Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Governo proíbe diários estrangeiros “anti-Islã”

O Egito proibiu a entrada de edições do francês Le Figaro e do alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung no país, alegando que os jornais publicaram artigos que insultavam o Islã. A decisão foi informada em um decreto assinado pelo ministro da Informação, Anas el-Feki. “Os jornais publicaram artigos que alegavam que a religião islâmica era espalhada pela espada e que o Profeta era o profeta do mal”, dizia o documento.

A edição de 19/9 do Figaro trazia um artigo de opinião de autoria do filósofo e professor francês Robert Redeker. “Guerreiro impiedoso, saqueador, assassino de judeus e polígamos – é assim que Maomé se retrata no Corão… Ódio e violência vivem no livro com o qual todo muçulmano é educado”, escreveu Redeker.

Já a edição de 16/9 do Frankfurter Allgemeine Zeitung continha um artigo do historiador alemão Egon Flaig sobre como Maomé era um líder militar de sucesso. O texto apresentava argumentos apoiando a visão de que o Islã tem uma história violenta.

Segundo a agência de notícias egípcia Mena, “o ministro da Informação afirmou que não permitiria que nenhuma publicação que insulte a religião islâmica ou dissemine o ódio e o desprezo por qualquer religião fosse publicada no país”. Informações da Reuters [24/9/06].