Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Agência Carta Maior

RIO 2016
Rogério Mattos Costa

A inveja mata. O ódio enterra.

‘A inveja mata, diz um conhecido ditado.

Bastaram poucas horas após o anúncio de que o Rio será sede das Olimpíadas 2016 para que uma série de artigos de crítica ao presidente Lula e aos seus sentimentos de patriotismo, inundassem como uma torrente, as páginas on-line da Folha de São Paulo.

Os artigos se repetem e questionam Lula como se, ao presidente de um país, não coubesse, nessa hora, elogiar o esforço daqueles homens e mulheres que contribuíram para que a maior festa de congraçamento da humanidade, viesse para o Brasil, ainda que no longínquo 2016.

Acostumado a dizer que tem vergonha de ser brasileiro, um dos jornalistas da Folha dedica-se não só a ofender, como sempre faz, ao presidente Lula, mas a lembrar dos males que quinhentos anos de má administração, preconceito racial, irresponsabilidade social e muita impunidade, fizeram ao país.

Como se a Lula coubesse a culpa pela situação e não os méritos de pela primeira vez, enfrentá-la com boa, ainda que não suficiente, dose de coragem. Lembram ainda com ironia este e outros jornalistas da Folha, que o patriotismo foi usado pela ditadura militar para combater à esquerda, quando esta reclamava da falta de liberdades básicas, como a de imprensa. Assim, segundo eles, a esquerda, da qual Lula faz parte, não poderia usar o patriotismo, ‘uma arma exclusiva da ditadura’ para

comemorar o bom momento que vive o país em todos os setores da economia, da evolução da sociedade e do prestigio do país no exterior.

Outros vão mais além, merecendo o carinhoso apelido de ‘colonistas’, criado por Paulo Henrique Amorim em seu blog, para designar aqueles colunistas que pregariam abertamente a volta do Brasil à condição de colônia de potencias estrangeiras. Agora, é claro, já não a colônia de Portugal, mas de um grande país da América do Norte.

De qualquer forma, para um jornal que tem em seu currículo a acusação, nunca desmentida de haver emprestado veículos próprios, de seu patrimônio, para o transporte ilegal de cidadãos que caíram presos políticos, sem mandado judicial, durante uma ditadura militar, a Folha está em péssimas condições para combater o patriotismo ou o uso, por Lula das conquistas de seu governo.

Afinal, as acusações de colaboracionismo com a tortura não prescreveram e estão ao alcance de qualquer pesquisa, mesmo acadêmica e pela internet.

Ao fazer brincadeiras e ironias com os sentimentos patrióticos do povo e do presidente da República, a Folha ofende a memória não só dos mortos e torturados que suas caminhonetes eventualmente teriam transportado, mas de todos os que morreram combatendo o regime de exceção que seu proprietário, à época, ajudou a implantar.’

 

Fernando Carvalho, de Madri

Efeito 2016: Folha publica pesquisa questionando voto popular

‘Lendo a manchete principal do jornal Folha de São Paulo desse domingo, ficamos sabendo que o seu dono, Otavinho Frias, mandou que o seu instituto particular de pesquisas, o DataFolha, produzisse uma enquete que questionasse, pudesse anular ou que pelo menos, justificasse mais tarde, que os resultados das próximas eleições para presidente, governadores e parlamentares não poderiam ser aceitos.

Obediente, o instituto Datafolha teria cumprido a ordem do chefe e entrevistado dois ou três milhares de pessoas em várias cidades do país, fazendo a seguinte pergunta: ‘alguma vez você votou em alguém em troca de alguma coisa’?

Segundo o jornal do Otavinho, se considerarmos o resultado encontrado pelo instituto do Otavinho, em proporção com a população do Brasil, estaria provado pelos cálculos dos cientistas empregados pelo Otavinho, que nada menos do que 17 milhões de brasileiros venderam seus votos, pelo menos uma vez.

Isso bastou para que o Otavinho, mandasse seus jornalistas, colocarem na primeira página de seu jornal, hoje, algo inédito. E que vai engrossar o já extenso currículo de pioneirismo da Folha pois nunca antes neste país, um jornal, alegando possuir ‘pesquisas científicas’, havia questionado o regime democrático de realizar eleições.

Ou seja, para o Otavinho, sua ‘pesquisa científica’ provaria que tudo aquilo que acontece no dia das eleições seria uma autentica palhaçada, algo sem valor. Não valeria nada o trabalho dos juízes eleitorais, dos procuradores da justiça eleitoral, dos mesários, dos policiais, dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.

Tudo seria uma tremenda bobagem, uma falcatrua, inclusive o acompanhamento de especialistas e de representantes dos parlamentos de todo o mundo, que reconhecem sempre o excelente grau de lisura das eleições no Brasil.

Para o Otavinho, isso tudo é bobagem. É mentira. É bobagem para o Otavinho, principalmente, essa história de ‘vontade do povo’, expressa não

só nas urnas, mas nos bilhões de horas de trabalho ou de descanso que foram gastas pelos milhões de brasileiros que, a cada dois anos, ficam nas filas das seções eleitorais, ou se deslocando até o local das urnas.

Para o herdeiro da Folha de São Paulo, tudo o que foi e será considerado como ‘vontade popular’, não valeu nada.

Não valeriam nada portanto, por esse raciocínio e seriam apenas papel sem valor, os mandatos que a Justiça Eleitoral do Brasil forneceu ao presidente da república, ao vicepresidente, aos senadores, deputados,vereadores e aos prefeitos e seus vices.

E não valeríamos nada, nós brasileiros.

Pois, das duas uma: ou somos fraudadores de eleições, do tipo que compra ou vende votos, ou somos milhões de ingênuos que acreditamos num sistema assim e ficamos quietos. Quem duvidar ou reclamar das ‘pesquisas científicas’ do Otavinho é porque rouba eleições.

Os demais, que seriam os honestos, mas ingênuos, que não vendem o seu voto, deveriam aderir à oposição e ao golpe midiático que a Folha e outros jornais pretendem dar no governo no presidente Lula desde o primeiro dia de seu mandato, sem medo de serem acusados de golpistas, porque, segundo as ‘pesquisas do Otavinho’, as eleições não valeriam nada mesmo.

A bem da verdade, o pioneirismo da Folha para contestar os resultados das eleições é bem mais antigo. E o Otavinho não seria assim, um pioneiro. Em 1964 , Otávio Frias, o pai do Otavinho, dono da Folha, também contestou o mandato legitimo do presidente da República e de centenas de governadores, senadores e deputados, com uma pesquisa desse tipo.

Mais eficiente que seu filho, ele conseguiu que milhares desses mandatos populares, obtidos nas urnas em todo o Brasil, fossem retirados à força de seus detentores, sem processo, sem julgamento, convencendo maus militares a trabalharem sob suas ordens e inspiração, instalando no país uma ditadura que durou mais de 20 anos. Muitos dos que se tornaram ‘sem-mandato’, foram presos, torturados e mortos.

A Folha também foi pioneira na colaboração com um regime de exceção, pois, ao invés de combater com suas idéias aos usurpadores do poder, que censuravam a própria imprensa, o falecido Otávio Frias, pai do Otavinho, colaborou ativamente com os ditadores, aprovando e apoiando todas as barbaridades cometidas contra a população, como o arrocho salarial, a hipoteca das pequenas propriedades rurais, a perda dos direitos trabalhistas e à liberdade sindical.

Para fazer esse trabalho sujo de manipulação da opinião pública, Otavio Frias ganhou, sem licitação, tal como o Globo, o Estadão e outros jornais, gigantescas verbas de publicidade dos governos federal, estaduais e municipais. Essas verbas formaram as imensas fortunas que usufruem agora o Otavinho e os herdeiros dos Marinho, dos Mesquita, dos Sirotsky, dos Sarney, dos Collor, dos Maia e várias outras famílias que dominam a mídia que colaborava com a Ditadura nos estados.

Mas o fato que mais marca com o pioneirismo o currículo da Folha de São Paulo a nível internacional, foi a colaboração que o jornal prestou à ditadura transportando presos políticos, muitos deles torturados, que depois apareceram mortos ou estão até hoje desaparecidos, em

caminhonetes de entrega de jornais. Uma operação chamada OBAN, Operação Bandeirantes, realizada pelo exército em colaboração com empresários, para despistar juízes e familiares que procuravam em vão pelas vítimas nos quartéis para onde haviam sido levados ilegalmente.

Essa, nem os jornais que apoiavam o governo de Adolf Hitler fizeram. Transportar presos políticos em carros de entrega de jornal.

É pioneirismo puro. Mas uma vergonha que manchou inapelavelmente o currículo da Folha e que ainda está impune.

‘Comentários dos leitores’

Outro movimento dessa ofensiva ‘tudo-ou-nada’ aparece nos ‘comentários dos leitores’que a Folha seleciona (ou será que ela mesma produz?) e coloca embaixo das matérias que está publicando nesse momento em sua versão on-line: todos eles vinculam a fraude nas provas do ENEM com a possível fraude nas próximas eleições… Mereceu pouco destaque o fato de que o Grupo Folha é parceiro da gráfica contratada para imprimir a prova (a Plural é uma parceria do Grupo Folha com a empresa americana Quad/Graphics).

Mais uma tentativa do Otavinho de desgastar o presidente Lula frente aos jovens, justamente o presidente que criou o ProUni, que dá bolsas aos alunos pobres e descendentes dos escravos que os antepassados de pessoas como Otavinho devem ter comprado e vendido aos montes, quando o Brasil era uma colônia e depois um império.

Um império onde mandavam não aqueles que fossem escolhidos em eleições que Otavinho contesta e seu pai já contestava e fez deixar de terem validade por 21 anos, mas aqueles que teriam o direito divino, dado por Deus, de mandar por serem de ‘melhor raça’, ‘melhor berço’, mais ricos e prósperos e portanto, mais inteligentes e capacitados para mandar.

Com a palavra, as autoridades.

Liberdade de imprensa é uma coisa. Manipular a realidade, corromper pessoas, transportar presos em caminhonetes, ganhar fortunas sem licitação é outra.

Os excelentes resultados dos seis anos e meio de governo do presidente Lula nos campos econômico, social e político já estavam fazendo nos últimos dias o herdeiro da Folha a radicalizar nos ataques e ofensas pessoais a Lula.

Mas agora, temendo a derrota de seu candidato José Serra, que não decola nem nas pesquisas de seu instituto particular, exatamente por que o povo brasileiro associa sua imagem aos anos de desemprego, miséria e corrupção de Fernando Henrique Cardoso, Otavinho Frias partiu de vez para o tudo-ou-nada.

A consagração do presidente Lula pela conquista das Olimpíadas Rio 2016, pode ter sido a gota d’água que precipitou essa nova crise de demência.

Com a palavra as entidades dos pesquisadores, dos sociólogos, dos cientistas políticos, dos estatísticos, matemáticos e outros afetos a esse ramo da ciência e da pesquisa de opinião. Com a palavra o Ministério Público Federal, a Justiça Eleitoral, os parlamentares, os governadores e prefeitos atingidos, cujos mandatos Otavinho colocou sob suspeita, com suas ‘pesquisas científicas’. Tanto os mandatos dos políticos do governo como os da oposição.

Com a palavra, principalmente, o presidente Lula, que sofre calado ataques e xingamentos dos jornalistas pagos pelo Otavinho, há mais de 30 anos.

E que depois de assumir a presidência, temendo ser acusado de atentar contra a liberdade de imprensa, tem permitido calado e de forma a meu ver equivocada, que gente como o Otavinho, continue ofendendo, não só a ele, mas o seu mandato popular, as instituições democráticas e próprio povo brasileiro.

Com a palavra, principalmente, nós os leitores de jornais do Brasil, mesmo aqueles que, sendo de oposição, teriam obrigação de nunca mais anunciarem ou comprarem um jornal com o currículo que Otavinho e seu pai fizeram injustamente a Folha e seus competentes profissionais ostentarem para o resto de suas vidas.

Daqui para frente, nem que eu leia outro jornal de oposição: mas a FOLHA, NÃO!

Texto atualizado em 05/10/2009

(*) Fernando Carvalho é jornalista.’

 

ANÁLISE
Ignácio Ramonet

A imprensa diária está morrendo?

‘O desastre é enorme. Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa. Nem sequer se salvam os outrora considerados ‘jornais de referência’: El País em Espanha, Le Monde em França, The Times e The Independent no Reino Unido, Corriere della Sera e La Repubblica em Itália, etc.

Todos eles acumulam fortes perdas económicas, baixa da difusão e queda da publicidade (1).

O prestigiado New York Times teve que solicitar a ajuda do milionário mexicano Carlos Slim; a empresa editora de The Chicago Tribune e de Los Angeles Times, assim como a Hearst Corporation, dona do San Francisco Chronicle, caíram na bancarrota; News Corp, o poderoso grupo multimédia de Rupert Murdoch que publica o Wall Street Journal, apresentou perdas anuais de 2.500 milhões de euros…

Para cortar despesas, muitas publicações estão reduzindo o número de páginas; o Washington Post fechou o seu prestigiado suplemento literário Bookworld; o Christian Science Monitor decidiu suprimir a sua edição em papel e existir só na Internet; o Financial Times propõe semanas de três dias aos seus redatores e reduziu drasticamente o número de trabalhadores. As demissões são em massa. Desde janeiro de 2008 foram suprimidos 21.000 empregos nos jornais norte-americanos. Em Espanha, ‘entre Junho de 2008 e Abril de 2009, 2.221 jornalistas perderam o seu posto de trabalho’ (2).

A imprensa diária escrita encontra-se à beira do precipício e procura desesperadamente fórmulas para sobreviver. Alguns analistas consideram obsoleto esse modo de informação. Michael Wolf, da Newser, prevê que 80% dos diários norte-americanos desaparecerão (3). Mais pessimista, Rupert Murdoch prevê que, na próxima década, todos os diários deixarão de existir…

O que é que agrava tão letalmente a velha decadência da imprensa escrita quotidiana? Um fator conjuntural: a crise econômica global que provoca a redução da publicidade e a restrição do crédito. E que, no momento mais inoportuno, se veio somar aos males estruturais do setor: a mercantilização da informação, o apego à publicidade, a perda de credibilidade, a queda de subscritores, a competência da imprensa gratuita, o envelhecimento dos leitores…

Na América Latina acrescenta-se a isto as necessárias reformas democráticas empreendidas por alguns governos (Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela) contra os ‘latifúndios midiáticos’ de grupos privados em situação de monopólio. Esses grupos desencadearam, contra esses governos e os seus presidentes, uma campanha de calúnias difundidas pelos rancorosos meios de comunicação dominantes e pelos seus cúmplices habituais (na Espanha: o diário El País, que passou a atacar o primeiro ministro José Luis Rodriguez Zapatero) (4).

A imprensa diária continua a praticar um modelo econômico e industrial que não funciona. O recurso à construção de grandes grupos multimídia internacionais, como aconteceu nos anos 1980 e 1990, já não não serve perante a proliferação dos novos meios de difusão da informação e do lazer, pela Internet ou pelos telemóveis (5).

Paradoxalmente, nunca os diários tiveram tanta audiência como atualmente. Com a Internet, o número de leitores cresceu de forma exponencial (6). Mas a articulação com a Rede continua a falhar. Porque estabelece uma injustiça ao obrigar o leitor do quiosque, o que compra o diário, a subsidiar o leitor da tela que lê gratuitamente a edição digital (mais extensa e agradável). E porque a publicidade da versão web não compensa, ao ser muito mais barata que na versão de papel (7). Perdas e ganhos não se equilibram.

Caminhando às cegas, os jornais procuram desesperadamente fórmulas para enfrentar a hiper-mudança e sobreviver. Seguindo o exemplo do iTunes, alguns pedem micro-pagamentos aos seus leitores para deixá-los aceder em exclusivo às informações online (8). Rupert Murdoch decidiu que, a partir de Janeiro de 2010, exigirá pagamento por qualquer consulta do Wall Street Journal mediante qualquer tecnologia, sejam os telefones Blackberry ou iPhone, Twitter ou o leitor electrónico Kindle. O motor de busca Google está pensando numa receita que lhe permita cobrar por toda a leitura de qualquer diário digital e reverter uma parte à empresa editora.

Bastarão essas medidas para salvar o doente terminal? Poucos acreditam nisso (leia-se o artigo de Serge Halimi ‘O combate do Le Monde Diplomatique’). Porque a tudo o que se disse acima soma-se o mais preocupante: a perda da credibilidade. A obsessão atual dos diários pelo imediatismo leva-os a multiplicar os erros. O demagógico apelo ao ‘leitor jornalista’ para que coloque na web do seu jornal o seu blog, as suas fotos ou os seus vídeos, aumenta o risco de difundir erros. E adotar a defesa da estratégia da empresa como linha editorial (coisa que hoje fazem os diários dominantes) conduz à imposição de uma leitura subjectiva, arbitrária e partidária da informação.

Frente aos novos ‘pecados capitais’ do jornalismo, os cidadãos sentem-se vulneráveis nos seus direitos. Sabem que dispor de informação fiável e de qualidade é mais importante que nunca. Para eles e para a democracia. E interrogam-se: Onde procurar a verdade? Os nossos leitores assíduos conhecem (uma parte de) a resposta: na imprensa realmente independente e crítica; e obviamente, nas páginas do Le Monde Diplomatique.

Artigo publicado em rebelion.org, traduzido para o português por Carlos Santos, do site Esquerda.Net.

Notas:

(1) Inés Hayes, ‘En quiebra los principales diarios del mundo’, América XXI, Caracas, Abril de 2009.

(2) Segundo a Federação de Associações de Jornalistas de Espanha, Madrid, 13 de Abril de 2009.

(3) The Washington Post, 21 de Abril de 2009.

(4) Sobre os ataques de El País contra Zapatero, leia-se Doreen Carvajal, ‘El País in Rare Break With Socialist Leader’, The New York Times, 13 de Setembro de 2009. Versão em espanhol: internautas.org

(5) Luis Hernández Navarro, ‘La crisis de la prensa escrita’, La Jornada, México, 3 de Março de 2009.

(6) Leia-se o informe: ‘Newspapers in Crisis’: emarketer.com

(7) Em 2008, la audiência do New York Times na Internet foi dez vezes superior à da sua edição impressa, mas os seus ganhos em publicidade na Rede foram dez vezes inferiores aos da edição de papel.

(8) Leia-se: Gordon Crovitz, ‘El futuro de los diarios en Internet’, La Nación, Buenos Aires, 15 de Agosto de 2009, e El País, Madrid, 11 de Setembro de 2009.’

 

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