Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Ted Koppel se diz favorável à guerra

O âncora da rede americana ABC Ted Koppel, que leu os nomes de 721 americanos mortos no Iraque no programa Nightline, disse na semana passada, em palestra para alunos da Universidade Berkeley, na Califórnia, que não é contrário à guerra. ‘Sei que muitos de vocês aqui se opõem à guerra no Iraque. Eu não’, disse. ‘Tenho muitas questões e reservas a como aquela guerra está sendo conduzida, mas não me oponho a ela’. Koppel tem sido alvo de críticas de conservadores, que interpretaram a leitura no ar dos nomes dos mortos como um ato de propaganda contra a invasão do Iraque. O jornalista observou ainda que, em sua opinião, o caso dos abusos contra prisioneiros por soldados americanos tem tido um enfoque errado pela mídia. Em vez de se concentrar nos jovens que praticaram as torturas, a imprensa deveria se preocupar em explicar qual é o contexto em que aqueles atos aconteceram e de que maneira o comando propiciou que acontecessem. ‘A notada necessidade de se obter melhores informações de inteligência, face a uma insurgência iraquiana crescente no último outono, criaram o ambiente em que esses abusos aos direitos humanos tiveram lugar’. Com informações da Reuters [13/5/04].



Repórteres processam agente federal nos EUA

Em sete de abril, duas jornalistas tiveram seus gravadores confiscados durante um discurso do juiz do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA Antonin Scalia em uma escola na cidade de Hattiesburg, no Mississipi. Antoinette Konz, que trabalha para o jornal Hattiesburg American, do grupo Gannett, e Denise Grones, da Associated Press, foram abordadas pela agente federal Melanie Rube. O conteúdo de suas fitas foi apagado. Agora, as duas companhias de mídia e suas repórteres processam o U.S. Marshals Service (órgão judiciário federal com poder de polícia), onde trabalha a agente, por violar seus direitos constitucionais. O Supremo Tribunal de Justiça dos EUA afirmou que a agente estava apenas cumprindo sua função, já que o juiz Scalia não permite que seus discursos sejam gravados pela imprensa. A proibição, entretanto, não havia sido comunicada às repórteres. Scalia pediu desculpas por escrito pelo incidente, que chamou de ‘desconcertante e revoltante’. O juiz também prometeu que passará a permitir que membros da imprensa escrita gravem seus discursos com o objetivo de assegurar sua precisão nas matérias dos jornais. Informações da Reuters [10/5/04].