Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Comunique-se


SEGUNDO MANDATO
Carlos Chaparro


Franklin na Comunicação será um avanço. Mas…, 16/03/07


‘O XIS DA QUESTÃO – Se Franklin Martins aceitar o convite de Lula, terá de tomar cuidado com a proximidade de certas tentações ditatoriais, ditas de esquerda, mas que são iguaizinhas às formulações de viés direitista, das quais brota o conceito de que comunicação deve existir para vender e preservar as ‘verdades’ do governo.


1. Tarefa difícil e perigosa


Ainda não se sabe se Franklin Martins aceitará o convite recebido para assumir, com plenos poderes, o comando da área de comunicação do Governo. Nos corredores palacianos e meios jornalísticos já se trabalha com a hipótese de que o prestigiado jornalista aceitará o desafio – e talvez possa ser tomado como bom sinal o fato de Franklin ter entrado em providencial período de férias. Porque está de férias, saiu do ar na Bandeirantes e afastou-se da obrigação de textos diários sobre o dia-a-dia da política, em seu site, onde Ricardo Amaral o substitui, na qualidade de ‘interino’.


Embora desgastada pelo uso abusivo, a palavra desafio traduz com precisão o que Franklin Martins terá pela frente, se disser ‘sim’ ao convite. Porque terá de encarar uma tarefa tão difícil quanto perigosa. Além de difícil e perigosa, a tarefa não lhe trará vantagens financeiras. Pelo que sei, a função do Governo lhe daria remuneração inferior à que atualmente tem, como jornalista. Mesmo que, de quebra, Franklin Martins venha a ganhar uma ou outra benesse nesses Conselhos de estatais que o governo usa para esse tipo de compensação, não são as razões do dinheiro que o levariam a dizer ‘sim’ a Lula. Assim, não custa aceitar a idéia de que Franklin Martins está sendo seduzido pela possibilidade de, no serviço público, poder realizar um bom trabalho em benefício da sociedade.


De qualquer forma, é importante dizer que a entrega dos planos e das ações de comunicação a um jornalista com a qualidade de Franklin Martins representaria enorme e saudável avanço em relação ao primeiro mandato. Na era Gushinken, a área de Comunicação do governo foi gerenciada por conceitos e procedimentos equivocados. Com dinheiro fácil e abundante à mão, a Secom privilegiou a propaganda em detrimento do jornalismo. Como resultado, ganhou fama não pelo mérito do trabalho realizado, mas pelas perigosas interfaces que acabou criando com bem irrigados dutos de corrupção.


Ao admitir que não são as vantagens financeiras que levariam Franklin Martins ao ‘sim’, admitimos, também, que o convite de Lula reacendeu no famoso jornalista velhos ideais dos tempos da militância política, tempos de forte engajamento em lutas contra o regime militar, que incluíram a adesão a ações de guerrilha.


2. Perigo das tentações


Pois nos tempos em que Franklin Martins lutava por ideários políticos em frentes clandestinas também difíceis e perigosas, o governo militar que ele combatia implantava no país o mais bem sucedido plano de comunicação manipuladora que o país já conheceu.


Aqui e ali, em pronunciamentos acidentais, já temos ouvido do presidente Lula expressões de encantamento com algumas das coisas que os governos militares fizeram. Talvez por isso, estou convencido de que o plano de comunicação engendrado por Luiz Gushinken, para o primeiro mandato, se inspirava, em boa parte, nas idéias e estratégias da antiga Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República (AERP), criada na presidência de Costa e Silva, mas que teve seu ápice de glória no governo do general Garrastazu Médici.


Se Franklin Martins aceitar o convite, tem de tomar cuidado com a proximidade de certas tentações ditatoriais, ditas de esquerda, mas que são iguaizinhas às formulações de viés direitista, das quais brota o conceito de que Comunicação deve existir para vender e preservar as ‘verdades’ do governo. Sacrifica-se, assim, o que deveria ser essencial: viabilizar o direito do cidadão à informação e atender ao dever político e social de informar.


Se, como se diz em Brasília, o ‘sim’ de Franklin Martins, embora ainda protegido pelos sigilos da prudência, já está decidido, os dias de férias que lhe restam devem estar intensamente ocupados por exercícios de consciência e reflexões conceituais.


Para ajudar em tais exercícios e reflexões, e principalmente para o ajudar a enfrentar tentações, lembro aqui a velha história da AERP.


3. Analogias surpreendentes


Em 1967/68, a ditadura militar, na presidência de Costa e Silva, resolveu criar a Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República (AERP), que rapidamente ganhou status e força de super-ministério. A consolidação teórica e estratégica do modelo deu-se com a realização do I Seminário de Relações Públicas do Executivo, no Rio de Janeiro, de 30 de setembro a 5 de outubro de 1968.


O programa de comunicação e relações públicas dos militares foi implementado durante o governo seguinte, presidido pelo general Garrastazu Médici (1969-1974). O período Médici passou à História como ‘os anos de chumbo’, de terrível repressão. Mas, enquanto nas masmorras a tortura violentava e matava pessoas, aos milhares, Médici e o seu governo alcançaram popularidade notável, graças ao plano de comunicação implantado, e à conjugação favorável das variáveis econômicas.


As conclusões e recomendações do Seminário de 1968 formam, no seu conjunto, um programa de Relações Públicas, para a adesão popular à imagem e às ‘verdades’ do governo, que se pretendia patriótica, desenvolvimentista e humanista.


Guardo, como preciosidade, o documento final desse Seminário. Não temos espaço para transcrições. Mas vale a pena citar pelo menos duas conclusões que, a meu ver, sintetizam as manhas propagandísticas do programa:


– ‘Adoção de uma política global de comunicação social que permita de fato a integração do povo com o governo’.


– ‘Aproveitamento integral da figura do presidente, no seu aspecto humano, moderado e compreensivo, para caracterizar toda a campanha orientada no sentido de valorização do homem, a única susceptível de criar uma imagem efetiva e imediata do governo’.


Para alcançar tais propósitos, o poder público tornou-se o grande empregador de jornalistas, no Brasil.


***


Claro que não podemos nem devemos comparar o governo de Lula aos governos do regime militar. Seria idiotice ofensiva e deformadora. Mas o modelo de comunicação que no primeiro mandato se tentou implantar em Brasília seguiu um figurino formal e instrumental que permite analogias surpreendentes com tempos antigos, os da AERP. Como essa de privilegiar a propaganda em detrimento do direito à informação.


Para as devidas e possíveis comparações com os princípios que inspiraram o plano da AERP, vejam o decálogo de objetivos que resumia a filosofia de comunicação do plano Luiz Gushinken:


1) Estimular o patriotismo; 2) Motivar ações solidárias; 3) Criar hábitos produtivos e saudáveis; 4) Difundir a imagem do Brasil para o próprio Brasil e para o exterior; 5) Mostrar o caráter de governo de equipe; 6) Difundir pensamentos elevados; 7) Passar a idéia de que o governo está arrumando a casa; 8) Mostrar que o social é o objetivo central do governo; 9) Levar ao exterior a idéia de que o Brasil busca a inclusão social; 10) Insistir na necessidade das reformas tributária e da Previdência.


É um decálogo que Hitler e Salazar adotariam com entusiasmo. E que Fidel não repudiaria. Porque não contém uma só palavra que estabeleça relações com valores democráticos como o direito à informação e à crítica, e o dever de informar.


Fica esperto, Franklin Martins!


(*) Carlos Chaparro é português naturalizado brasileiro e iniciou sua carreira de jornalista em Lisboa. Chegou ao Brasil em 1961 e trabalhou como repórter, editor e articulista em vários jornais e revistas de grande circulação, entre eles Jornal do Commercio (Recife), Diário de Pernambuco, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, Diário Popular e revistas Visão e Mundo Econômico. Ganhou quatro prêmios Esso. Também trabalhou com comunicação empresarial e institucional. Em 1982, formou-se em Jornalismo pela Escola de Comunicação de Artes, da USP. Também pela universidade ele concluiu o mestrado em 1987, o doutorado em 1993 e a livre-docência em 1997. Como professor associado, aposentou-se em 1991. É autor de três livros: ‘Pragmática do Jornalismo’ (São Paulo, Summus, 1994), ‘Sotaques d’aquém e d’além-mar – Percursos e gêneros do jornalismo português e brasileiro’ (Santarém, Portugal, Jortejo, 1998) e ‘Linguagem dos Conflitos’ (Coimbra, Minerva Coimbra, 2001). O jornalista participou de dois outros livros sobre jornalismo, além de vários artigos (alguns deles sobre divulgação científica pelo jornalismo), difundidos em revistas científicas, brasileiras e internacionais.’




TELEVISÃO
Antonio Brasil


Peninha: o jornalista-historiador invade o Fantástico, 12/03/07


‘Você conhece o jornalista Peninha? Não aquele repórter impagável do Jornal A Patada dos quadrinhos da Disney. Mas o Eduardo Bueno, o polemico jornalista-historiador ou historiador-jornalista gaúcho que escreve best-sellers sobre a História do Brasil, torcedor fanático do Grêmio, tradutor, roteirista de filmes e figura super simpática.


Eu sempre quis conhecer. Quando produzia o Caderno U, a revista semanal da TV Universitária do Rio de Janeiro, um dos meus grandes sonhos era trazer o Peninha para ser entrevistado pelos nossos alunos jornalistas. Desculpa para conhecê-lo.


Sempre admirei a sua coragem e ousadia. Eduardo Bueno tenta o que muitos consideram impossível: conciliar o rigor da pesquisa histórica com a linguagem coloquial do jornalismo. O sucesso dos seus livros como A viagem do Descobrimento; Náufragos, Traficantes e Degredados, Capitães do Brasil e o recém lançado, A Coroa, a cruz e a espada comprovam a cumplicidade e complementaridade entre o jornalismo e a história.


Seus livros sobre o período colonial venderam mais de um milhão de exemplares, fato inédito no mercado editorial brasileiro. Ele também é o autor de ‘Blá, Blá, Blá – A biografia autorizada dos Mamonas Assassinas’ (L&PM Editores), que vendeu mais de 100 mil exemplares.


Ao todo, Bueno traduziu 22 livros. Como editor, Bueno editou mais de 200 títulos, colaborando com algumas das principais editoras brasileiras. Como jornalista, trabalhou em praticamente todos os jornais, revistas e emissoras de televisão do país, entre as quais TV Globo, Manchete, TV Cultura, TV-Rs, jornais O Estado de S. Paulo, Zero Hora e vários outros. Bueno também já escreveu vários roteiros de TV e cinema. Foi escolhido o melhor editor do ano, em 1984, pela revista Istoé, quando trabalhava para L&PM Editores. A Viagem do Descobrimento ganhou o prêmio Jabuti em 1999. Merecido. Pura questão de competência e ousadia.


Encontro na Globolândia


Pois outro dia, em mais um dos meus programas discretos e solitários, resolvi almoçar no velho ex-botequim e agora restaurante quase chique, o Filé de Ouro em plena Globolândia, no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Além de um ótimo restaurante com boa comida e preço em conta, o Filé de Ouro é tradicional ponto de encontro de jornalistas e celebridades do jornalismo da Rede Globo. Freqüento há muitos anos, gosto da comida e do ambiente. Quase sempre revejo velhos amigos e fico sabendo das novidades e fofocas globais. Uma vez jornalista, sempre jornalista. Mas antes de tudo, jornalista tem de ter faro, instinto e muita, muita sorte.


Eu me preparava para degustar o meu filé quando eis que entram no restaurante, o Big Brother Pedro Bial acompanhado de um amigo. Para variar, todos ou quase todos fingem não conhecê-lo. Como já expliquei em outro ‘encontro’, aqui no Rio é costume ignorar as celebridades. Faz parte da cultura da cidade. E como um bom ‘quase’ carioca, também ‘faço de contas’ que não vi ninguém.


Mas quis o destino que os dois se sentassem exatamente na mesa ao lado. A principio não reconheci o acompanhante. Alto, moreno, muito expansivo, gesticulava bastante, falava alto e o sotaque forte denunciava a origem. Sou filho de gaúcha reconheço o modo tão típico de falar em questão de segundos.


Comecei a pensar: quem seria aquela figura tão expressiva que após algumas caipirinhas falava ainda mais alto, mas sempre com muita paixão. Fiquei pensando com os meus botões, esse sujeito deveria fazer televisão. Ficaria ótimo frente às câmeras.


Jornalista beatnik


Não conseguia deixar de ouvir a conversa. Uma vez jornalista, sempre jornalista. Estava curioso para saber quem era o gaúcho misterioso. Tinha jeito de jornalista e não parava de falar no celular mesmo na presença do todo poderoso Big Brother. Eles conversavam de forma animada sobre diversos assuntos. Estava cada vez mais desconfiado, mas não conseguia ter certeza.


Em determinado momento ouço o Bial se referir ao companheiro como meu amigo…Peninha. Naquele momento, caiu a ficha. Ali estava o famoso jornalista-historiador ou historiado-jornalista Eduardo Bueno. Um repórter que teve a ousadia de traduzir para o português um dos maiores clássicos da cultura Beatnik americana, da década de 1950, On the Road de Jack Kerouac ou ‘Pé na estrada’.


Peninha, sempre imerso nas suas paixões, nos anos 80, não apenas aderiu ao movimento Beatnik, um movimento de rebeldia como também se tornou um de seus maiores divulgadores no país. Segundo a Wikipedia, os Beatniks nos EUA estavam ‘cansados da monotonia da vida ordenada e da idolatria à vida suburbana na América do pós-guerra, resolveram, regados a jazz, drogas, sexo livre e pé-na-estrada, fazer sua própria revolução cultural através da literatura’. Como tantos outros jornalistas de sua geração aqui no Brasil, Eduardo Bueno se tornou um beatnik tupiniquim.


Estava morrendo de curiosidade, pensando e imaginando como seria interessante ter o Peninha trabalhando na Globo. Quem sabe ele não estaria negociando com o Bial para apresentar e adaptar suas pesquisas históricas para o público do Fantástico ou do Globo Repórter. Fiquei só imaginando. A conversa ao lado continuava animada e eu discretamente não conseguia deixar de ouvir as trocas de elogios e referências comuns do passado.


Que história é essa?


Permanecia tranquilamente no meu canto. Não queria incomodar o almoço das celebridades com apresentações ou perguntas. Não pegaria bem. Mas deu para ouvir boas histórias e saber de algumas coisas interessantes. Fiquei sabendo, por exemplo, que a origem ‘histórica’ do sobrenome Bueno, não vem de alguma família de origem espanhola que imigrou para o Sul do Brasil. Bom pesquisador e ainda melhor contador de histórias, Peninha fazia questão de dizer que o seu avô, como tantos gaúchos, sempre contava seus causos dizendo ‘bueno’ no lugar das pausas ou interjeições. Daí veio o seu sobrenome, Bueno. E ele não é parente do Galvão. Ainda bem. Agora só falta descobrir como o Eduardo Bueno se tornou Peninha. Vou pesquisar. Mas deve ser mais uma dessas brincadeiras ou elogios que transformam em apelidos tão comuns em nossas redações.


A conversa continuava animada, outros amigos se juntavam ao grupo e apesar de ainda mais curioso, precisava sair. O que estariam fazendo juntos o Pedro Bial e o Peninha em plena Globolândia ?


Confesso que não sabia o que muitos já devem saber. Mas cheguei em casa, fiz uma pesquisa na Internet, no Santo Google e descobri a razão do encontro. Eles estão trabalhando em novo quadro do Fantástico, Que História é Essa?


Segundo o noticiário da Globo, do Estado de S. Paulo e da Folha de S. Paulo:


Pedro Bial vai recontar a história do Brasil com a ajuda do escritor Eduardo Bueno.


Eles costuram os detalhes de acabamento para o quadro Que História É Essa?, previsto para entrar no Fantástico assim que o apresentador se livrar do expediente Big Brother. Em foco, episódios da História do Brasil embalados em linguagem atraente aos olhos da massa (saiba mais).


Pedro Bial e Regina Casé vão apresentar nova série.


Que História é Essa? terá inicialmente oito programas de cerca de dez minutos.


A idéia é revisitar locais históricos e recontar os acontecimentos nas várias versões de especialistas.


A série deverá estrear em setembro tratando da Independência do Brasil. Os programas terão co-direção de Regina, Bial e Frederico Neves e contarão com o apoio da Biblioteca Nacional.


O Fantástico continua ousando e inovando. Para mim, ainda é o melhor programa da televisão brasileira. E dobradinha entre os globais Pedro Bial e Regina Casé com a consultoria histórica e orientação do Eduardo Bueno com apoio da Biblioteca Nacional sob a direção competente do jornalista e comunicólogo Muniz Sodré tem tudo para informar, educar e fazer sucesso. Tem tudo para dar certo.


Mas aqui entre nós, eu estava torcendo para ver o Peninha, de preferência caracterizado de repórter Peninha, bem no estilo do Ernesto Varela de Marcelo Tas, apresentando o Que História é Essa no Fantástico. Pelo que deu para perceber no Filé de Ouro, ele é um verdadeiro ‘showman’. Nasceu para fazer TV e só precisa de uma oportunidade.


E o ‘timing’ do lançamento do novo quadro no Fantástico, logo após o término do Big Brother Brasil, é mais um ótimo motivo para torcemos e aguardarmos ansiosamente pelo fim do pior programa da TV brasileira.


(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Trabalhou no escritório da TV Globo em Londres e foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. Autor de diversos livros, a destacar ‘Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica’ e ‘O Poder das Imagens’. É torcedor do Flamengo e não tem vergonha de dizer que adora televisão.’


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Apenas Record transmitirá Londres 2012, 16/03/07


‘A Record fechou um acordo estimado em US$ 60 milhões com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e terá exclusividade nas transmissões dos Jogos de 2012, que acontecerão em Londres. Globo e Bandeirantes, que têm tradição na exibição dos jogos, possuem os direitos de transmissão da edição de 2008 do evento, que terá lugar em Pequim, mas ficarão de fora dos jogos na Inglaterra.


A emissora adquiriu um pacote amplo de transmissão, incluindo exclusividade via internet, TV paga, satélite e por telefones, que, até 2012, deverão ter uma capacidade muito superior de transmissão de imagens. Além disso, a emissora também levou os direitos de transmissão dos jogos de inverno de 2010, que acontecerão em Vancouver, no Canadá.


Disputa pelo ouro


As negociações entre o Comitê e as emissoras nacionais duraram um mês e meio. Por meio de comunicado oficial, o COI apontou que a escolha da Record não se baseia exclusivamente no dinheiro oferecido pela emissora, mas que também foi levado em conta o compromisso que a Record assumiu de transmitir um grande número de disputas em diversas modalidades e também das Olimpíadas de Inverno de 2010.


Além disso, a Record também apresentou projetos relacionados com a difusão das práticas esportivas e dos ideais da carta olímpica, fomentando discussões nacionais acerca do tema. Ainda em fase de avaliação, esses projetos serão apresentados ao país quando estiverem concluídos.


O membro da Comissão Executiva do COI que conduziu as negociações, Richard Carrión, afirmou que o contrato assinado com a emissora ‘marcará uma estimulante nova era tanto em termos de exposição quanto de receita para o movimento olímpico como um todo. Estamos muito ansiosos para trabalhar com a TV Record pela primeira vez, e garantir que a cobertura expandida dos Jogos seja disponibilizada aos amantes do esporte no Brasil’.


Derrota da Globo


A conquista da Record é emblemática: nunca antes Globo e Bandeirantes haviam ficado de fora da transmissão dos jogos olímpicos. Eduardo Zebini, diretor de esportes da emissora, avalia a conjuntura: ‘a Globo nunca ficou fora de nenhum evento internacional. Se ela ficou desse, é porque subestimou a Record ou avaliou mal a situação. Ela tem uma grade fechada que permite pouco em termos de divulgação e não conseguiu atender aos anseios do comitê olímpico internacional’.


O professor de jornalismo da PUC-RS Celso Schröder aponta como benéfica a diminuição da supremacia da Globo, que, pela primeira vez em sua história, enfrenta uma adversária com o objetivo expresso de lhe tirar o primeiro lugar. Ele considera salutar o crescimento da Record pelo fato de gerar mais concorrência e, conseqüentemente, produzir diferentes formas de observar e reportar os fatos, mas faz a ressalva de que o perfil empresarial da emissora não é democratizador, uma vez que está embutido muito fortemente com conteúdo ideológico-religioso.


‘A perda dessa hegemonia da Globo só mostra uma relação diferente de poder. A vitória da Record não resolve o problema, continua sem sentido essa idéia de que alguém pode ter os direito de transmissão exclusiva de um evento que deveria ser de acesso de todos’, avaliou.


Concorrência nacional


A Bandeirantes não quis se pronunciar a respeito, mas a assessoria da emissora lembrou que tem uma tradição esportiva e que não costuma deixar de cobrir eventos de grande porte. Durante a última Copa do Mundo, mesmo sem transmitir os jogos, o canal realizou extensa cobertura jornalística sobre eles.


O diretor de esportes da Rede Globo, Luis Fernando Lima, não foi encontrado e a assessoria de imprensa da emissora não atendeu ligação ao longo de toda a sexta-feira (16/03).’




INTERNET
Comunique-se


Google se defende de processo e sustenta legalidade do site YouTube, 15/03/07


‘A Viacom, gigante de mídia dos EUA, está pedindo US$ 1 bilhão de indenização ao Google por conta de ‘violação em massa e intencional dos direitos autorais’ de seus cerca de 160 mil vídeos exibidos no YouTube. Em resposta, advogados do Google, dono do YouTube, afirmaram que a empresa está legalmente protegido pela Lei dos Direitos Autorais Digitais do Milênio (DMCA), mecanismo legal que vem servindo de base para a maioria das defesas de empresas de Internet em casos sobre direitos autorais.


A lei, criada em 1998, estabelece que uma empresa não seja culpada por violação de direitos autorais se ela retirar do ar rapidamente o conteúdo que for apontado como pirata. Alexander Macgillivray, consultor do Google, apontou que a DMCA foi criada especificamente para proteger aqueles que hospedam conteúdo online de processos como o movido pela Viacom, comparando o YouTube à blogueiros que colocam fotos na rede.


O Google sempre alegou que não é viável impedir que os milhões de usuários do YouTube coloquem no ar vídeos de propriedade de terceiros, mas que os bloqueia sempre que notificado. Executivos da empresa, porém, indicaram que filtros anti-piratarias estão sendo estudados para serem incorporados ao site.


Por sua vez, a Viacom alega que o modelo do Google é ilegal pois utiliza conteúdo produzido por outras empresas para gerar movimento em seu site e assim lucrar com publicidade, deixando todo o trabalho e custos de monitorar o YouTube para as vítimas da quebra de direitos autorais. A empresa também afirmou que o Google ignora medidas pró-ativas e deliberadamente deixa que diversos vídeos sejam exibidos de maneira irregular.


Diversos analistas de mídia dos Estados Unidos apontam que o resultado do processo Viacom x YouTube podem redefinir as relações entre produtores e veiculadores de conteúdo naquele país. ‘Antes, eu acreditava que a Viacom estava buscando compensação por seu material registrado. Agora, creio que ela esteja desafiando as bases do DMCA’, avaliou James McQuivey, analista do centro de pesquisas Forrester.’




TV PÚBLICA
Milton Coelho da Graça


O risco de termos a TV-hora do Brasil, 15/03/07


‘‘Fico surpreso como as pessoas não estão vendo que, daqui a cinco anos, as pessoas vão rir da televisão que temos hoje’. Foi Bill Gates, supostamente o sujeito que mais tem condições de vislumbrar o futuro nessa área. E disse para todo o mundo ouvir, lá em Davos, na Suiça, diante dos outros 499 homens mais ricos do mundo.


Será que o ministro Hélio Costa está antenado nesse trailer apresentado pelo homem mais rico do mundo. Será que leva em conta, nos planos para uma supertevê estatal de informações, que o surgimento da internet de alta velocidade e a popularidade de sites como YouTube estão causando a queda, em todo o mundo, do tempo que os jovens passam diante de um aparelho de TV?


Quando a gente ouve a Hora do Brasil no rádio, praticamente igual ao que era há 20 ou 30 anos atrás tanto no formato como na substância – tem de duvidar, não? Alguém já se deu ao trabalho de somar os índices da TV Justiça, TV Câmara, TV Senado e todo o resto pago com impostos? E o que essas emissoras custaram em termos de investimento?


Duas maneiras de ver o mesmo fato


Supostamente – porque nada foi explicado oficialmente, só por fofocas – Franklin Martins saiu da Rede Globo porque suas análises tendiam a favorecer opiniões do governo. Algumas semanas depois, Franklin Martins também saiu da Band para ser o número 1 nos planos para a montagem de uma ampla rede estatal de notícias.


Há uma leitura óbvia: a de se confirmar, pelo menos oficialmente, a versão divulgada por más línguas. Mas corre também agora uma versão diferente, porque as más línguas, como todos sabemos, estão em qualquer canto de nosso país.


E essa versão diz que a Rede Globo – sempre muito bem informada sobre o que ocorre no Ministério das Comunicações – antecipou que Franklin Martins seria o nome mais desejado pelo ministro Hélio Costa. E achou melhor criar uma novela (tipo das 9, sempre com muitas surpresas) para até facilitar essa nomeação e evitar que o Franklin e ela própria ficassem sujeitos a críticas e ataques dos inimigos do plim-plim.


Se não é verdade, é bem bolado, dizem os italianos cínicos.


A volta de Collor e a falta de caráter


Estamos todos vendo, estupefatos, a reação dos colegas senadores ao retorno político do ex-presidente Collor. Houve até choro, de emoção ou de alegria, pelo retorno de um grande injustiçado. Ninguém mencionou P.C. Farias, os cidadãos comuns que revelaram a verdade. Pior, os ‘caras pintadas’, os jovens que foram às ruas pedir a restauração do caráter na política brasileira, foram apontados como os responsáveis por exageros, excessos.


Não vale a pena citar nomes, porque na verdade foi um FEBEAPÁ, como diria o bom – e que faz tanta falta! -Stanislaw Ponte Preta. Vergonha mesmo só demonstrou quem ficou calado ou não apareceu no plenário.


(*) Milton Coelho da Graça, 76, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.’




JORNALISMO ESPORTIVO
Marcelo Russio


O mal que nunca vem para o bem, 13/03/07


‘Violência. Este é o assunto que domina todos os níveis da sociedade brasileira. Apenas nos últimos 30 dias, pelo menos quatro crianças ou jovens foram mortos brutalmente por balas perdidas ou por atos de selvageria de quem nasceu com o único propósito de não deixar quem os cerca viver. No esporte, infelizmente, a coisa não é muito diferente.


No último domingo, o clássico entre São Paulo e Santos, na Vila Belmiro, teve uma das cenas mais violentas que já se viu em um campo de futebol. De um andar superior, um boçal corre com um vaso sanitário nas mãos e, sem pensar duas vezes, o atira no andar inferior, onde pretensamente estariam torcedores rivais. Por providência divina não houve a catástrofe que talvez aquele idiota que arremessou o artefato não tivesse pensado que poderia causar.


A cena é impressionante. Um policial estava no local e mal teve tempo de esboçar reação. Ele ainda tenta impedir o arremesso, mas em seguida olha para baixo para ver se algo de mais grave aconteceu. Enquanto isso, o criminoso se esconde no meio de uma turba enraivecida, de onde ele veio, e que o protege com o seu anonimato.


Não sei até que ponto chegaremos, mas não sou daqueles que vê em manifestações silenciosas e abraços a um monumento algo efetivo contra as barbaridades que nos cercam. Sou daqueles que exige uma providência prática. Ação enérgica, sem concessões e sem muita conversa. Uma vez li uma frase que agora me faz todo o sentido. Para apagar um fósforo, uma gota de água; para apagar um incêndio, uma tonelada de água.


Vivemos um incêndio sem precedentes na história da sociedade brasileira. Os reflexos aparecem em todos os cantos. O esporte é mais um deles. Nós, jornalistas, temos exercido um papel importante, de denunciar e acompanhar os processos criminais contra bandidos que se escondem em algumas torcidas organizadas, quase sempre utilizando-se delas para subsistir e coagir quem se opõe a eles. Não é uma questão de paixão, mas sim de falta dela.


Alguém acha que Sadam Hussein amava o Iraque ou ele se aproveitava do país para viver uma vida de riqueza e poder sem limites? Será que Kim Song Iil ama a Coréia do Norte ou se aproveita dela para brincar de ser deus? Guardadas as proporções, vemos torcedores que se escondem por trás da paixão clubística para fazer o mal e viver às custas do clube que dizem amar, mas que apedrejam e destróem a cada vez que seus interesses são contrariados. Será que isso é torcer?


A coluna desta semana trata do papel da imprensa, que vem sendo exemplar ao abordar pessoas, atos e processos. A solução não será dada por repórteres, editores, cinegrafistas ou fotógrafos. Mas, felizmente, estamos fazendo a nossa parte.


(*) Jornalista esportivo, trabalha com internet desde 1995, quando participou da fundação de alguns dos primeiros sites esportivos do Brasil, criando a cobertura ao vivo online de jogos de futebol. Foi fundador e chegou a editor-chefe do Lancenet e editor-assistente de esportes da Globo.com.’




JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu


Maconha tremebunda, 15/03/07


‘O índio era um índio touro,


Mas até touro se ajoelha,


Cortado do beiço à orelha


(Bochincho, de Jayme Caetano Braun.)


Maconha tremebunda


A considerada Bárbara Lucena Dias, de Curitiba, passeava os olhos no quase centenário Diário dos Campos, de Ponta Grossa (PR), quando arrepiou-se toda com este título deveras assustador:


PM fecha boca-de-fumo que abastecia cemitério.


Bárbara imaginou fantasmas e esqueletos enfiados na sacanagem, porém o texto apenas revelou de que é capaz o comércio organizado:


(…) De acordo com o tenente Fabian Ogura, relações públicas do 1º BPM, são fortes os índicios de que este grupo e mais dois homens faziam parte de um esquema de distribuição de drogas no interior do Cemitério São José, na área central da cidade. ‘A partir de garotas de programa que ‘fazem ponto’ naquele local, os traficantes atendiam clientela que apanhava a substância de carro e a pé, principalmente no período noturno, quando a área é menos movimentada’.


Janistraquis, que anda tão avoado quanto a futura ministra Marta Suplicy, vê nos cemitérios o melhor endereço para quem se abraça a esta também conhecida como abango, abangue, aliamba, bagulho, bango, bangue, bengue, birra, bongo, cangonha, chá, diamba, dirígio, dirijo, erva, fuminho, fumo, fumo-de-angola, jererê, liamba, marijuana, massa, nadiamba, pango, rafi, riamba, seruma, soruma, suruma, tabanagira e umbaru, segundo os dicionários, cujas páginas são ótimas para enrolar o baseado, à falta de coisa melhor.


Vida a dois


Deu em todos os jornais do mundo:


Papa diz que segundo casamento é uma praga.


Janistraquis, que anda mais distraído do que funcionário público, fez o seguinte comentário:


‘Entende-se perfeitamente o desabafo do consideradíssimo pontífice; a primeira mulher dele deve ter sido uma santa; a segunda, tremenda megera, desgraça que Bento XVI não deseja nem pro Tinhoso…’


Fina iguaria


É tão delicioso o novo livro do considerado Fernando Portela que ele o lançará no Rosmarino, restaurante de São Paulo, às 19 horas da próxima terça-feira; os contos de O homem dentro de um cão, editado pela Terceiro Nome, são mesmo um prato cheio de finas iguarias, contos escritos com a criatividade e a verve de um jornalista e escritor que saiu do Recife há mais de 30 anos, armado até os dentes com todo o talento do mundo.


Para refletir


Deu no Ex-blog do César Maia:


UMA ESCOLHA MINISTERIAL EXTREMAMENTE GRAVE! DZERZHINSKI, BERIA, HIMMLER, HEYDRICH, HEINRICH MULLER, TARSO GENRO!


(…) A entrega por Lula da Polícia Federal a um militante partidário como Tarso Genro é fato de extrema gravidade. Será entregar os arquivos, as investigações e a ação da Polícia Federal a um militante político-ideológico que não terá limites para levar as informações para o setor de inteligência do PT, que ficou a descoberto nas eleições de 2006. Que não terá limites em direcionar as operações da Polícia Federal no sentido de seus adversários políticos. Que assombrará as empresas com essa possibilidade tornando os pedidos de financiamento do Partido como ordens implícitas. Que entrará inevitavelmente na vida privada de seus adversários através dos grampos -ditos autorizados. Que trará os meios de comunicação sob o risco de suas operações.


O que resta da festa


O considerado José Truda Júnior estava a passear pelo Globo Online quando, por curiosidade, resolveu checar os resultados da Taça Guanabara ‘que, no penúltimo domingo, foi incrivelmente entregue ao segundo colocado!’ Taí o que resta da festa tipicamente brasileira, pois aqui um litro tem 800 mililitros e um quilo costuma pesar 700 gramas:


Das oito partidas que disputou, o Madureira venceu cinco, empatou duas e perdeu uma, totalizando 17 pontos de 24 possíveis e obteve saldo de quatro gols positivos com a defesa menos vazada do campeonato.


O Flamengo, em oito partidas, venceu quatro, empatou duas e perdeu duas, conquistando 14 dos 24 pontos em jogo. Ficou com saldo de três gols positivos.


Das três partidas que disputou com o Flamengo, o Madureira venceu duas e perdeu uma, a única em toda a competição. Mesmo assim, foi sagrado vice!


Como já não dá mais para acreditar nem no Altíssimo, muito menos no futebol do Rio de Janeiro, sobram apenas o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa, não é verdade?


Sobra também o PT, considerado Truda; o PT…


Bochincho


Segundo Nei Duclós, que enviou a obra-prima, Jayme Caetano Braun é o maior poeta do Rio Grande do Sul. Visite o Blogstraquis e conheça a íntegra do poema cujo excerto é a epígrafe desta coluna.


Bichona assumida


O considerado Jandir Bastos, de Belo Horizonte, ficou intrigado com a história que leu na Folha de S. Paulo, sob o título Jornalista conta como sofreu abuso de padre:


O jornalista americano Thomas Roberts, um dos âncoras da rede CNN, publicou no site da empresa no último dia 9 um relato sobre como ele foi vítima de abuso sexual cometido por um padre.


Roberts conta que foi assediado por três anos, desde quando tinha 14 anos de idade, por um sacerdote católico de Baltimore chamado Jeff Toohey. Segundo o jornalista, que confessou ter tentado se suicidar devido à angústia que sentiu, ele só criou coragem para denunciar o padre cerca de 20 anos depois.


Jandir não se comoveu com o drama de Roberts:


Esse rapaz é apenas uma bichona que resolveu assumir; a história do suicídio não passa de frescura, tá na cara! Se foi assediado ‘desde quando tinha 14 anos de idade’, significa que deu pro reverendo aos 17 e nessa idade Clodovil já deitava e rolava.


Janistraquis tem certeza de que Jandir Bastos é membro do Movimento Machão Mineiro, mas não está a fim de assumir.


Dádiva da natureza


O considerado Ademar Avelino, de Porto Alegre, está abestalhado com a clarividência do não menos considerado João Palomino, narrador esportivo da ESPN Brasil:


O cara é muito simpático, excelente narrador, e ainda ‘adivinha’ mais do que o Cacique Cobra Coral ou Chico Xavier; quando o jogo é internacional, ele trabalha diante de um telão que não fornece imagem maior do que os aparelhos comuns de TV e mesmo assim Palomino sabe o que disse o juiz, bandeirinhas e até torcedores. Às vezes a imagem não mostra direito o lance, ninguém sabe se foi escanteio ou tiro de meta, por exemplo, mas ele garante que o bandeirinha, que ninguém viu, marcou isso e aquilo!!!


A experiência, a vida, o tempo de serviço ensinaram a Janistraquis que os melhores narradores esportivos têm mesmo esse dom da adivinhação:


‘Considerado, se não fosse essa dádiva da natureza não existiriam os narradores esportivos do rádio.’


A região certa


O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal no DF, de cujo varandão debruçado sobre a vilania oficial vê-se Tarso Genro a lavar os pés de Lula, numa ímpia antecipação da Semana Santa, pois Roldão relia passado exemplar do Correio Braziliense quando deparou com esta caolha lição de geografia:


Para explicar melhor o desenvolvimento do Centro-Oeste, o jornal montou um quadro com o Raio X dessa região. Mas incluiu no mapa o estado de Tocantins, que pertence à região Norte…


Janistraquis acha que o erro foi normalíssimo, ó Roldão; afinal, Tocantins fica muito longe de Brasília.


Nota dez


O considerado rubronegro Gilson Caroni Filho, professor de Sociologia da Facha, escreveu na Agência Carta Maior sob o título Bush, o ponto G da barbárie:


(…) Incapazes de superar suas contradições estruturais, os Estados Unidos estão condenados a ser uma máquina permanente de destruição. Dependem do complexo industrial-militar para manter o dólar como moeda universal, mas o custo do aparato bélico está na raiz de seus dois grandes déficits.


(Leia aqui as considerações do professor sobre a recente viagem do Homem por estas bandas.)


Errei, sim!


‘ASTAIRE NO RIO – Sensacional título do Caderno B do Jornal do Brasil: É difícil encontrar um novo Fred Astaire no Rio. Janistraquis ponderou que não é difícil; é deverasmente impossível!’. (fevereiro de 1992).


Colaborem com a coluna, que é atualizada às quintas-feiras: Caixa Postal 067 – CEP 12530-970, Cunha (SP) ou moacir.japiassu@bol.com.br).


(*) Paraibano, 64 anos de idade e 45 de profissão, é jornalista, escritor e torcedor do Vasco. Trabalhou no Correio de Minas, Última Hora, Jornal do Brasil, Pais&Filhos, Jornal da Tarde, Istoé, Veja, Placar, Elle. E foi editor-chefe do Fantástico. Criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Também escreveu oito livros, dos quais três romances.’




MERCADO EDITORIAL
Eduardo Ribeiro


Mudanças por atacado na Abril, 14/03/07


‘Aliás, a semana foi das mais movimentadas com em redações como Estadão, SBT, Duetto Editorial e Carta Capital, como está divulgando nesta quarta-feira (14/03) a edição impressa deste Jornalistas&Cia.


Na Abril, a mexida foi de largo alcance com desmembramentos e fusões de núcleos e promoções e transferências de vários de seus executivos. As mudanças abrangem sobretudo as unidades de negócios dirigidas por Jairo Leal e Mauro Calliari, vice-presidentes da Abril. Elas representam, na visão de um executivo da empresa, mais um passo da Abril na busca de foco, agilidade e eficiência nos segmentos servidos por suas publicações. No caso das revistas segmentadas, há três anos eram cinco os diretores de unidades de negócios (Andres Bruzzone, Elda Muller, Laurentino Gomes, Luiz Felipe D’Ávila e Paulo Nogueira) que respondiam por quarenta títulos. Hoje, são apenas dois: Laurentino e Elda, cada um cuidando de duas dezenas de títulos. A diferença é que agora os cargos que ocupam passam a ter efetivamente natureza estratégica, de coordenação e supervisão. A parte mais operacional foi delegada a onze diretores de núcleo, os chamados publishers, que se responsabilizam pela implementação dos planos de ação de cada título e segmento.


Veja e Exame, incluindo as edições regionais Veja São Paulo e Veja Rio, que têm uma situação diferenciada e peculiar na empresa, não foram afetadas. É que nas demais publicações todas as funções convergem para os publishers, que respondem simultaneamente pelas áreas editorial e comercial. Cabe a eles orientar os diretores de Redação na produção de conteúdo e também se responsabilizar pela venda de publicidade, tomando sempre o cuidado de que não haja conflito de interesse entre essas duas atividades. Como a maioria dos publishers é jornalista, com grande experiência de redação, esse risco na empresa é tido como ‘sob controle’.


No grupo Veja e Exame ainda prevalece o conceito Igreja/Estado, sendo o primeiro identificado com a área editorial e o segundo, com a comercial. Isso visa impedir que haja qualquer interferência de uma área sobre a outra, mesmo ao nível da gestão do negócio. Calliari é vice-presidente do grupo, mas não interfere na área editorial, que é comandada por Euripedes Alcântara em Veja, e por José Roberto Guzzo em Exame, ambos respondendo diretamente a Roberto Civita, presidente e editor da Editora Abril. Devido a esse modelo, Marcos Emilio Gomes, no caso das edições regionais, vai responder pelos resultados comerciais de todas as Vejinhas, incluindo a de S.Paulo, mas não pela área editorial. Neste caso a novidade é que Carlos Maranhão, diretor de Veja SP, está assumindo também Veja Rio. Antes, essa função era exercida diretamente por Euripedes, que cede o cargo de diretor Editorial para Maranhão. Segundo este, a decisão foi tomada por Civita e Euripedes com o objetivo de aproveitar mais o potencial de crescimento de Veja Rio, além de liberar Eurípedes das tarefas operacionais dos ‘filhotes’ regionais para que possa ficar mais focado em Veja. ‘Fábio Rodrigues continua no comando de Veja Rio, só que agora responde a mim, que vou acompanhar mais de perto a produção da revista’, disse Maranhão ao editor-executivo de J&Cia, Wilson Baroncelli, completando: ‘Vamos ver até que ponto dá para fazer isso de S.Paulo, aproveitando as facilidades da comunicação moderna, mas com certeza precisarei ir mais vezes ao Rio’.


Nas Unidades de Negócios dirigidas por Jairo Leal, os núcleos que formavam a antiga UN II, sob seu comando interino desde a saída de Luiz Felipe D´Ávila da empresa, em junho de 2006, foram desmembrados e integrarão as UNs I e III, que passam a se chamar UN Segmentada I e UN Segmentada II, sob responsabilidade, respectivamente, de Elda Müller e Laurentino Gomes. As principais mudanças são as seguintes: o Núcleo Cultura, dirigido por Helena Bagnoli, deixa de existir. A revista Aventuras na História (Patrícia Hargreaves), Almanaque Abril e Guia do Estudante (Rodrigo Velloso) passam a compor o Núcleo Jovem, dirigido por Brenda Fucuta. Esse Núcleo passa a responder a Elda. Bravo (Ricardo Lombardi) integra-se ao Núcleo Celebridades, dirigido por Cláudia Giudice – que permanece respondendo a Laurentino e também cuidando das especiais de Contigo, das customizadas e de eventos. Helena Bagnoli passa a dirigir o Núcleo Comportamento, que era acumulado interinamente por Elda. Desse Núcleo, agora, farão parte apenas as revistas Nova (Cynthia Greiner) e Claudia (Márcia Neder). Kaíke Nanne foi promovido a diretor de Núcleo, assumindo as Semanais de Comportamento, composto por Anamaria, Viva, Sou+Eu e projetos especiais; continuará reportando-se a Elda. Os núcleos Homem (Felipe Zobaran) e Infantil (Renê Agostinho) passam a responder a Laurentino.


Com as mudanças, essas Unidades de Negócios ficam assim estruturadas: Segmentada I – Elda: Núcleos Bem-Estar (Alda Palma), Consumo (Claudio Ferreira), Comportamento (Helena Bagnoli), Semanais de Comportamento (Kaíke Nanne) e Jovem (Brenda Lee Fucuta); Segmentada II – Laurentino: Núcleos Motor/Esporte (Alfredo Ogawa), Casa e Construção (Ângelo Derenze), Turismo (Caco de Paula), Celebridades (Cláudia Giudice), Homem (Felipe Zobaran) e Infantil (Renê Agostinho).


Nas Unidades de Negócios dirigidas por Mauro Calliari foram criados dois núcleos: Cidades, comandado por Marcos Emílio Gomes e formado pelos sites, edições e iniciativas regionais de Veja, incluindo também a responsabilidade pelo resultado econômico de Veja SP e Veja Rio. O Núcleo TI passa a ser dirigido por Sandra Carvalho e dele farão parte Info, Info Corporate e Info Canal. Sandra continua se reportando ao diretor-superintendente da UN Negócios e Tecnologia, Alexandre Caldini, e para a sua vaga, como diretora de Redação de Info, promoveu a redatora-chefe Débora Fortes.


Flávio Pinheiro dirigirá sucursal Rio do Estadão


A partir da próxima 2ª.feira (19/3), Flávio Pinheiro assumirá a Direção da Sucursal Rio de Janeiro do Estadão, em substituição a Beth Cataldo, que vinha interinamente ocupando esta posição desde a aposentadoria de Suely Caldas e cujo trabalho, conforme cronograma previsto desde setembro, chega neste mês ao seu final. Pinheiro, atual editor-chefe, passa a liderar, conforme noticiou o Informe Grupo Estado (boletim interno da empresa), ‘a operação jornalística da sucursal Rio, representando institucionalmente o Grupo naquele estado. Além disso, acumulará as funções de editor de Publicações, designação que, desde o Projeto Renovação das Redações (com o estúdio Cases), contempla a coordenação dos suplementos semanais e os subprodutos destes em formatos especiais. O comunicado destaca também que ‘ainda como parte das adequações de estrutura editorial, Roberto Gazzi passa a editor-chefe de O Estado de S. Paulo, respondendo diretamente à Direção de Conteúdo’.


SBT demite equipe de Carlos Amorim


O SBT dispensou, nesta 3ª.feira (13), a equipe comandada por Carlos Amorim e que era integrada por outros oito profissionais: Hélio Matosinho, Simão Scholz, Gilberto Lima, Fábio Bherend, Madalena Bonfiglioli, Cristiano Teixeira, José Vicente Bernardo e Alexandre Franco. A equipe (vinda do ‘Domingo Espetacular’ da Rede Record) foi contratada para produzir um programa dominical de reportagens. No entanto, se viu obrigada a atuar no programa do Ratinho, com o objetivo de melhorar o nível da produção, e, posteriormente, produzir conteúdo para o programa ‘Charme’, de Adriane Galisteu. Recentemente, o dominical começou a sair do papel. Foi criado centro de custo e até reportagens internacionais começaram a ser produzidas, mas por decisão pessoal de Sílvio Santos o projeto foi abortado.


Duetto reforça equipe e inaugura sucursal no Rio.


Ana Claudia Ferrari, que na Duetto editava a Mente & Cérebro e depois passou a editora da Scientific American Brasil, foi promovida a diretora-adjunta, na vaga que se abriu no final do ano com a saída de Ana Astiz. Enquanto sua substituição não é definida, ela continuará acumulando a edição da Scientific American. A Duetto também está com duas novas editoras-assistentes: Rosi Rico (ex-Gazeta Mercantil e Valor Econômico), na EntreLivros, no lugar de Josélia Aguiar; e Maíra Kubic, vinda da assessoria de comunicação da Editora Contexto, para reforçar História Viva, que tem como editor José Tadeu Arantes.


O diretor da Duetto, Alfredo Nastari, informa ainda que começa a funcionar na próxima semana a sucursal da Duetto no Rio de Janeiro, instalada na sede da Nova Fronteira, em Botafogo (rua Bambina, 25), onde também vai operar a redação de Brasil História, nova publicação que tratará exclusivamente da História do Brasil, como um complemento à História Viva, que se dedica aos temas universais. Já estão contratados a editora Cristiane Costa e o sub Leonardo Pimentel, faltando ainda duas pessoas para completar a equipe. Segundo Nastari, a criação da sucursal vai permitir um maior aporte de conteúdo específico do Rio para a editora: ‘O Rio tem arquivos importantes e uma intelectualidade muito ativa e há tempos vinha exigindo uma maior presença nossa por lá’.


Sérgio Lírio passa a secretário de Redação em Carta Capital


Sérgio Lírio assume em Carta Capital a vaga que até outubro do ano passado era de Maurício Stycer, mas no cargo de secretário de Redação e não mais como redator-chefe. Ele está na casa há sete anos, os últimos dois como editor de Política, e antes passou por Folha de S.Paulo e IstoÉ Dinheiro. Outras mudanças por lá foram as promoções das subeditoras Paula Pacheco, Ana Paula Souza e Márcia Pinheiro a editoras (o outro editor é Antonio Luiz M. Coelho da Costa) e a do estagiário Rodrigo Martins a repórter. Para a sucursal do Rio, o diretor Mino Carta anuncia a chegada, até o final do mês, do repórter João Marcelo, que vai atuar junto do diretor-adjunto Maurício Dias, mas poderá ser requisitado para dar cobertura em outros locais.


(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia ‘Fontes de Informação’ e o livro ‘Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia’. Integra o Conselho Fiscal da Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.’




MÍDIA & RACISMO
José Paulo Lanyi


Racismo e violência, ontem e hoje, 13/03/07


‘O cartunista Maurício Pestana vai lançar na semana que vem a história ilustrada de um dos grandes episódios da luta pela liberdade no Brasil. A Revolta dos Búzios, também conhecida como Conjuração Baiana e Revolta dos Alfaiates, foi uma espécie de Inconfidência Mineira dos pobres (há quem chame esse mesmo movimento de Inconfidência Baiana). No fim do século 18, um grupo de populares da capitania da Bahia bebeu na fonte dos ideais franceses e seguiu o exemplo (mal-sucedido) da conjuração de Minas Gerais. Eram pessoas que queriam fundar uma república baiana abolicionista (tema este que, diga-se, não estava nos planos dos inconfidentes mineiros) e igualitária. A revolta estourou em 12 de agosto de 1798 e acabou esmagada pela Coroa Portuguesa. Alguns de seus partícipes foram enforcados, outros, degredados.


Um dos maiores cartunistas do País, reconhecido no exterior como um ícone da jornada contra a violência e pela cidadania, com ênfase na preocupação pelas questões raciais, o negro Maurício Pestana aceitou o convite do presidente do Olodum e debruçou-se nos livros para contar uma história que, por ser cíclica, estende-se ao cotidiano de cada brasileiro, em qualquer canto do nosso país.


Leia abaixo a entrevista com o autor de ‘Revolta dos Búzios- Uma História de Igualdade no Brasil’, obra de sua própria editora:


Link SP- O que o público vai encontrar no seu livro?


Maurício Pestana- Uma passagem pouco conhecida dos brasileiros que recupera personagens e cenas de um Brasil colonial tão excludente e violento como o de hoje. O leitor também encontrará nessa história princípios para entender um pouco da violência dos dias de hoje. Se chegamos aonde estamos também é graças a uma violência histórica pouco estudada e compreendida por nós, que se instalou não só nos governos militares do século 20, mas bem antes nos quase 400 anos de escravidão negra em nosso país.


Link SP- Como é essa parceria com o Olodum?


Maurício Pestana- Fui convidado pelo presidente do Olodum, João Jorge, para produzir o livro ilustrado (uma história em quadrinhos) sobre os heróis da Revolta dos Búzios para a Escola Olodum, que neste Carnaval de 2007 teve como tema essa importante passagem da história brasileira.


Link SP- Por que você tem se dedicado a contar a história dos chamados excluídos?


Maurício Pestana- Tenho 43 anos. A primeira redação em que trabalhei foi no Jornal da República, era ainda adolescente e ali pude aprender um pouco sobre jornalismo combativo com pessoas como Claudio Abramo, Mino Carta, Henfil, todos na época engajados na luta contra a ditadura militar (engraçado, esse jornal teve uma curta duração, mas foi fundamental na minha vida profissional.). Essas foram as bases para meu trabalho futuro. Como cartunista e ativista do movimento negro, apliquei esse aprendizado em minha arte de denunciar a repressão policial, o racismo e a exclusão característica, esta que acabou se tornando uma marca em meus cartuns. Hoje eles se disseminam pelo mundo, são reproduzidos no Brasil e lá fora, sobretudo nos Estados Unidos, onde estive algumas vezes. Agora, para falar e entender um pouco sobre racismo você tem que ler e estudar as raízes históricas desse mal.


Link SP- Escrever livros é uma boa alternativa aos limites impostos pelas redações?


Maurício Pestana- Escrever, para quem se dedica ao oficio da comunicação, é fundamental, seja livro, poesia, roteiro, peça etc. Eu me defino como cartunista, mas já escrevi vários livros e mais de 40 cartilhas. Hoje, além dos meus trabalhos como cartunista, escrevo semanalmente para a revista Flash. Fico impressionado com o número de jovens que saem das escolas de comunicação e não sabem escrever. Vejo os limites impostos pelo formato, número de linhas e até a linha editorial de algumas redações como um desafio que o jornalista tem que estar apto a encarar. Talvez eu pense dessa forma porque ainda peguei um tempo bem no finalzinho [do Regime Militar]. Tínhamos o trauma de ter que driblar a censura.


Link SP- Como a mídia está cobrindo o problema racial no Brasil?


Maurício Pestana- Infelizmente com pouco conhecimento, talvez por falta de jornalistas, cartunistas, publicitários, enfim, profissionais de comunicação negros ou mesmo com vivência e experiência em lidar com esse assunto que além de social e político também é orgânico.


Link SP- Como você analisa o suposto (?) racismo nas Redações?


Maurício Pestana- Esta é uma questão que você tem que analisar por diversos ângulos. No Brasil, menos de 3% das vagas nas universidades são ocupadas por negros (dados do IBGE). Ou seja, com a falta de uma política clara de inclusão de negros nas universidades temos poucos profissionais negros, em qualquer área. Esse é um ponto. Quando superamos essa etapa e partimos para o mercado de trabalho mesmo esses 3% terão que disputar vagas com uma maioria que não faz parte da sua etnia. Ao superar essa outra barreira fatalmente ele será uma minoria, seja na área que for, e aí se não tiver entendimento sobre o universo das coisas deste país será difícil suportar. Trabalhei em várias redações e na maioria das vezes era o único negro. Nem por isso deixei de trabalhar e de tocar meu trabalho, mas sempre tive consciência de entender até onde uma determinada situação era um preconceito localizado ou até onde eram causas de um racismo estrutural da nossa sociedade.


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‘Revolta dos Búzios- Uma História de Igualdade no Brasil’, de Maurício Pestana, será lançado no dia 21 de março, às 18h30, na Casa das Rosas, em São Paulo: Avenida Paulista, 37 – Paraíso. Preço do exemplar: 10 reais. Mais detalhes no site www.mauriciopestana.com.br .


(*) Jornalista, escritor, crítico, dramaturgo, escreveu quatro livros, um deles com o texto teatral ‘Quando Dorme o Vilarejo’ (Prêmio Vladimir Herzog). No jornalismo, tem exercido várias funções ao longo dos anos, na allTV, TV Globo, TV Bandeirantes, TV Manchete, CNT, CBN, Radiobrás e Revista Imprensa, entre outros. Tem no currículo vários prêmios em equipe, entre eles Esso e Ibest, e é membro da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes).’




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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.


Folha de S. Paulo – 1


Folha de S. Paulo – 2


O Estado de S. Paulo – 1


O Estado de S. Paulo – 2


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