Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Três bons exemplos de cobertura

Jornalismo não é uma atividade fácil. Na verdade, como outras tantas, é recheada de erros e deslizes. Quando há casos positivos, eles devem ser não apenas lembrados, mas também apontados como exemplos a serem repetidos pelos profissionais. Este MONITOR DE MÍDIA destaca três boas coberturas feitas pelos jornais catarinenses em julho.

Cobrindo o clima

A seca que assola a região do Vale do Itajaí teve espaço no Jornal de Santa Catarina, na edição conjunta de 22 e 23 de julho. Com foto na capa sob a expressão ‘o castigo solar’, o jornal apresentou matéria em que a equipe acompanhou o percurso do rio Itajaí-Açu, de Rio do Sul a Blumenau.

Fotografias que expressavam bem a estiagem estavam conjugadas com a matéria ‘O vale está secando’, de autoria de Giselle Zambiazzi. De forma leve e direta, o texto evidenciou os menores níveis de água nos últimos anos e o descaso que os próprios moradores ao longo do trecho têm com o rio. Um destaque importante, com um tratamento especial, que cumpre o papel da imprensa de alertar e informar.

Dançando bem

O destaque de A Notícia no período de 19 a 29 de julho foi o 24º Festival de Dança de Joinville. O periódico trouxe um suplemento especial (Anexo F) dedicando espaço ao evento. Descreveu diariamente as atrações citando as características de cada grupo: o tema da dança, a origem dos bailarinos e a opinião dos críticos sobre cada coreografia.

O AN evidenciou a maneira como o festival popularizou a dança e destacou também a internacionalização do espetáculo. Os ingressos das apresentações, incluindo os da noite de gala, tinham preços acessíveis para o público em geral.

O jornal fez questão de retratar todo o decorrer do evento. Além de trazer fotos, trouxe a programação de cada dia, bem como oficinas oferecidas no local.

O AN dedicou onze dias à cobertura, incentivando e valorizando o profissionalismo não só dos catarinenses, mas de todos os participantes do festival, um dos maiores do mundo.

Orientando o (e)leitor

Na edição de 30 de julho do Diário Catarinense, parte das matérias vinculadas às próximas eleições esclarecia como deverá ser a campanha 2006. Evitando a poluição visual, a Lei Eleitoral nº 11300 proíbe o uso de outdoors, entre outros recursos. Placas e painéis devem ter no máximo 4m².

Segundo o jornal, o candidato que não cumprir as normas pagará ‘multa de 5mil a 15 mil Ufirs’. O valor em reais para cada Ufir fica em torno de R$ 1,06, comparação que o jornal não fez . Box com ‘o que pode’ e o que foi ‘vetado’ trouxe outras formas de propaganda eleitoral.

No Editorial ‘O papel da eleição’, o jornal – em tom otimista – citou o voto como a luz no fim do túnel. Segundo o DC, em meio a tantas ‘falcatruas’, o eleitor deve ter ‘consciência de que a renovação é importante’.

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