Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Darlene Menconi

‘A ofensiva do vírus eletrônico mais poderoso dos últimos tempos não deixa nada a dever aos enredos mais excitantes de Hollywood. A conspiração digital que infectou pelo menos um milhão de computadores em 214 países promete fazer novas vítimas durante esta semana. O ataque do MyDoom, que significa meu juízo final, começou em 26 de janeiro e se mostrou uma arma poderosa para represálias econômicas. Seu principal alvo foram as empresas americanas produtoras de software Microsoft e SCO Group. Cada uma ofereceu recompensa de US$ 250 mil para quem fornecesse pistas que ajudassem a colocar o pirata cibernético atrás das grades.

A primeira vítima do terrorismo digital foi o endereço da SCO na internet, que no domingo 1º saiu do ar por conta do excesso de mensagens enviadas a seus servidores pelos milhares de computadores infectados pelo vírus. Na quarta-feira 3 foi a vez de os computadores contaminados dispararem mensagens contra a Microsoft. A empresa de Bill Gates montou uma verdadeira estratégia de guerra, com direito a sigilo absoluto, para se proteger do ciberataque. A calmaria ainda demora, já que está prevista para a quinta-feira 12 a próxima rodada de ataques de uma das variantes do MyDoom ao site da Microsoft.

O Brasil ficou entre os sete países mais afetados pelo vírus, que se suspeita tenha partido da Rússia. Tudo indica que a praga eletrônica foi obra de algum adepto do Linux, o programa cujos direitos autorais a SCO reivindicou na Justiça, no ano passado, e que é o principal concorrente do sistema operacional Windows, a menina-dos-olhos da Microsoft. Os especialistas em segurança se disseram surpresos com a evolução e a sofisticação do novo vírus. Num único dia, o MyDoom espalhou 4,5 milhões de cópias ao redor do globo.’

 

O Estado de S. Paulo

‘Microsoft resiste a ataque de vírus’, copyright O Estado de S. Paulo, 4/02/04

‘A Microsoft conseguiu ontem resistir ao início dos ataques da versão B do vírus Mydoom, que usa os computadores infectados para inundar de pedidos de acesso o site da empresa, com o objetivo de congestioná-lo. No fim de semana, o vírus original conseguiu tirar do ar o site da empresa de software SCO. A versão modificada do vírus, que atacou a Microsoft, infectou menos computadores do que a versão A.

A Microsoft não revela como se defendeu. ‘Não podemos falar especificamente sobre as soluções técnicas encontradas para impedir o ataque do Mydoom. é uma questão estratégica e sigilosa’, informou a empresa. A Microsoft criou o site information.microsoft.com, que não é alvo do Mydoom.B. Os computadores contaminados não conseguem acessar o endereço principal, mas podem visitar o endereço alternativo.

O site da SCO (www.sco.com) continuava fora do ar ontem. A empresa criou um endereço alternativo (www.thescogroup.com), que não foi alvo de ataques e estava em funcionamento. Na semana passada, a Microsoft ofereceu US$ 250 mil por informações que levem à prisão do criador do Mydoom.B. A SCO também ofereceu um valor igual para quem levá-la ao autor do Mydoom.A.

O Mydoom, nas suas duas versões, contamina os computadores por e-mail ou serviços de compartilhamento de arquivos, como o Kazaa. No caso do correio eletrônico, o usuário precisa abrir o anexo à mensagem contaminada para que o vírus se instale em seu computador. Ele usa a lista de endereços do micro infestado para mandar e-mails a outras pessoas e deixa o computador vulnerável ao ataque de ‘hackers’. (Reuters e AP)’

 

Folha de S. Paulo

‘Microsoft vence ‘queda-de-braço’ contra variante do vírus mydoom’, copyright Folha de S. Paulo, 4/02/04

‘A Microsoft, principal fabricante de softwares do mundo, resistiu a ataque do mydoom.b, uma variação do vírus que atacou milhões de computadores ao redor do mundo na semana passada e obrigou a gigante da informática SCO a tirar o seu site do ar.

Os recursos técnicos da Microsoft, aliados à baixa capacidade de proliferação do mydoom.b, reduziram os danos do ataque a um nível muito baixo, quase imperceptível. O site da Microsoft não sofreu alterações.

Havia o temor de que a Microsoft pudesse ser afetada numa escala similar à SCO.

Duas diferenças marcaram o ataque contra a SCO e o contra a Microsoft: no primeiro, a ação foi realizada pelo mydoom.a, muito mais letal; e, além disso, a Microsoft está acostumada a um elevado tráfico de internautas no seu site, visitado por milhões de pessoas todos os dias, e a ação do mydoom.b não foi suficiente para causar pane nos seus sistemas.

O ataque contra a Microsoft começou ontem às 11h09 (horário de Brasília) e envolveu todos os computadores infectados pelo vírus mydoom.b. Porém o número de computadores infectados por essa variante do vírus é bem inferior aos que foram contaminados pelo mydoom.a.

O vírus mydoom.a é talvez o que tenha se proliferado mais rapidamente em toda a história da internet. Ele provavelmente se originou na Rússia e infectou computadores em todos os países do mundo. (Com agências internacionais)’

 

Jornal do Brasil

‘MyDoom é neutralizado’, copyright Jornal do Brasil, 4/02/04

‘A Microsoft parece ter sobrevivido aos ataques do vírus MyDoom.B. Especialistas afirmam que o vírus, variação do MyDoom.A que travou o site da companhia de software SCO no dia 1º, estava programado para invadir o site da gigante dos softwares ontem.

A Microsoft informou que tinha tomado várias precauções técnicas para se proteger de qualquer ataque do vírus. Não havia nenhum sinal visível de impacto na página da maior fabricante mundial de softwares do mundo no fim do dia de ontem, depois do horário em que o ataque previsto deveria ter acontecido. De acordo com a empresa de monitoramento da Internet Keynote, o desempenho da rede como um todo havia voltado ao normal ao final da tarde de ontem, depois de ter caído de 8% a 10%.

O MyDoom.A infectou milhões de computadores em todo o mundo, gerando uma chuva torrencial de e-mails de spams (mensagens indesejáveis) e danificando servidores de empresas. Varreduras de empresas especializadas detectaram o vírus em pelo menos 168 países. Com autoria e origem desconhecidas, além disso a praga tornou-se responsável pela redução de velocidade do tráfego de alguns provedores de internet. Hoje, segundo os especialistas, o MyDoom perdeu sua velocidade, mas continuará ativo por algum tempo.

A maior vítima do Mydoom.A foi a fabricante de softwares SCO. O vírus, que tem uma semana de vida, derrubou o site da companhia com um ataque que partiu das milhares de máquinas infectadas e obrigou a SCO a colocar um site alternativo no ar no endereço Thescogroup.com.’

 

MÍDIA DIGITAL

Miriam Aquino

‘Abert ataca o novo serviço’, copyright Telecom Online, 5/02/04

‘Na audiência pública sobre o SCD (Serviço de Comunicações Digitais) realizada hoje, 5, em Brasília, a Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV) bateu firme no novo serviço. Segundo o representante da entidade, Luís Nicolaevsky, o SCD ‘é uma afronta ao serviço de radiodifusão e de TV por assinatura’. Conforme o executivo, o serviço poderá distribuir qualquer tipo de conteúdo, o que, no entender da entidade, afronta a Constituição brasileira, que não permite que a comunicação social seja controlada pelo capital estrangeiro. O superintendente de Universalização, Edmundo Matarazzo, afirmou que no SCD a Anatel não regula o conteúdo, apenas a sua distribuição e que esse serviço não pode ser confundido com o de radiodifusão. Ele ressaltou que o SCD terá que respeitar a legislação brasileira, o que não acontece com a Internet pura a simples,lembrou, cuja disponibilidade do conteúdo internacional não é regulada por qualquer lei.’

 

PAY-TV News

‘Projeto-piloto começa a funcionar na próxima semana’, copyright PAY-TV News, 5/02/04

‘Segundo Edmundo Matarazzo, superintendente de Universalização da Anatel, começa a funcionar na próxima semana, um projeto-piloto de uma operação do Serviço de Comunicações Digitais (SCD) na cidade satélite de Santa Maria, em Brasília, com possibilidade de expansão para todo o Plano Piloto, parte da periferia do Distrito Federal e área rural de alguns municípios próximos. A iniciativa, denominada Projeto Experimental para Inclusão Digital, prevê a instalação de uma estação dentro de um contêiner ao lado de uma das torres de transmissão da TV Filme (Mais TV), operadora de MMDS na Capital Federal de onde serão geradas as transmissões.

A Anatel formou um grupo composto por fornecedores de equipamentos e softwares entre eles, a Lucent, Intelbrás, CPM (softwares), Procomp (terminais), Prodabel (empresa pública de processamento de dados do município de Belo Horizonte, entrando com aplicações em Linux), Gradiente e CPqD. O objetivo do projeto é testar todas as hipóteses de funcionamento de uma rede de SCD, bem como seus aplicativos em educação entre outros.

Os relatórios deverão avaliar a aceitação, qualidade, desempenho e aplicativos do serviço. Os terminais serão instalados em escolas públicas, preferencialmente as que ainda não dispõe de computadores, organizações não governamentais que se dispuserem a colaborar com a proposta, além de locais públicos como terminais rodoviários entre outros. A escolha do ponto de transmissão em Santa Maria foi determinada pela facilidade de propagação para o atendimento das regiões escolhidas (especialmente periferia e área rural). Serão utilizadas transmissões wireless pela faixa de 450 MHz e com fibras ópticas. Também será testado um sistema Wi Fi. O projeto-piloto, coordenado pela Anatel, vai custar cerca de US$ 1 milhão, cifra a ser bancada pelo conjunto dos participantes.’