulos se, minutos depois, Jason Lee vai aparecer na tela com o politicamente incorreto, meio besta, mas delicioso My Name Is Earl.

Todos os estereótipos estão lá. E assistir a uma série cujo personagem central quer reparar idiotices que fez no passado com mais idiotices é diversão garantida. Ainda mais se, na seqüência, Steve Carrell entra em cena com a melhor versão americana para série inglesa já feita, o impagável The Office. Carrell é tão perfeito como Michael que nem me faz sentir tanta saudade de Ricky Gervais, o original.

Por essas duas séries, até faço o sacrifício de suportar os intervalos do canal infestados de mulheres de biquíni e carros pintados com cores bizarras e derrapando na lama. Haja paciência! Assim como o FX me irrita, tenho certeza de que os homens também não suportam aquelas vinhetas de mulherzinha do GNT. Pensando bem, quem agüenta aquilo?

Outro feito incrível do FX foi reprisar MASH e Arquivo X. Só não entendo como escolhem as séries que entram no canal para grandes homens. Nenhuma das séries que citei tem explosões e tiroteios mil como os filmes que recheiam a grade do FX. Na última terça-feira, vi My Name Is Earl e The Office em meio a anúncios da próxima atração – com tiros, bombas e sangue -, o filme Duro de Matar. Porém, como diria uma amiga, ver o Bruce Willis não é nenhum sacrifício para mulher alguma!’

Roberto Godoy

Cadê a Amanpour?!

‘Não há sinal nos canais pagos a respeito da apresentação no Brasil, com legendas, da estupenda série da notável jornalista Christine Amanpour, da Cable News Network, sobre os guerreiros das religiões singulares. Durante uma semana, a contar do dia 21 do mês passado, Amanpour apresentou, na CNN International, sete reportagens sobre judeus, muçulmanos, cristãos, radicais protestantes das linhas Quaker e Amish, budistas e hindus. Todas as matérias carregam a marca da autora: texto impecável, ousadia, revelações e a contestação das verdades fáceis. Amanpour esteve no show de David Letterman apresentando os programas. Criou expectativa na audiência qualificada… e foi só. Essa bobeada é coisa freqüente nos especiais jornalísticos. A mesma repórter assina a série em dois capítulos Na trilha de Bin Laden (2ª parte; hoje, às 21h, GNT) que só não passou despercebido aos ratos do cabo caro. Já as insuportáveis reprises merecem desalentadora atenção. Hoje, por exemplo, o FOX aposta no Quem vai ficar com Mary e a Universal, vai de A Senha: Swordfish. Alguém não viu?

A propósito, a Rede Telecine, informa que por lá o índice de repeteco não passa de 1.9. Duvido do critério.’

Cristina Padiglione

Vale a pena ver de novo

‘É chegada a hora do Almanaque da Telenovela Brasileira. De Nilson Xavier, editado pela Panda Books, o calhamaço de 372 páginas está previsto para desembarcar nas livrarias até o fim desta semana, a R$ 49,90. E tem consultoria de Mauro Alencar, doutor no assunto (não é força de expressão: ele tem doutorado pela USP em telenovela e já fez seu próprio livro sobre o tema). O Almanaque da Telenovela vem se juntar a outros dois Almanaques lançados este ano: um da Globo e outro sobre tudo e todos os canais, o Almanaque da TV, de Bia Braune e Ricardo Xavier, o Rixa, enciclopédia humana no assunto, ambos do Vídeo Show.

Focado no produto que mais seduz a audiência televisiva, o novo Almanaque vale um quiz para testar seus conhecimentos de noveleiros. Quem ainda se envergonha de dominar o tema pode rabiscar a resposta num papel à parte, escondido. Boa sorte!

1. As gravuras de Jean-Baptiste Debret ilustravam a abertura de que novela?

a) Salomé

b) A Escrava Isaura

c) Gabriela

2. A trilha sonora campeã de vendas foi:

a) Estúpido Cupido (Globo, 1976).

b) Roque Santeiro (Globo, 1985)

c) O Rei do Gado (Globo, 1996)

3. Quem é o(a) artista internacional mais presente nas trilhas de novelas nacionais?

a) Elton John

b) Diana Ross

c) Rod Stewart

4. Que novela foi produzida às pressas para substituir ‘Roque Santeiro’ em 1975, vetada pela censura?

a) Saramandaia

b) O Grito

c) Pecado Capital

5. Qual foi a novela mais longa no histórico brasileiro?

a) Os Imigrantes (Bandeirantes)

b) Redenção (Excelsior)

c) O Bem-Amado (Globo)

6. Janete Clair, chamada para salvar a história, promoveu um terremoto matando quase todos os personagens em:

a) Anastácia, a mulher sem destino (Globo, 1967)

b) Irmãos Coragem (Globo, 1970)

c) Selva de Pedra (Globo, 1972)

7. Marco na história da telenovela, ‘Beto Rockfeller’ (Tupi, 1968/69) foi dirigida por:

a) Cassiano Gabus Mendes

b) Lima Duarte

c) Bráulio Pedroso

8. Quem era o pai de Heleninha, a bebê que dava título a ‘Bebê a Bordo’ (Globo, 1988/89), filha de Ana (Isabela Garcia)?

a) Tonico (Tony Ramos)

b) Antonio Antonucci (Rodolfo Bottino)

c) Rei (Guilherme Fontes)

9. O que Perpétua (Joana Fomm) escondia em uma caixa, em ‘Tieta’ (Globo, 1989/90)?

a) o órgão genital do falecido marido, embalsamado.

b) a arma de um crime cometido no meio da história

c) o testamento que lhe tirava os direitos sobre a herança do marido morto

Respostas: 1-b, 2-c, 3-a, 4-c, 5-b, 6-a,7-b,8-a,9-a’

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Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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