Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Capítulo final de Lost decepciona críticos


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 25 de maio de 2010


 


REFORMA


87% aprovam mudança gráfica e editorial da Folha


‘A nova cara da Folha foi aprovada pelos leitores. Segundo pesquisa Datafolha realizada no domingo, quando circulou a primeira edição sob o novo projeto gráfico e editorial, 87% dos entrevistados consideraram ótima ou boa a reforma do jornal.


Na comparação com a reforma gráfica anterior, de 2006, a aprovação geral é parecida. Naquele ano, 86% dos leitores consideraram as mudanças ótimas ou boas.


A reforma deste ano, porém, se destaca no quesito legibilidade. Para 70% dos leitores, a Folha ficou mais fácil de ser lida -em 2006, 61% tinham essa opinião acerca das mudanças adotadas.


Cerca de 12% maiores, as letras do novo projeto gráfico da Folha são percebidas pelos leitores como as principais responsáveis pela maior facilidade de leitura.


Para 80% dos entrevistados, as letras dos textos ficaram mais fáceis de serem lidas, e 15% disseram que a leitura ficou igual. Na reforma de 2006, 64% dos leitores consideraram as letras de então mais fáceis de serem lidas do que as anteriores.


O novo tamanho das letras também foi indicado por 81% dos entrevistados como um aspecto que tornou melhor a leitura do jornal como um todo, contra 5% que consideraram a leitura pior.


Os leitores mais velhos, com mais de 70 anos, foram os que mais gostaram do novo tamanho das letras (86%), e os mais novos, entre 16 e 29 anos, foram os que menos as aprovaram (74%).


Em contrapartida, os mais jovens foram os que mais aprovaram a reforma gráfica em geral (93%), ao passo que os leitores mais velhos foram os que menos disseram que a Folha ficou ótima ou boa com o novo visual (77%).


CADERNOS


Também houve percepção de melhora na organização do jornal. Para 54% dos entrevistados, a Folha ficou mais organizada após a reforma gráfica, e 6% disseram que ficou menos organizada.


Outra novidade foi o caderno Esporte, que passou a circular no formato tabloide, metade do tamanho padrão.


A mudança agradou a 65% dos leitores, contra 7% que acharam o formato pior.


A Primeira Página, por sua vez, com novos recursos, foi considerada melhor do que antes por 61% dos entrevistados, e pior por 8%.


A Ilustríssima, que substituiu o Mais!, foi considerada melhor do que o caderno dominical anterior por 41% dos que a leram, contra 27% que a consideraram igual e 25% que disseram ser pior.


Outros cadernos mudaram de nome. Mercado, novo nome do antigo Dinheiro, agradou muito a 36% dos leitores e um pouco a 31%.


Já o novo nome do caderno de informática, que passou a se chamar Tec, desagradou a 35% dos leitores, e Poder, novo nome de Brasil, desagradou a 37% dos leitores.’


 


 


Blogueiro, Jairo Marques estreia coluna quinzenal


‘Estreia hoje a coluna quinzenal do jornalista da Folha Jairo Marques, 35.


Cadeirante, ele escreverá sobre o cotidiano de pessoas com algum tipo de limitação física ou sensorial, como faz no blog ‘Assim como Você’, mantido há dois anos na Folha.com.


Com linguagem descontraída, o blog tornou-se o mais popular do site e recebe cerca de 50 comentários por dia.


Na nova coluna, Marques falará sobre acessibilidade nas cidades e comportamento.


O espaço inovará na linguagem e na abordagem das deficiências, ‘que vão da velhice ao ser ‘diferente’, diz ele.


Jairo Marques está na Folha desde 1999. Foi repórter do jornal por sete anos e, atualmente, é chefe de reportagem da Agência Folha.


Graduou-se na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pouco antes de chegar à Folha. Fez também pós-graduação em jornalismo social na PUC-SP e foi bolsista do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para treinamento em política e gestão social, curso realizado em Cartagena, na Colômbia.


Atualmente, Marques é professor da Universidade Metodista de São Paulo.’


 


 


TELEVISÃO


Thiago Ney


Em final, série ‘Lost’ decepciona críticos


‘Jack Shephard (interpretado por Matthew Fox) está deitado em meio a um bambuzal. Abre os olhos e vê um labrador ao seu lado. Assim começava ‘Lost’, em 22 de setembro de 2004.


A saga terminou anteontem à noite, quando o último episódio do seriado foi ao ar nos EUA -esse capítulo será exibido no Brasil hoje, às 22h, no canal pago ‘AXN’.


Nos Estados Unidos, as duas horas e meia de duração do último episódio da sexta e última temporada atraíram audiência de 13,5 milhões de pessoas.


Número considerado bom (a quinta temporada da série teve média de 11 milhões de espectadores), mas não espetacular (nos três primeiros anos, a audiência do programa bateu nos 15 milhões).


Mas, se não alcançou números recordes, ‘Lost’ gerou uma quantidade considerável de teorias, dúvidas e questionamentos dos fãs, via internet, a respeito dos mistérios levantados pelo show.


Essa movimentação ocorreu durante os seis anos da série, e teve impulso no final de semana passado, com a chegada do episódio final.


Quem esperava ter todos (ou, pelo menos, a maioria) dos enigmas de ‘Lost’ respondidos no episódio final provavelmente ficou decepcionado. Na revista eletrônica ‘Slate’, por exemplo, Jack Shafer utiliza uma frase do punk Johnny Rotten (Sex Pistols) para ilustrar seu sentimento: ‘Já teve a sensação de ter sido trapaceado?’.


No site do ‘New York Times’, Mike Hale escreveu que o final de ‘Lost’ foi ‘forçado’, não ‘preencheu as expectativas’. Mas, a partir de comentários de fãs da série no site do jornal, Hale mudou algumas considerações (leia, em inglês, em http:// nyti.ms/dsyFwd).


Já Mary McNamara, crítica de TV do ‘Los Angeles Times’, não joga luz sobre o final decepcionante, mas para o ‘percurso’ feito pelo seriado nesses seis anos.


Volta


Atenção: se você não quer saber nada a respeito do último episódio, pare aqui.


Bem, nas duas horas e meia do encerramento de ‘Lost’, a maioria dos personagens que tiveram participação relativamente importante no seriado reapareceu (Boone e Shannon; Ana Lucia; Daniel Faraday).


Após embates na ilha e cenas de reconciliação em uma realidade paralela, vemos Jack Shepard, ferido, deitar-se em um bambuzal. O labrador lambe seu rosto. Ele fecha os olhos. ‘Lost’, enfim, chegou ao seu final.’


 


 


No final das contas, seriado mostra-se uma história de amor e de redenção


‘Estavam todos mortos?


Em duas horas e meia de duração, o último episódio de ‘Lost’ deixou várias perguntas no ar. E poderia ser diferente, em uma série que se fez a partir de mistérios?


Como em toda sexta temporada, esse último episódio desenrolou-se entre embate na ilha (entre Jack Shephard, o bem, e o homem de preto, o mal) e uma ‘realidade paralela’ vivida fora da ilha.


Nos minutos finais, nessa ‘realidade paralela’, Jack encontra o pai, em uma igreja. O herói, então, fica sabendo que estão todos mortos.


Mortos desde quando? Desde que o avião caiu na ilha, no primeiro episódio?


Hugo, que havia recebido de Jack a tarefa de proteger a ilha, dá uma pista. Na porta da igreja, diz a Ben Linus: ‘Você foi um grande número dois’. Ben: ‘E você foi um grande número um’.


Assim, a ‘realidade paralela’, na verdade, mostra-se uma ‘realidade futura’, em que todos os personagens, já mortos, se reencontram.


O pai de Jack revela: ‘A parte mais importante da sua vida foi o tempo em que você passou com essas pessoas’, ele diz a Jack. ‘Por isso vocês estão todos aqui.’


Ficam dúvidas (afinal, O QUE É A ILHA???), mas algumas certezas. ‘Lost’, no fim das contas, é uma história de amor e redenção.’


 


 


Andréa Michael


Ex-diretora contará outro lado de Faustão em livro


‘Lucimara Parisi, que dirigiu quadros do ‘Domingão do Faustão’ e saiu do programa no final de 2009, vai contar em livro os 30 anos de trabalho com o apresentador.


Entre as revelações, estão as pressões, os constrangimentos e a geladeira que viveu por trás dos sorrisos exibidos no palco. Em público, ela nega, mas pretende falar também da vida pessoal de Fausto Silva.


‘Ele é inseguro, toda hora quer mudar. As bailarinas choram porque ele faz teste quase todo domingo’, diz ela, que está no SBT.


Lucimara contou à coluna que, em uma reunião na casa do apresentador, em São Paulo, ele disse que ela teria menos atribuições no programa, mas que continuaria no palco e com o mesmo salário.


‘Mas ele não cumpriu: me tirou do palco, me botou na geladeira e meu ordenado baixou. Fiquei muito triste.’


Permaneceu no programa até dezembro, quando o contrato terminou, sem renovação. Desde então, diz, nunca mais se falaram.


‘Espero que um dia ele veja que errou de me gelar assim. Ajudei muito a ele ganhar o dinheiro que ganha.’ Sua ideia, afirma, é mostrar a estudantes de comunicação que lerem o livro que ‘nem tudo são flores’.


Fausto Silva não quis comentar o assunto. O livro sai até o fim do ano.


Espelho 1 No coquetel em que a Rede TV! brindou a primeira transmissão 3D em televisão aberta no mundo, no domingo à noite, um diretor da emissora não teve dúvidas: a feia Gorete, a quem o ‘Pânico na TV’ deu dentes, mega-hair e deixou bonita, ficou a cara da apresentadora Marcia Goldschmidt (Band).


Espelho 2 Com implante de 30 dentes, a boca nova saiu por R$ 60 mil. Deu a melhor audiência do programa no ano, com 12 pontos de média (720 mil domicílios ligados na atração na Grande SP) e liderança por meia hora, com pico de 18 pontos.


Torcida Vencedores do reality ‘Go Brasil’, do portal Esporte Interativo, Anderson Legal e Antonio Xavier ainda terão provas na África para garantir os ingressos da Copa.


Ringue 1 Estudo feito pela pesquisadora Sarah Coyne na Inglaterra mostrou que os realities são bem mais violentos que outros programas: em uma hora, exibem 52 atos de violência contra 33 de outras atrações. Ela avaliou 120 horas dos cinco realities e dos cinco não realities mais assistidos no país (incluindo alguns shows americanos).


Ringue 2 Coyne considerou violência verbal e gestual. O campeão foi ‘O Aprendiz’, com 85 atos.


Receita No Fórum Brasil-Mercado Internacional de Televisão, evento mais importante para negócios de TV na América Latina, um workshop mostrará como funcionou a parceria entre a Discovery e as produtoras Mixer e Conspiração no trabalho ‘Inside Discovery’. Em 16 e 17/6, em SP.’


 


 


Gustavo Villas Boas


Chico Buarque fala de política em estreia de ‘Sangue Latino’


‘Chico Buarque dedilha um piano de ‘mil e oitocentos e lá vai fumaça’, como gosta de dizer. Pertenceu à avó e agora está na sala da casa que é cenário da entrevista ao jornalista Eric Nepomuceno para ‘Sangue Latino’.


O músico e escritor fala de família, música, América Latina, Cuba. Para ele, todos os latino-americanos têm ‘uma dívida muito grande’ com o país. Faz, sim, crítica ao regime, mas não deixa de apontar o dedo aos EUA. Também o aponta o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em outro episódio. Para ele, os ‘professores de democracia’ não podem entender a diversidade da região.


Se as entrevistas são sem pauta definida há, sem dúvida, temas comuns, e a política parece ser um. Também fala-se de arte, literatura e cinema nas conversas que têm em torno de 20 minutos de duração.


Nepomuceno, tradutor e interlocutor de García Márquez, quase não aparece. O rosto fica por trás da câmera intimista. Os convidados parecem dar um depoimento.


São os microfones latinos abertos para intelectuais como o artista argentino León Ferrari, o escritor chileno Antonio Skármeta e o cineasta argentino Pino Solanas.


NA TV


Sangue Latino


QUANDO estreia hoje; ter., às 21h, e sáb., às 12h, no Canal Brasil


CLASSIFICAÇÃO livre’


 


 


INTERNET


99% das notícias de blogs vêm de jornais ou da TV


‘As redes sociais, como blogs e Twitter, têm uma dinâmica em que as notícias mais importantes mudam velozmente, mas permanecem dependentes do material produzido pelas mídias tradicionais, como jornais e emissoras de TVs.


Essa relação é mais clara no caso dos blogs, em que mais de 99% das histórias eram provenientes de jornais ou emissoras de TV, segundo estudo do instituto Pew Research Center, que mostrou também que BBC, CNN, ‘The New York Times’ e ‘The Washington Post’ respondem por 80% do conteúdo.


No caso do Twitter, a ‘dependência’ também é alta: metade das notícias vem das mídias tradicionais.


O levantamento apontou ainda que as histórias que ganham a atenção das redes sociais diferem daquelas cobertas pela maioria das mídias tradicionais. Feito nos EUA, demonstrou que blogs compartilham a mesma temática principal com mídias tradicionais em 13 das 49 semanas pesquisadas.


No microblog Twitter, a igualdade de principais temas com a imprensa ocorreu apenas em 4 de 29 semanas. Já no YouTube, ela se repetiu em 8 de 49 semanas.


A disparidade, entretanto, também ocorre entre as três plataformas de redes sociais pesquisadas. Das 29 semanas seguidas, blogs, Twitter e YouTube compartilharam a mesma história principal em somente uma ocasião: em junho do ano passado, durante os protestos sobre a eleição presidencial no Irã.


Nas três plataformas sociais, a atenção dispensada aos assuntos é breve. Em blogs, 53% das histórias principais dadas em uma determinada semana ficam como tema principal não mais que três dias. No Twitter, isso ocorre em 72% dos temas.’


 


 


Cristina Fibe


Facebook promete facilitar a proteção de dados pessoais


‘O Facebook admitiu ontem ter ‘errado o alvo’ ao oferecer controles de segurança ‘muito complexos’ e prometeu implementar ‘um jeito mais simples de controlar a informação’.


Em texto ontem no ‘Washington Post’, Mark Zuckerberg, executivo-chefe do site, disse que ‘a maior mensagem que ouvimos recentemente é a de que as pessoas querem controle mais fácil sobre suas informações’.


‘A nossa intenção era dar a vocês muitos controles granulares; mas isso pode não ter sido o que muitos de vocês queriam. Erramos o alvo’, escreveu Zuckerberg.


O fundador do Facebook responde, assim, às crescentes reclamações acerca da falta de proteção às informações colocadas na rede social, que afirma ter hoje mais de 400 milhões de usuários.


Diante da onda de denúncias de que Zuckerberg invade contas de terceiros, armazena as suas informações e as compartilha com publicitários, os internautas criaram um movimento de saída do Facebook.


A campanha (quitfacebookday.com) marcou para 31 de maio o ‘suicídio’ dos usuários, uma semana depois da publicação da carta aberta de Zuckerberg.


Até a conclusão desta edição, a página tinha pouco menos de 15 mil adesões.


‘Agimos rápido para oferecer a essa comunidade novas maneiras de se conectar’, afirmou Zuckerberg.


O site prometeu, além dos ‘controles de privacidade muito mais simples de usar’, ‘um jeito fácil de desativar os serviços de terceiros’.


Zuckerberg garantiu que o Facebook não compartilha dados pessoais com serviços ou pessoas sem o consentimento do usuário; não fornece a anunciantes acesso a informações pessoais; e ‘não vende nem nunca venderá’ suas informações’.’


 


 


Google revela divisão de ganho com anúncio


‘Após ser alvo de críticas, o Google revelou como divide a receita ganha com publicidade.


Há duas categorias principais para quem usa seu serviço de publicidade, o AdSense, e a divisão do dinheiro é diferente.


Em uma das categorias, o AdSense para conteúdo (que é aquela publicidade nos sites que está relacionada com o tema), os editores ficam com 68% do faturamento com os anúncios que aparecem na página na internet.


No AdSense para pesquisa (que é quando o site usa o mecanismo de busca do Google), essa divisão é de 51% para os editores e o resto para o Google.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


‘Le Monde’ apoia


‘Na capa do jornal francês, o editorial em defesa de Lula


O jornal francês chegou às bancas ontem à tarde com o editorial ‘Brasil de Lula em todas as frentes’.


Abrindo, ‘Lula cá, Lula lá! O mundo se maravilha com as declarações do presidente brasileiro e com os grandes feitos, não só nos campos de futebol, de seus concidadãos’. Diz que ele ‘encarna o Brasil em plena forma’ e cita o acordo em Teerã, ‘o crescimento que rivaliza com a China e a Índia’, ‘o celeiro do mundo’, Petrobras, Embraer. Diz que o país é ‘brilhantemente representado por seu ministro Celso Amorim’ e virou ‘o verdadeiro porta-voz dos emergentes’.


‘Lula poderá apresentar candidatura à Secretaria-Geral da ONU’, conclui o jornal, comentando: ‘Ainda ouviremos falar do ex-metalúrgico, amigo das favelas e dos investidores. Ainda ouviremos falar do Brasil que começa seus Trinta Gloriosos’, referência às três décadas de crescimento ocidental pós-guerra.


Sinal dos tempos


No UOL, ‘Lula comemora entrega de documento do Irã à agência de energia da ONU como segunda vitória’. E o americano ‘Christian Science Monitor’ destacou artigo do ex-agente da CIA Graham E. Fuller, avaliando que ‘Brasil e Turquia são freios e contrapesos vitais’. Cobrou apoio às ‘ações de dois países responsáveis, democráticos e racionais’, que romperam ‘décadas de tolice na política para o Irã’. Para ele, ‘sinal dos tempos’.


Mancha


Já o ‘New York Times’ postou à noite ‘Acordo no Irã é visto como mancha no legado de líder brasileiro’, do correspondente Alexei Barrionuevo. Cita os jornalistas Clóvis Rossi, que escreveu na Folha que Lula ‘cobriu de sangue’ o Brasil, referindo-se aos dissidentes do Irã, e Paulo Sotero.


E o ‘El País’ publicou texto do ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda atacando o acordo e Lula _que ‘obtém pouco no âmbito externo, além das manchetes’.


//QUERO SER BRIC


Do ‘China Daily’ ao ‘New York Times’, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse na abertura do Diálogo Estratégico China-EUA que os dois, ‘junto com Brasil, Índia e outros emergentes, estão em posição muito mais forte hoje para superar os desafios’ pós-crise financeira.


No relato do ‘NYT’, ‘em vez de identificar os EUA com a Europa, Geithner declarou que os EUA estão se aguentando, junto com os grandes emergentes, como o Brasil, a Índia e a China’.


O americano Zoellick no ‘Financial Times’, em chamada para o artigo ‘Aprendam com o mundo em desenvolvimento


Lições


No ‘FT’, o presidente do Banco Mundial, Roberto Zoellick, sugere aos europeus que estudem América Latina e outros e avisa: ‘Estamos diante da mudança para a economia global multipolar, com perspectiva melhor nos países em desenvolvimento. [Mas] não se trata de o vencedor levar tudo. A aceleração da mudança pode ajudar os desenvolvidos’.


Alemanha atrás


O mesmo ‘FT’ publica hoje especial sobre a indústria automobilística do Brasil, destacando que o país ‘deve passar a Alemanha na liga global de vendas’, tornando-se ‘o quarto maior mercado’. O enviado John Reed, em relato on-line, diz que o Brasil tem relativamente ‘poucos carros luxuosos nas ruas’ e prefere ‘pequeno e barato’.


‘MAIS LOUCOS’


O principal jornal de Bangladesh, ‘Daily Star’, destacou no domingo o confronto entre torcedores fanáticos do Brasil e da Argentina no país. Houve 30 feridos. Na charge, Maradona diz a Dunga que ‘eles são mais loucos do que nós’’


 


 


TRIBUNAL


Flávio Ferreira


Folha é absolvida em ação de dano moral da atriz Juliana Paes


‘A Justiça do Rio de Janeiro julgou improcedente a ação de indenização por danos morais proposta pela atriz Juliana Paes contra a Folha, na qual o jornal foi acusado de publicar textos do colunista José Simão supostamente ofensivos à artista.


Os advogados da atriz alegaram no processo cível que o jornal veiculou textos de Simão nos quais Paes foi ligada à personagem Maya, que ela interpretou na novela ‘Caminho das Índias’, e isso teria ofendido a honra dela.


A juíza da 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca, Bianca Ferreira Nigri, proferiu a decisão que absolveu a Folha ontem.


Segundo a magistrada, ‘as notas veiculadas [pelo colunista] não contêm qualquer expressão ofensiva à honra da autora, tratando-se apenas de técnica da balizada linguagem jornalística/humorística, empregada com vistas a aguçar o interesse e a curiosidade do público’.


Na sentença, a juíza fez uma análise sobre a contraposição entre as garantias constitucionais de liberdade de expressão do colunista e da Folha e do direito à intimidade e privacidade da atriz.


De acordo com a decisão judicial, ‘o segundo aspecto (privacidade) há muito já fora afastado pela própria autora [Paes], em virtude de sua aparição constante em novelas e programas de televisão, inclusive naqueles em que se têm notícias e declarações feitas pessoalmente em relação à sua vida pessoal’.


A magistrada citou a participação da atriz em um comercial de TV para fundamentar sua tese.


‘A autora não apenas aparece na mídia em nome dos seus personagens como também em seu próprio nome e em exposição de seu corpo como Juliana, como no exemplo citado pelo réu, a propaganda de uma cerveja famosa, ‘A boa’, na qual se enfatiza a beleza e a sensualidade da autora’, afirmou.


A advogada da Folha, Taís Gasparian, ressaltou ontem que ‘a decisão judicial reforça os entendimentos de que a esfera da privacidade das pessoas públicas é mais restrita e que em casos como o de José Simão deve prevalecer a liberdade de imprensa’.


Janete de Carvalho, advogada de Paes, disse que não teve conhecimento sobre o teor da sentença e por isso não iria se manifestar. Cabe recurso contra a decisão.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


(www.estadao.com.br)


Terça-feira, 25 de maio de 2010


 


INCLUSÃO


Jamil Chade


Apenas metade das escolas no Brasil oferece acesso à internet para alunos


‘Apenas metade das escolas brasileiras tem acesso à internet. Os dados foram publicados nesta terça-feira, 25, pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que indica que a taxa brasileira é bem inferior à média dos países ricos. O acesso de escolas brasileira à internet é ainda inferior às taxas de Omã, Chile, Arábia Saudita, Tunísia e Turquia. Na Jordânia, 80% das escolas estão conectadas.


Nos países ricos, praticamente 100% das escolas estão conectadas à internet e a maioria à banda larga. Na Croácia, Suécia e Reino Unido, todas as escolas já contam com a internet de alta velocidade. Já em 2004, 97% dos colégios canadenses estavam conectados.


No caso do Brasil, a taxa ao final de 2009 seria de 56%. No Chile, a taxa é de mais de 65%. No Uruguai, o governo conseguiu garantir que 100% das escolas tenham acesso à internet de alta velocidade.


Outra constatação é de que menos de 10% das bibliotecas brasileiras fornecem acesso à internet aos visitantes. No México, a taxa é de 40%.


Língua


Apesar da baixa presença em escolas brasileiras, a internet vem observando um aumento importante no uso do português na rede. Hoje, a língua de Camões é a 6a mais usada no mundo virtual. No total, 73 milhões de internautas usam o português para se comunicar, um número superior aos usuários em alemão ou árabe. O português já rivaliza com o francês, que tem 74 milhões de usuários na rede.


A lingual mais usada na internet é o inglês, com quase 464 milhões de usuários adotando o idioma como ferramenta principal de comunicação. Mas a língua de americanos, britânicos e australianos vem perdendo espaço. Em 1996, 80% dos usuários da internet eram anglófonos. Essa taxa caiu para 30% em 2007 e hoje é de apenas 15%. Na prática, isso reflete o fato de que um número cada vez maior de usuários que não falam inglês estão ganhando acesso â rede.


Hoje, a segunda língua mais ‘falada’ na rede é o chinês, diante do tamanho da China e do número crescente de internautas. No total, são 321 milhões de internautas que usam prioritariamente o chinês como língua. O espanhol vem na terceira posição, com 131 milhões de usuários.


Outra indicação da proliferação de outras línguas na rede é o número de sites registrados como .in (Índia), .ru (Rússia) e .cn (China). Mais da metade dos usuários de Internet hoje ainda usam alfabetos não-latinos, o que também exigiu a adequação dos caracteres. Hoje, a Google já reconhece 41 línguas e o Windows 7 deve anunciar sua versão 2011 em 160 idiomas, 59 a mais que em 2009.’


 


 


CENSURA


Irã liberta cineasta Jafar Panahi


‘O celebrado diretor de cinema iraniano Jafar Panahi, que estava detido desde março, foi libertado sob fiança hoje, informou o escritório da promotoria de Teerã. ‘Jafar Panahi foi libertado da prisão Evin, em Teerã, nesta terça-feira, após pagar fiança de dois bilhões de rials (US$ 200 mil)’, afirmou a agência FARS, citando o escritório da promotoria como a fonte da informação. A agência semioficial Ilna também confirmou a libertação. Sua mulher também confirmou sua liberdade.


Gustavo Chacra entrevista cineasta Flavio Rassekh sobre piora dos direitos humanos no Irã


A esposa, Tahereh Saeedi, confirmou que pagou a fiança para o marido. ‘Sim, ele foi libertado’, declarou Saeedi por telefone à agência de notícias AFP. ‘Estamos levando-o ao médico’, declarou.


Na segunda, o promotor público de Teerã Abbas Jafari Dolatabadi anunciou que Panahi teria direito à liberdade condicional após pagar fiança. O promotor acrescentou que visitou Panahi na prisão Evin na quinta-feira. ‘Durante o encontro, o pedido dele de ser liberado até o julgamento foi examinado e aceito’, disse.


Apoiador do movimento de oposição no Irã, Panahi, de 49 anos, foi preso em sua casa em 1º de março junto com 16 pessoas, incluindo sua mulher e a filha. A maioria já foi liberada. Em abril, o ministro da Cultura, Mohammad Hosseini, afirmou que Panahi foi detido por fazer um filme contrário ao regime, sobre os distúrbios ocorridos no ano passado após a eleição em que Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito presidente. A oposição reclamou de fraudes generalizadas nas urnas.


A notícia sobre sua iminente libertação vem a público após relatos de que Panahi havia iniciado uma greve de fome para protestar contra as condições de sua detenção. Panahi foi lembrado por vários artistas presentes no Festival de Cannes, que terminou no domingo, entre eles a atriz Juliette Binoche, que chorou em entrevista coletiva quando o caso foi tratado. O cineasta iraniano fez filmes como ‘O Balão Branco’ e ‘O Círculo’. Por este último recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Com informações da Dow Jones.’


 


 


CAMPANHA


Gustavo Chacra


Dilma passa por NY com discrição


‘A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, passou por Nova York sem chamar a atenção dos americanos. Longe do circuito do poder, se restringiu ao meio de investidores e funcionários do mercado financeiro especialistas em Brasil, sem receber cobertura dos principais jornais dos EUA.


A falta de impacto na visita de Dilma se deve acima de tudo à distância da votação, segundo afirmou Marcello Halacke, um dos brasileiros com mais experiência em Wall Street e sócio do escritório de advocacia Thompson & Knight. ‘Os investidores começarão a prestar mais atenção depois das férias de verão no Hemisfério Norte, em agosto.’


Além disso, nos EUA, os investidores não se preocupam muito com a economia brasileira. O Brasil, apesar de recente reportagem da revista da The Economist com críticas à política econômica, é visto como estável em um momento de grave crise na Europa. Agências de risco político baseadas em Nova York não preveem grandes mudanças em relação ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, caso Dilma ou seu rival, José Serra, do PSDB, sejam eleitos.


Atualmente, tanto na imprensa como no meio acadêmico, as críticas ao Brasil, antes focadas na economia, se voltaram para a política externa, com artigos negativos sobre o tema no Miami Herald e no Wall Street Journal na semana da visita da petista – ela não foi citada em nenhum.


Na viagem, o objetivo de Dilma era prestigiar a premiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, escolhido junto com o CEO da GE, Jeffrey Robert Immelt, como personalidade do ano pela Câmara do Comércio Brasil-EUA, e para fazer uma apresentação em evento organizado pela BM&F-Bovespa.


Os investidores que ouviram Dilma na palestra não fizeram objeções ao que a pré-candidata disse. ‘Foi uma apresentação balanceada, com enfoque nos pontos fortes da administração de Lula, bem como o comprometimento com as políticas macroeconômicas’, avaliou Lisa Schineller, diretora da Standard&Poor’s.


Público. Os presentes eram, em sua maioria, funcionários de escritórios de direito, de bancos e fundos de investimento nos EUA. Muitas delas são brasileiras ou de algum país latino-americano. Isso facilitou a vida de Dilma nas conversas com os investidores, que falam português.


Sem um inglês fluente, na entrevista coletiva Dilma recorreu a intérpretes quando respondeu a um dos raros jornalistas estrangeiros. Segundo a sua assessora, a petista entende inglês. Uma de suas intérpretes disse que a pré-candidata não se expressa muito bem na língua.


Colaborou Luciana Xavier, da Agência Estado’


 


 


INTERNET


Sílvio Guedes Crespo


Google faz maior violação de privacidade da história, diz Austrália


‘O governo da Austrália, que já vinha aparecendo como um dos mais críticos ao Google, entre os países democráticos, elevou o tom dos ataques, como relata o site da ABC (Australian Broadcasting Corporation, a rede pública de televisão do país).


Em sessão no Senado, o ministro das Comunicações do país, Stephen Conroy, disse que o Google é protagonista do ‘provavelmente maior caso isolado de violação de privacidade da história’ e que o presidente da empresa, Eric Schmidt, é ‘um tanto assustador’, informa o ABC.


Conroy se refere à coleta de dados do projeto Street View, em que a empresa captou imagens nas ruas de 30 países nos últimos três anos. Na Europa, a empresa está sendo investigada. No Brasil, a companhia já terminou a tarefa de fotografar a cidade de São Paulo.


O jornal britânico Financial Times destacou em seu site parte do discurso de Conroy: ‘Eles [os executivos do Google] se consideram acima do governo. Eles se consideram as pessoas apropriadas para tomar decisões sobre dados privativos das pessoas e que eles estão perfeitamente autorizados para percorrer as ruas e coletar informações privadas fotografando por cima das cercas e fotografando e coletando informações’, disse o ministro.


Conroy defende filtros para a internet na Austrália. Segundo o FT, a organização não-governamental Electronic Frontiers Australia considera que ‘a Austrália quase indubitavelmente tem o mais restritivo regime de censura da internet no mundo ocidental’.


Google: simpático ou assustador?


Ontem (segunda-feira, 24), o jornal francês Le Monde perguntou a Larry Page, um dos fundadores do Google, se ele tinha consciência de que o Google estava perdendo sua imagem de simpatia e passando a ser percebido mais como uma ameaça. Page respondeu que está ‘muito consciente’ e que a empresa tem um papel ‘cada vez mais importante na vida das pessoas’, sendo ‘normal’ que isso suscite dúvidas. ‘Mas se nós continuarmos a fazer o nosso melhor, superaremos essas dificuldades’.


Na mesma entrevista, Page admite que a empresa errou ao ‘coletar dados que não queria coletar’.’


 


 


Tatiana de Mello Dias


Marco Civil criará um ambiente de inovação, diz Google


‘O Ministério da Justiça decidiu prorrogar por mais uma semana a consulta pública que definirá o Marco Civil da Internet. O texto abordará uma série de aspectos importantes para os internautas, empresas e provedores – como, por exemplo, a guarda de logs de navegação e a atribuição de responsabilidades.


É neste último ponto em que estão os maiores interesses dos provedores de internet. Depois do advogado Marcel Leonardi, o Link conversou com Ivo Corrêa, diretor de relações governamentais do Google, sobre a legislação:


As mudanças no texto do Marco Civil atendem às necessidades do Google?


Sim. A nossa preocupação era relacionada ao sistema de notice and take down (notificação e retirada), que funciona em vários países e é, em geral, adotado pra questões de direitos autorais. Nesses casos é um sistema interessante porque a prova é fácil de ser feita. É simples provar uma infração de copyright. Mas quando você importa isso para outros campos, como difamação, há toda uma discussão: qual é o limite da libertdade de expressão? Onde começa a ofensa? Nesse terreno a prova não é tão simples. Há uma avaliação para ser feita. Essa é uma discusão de direitos fundamenais.


A minha preocupação é que nesse tema tão complexo, com essa discussão, a gente acha necessário que haja uma apreciação judicial, que um juiz possa olhar e decidir o que é legal e o que não é. Ficaria muito complicado ficar em um sistema de alegação entre o ofendido e a contranotificação. O pior cenário possível seria aquele em que o provedor as empresas assumiriam de algum modo essa responsabilidade que é da autoridade pública.


E hoje acaba acontecendo um pouco isso, não?


É. Acontece um pouco. Mas no caso do Google, tentamos ser bem criteriorsos para solicitar que haja uma decisão judicial. A gente entende que quem tem que decidir isso é a autoridade competente. Acho que nesse sentido a proposta de mudança é boa. Em relação ao sistema de notificação e retirada de conteúdo, eu tinha duas proecupações, uma mais prática e uma filosófica. A primeira é que os provedores iam ficar no meio desse sistema. E, se ele não funcionasse muito bem, ia virar uma confusão. O usuário ia falar ‘mas o Google não me notificicou’, o Google ia falar ‘mas nós enviamos e-mail’, ‘mas eu não leio mais aquele e-mail’, ia ficar uma discussão, uma confusão. Por outro lado, eu acho que tem uma preocupação. Quando você diz que a primeria pessoa que alegar eu já tiro do ar, você está subordinando a liberdade de expressão a direitos de intimidade. Isso me preocupa porque de uma maneira ou de outra o instrumento de remoção coloca a liberdade de expresão como um direito ufndamental acima desees outros. E a liberdade afinal é a base de um sistema democrático.


O que muda na prática, para o Google, se o Marco for aprovado da maneira como está?


Primeiro: vai deixar claro qual é o procedimento que será seguido. Hoje não está claro. Em segundo vai acabar com os casos de retirada sem decisão judicial. Ainda há muitos casos assim. Em terceiro lugar isso vai acabar com a impressão de que a empresa está de má vontade. Eu recebo sempre ligações ‘pô, porque vocês não tiram tal coisa do ar?’. As pessoas não entendem que o nosso papel é esperar pra garantir que seja tomada a decisão correta.


Do ponto de vista das empresas, o Marco Civil está definindo regras básicas do jogo da internet no Brasil. E assim ele define as responsabilidades de cada um: empresas, governo, e os riscos que eu assumo quando faço meu negócio. Isso é fundamental para criar ambiente de inovação e novos projetos. Não dá pra eu inovar, criar uma empresa nova, se eu nao sei qual é o risco. Nesse ambiente de incerteza o Google tem que assumir muitos riscos e muitas vezes paga caro por isso. Hoje o Google dá conta disso, mas pode ser que uma dia não dê mais. Um exemplo: se você, Tatiana, quiser criar o ‘TatianaTube’ e um vídeo postado lá for considerado ilegal, o ‘TatianaTube’ pode ter que indenizar um usuário em milhões de reais. Isso acaba com a inovação.


O Google paga mais caro por atuar no Brasil do que em outros paises?


Sem dúvida. O preço dos nossos negocios no Brasil é muito maior do que nos países que têm isso regulado. Tem um custo claro: decisões judiciais, o risco que a gente corre.


Isso tem a ver com o mapa da censura recentemente divulgado pelo Google?


O mapa mostra o número de pedidos de autoridades para dados e remoção de conteúdo. Esse dado reflete primeiro a presença do Orkut, e também que as autoridades brasileiras de fato pedem bastante. Aí não é muito a questão do risco. Quando eu falo do risco, por nao ter claro até onde vai nossa responsabilidade, muitas vezes somos condenados por coisas que não temos a menor participação.


Às vezes não conseguimos deixar claro para o Judiciário que é impossivel que a gente monitore todo o conteúdo, diga o que deve ficar num site. Pela falta de clareza o risco do nosso negócio é muito alto. O marco civil é muito importante para o Google, para o Mercado Livre, grandes empresas, mas também é importante para criarmos um ambiente de inovação. O Brasil tem muito potencial, mas não tem um limite claro de responsablidades.’


 


 


 


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