Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Mundo consome 1,5 exabyte por mês em dados móveis

Com a popularização dos smartphones e o surgimento das redes 4G, o mundo viveu uma explosão no tráfego de dados no ano passado. Por mês, uma média de 1,5 exabyte – o equivalente a 1,5 bilhão de gigabytes – de informações passaram por torres e antenas das operadoras de celular, volume 81% maior que em 2012. No ano, foram 18 exabytes, ou 18 vezes o tamanho de toda a internet na virada do milênio, informa pesquisa realizada pela Cisco divulgada nesta quarta-feira.

E a tendência é de crescimento acelerado. Em 2018, o tráfego de dados móveis deve ser 11 vezes maior que no ano passado, alcançando média de 15,9 exabytes por mês. O processo de popularização dos smartphones já está em curso, tanto que mais de meio bilhão de novos dispositivos móveis foram adicionados às redes em 2013, sendo que os telefones inteligentes responderam por 77% do total, com 406 milhões de adições. Hoje, os smartphones representam 21% do total de aparelhos conectados, mas respondem por 88% do tráfego. Segundo o estudo, este ano o número de dispositivos móveis vai superar o número de habitantes no planeta.

Três países superaram a barreira de 1 gigabyte de tráfego mensal médio por usuário, com o Japão na liderança (1,87GB), seguido por EUA (1,41GB) e Coreia do Sul (1,25 GB). Para suportar o aumento do volume, redes mais velozes. No mundo, a velocidade média de conexão mais que dobrou, passando de 526 Kbps em 2012 para 1.387 Kbps no ano passado. Para 2018, a previsão é que a velocidade média dobre, para 2.500 Kbps, impulsionada pelo avanço do 4G, que responderá por 15% das conexões.

No Brasil, o tráfego de dados móveis crescerá 11 vezes entre 2013 e 2018, ampliando sua participação de 2% para 13% no tráfego total das operadoras no Brasil. Daqui a quatro anos, a velocidade média do 4G será de 6.823 Kbps, enquanto a velocidade média 3G será de 2.468 Kbps. No ano passado, a velocidade média de conexão móvel foi de 657 kbps. O 4G representará 35% do tráfego total de dados, comparado a 2% no fim de 2013.