Tuesday, 16 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Carta Capital


TV DIGITAL
André Siqueira


O futuro entra no ar


‘O sistema brasileiro de tevê digital estréia no domingo 2, com ampla
divulgação na mídia onipresente na vida da população. As primeiras transmissões
serão restritas à região metropolitana de São Paulo, enquanto outras capitais
receberão o sinal a partir de 2008, numa transição que só terminará em 2016. A
tecnologia é apresentada como a maior revolução nas telinhas, desde que elas
passaram a exibir cores. Mas os espectadores estão sujeitos, por enquanto, a uma
decepção semelhante à de uma falha de transmissão em partida de futebol,
momentos antes da cobrança do pênalti.


O primeiro problema é o preço do conversor, equipamento capaz de adaptar o
novo sinal aos aparelhos de tevê, para receber o formato digital. O ministro das
Comunicações, Hélio Costa, havia anunciado que o custo ficaria em torno de 200
reais, mas o produto chegou às lojas por não menos de 500 reais, com modelos de
até 1,2 mil reais. Além disso, a alta definição de imagem só é obtida em
televisores mais modernos e caros, com tecnologia de plasma ou LCD, que custam
alguns outros milhares de reais. Finalmente, os tão sonhados recursos de
interatividade continuam a fazer parte das cenas do próximo capítulo.’


 


CINEMA
Ana Paula Sousa


A Europa na periferia


‘Fora da França, Piaf, recordista de bilheteria na terra natal, virou filme
‘de arte’


A entrada de uma sessão da Mostra Venezia de Cinema Italiano, no Cine
Bombril, em São Paulo, uma espectadora comentou com a amiga: ‘Será que é na
linha do Cinema Paradiso?’ A referência da senhora que se diz freqüentadora
assídua de cinema soa antiga. Romântica até. Mas, por vias tortas, sua lembrança
do filme de 1989 nos conduz ao encolhido canto reservado aos filmes italianos no
Brasil.


Dona de uma cinematografia que influenciou consecutivas gerações e teve
presença maciça no Brasil, a Itália virou imagem rara. Mas, para entender o
progressivo desaparecimento da produção vinda da terra de Fellini é preciso,
primeiro, indagar: a que outros filmes europeus temos acesso? Isso sem falar,
claro, na produção asiática ou do Oriente Médio. As respostas à abrangente
pergunta vão bater numa das questões mais em voga atualmente, a da diversidade
cultural (ou a falta dela).


Alessandra Meleiro, pós-doutoranda pela University of London e coordenadora
da ilustrativa coleção Cinema no Mundo: indústria, política e mercado
(Escrituras Editora), lançada há pouco, tira da manga uma estatística que serve
de guia. ‘Só 20% dos filmes produzidos anualmente na Europa são distribuídos
fora do país de origem.’’


 


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