Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Comunique-se

VIOLÊNCIA
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Acusado de chefiar milícia que torturou equipe de O Dia se entrega, 16/6

‘O policial civil Odnei Fernando da Silva, acusado de ser o líder do grupo paramilitar responsável pela tortura de uma equipe do jornal O Dia na Favela do Batan, no Rio de Janeiro, há um mês, se entregou na segunda-feira (16/06) de manhã. O acusado foi até a Delegacia de Repressão às Ações Criminais Organizadas (Craco), na zona portuária do Rio, acompanhado de um advogado.

Silva tinha sido identificado como possível líder da milícia após a prisão de Davi Liberato de Araújo, acusado de ser o segundo em comando do grupo. Ele já respondeu por homicídio, mas foi reintegrado.

Ele negou, em depoimento, participação na tortura dos profissionais do Dia. Disse, segundo a rádio CBN, que estaria em uma festa no dia em que os três foram encontrados e torturados.

O policial estava acompanhado do advogado André Luiz Silva Gomes e disse que não poderia ter sido reconhecido por fotos pelas vítimas já que em depoimento elas disseram que os milicianos usavam toucas pretas na cabeça.

Silva estava lotado na 22ª DP, na Penha, mas não aparecia para trabalhar desde o dia 04/06. O único contato feito foi por meio de uma assistente social, que disse que Silva estava internado com uma crise nervosa e inabilitado para trabalhar. Ele fazia estágio probatório na carceragem, e pode ser excluído da corporação. Foi levado para o presídio de Bangu 8.

(*) Com informações do Dia Online e do Globo Online’

 

MÍDIA NOS EUA
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Morre o jornalista americano Tim Russert, 16/6

‘Tim Russert morreu na sexta-feira (13/06), de parada cardíaca, aos 58 anos. Ele preparava mais uma edição do programa Meet the press, que o tinha na apresentação desde 1991.

O veterano locutor da NBC Tom Brokaw disse que Russert ‘era um dos melhores jornalistas políticos e analistas de sua época’.

O jornalista chefiava correspondentes da NBC em Washington. O nome de Russert constava na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time.

O programa Meet the press vai ao ar aos domingos desde 1947. Inclui entrevistas e análises sobre fatos políticos, econômicos e internacionais da semana.

Russert também era vice-presidente da NBC News. Nasceu em Buffalo (Nova York) e era advogado. Passou a atuar na política com o democrata Daniel Patrick Moynihan e, em 1982, ingressou na equipe de campanha de Mario Cuomo para a disputa pelo governo do estado de Nova York.

Em 1984 foi contratado pela NBC. O Papa João Paulo II participou de um programa da emissora graças à iniciativa de Russert.

O jornalista chegou a fazer parte do Partido Democrata, mas dizia: ‘minhas opiniões não são importantes’. Defendia a técnica de tomar o partido contrário ao de seus entrevistados, segundo seus colegas da emissora.

Em 2005, ganhou um prêmio Emmy pela cobertura do funeral de Ronald Reagan.

Escreveu os livros ‘Big Russ and me: father and son – lessons of life’ (2004) e ‘Wisdom of our fathers: lessons and letters from daughters and sons’ (2006), hoje na lista dos mais vendidos no mercado norte-americano.

As informações são da AFP.’

VENEZUELA
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Jornalista da RCTV é assassinado em Caracas, 16/6

‘Javier García, apresentador do telejornal matutino do canal privado RCTV, foi encontrado morto na noite de domingo (15/06) em sua casa, em Caracas. Ele foi assassinado com cinco facadas, segundo o chefe da polícia municipal, Wilfredo Borras. O policial não mencionou o motivo do assassinato.

O governo venezuelano não renovou no ano passado a concessão da RCTV. O canal não teve outra opção a não ser transmitir sua programação para a TV a cabo.

García tinha 37 anos.

As informações são da Agência AFP.’

 

TV PAGA
Carla Soares Martin

Sky tira a MTV do ar, 16/6

‘A Sky tirou a MTV do ar em todo o território brasileiro, exceto para a Grande São Paulo. A determinação aconteceu desde o início do mês.

A decisão da empresa de TV por assinatura ocorre, de acordo com o comunicado que informa nesta segunda (16/06) na capa tanto no Estadão como da Folha e no primeiro caderno de O Globo, devido a uma impossibilidade de se pagar o dobro em contrato para transmitir o canal – valor que teria sido pedido pela MTV.

A emissora também condicionou a renovação do contrato com a Sky à distribuição dos canais Fiz e Ideal.

Em nota em seu site, a MTV defendeu que o corte da emissora vai contra os interesses do consumidor e da democracia. Instiga, ainda, o público que faça uma reclamação à TV paga, ao colocar os telefones da Sky, ou mude de TV por assinatura. ‘Ou então procure um serviço que respeite você como consumidor’, diz a nota. A emissora veicula também uma vinheta dando sua versão do rompimento nos intervalos. A MTV não comenta a discussão de preços de contrato com a Sky.

Veja

Revista do Grupo Abril – o mesmo da MTV – como fez questão de frisar, a Veja desta semana publicou a matéria ‘Uma ação truculenta da Sky contra a MTV’ (só para assinantes). Nela, traz a versão do diretor dos canais da Abril, André Mantovani, e uma frase sobre a Sky : ‘Por meio de sua assessoria, a Sky alega que a proposta que recebeu é ‘abusiva’ e ‘teria impacto negativo’ no preço de seus pacotes’.

A matéria explica o porquê da requisição do aumento da MTV: investimentos na programação e crescimento da audiência.’

MAL VIRTUAL
Bruno Rodrigues

Os malditos powerpoints que recebemos, 13/6

‘Como costumam dizer os vendedores de balas ao adentrar os ônibus daqui do Rio, ‘desculpe interromper sua viagem’, mas o assunto hoje é rasteiro de dar dó.

Da mesma forma que o discurso dos vendedores de balas faz escorrer pelo ralo a paciência dos passageiros, as apresentações em PowerPoint que nossos amigos cismam em enviar por e-mail já concorrem à eleição de mal virtual da década. Haja saco.

Normalmente, são lindas paisagens acopladas a frases de efeito, que vão do Dalai Lama a Paulo Coelho, do best-seller ‘O Segredo’ a quem mais você puder imaginar. Ah, sim, e normalmente há música como acompanhamento! Quando é música clássica, eu sempre agradeço ao bom Deus; pelo menos nossos ouvidos são poupados.

Qual o problema em receber estes arquivos? Vários. Eles são terrivelmente constantes – diários, até – e extremamente pesados, chegando a vários megas que travam nossos computadores. E, por vezes (muitas, para ser sincero), você não entende o porquê de ser um ‘escolhido’. O que acontece, é claro, até o momento em que você percebe que os malditos PowerPoints são enviados a atacado, ou seja, simultaneamente para um mar de e-mails.

Há má intenção em quem os envia? Não, não é por aí. É gente de bem, sem dúvida; nossos amigos, ué! Por isso mesmo, imbuído de uma intenção muito além do ‘zen’, vou aqui em busca da Razão pela Qual Recebemos PowerPoints. Será que minha busca geraria uma… bem… apresentação em ppt?

MOTIVO 1 – ELES QUEREM MUDAR O MUNDO

Como abelhinhas polinizando o jardim, nossos amigos multiplicam a mensagem do Bem distribuindo PowerPoints. É uma versão online das velhinhas que, perto da minha casa, distribuem entre 6h e 7h da manhã o jornalzinho da igreja da qual fazem parte, e das quais eu e meu filho desviamos como ninjas quando o levo ao colégio. A diferença é que ainda não inventaram defesa pessoal para e-mails.

MOTIVO 2 – ELES TÊM UM RECADO PARA VOCÊ

Assim como os círculos de pedra de Stonehenge e a os estranhos desenhos feitos nas plantações de trigo do Reino Unido, os amigos que nos enviam PowerPoints querem dizer alguma coisa. É provável que eles estejam achando que estamos tristes ou distantes. Ou acham que ainda não somos pessoas de elevação espiritual compatível com nosso próprio potencial, e vão nos mostrar o caminho – e dá-lhe telas com pôr-do-sol e mensagens new age. Neste caso, contra-ataque a presunção de seu amigo com um daqueles vídeos escatológicos e engraçadíssimos que circulam pela Rede. Em nome da alegria, vale tudo, não é, Gafanhoto?

MOTIVO 3 – ELES NÃO ACHAM NADA DE MAIS

Credo, como você é exagerado. É apenas um arquivo de PowerPoint bonitinho que seu amigo repassou. Não há como entender tanto stress… Você lembra muito o vizinho de baixo do seu amigo, que anda reclamando da obra que seu ‘brother’ está fazendo há meses na cozinha de casa e que só é feita aos sábados… Nossa, como as pessoas andam nervosas, não é? Talvez aquela apresentação em PowerPoint novinha em folha – e com ‘apenas’ 2 mega – que ele acabou de descobrir dê jeito em você…

MOTIVO 4 – ELES SÃO SEUS PAIS

Se seus pais têm mais de 60 anos, aí você esquece cada linha do que eu escrevi e passa a achar tudo lindo. Afinal, no sentido sociológico da coisa, eles não sabem o que estão fazendo. Não dá para cobrar muito de uma geração que cresceu sem computador, quanto mais internet. Eles terem aprendido a lidar com o mundo online já foi um progresso e tanto, vamos admitir. No fundo, eles nos mandam PowerPoints como enviam cartões-postais das viagens ao Nordeste. Ou seja, desista de sua luta de vez e abrace o lado ‘fofo’ da vida.

E você, coleciona PowerPoints ‘bacanas’? Sente vontade de fazer bonequinhos voodoo de seus amigos que distribuem os famigerados arquivos? Ou usa camisetas com os dizeres ‘Eu envio PowerPoints, sim, e daí?’?

(*) É autor do primeiro livro em português e terceiro no mundo sobre conteúdo online, ‘Webwriting – Pensando o texto para mídia digital’, e de sua continuação, ‘Webwriting – Redação e Informação para a web’. Ministra treinamentos em Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e no exterior. Em sete anos, seus cursos formaram 1.300 alunos. É Consultor de Informação para a Mídia Digital do website Petrobras, um dos maiores da internet brasileira, e é citado no verbete ‘Webwriting’ do ‘Dicionário de Comunicação’, há três décadas uma das principais referências na área de Comunicação Social no Brasil’

CENSURA
Milton Coelho da Graça

Cuidado, ‘seu’ juiz, leia a Constituição, 13/6

‘Art. 220 da Constituição Brasileira, em pleno vigor:.

‘A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.’

Qual é a dúvida que qualquer magistrado pode ter sobre o vernáculo ou o espírito desta determinação tão clara? A lei eleitoral não pode ser brandida para adjetivar, regulamentar, tergiversar, interpretar ou qualquer outra ação além de ajudar a cumpri-la com o mais absoluto rigor. – Leia também: Folha é acusada de infringir lei eleitoral por entrevistar Marta Suplicy.

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Cuidado com o Murdoch, ele aposta no que prevê

Em longa entrevista ao próprio jornal que comprou recentemente – Wall Street Journal – e da qual VALOR publicou em 9 de junho os principais trechos, Rupert Murdoch altera a audaciosa previsão de tornar gratuita a edição online doWSJ e ganhar dinheiro apenas com publicidade. Ele fala agora em um site gratuito, ‘com o tipo de coisa que você encontra no Yahoo’. E a edição online do jornal, que hoje custa 50 dólares anuais, passaria a custar US$ 150.

Embutida nessa previsão, está a idéia de que ‘um jornal capaz de atender os 10% das pessoas mais importantes e de alto nível educacional da população de uma comunidade e em nível nacional tem grandes oportunidades’.

VALOR, uma associação de GLOBO e FOLHA DE S. PAULO, deve imaginar coisa parecida aqui no Brasil, não?

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Cuidado, Eurico pode estar pensando nisso

Em cima da hora fatal (no fim da tarde desta sexta-feira, 13), clubes de futebol e jornais ingleses chegaram a um acordo sobre a publicação de tabelas de jogos e noticiário. Através de uma empresa, Football Data,os dirigentes dos clubes exigiam um dinheirinho para fornecer notícias sobre

o campeonato, jogadores, clubes etc. Dinheirinho é força de expressão –cada jornal impresso teria de pagar 8 mil libras e as edições na internet,

25 mil libras.

A Comunidade Européia já se pronunciou sobre o assunto proibindo qualquer tipo de cobrança desse gênero. Mas como o Reino Unido tem um pé na Comunidade e outro fora (por exemplo, não aderiram à moeda comum, o euro), os clubes decidiram engrossar. E, pelo jeito, alguma coisa eles levaram, porque nenhuma das partes quis falar sobre o acordo feito. Por favor, não deixem Eurico Miranda ler esta notícia.

(*) Milton Coelho da Graça, 77, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se’

 

Carlos Chaparro

E a Lei, que era boa, tornou-se imoral…, 10/6

‘O XIS DA QUESTÃO – Sua Excelência o Presidente da República disse-nos, sexta-feira passada (6 de junho), que a atual Lei Eleitoral é hipócrita e imoral. E a dúvida se instalou, pelo menos na minha mente: afinal, como acreditar na validade ética e no valor democrático da Lei Eleitoral, se aquele em que todos civicamente devemos acreditar nos diz que ela é danosa à democracia e revestida de falso moralismo?

1. Santas ingenuidades!

Sexta-feira passada, em mais uma solenidade pública transformada em comício pré-eleitoral, Sua Excelência o Presidente da República, no pleno uso dos poderes e da respeitabilidade que a função constitucionalmente lhe confere, proclamou a falência moral da Lei no 9.504, de 30 de Setembro de 1997. Desde então, esse é o Diploma que vigora como Lei Eleitoral, assegurando (é o que supúnhamos) proteção de direitos e igualdade de condições a todos os partidos e a todos os candidatos. Para isso devem servir as leis em qualquer boa democracia. Pelo menos, era o que eu supunha.

Supunha, também, isso até que Sua Excelência tão virulentamente questionasse a Lei 9.504, que todos os cidadãos, eleitores e candidatos, inclusive o Presidente da República, deviam respeito às leis democraticamente vigentes.

Enfim, ingenuidades…

Mas, agora, depois que Sua Excelência o Presidente da República nos disse que essa é uma lei hipócrita e imoral, a dúvida está instalada.

Afinal, como acreditar na validade ética e no valor democrático da Lei Eleitoral, se aquele em que todos civicamente devemos acreditar nos diz que a lei é danosa à democracia e revestida de falso moralismo?

Dada a autoridade institucional de quem falou, não há como fugir ao que as frases e as palavras significam. Até porque a clareza do discurso não dá margem a interpretações subjetivas.

Foi um discurso sem entrelinhas. Vigoroso, sincero, como se espera de um Presidente da República.Talvez o discurso escrito fosse outro, aquele divulgado no site oficial da Presidência da República. Mas, de improviso ou não, o que foi dito, foi dito. E ouvido pelos brasileiros, na transmissão ao vivo feita pela televisão. E porque tudo ficou devidamente gravado, não há como duvidar dos relatos jornalísticos dos jornais de sábado.

Escreveu a Folha de S. Paulo:

‘(…) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou ontem as restrições impostas pela legislação eleitoral de ‘lado podre da hipocrisia brasileira’, resultado, segundo ele, do ‘falso moralismo do País’.

Vamos admitir que o Presidente da República tenha razão. Aceitemos a idéia de que a Lei Eleitoral em vigor, que era boa, tenha ficado velha, hipócrita, imoral. Velha e retrógada, porque vem de outros tempos, de 1997, quando o PT e os demais partidos da então oposição precisavam ser protegidos contra eventuais abusos de poder político e econômico, por parte dos que governavam o país.

Afinal, quem nos diz isso é o nosso atual Presidente da República, que 1997 era o líder maior da oposição e defensor vigilante da Lei Eleitoral.

2. Em vez de ‘vedar’, que tal ‘permitir’?

Em 1997, Luiz Inácio Lula da Silva precisava ter protegidos direitos de igualdade de condições. Hoje, é Presidente da República. Tem a chave do cofre. E acha que o PAC é mais importante do que as prudências eleitorais que em 2000 e 2002 tão importante foram para a lisura dos pleitos que levaram (por exemplo) Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo e o próprio Lula à Presidência da República.

Se fossem reformulados os artigos da Lei Eleitoral que hoje tanto incomodam o Presidente da República, o artigo 73, sobre as ‘Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais’, teria substituída a expressão ‘condutas vedadas’ por ‘condutas permitidas’ . Assim, o ‘liberou geral’ abriria portas para coisas como estas:

– Ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

– Fazer ou permitir uso promocional, em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social ou subvencionados pelo Poder Público.

– Autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos (…).

E muito mais haveria para mudar na Lei Eleitoral, na substituição do ‘falso moralismo’ do verbo proibir ou vedar, pela alegria ‘autenticamente moralista’ do permitir.

A festa seria completa. Porque não haveria nem a hipocrisia nem o falso moralismo das prudências eleitorais que, em 2000 e 2002, garantiram às oposições o direito de igualdade de condições, nas lutas pelo voto.

Só não consigo imaginar que redação poderia ser dada ao texto da alínea ‘a’ do inciso VI do mesmo artigo 73 da Lei – o tal que mais incomoda o nosso Presidente, e que estabelece o seguinte:

‘Nos três meses que antecedem o pleito, é proibido realizar transferências voluntárias de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios (…), ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento ou com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública’.

A minha dificuldade está no fato de não conseguir enxergar em quê e por que esta tão odiada alínea impede que o governo governe, nos três meses da contenda eleitoral.

Não seria apenas uma questão de planejamento competente?

(*) Manuel Carlos Chaparro é doutor em Ciências da Comunicação e professor livre-docente (aposentado) do Departamento de Jornalismo e Editoração, na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, onde continua a orientar teses. É também jornalista, desde 1957. Com trabalhos individuais de reportagem, foi quatro vezes distinguido no Prêmio Esso de Jornalismo. No percurso acadêmico, dedicou-se ao estudo do discurso jornalístico, em projetos de pesquisa sobre gêneros jornalísticos, teoria do acontecimento e ação das fontes. Tem quatro livros publicados, sobre jornalismo. E um livro-reportagem, lançado em 2006 pela Hucitec. Foi presidente da Intercom, entre 1989-1991. É conselheiro da ABI em São Paulo e membro do Conselho de Ética da Abracom.’

 

 

JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

Sua Excelência e a água milagrosa, 12/6

‘Dor é a vida na cidade

porque chegar ao sol

é atravessar espadas

(Nei Duclós in No meio da rua)

Sua Excelência e a água milagrosa

Noticinha dada em tudo quanto é canto, intitulada Lula prevê críticas ao Brasil e compara Amazônia com vidro de água benta:

No dia mundial do meio ambiente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a floresta Amazônica a um vidro de água benta, pois, segundo o presidente, ‘todo mundo acha que pode meter o dedo’, fazendo alusão a uma tradição católica. A declaração foi feita em cerimônia no Palácio do Planalto para divulgar medidas de combate ao desmatamento.

Janistraquis, que nunca tomou banho em águas milagrosas, corrigiu Sua Excelência:

‘Vidro de água benta, também chamado de frasco de água benta, é aquele que os mestres do conto do vigário garantem que veio do Rio Jordão e ali só mete o dedo quem compra a relíquia. Nosso presidente quis dizer ‘pia de água benta’, sempre à disposição nas igrejas católicas e onde metem a mão as pessoas de muita fé e nenhuma noção de higiene…’

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Ler e escrever

No Bom Dia, Brasil de hoje de manhã, 12/06, Renato Machado pergunta ao ministro Fernando Haddad por que o Brasil gasta mais dinheiro com o bolsa-família do que com a educação. A jovem autoridade tentou discorrer sobre o assunto, mas poderia ter respondido apenas o seguinte:

Num país cujo presidente da República é analfabeto e mentiroso, quem vai dar importância a esse negócio de ler e escrever?!?!?!

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Comendo m…

Depois de fazer ingente pesquisa em feiras livres, mercadinhos, super e hipermercados da região, Janistraquis concluiu:

‘Considerado, o indescritível Lula andou a espalhar aqui e alhures que os preços dos alimentos aumentaram porque os pobres ‘estão cumeno mais’; pois vão voltar ligeirinho ao velho e tradicional jejum e ainda terão a companhia de muita gente boa e ingênua da classe média…’.

Meu assistente recordou aquele diálogo entre Graciliano Ramos e José Lins do Rego:

— Mestre Graça, do jeito que a coisa vai a gente acaba comendo merda…

— Se der pra todos, Zé Lins, se der pra todos…

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O inimigo

Depois do jogo de ontem à noite na Ilha do Retiro, Janistraquis estava com a atenção voltada para o técnico do Sport, Nelsinho Batista:

‘Considerado, é impressionante o ódio que esse homem tem do Corinthians! No Brasileirão do ano passado, com ele no comando, o ‘timão’ enveredou pela Segundona; agora, os pernambucanos metem 2 a 0 e despacham novamente a mundiça; foram-se, duma vez só, a Copa do Brasil e a Libertadores.’

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Nei Duclós

Leia no Blogstraquis a íntegra do poema intitulado Cinza é o nome da cidade, cujo fragmento encima esta coluna. São versos fortes nascidos da lavra de um poeta/guerreiro que doma as palavras.

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Teje preso, preso!

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no DF, de cujo banheiro, em subindo-se no vaso sanitário, é possível observar o pessoal do Palácio do Planalto empenhado em esconder as verdades sobre o escândalo da Varig, pois Roldão lia o Correio Braziliense quando deparou com esta notícia da Paraíba:

‘Uma gigantesca operação (…) desmantelou um grande esquema de corrupção, enraizado dentro do Presídio Regional do Serrotão, em Campina Grande.

O esquema, montado para facilitar a entrada de armas e drogas no interior do presídio, contava com a conivência de agentes penitenciários e até de ex-diretores da penitenciária.

Batizada de Operação Albergue, a ação policial prendeu 21 pessoas – incluindo apenados do regime fechado, do regime aberto, um ex-diretor e um ex-diretor adjunto da unidade.’

Mestre Roldão ficou boquiaberto:

Como é que se prende alguém que já está preso?!?!?

É deverasmente espantoso, porém a TV mostrou o bandido apelidado Perna em seu apart-hotel no presídio; a polícia precisou bater palmas para ele abrir a porta, numa das cenas mais genuinamente brasileiras exibidas nos últimos tempos.

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As entranhas do presidente

O considerado José Paulo Lanyi encontrou no Globo Online uma esquisita frase de Sua Excelência, frase que permite, perigosamente, um cardume de fesceninas interpretações:

‘O presidente Lula participou da Conferência Nacional GLBTT e condenou o preconceito contra homossexuais .

– Quando se trata de preconceito, eu conheço nas minhas entranhas – afirmou o presidente’.

Janistraquis ficou bestificado com as entranhas oficiais, ó Lanyi, e espera que o antigo líder operário, curtido nas lutas sindicais, saia do armário onde também jazem as porcas e parafusos.

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Palavra arretada!

O considerado Miguel Mota, jornalista paulistano, despacha de seu refúgio ecológico na Vila Formosa:

Vocês podem me dizer o que significa a palavra ‘fazpuianmos’? Segue a notícia publicada na Folha de S. Paulo para que o contexto possa ajudar na ‘tradução’:

‘Berzoini, que dirigiu a Bancoop entre 2002 e 2003, disse que as investigações ‘são politizadas’, com ‘vazamentos às vésperas de campanhas eleitorais’.

‘As informações são absolutamente mentirosas. É o contrário, houve sempre a preocupação de não se misturar atividades políticas das atividades da cooperativa. Não fazpuianmos referências a partidos’, disse Berzoini. ‘

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u410211.shtml)

Janistraquis tem certeza, ó Miguel, que fazpuianmos integra o códex de desconfusão interna do PT e é utilizado em inúmeras situações, principalmente quando o honorável partido dedica-se com afinco a esconder alguma ou muitas coisas.

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Audálio Dantas

A coluna cumprimenta a cidade de São Paulo por adotar oficialmente esse brasileiro exemplar que é o considerado Audálio Dantas, nascido em Tanque d’Arca, no sertão de Alagoas, de onde saiu para conquistar o respeito de todos nós. Na última segunda-feira, a Câmara de Vereadores lhe concedeu o título de cidadão paulistano e Juca Kfouri saudou-o num discurso à altura do homenageado. Leia aqui.

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Cidade-estado

O considerado Aguinaldo Rodrigues Leme, engenheiro paulistano, implicou com esta legendinha imune a raios e ventos que se arriava sob foto na capa do UOL:

Fortes chuvas inundam ruas de cidade em Hong Kong.

Aguinaldo estranhou:

‘Por favor, expliquem-me: Hong Kong é uma cidade ou, digamos, um ‘ninho’ de cidades?’

Quem souber, responda, porque o colunista ignora o assunto.

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Driblar a PF

A considerada Ana Lia Telles, estudante de jornalismo em Porto Alegre, leu esta chamadinha na capa do UOL:

RS: suspeito de tráfico finge de músico para tentar driblar PF.

Ana, que ainda luta para testar seu talento como estagiária nalgum veículo, tem certeza de que o redator cometeu um erro:

‘Estaria mais bem escrito se fosse assim: suspeito de tráfico se finge de músico; ou estou errada?’.

Janistraquis diz que você está certa, ó Ana Lia, e sugere mais uma saída igualmente válida: suspeito de tráfico finge ser músico, embora não seja recomendável tentar driblar a PF em hipótese alguma…

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Nós, os velhos…

Na área de comentários, o considerado Jonas S. Marcondes assim interpretou uma das inúmeras odisséias que diariamente nos torturam:

Idoso cai porque não pode ter atividade física.

Não tem atividade física porque dói o peito.

Dói o peito porque deve ter alguma angina ou coisa parecida.

Para ter certeza do que acontece é preciso fazer uma série de exames.

Para fazer uma série de exames é preciso ter um plano de saúde.

Para ter um plano de saúde é preciso ganhar bem.

Conclusão : Quem ganha bem não passa mal, quem não passa mal não se irrita, quem não se irrita é bom.

Então, quem ganha bem é bom e quem ganha mal é mau.

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Pastor Kaká

A revista Time divulgou a lista das cem pessoas mais influentes do mundo, edição 2008; ignorou solenemente (e injustamente) nossa ministra/candidata Marta Suplicy, porém teve o bom senso de eleger Kaká como único brasileiro capaz de arregimentar multidões, assim como o Dalai Lama, que encabeça o rol. Impressionado com o êxito deste agora jovem pai, Janistraquis subentendeu e pressupôs:

‘Considerado, se Kaká tiver alguma coisa na cabeça, há de voltar ao Brasil para jogar de graça no Vasco e fundar algo como a Igreja Cosmogônica de Nossa Senhora das Vitórias, capaz de deixar a concorrência no chinelo!!!’

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Nota dez

Sob o título Algo de podre no reino da conversa fiada, o considerado José Nêumanne escreveu no Estadão:

(…) Mesmo que tivesse sido submetido à perspicácia de Santo Agostinho e à morigeração de São Jerônimo, o negócio com a Varig é mais malcheiroso que os lixões fechados na Grande São Paulo recentemente (…) E Dilma não dispõe de um argumento para enfrentar os fatos.

Leia no Blogstraquis a íntegra do abrasado artigo que ainda abriga frases como esta:

Traficantes de cocaína, contrabandistas de armas e milionários da máfia russa ainda não conseguiram entender como seus melhores ‘negócios da China’ passaram a ser modelos de prejuízo se comparados a esta transação curiboca.

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Errei, sim!

‘ÊTA SURUBADA! – O leitor Adilson Melendez, de São Paulo, envia o jornal Independência, distribuído no bairro paulistano do Ipiranga, que faz sensacional revelação acerca da propalada doença da ex-vedete Sandra Bréa: ‘A talentosa atriz confirmou esta semana ser portadora do vírus HIV (da AIDS), tomando remédios que retardam o efeito da doença; ela diz que contraiu o vírus através de uma transfusão, em uma entrevista coletiva’.

Janistraquis acha que se uma pessoa recebe transfusão de sangue durante uma entrevista coletiva, das duas, uma: aconteceu condenável massacre ou hedionda bacanal.’ (outubro de 1993)

Colaborem com a coluna, que é atualizada às quintas-feiras: Caixa Postal 067 – CEP 12530-970, Cunha (SP), ou japi.coluna@gmail.com.

(*) Paraibano, 65 anos de idade e 46 de profissão, é jornalista, escritor e torcedor do Vasco. Trabalhou, entre outros, no Correio de Minas, Última Hora, Jornal do Brasil, Pais&Filhos, Jornal da Tarde, Istoé, Veja, Placar, Elle. E foi editor-chefe do Fantástico. Criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Também escreveu nove livros (dos quais três romances) e o mais recente é a seleção de crônicas intitulada ‘Carta a Uma Paixão Definitiva’.’

TELEJORNALISMO
Antonio Brasil

O futuro dos correspondentes internacionais, 9/6

‘Fui convidado pelos organizadores do V Seminário Esso-IETV de Telejornalismo a organizar e mediar mesa sobre o futuro do telejornalismo internacional. O tradicional encontro dos jornalistas de TV acontece aqui no Rio, nos próximos dias 12 e 13/06.

Segundo a divulgação do evento: ‘Há quase 50 anos, o Prêmio Esso de Jornalismo é uma referência de reconhecimento à prática do bom jornalismo. Desde 2001, essa tradição foi estendida ao telejornalismo de qualidade, com a introdução do Prêmio Esso Especial de Telejornalismo. Alguns dos melhores momentos do telejornalismo brasileiro serão apresentados no auditório do SESC-Rio de Janeiro, dando atenção à excelência da produção jornalística televisiva brasileira. As reportagens apresentadas serão introduzidas pelos próprios jornalistas que as elaboraram e debatidas depois com uma platéia formada por profissionais da área e estudantes de Comunicação’.

A presença confirmada da jornalista Ana Paula Padrão deve atrair um grande público ao seminário. Ela vai apresentar e debater ‘Trem da Escravidão’, produzido pelo SBT.

Aproveitei a oportunidade para sugerir uma mesa sobre o novo perfil dos correspondentes de TV na era digital.

No passado, delinear esse perfil era tarefa fácil. Correspondente internacional de TV brasileira, ou seja, da Globo era um jornalista mais experiente, famoso ou quase famoso que recebia o posto no exterior como ‘prêmio’ ou como maneira de ‘esfriar’ aqueles profissionais que estavam sendo ameaçados pelos exercício da profissão. Havia exceções, mas isso é outra história.

Nunca houve seleção interna com critérios claros e transparentes, curso especializado para formar profissionais ou preparação adequada para se tornar correspondente internacional de TV. Os futuros profissionais eram, e aqui entre nós, ainda são treinados ‘na vida’ e selecionados por motivos misteriosos e secretos. Em verdade, tanto faz! Não há critério claro para ser correspondente internacional de TV, assim como não há critério para muitas coisas em jornalismo. Acreditamos muito no faro jornalístico, no ‘achismo’ e, principalmente, confiamos muito nas… amizades!

Para os mais jovens e sem Q.I. (Quem Indica, padrinhos, aliados, amigos ou amantes) ser correspondente no exterior sempre foi sonho ‘quase’ impossível. Mas também há sempre a possibilidade de convocação por qualificação e merecimento. Insisto. É raro, mas existe.

Para os jornalistas mais famosos e poderosos, posto no exterior sempre foi mera questão de confiança, amizade e ‘negociação’. Quem sabe…conhece e quem não sabe, deve aprender logo ou jamais vai saber!

Para sobreviver

Trabalhar no exterior como correspondente internacional sempre foi considerado um dos pontos mais altos da carreira jornalística. Um enorme privilégio que assegura bons salários e reconhecimento profissional. A volta ao Brasil, quando acontece (alguns correspondentes jamais voltaram), costumava garantir ainda mais privilégios, fama e cargos de direção. Ou seja, muito dinheiro.

Mas, hoje, o cenário é bem diverso. As TVs estão mais pobres e os telejornais estão em crise. Perdem audiência, prestígio e verbas publicitárias. Pode ser que acabem nos próximos anos. Não há mais tanto dinheiro para desperdícios, prêmios ou Q.Is.

Nesse novo cenário de vacas magras, os correspondentes internacionais de TV deixam de ter vida de luxo e de privilégios, vida de diplomatas, para se tornarem repórteres que trabalham muito e que simplesmente ‘sobrevivem’ no exterior. Definitivamente, acabou a época do Televidão!

Hoje, no Brasil e no mundo, correspondente de TV está rapidamente se tornando um jovem profissional que sabe fazer tudo ou quase tudo, por salários ‘razoáveis’ ou por pagamentos negociados para matérias produzidas. Ou seja, o correspondente se tornou um videojornalista.

Um profissional que sabe fazer tudo… sozinho. Por motivos econômicos, editoriais ou por motivos que a própria razão desconhece, os correspondentes internacionais de TV precisam encontrar alternativas para a crise. Buscam nas novas tecnologias, novas linguagens, formatos e também maneiras de sobreviver na profissão e no exterior.

No passado, escrevi coluna sobre o tema: ‘Como se tornar correspondente sem sair de casa’ (ver aqui no C-se de 26/03/04). Apontei alternativas para os jovens e para os não tão jovens que ainda querem ser jornalistas no exterior. Também dei algumas dicas práticas do meu curso de ‘Correspondentes internacionais na era digital’ e recomendei um livro meio datado, mas ainda relevante: The World on a String: How to become a freelance foreign correspondent de Al Goodman & John Pollack editado pela Henry Holt and Co.

Saída pelo aeroporto

Creio que a grande dica para se tornar correspondente internacional nos tempos atuais ou em qualquer tempo está centrada nas próprias características fundadoras e essenciais da profissão: coragem, ousadia e criatividade. Estudar muito, principalmente línguas, aprender a fazer tudo em TV e ter noções de empreendedorismo também ajudam a viver ou sobreviver.

Ou seja, o novo correspondente de TV na era digital deve fazer bom jornalismo, mas também tem que aprender a vender o produto de seu trabalho. Precisa ser um freelancer, profissional autônomo que vive do produto regular do seu trabalho em qualquer lugar do mundo. Um jornalista que aprendeu a ‘matar um tigre’ todos os dias. Explico.

Não se trata de correspondente na África caçando animais selvagens. O novo correspondente de TV na era digital tem que saber buscar boas notícias, matérias e imagens todos os dias. Justificar sua presença no exterior fazendo tudo muito bem feito.

Mas também deve saber como buscar ‘clientes’ que paguem por suas matérias todos os dias. Deve aprender a criar e sugerir boas histórias e programas para diversos produtores de TVs a cabo, TVs na Internet ou mesmo para instituições e empresas privadas ou públicas. Hoje, mais do que nunca, correspondente internacional de TV tem que saber fazer jornalismo e sobreviver.

Matar tigres todos os dias é trabalho árduo e arriscado. Mas é melhor do que ficar sonhando… no Brasil. Principalmente para os jovens, as principais vítimas de políticas econômicas que estimulam o desemprego em nosso país.

Para quem estiver interessado em aprofundar essa discussão, temos encontro marcado no Seminário ESSO-IETV de Telejornalismo nesta sexta-feira (13/06), às 16h30min, no Sesc Flamengo.

Os nossos convidados, os videojornalistas Luis Nachbin, produtor e repórter do ‘Passagem para…’, do Canal Futura, e Ivani Flora – Correspondente Internacional da TV SIC Portugal, não prometem ensinar a ‘matar tigres’ todos os dias. Mas garantem dar boas dicas para não sermos ‘devorados’ pela inércia e pelo pessimismo dos novos tempos.

Para quem não puder comparecer, a TV UERJ, a primeira TV universitária brasileira na internet, vai cobrir o evento em www.tvuerj.uerj.br.

E sejam bem-vindos ao futuro do jornalismo internacional da era digital. Esse futuro pode não estar na Globo, na Record ou na TV Brasil.

O seu futuro pode estar no aeroporto mais próximo!

(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Atualmente, faz nova pesquisa de pós-doutorado em Antropologia no PPGAS do Museu Nacional da UFRJ sobre a ‘Construção da Imagem do Brasil no Exterior pelas agências e correspondentes internacionais’. Trabalhou na Rede Globo no Rio de Janeiro e no escritório da TV Globo em Londres. Foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. É responsável pela implantação da TV UERJ online, a primeira TV universitária brasileira com programação regular e ao vivo na Internet. Este projeto recebeu a Prêmio Luiz Beltrão da INTERCOM em 2002 e menção honrosa no Prêmio Top Com Awards de 2007. Autor de diversos livros, a destacar ‘Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica’, ‘O Poder das Imagens’ da Editora Livraria Ciência Moderna e o recém-lançado ‘Antimanual de Jornalismo e Comunicação’ pela Editora SENAC, São Paulo. É torcedor do Flamengo e ainda adora televisão.’

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Folha de S. Paulo – 1

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O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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