Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Reforma universitária como um processo

O secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira no encerramento do Colóquio MEC/Comunidade Acadêmica, que ‘a reforma universitária não é um ato, é um processo’

Segundo ele, a lei, quando aprovada e sancionada, irá desencadear, e não implantar, um novo sistema de educação superior. O ministro acredita em ‘um processo de recriação, de acomodação normativa e institucional que vá, gradativamente, influindo na qualidade do ensino, no acesso, na relação entre o público e o privado’.

Essa relação foi um dos pontos indicados por Fernando Haddad para expor o que ele classificou como ‘realidade trágica brasileira’. Os pilares dessa situação, em sua análise, são a expansão desordenada e irracional do ensino privado e o abandono estrutural que a Universidade pública sofreu nos últimos anos.

No ensino privado, ‘pequena parte representa acréscimo no patrimônio educacional. O resto é de uma pobreza extraordinária’, diagnosticou.

Segundo o secretário executivo, a matriz que o MEC elabora para ser a base da nova educação superior tem de estar atenta a esses dois aspectos: ‘como restabelecer uma relação correta entre o público e o privado, e como fazer da Universidade pública uma estrutura ampliada, dominante, para que a pauta do ensino superior no Brasil seja completamente renovada e o ensino superior ocupe um papel de destaque no projeto nacional’.

A intenção é enviar ao Congresso um projeto já bastante discutido com a sociedade, por intermédio das entidades, dos centros formadores de opinião e de parlamentares. ‘Teremos uma proposta revolucionária de transformação do ensino superior no Brasil.’

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Da Assessoria de Comunicação do MEC