Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Copa já é evento mais repercutido da história do Facebook

Com um bilhão de posts, curtidas e comentários só na primeira metade da Copa do Mundo, o mundial de futebol já é o evento mais repercutido na história do Facebook, revelam dados obtidos pela Reuters.

A conversa em torno da Copa medida entre 12 e 29 de junho envolveu 220 milhões de pessoas e um bilhão de interações, os dados do Facebook mostraram. E como a bola ainda vai rolar por outras duas semanas, o torneio deve quebrar novos recordes como o maior evento de mídia social que já existiu.

“As pessoas estão falando no Facebook sobre o que assistem em uma escala realmente inédita”, disse à Reuters Nick Grudin, diretor de parcerias da empresa. “Além de compartilharem e se conectarem com amigos, as pessoas estão se engajando em tempo real com a mídia e as vozes públicas mais significativas para elas”.

É o fenômeno da segunda tela mostrando sua força no Facebook. Iniciada no Twitter há alguns anos, é uma tendência em que pessoas usam as redes sociais para comentar o que estão vendo ao vivo na TV e que podem se converter em fonte de renda para a empresa.

Momento catalisador

Os números recorde do Facebook foram possíveis por causa da disseminação do uso da rede através de dispositivos móveis. Sete de cada dez usuários em todo o mundo conectam com a rede a partir de aparelhos móveis, que representam cerca de 60% da receita publicitária da empresa.

O apelo global do futebol é outro fator. Só a primeira semana da Copa do Mundo registrou 459 milhões de interações no Facebook, mais do que o Super Bowl deste ano, as Olimpíadas de Inverno de Sochi e o Oscar combinados.

A marca de um bilhão foi atingida com o aumento de tráfego registrado com a chegada da Copa na fase do mata-mata. Sábado passado, mais de 31 milhões de pessoas foram responsáveis por 75 milhões de posts, curtidas e comentários sobre a dramática vitória do Brasil sobre o Chile.

“Esta Copa tem sido um momento cultural catalisador para pessoas de todo o mundo”, disse Grudin, “e estamos vendo isso refletido no Facebook.”

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Camilo Rocha, do Estado de S.Paulo