Concordo veemente com os argumentos usados pelo Tércio Saccol. O currículo novo mais se assemelha com um curso técnico do que um curso de graduação que antes visava a formação humana e dava embasamento ao futuro profissional de jornalismo. Ora, o que não é um jornalista a não ser – no mínimo – alguém que deva entender de muita coisa, estar sempre bem-informado e então informar aos outros? Acho que a PUC-RS, com medo de ‘ficar para trás’ diante dos cursos tecnológicos que estão sendo criados, fez uma enorme burrada.
Gustavo Panichi, estudante, Porto Alegre
Conversão curricular e comportamental – Tércio Saccol
Estou cansada
Acabo de conhecer o site e me surpreendi com o conteúdo e principalmente com o artigo da jornalista Fafate Costa. Tenho experiência de cinco anos na área e sou vítima da exigência do diploma. Tive grandes professores e aproveitei a oportunidade. Já estou cansada de ouvir a mesma frase: ‘Você não tem diploma’.
Ana Paula Queiroz, repórter em busca de ‘diploma’, Frutal, MG
Curralzinho descolado
Desculpe, mas o que a autora pretende é criar mais um curralzinho de descolados de classe média… porque, nas faculdades, menos de 10% dos professores estão interessados em ensinar algo útil para nossa vida, querem é vender suas ideologias antiquadas ou seus livros encalhados. E menos de 5% dos alunos de toda uma instituição estão interessados em aprender algo relevante enquanto ser humano. Essa mentalidade de unir a categoria já está ultrapassada, o mundo agora se une como plasma em veículo não-solvente, agrupa-se caoticamente, de acordo com as necessidades…
Tanja Ivannonen, estudante, São Paulo
Prata não é ouro – Fafate Costa
Educação não é pauta
Estou abismado com o comportamento da PM de São Paulo e a atuação da imprensa do nosso país, que dá mais valor a um repórter que falou algo sobre o presidente do que a informar a população sobre o desmantelamento na educação em nosso país. Vale lembrar que na segunda-feira, 10/5/2004, estava programada a volta às aulas, pois os professores estavam em greve há quase três meses. Aconteceu uma assembléia dos alunos e decidiu-se que continuaria a greve. Saímos para a rua, onde já havia a tropa de choque esperando para nos reprimir, e sem motivo algum atiraram bombas de efeito moral e balas de borracha, Cerca de 20 alunos saíram feridos à noite; à tarde houve também confronto com a polícia, com 14 feridos.
O que me deixa mais consternado é que hoje, 13/5/2004, quando partimos em direção à Secretaria de Ciência e Tecnologia de SP, para protocolar nossas reivindicações, a Globo acompanhou a passeata, mas não divulgou nada, preferindo dar a candidatura do Serra, que pertence ao mesmo partido do governador que está com intenção de desmantelar o Centro Paula Souza. Hoje temos um superintendente, Renato Teixeira, nomeado pelo ex-ministro da Educação [Paulo Renato] que tinha como objetivo acabar com o ensino público neste país.
Joel Cezar, ferramenteiro, estudante da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec
), Guarulhos, SP