Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Comunique-se

BRIGA
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Semelhança entre programas da Globo e Record provoca acusações entre emissoras

‘Mais uma vez o assunto espionagem volta a envolver a Globo e a Record. O diretor da Central Globo de Comunicação (CGCom), Luis Erlanger, disse a Ricardo Feltrin, que assina a coluna Ooops!, no UOL, que ‘não é de hoje que sabemos que a Record tenta copiar a Globo de um jeito ou de outro. Felizmente, são péssimos e copiam muito mal.’ Ele se refere ao conteúdo muito semelhante do que foi ao ar nos últimos Globo Repórter e Câmera Record sobre a forma que algumas pessoas encontraram para se manter financeiramente e lucrar durante esse período de crise.

Alguns trechos foram idênticos, embora os protagonistas, diferentes.

‘A chamada do Câmera Record informando o tema que seria abordado na semana foi colocada no ar dois dias antes da ação da concorrente. Portanto, se alguém poderia ter usado informação alheia, não foi a Record’, defende-se a Record.

Erlanger responde: ‘Há inúmeros exemplos de chamadas que tivemos de atrasar em dois ou três dias para que essa outra emissora não copiasse a gente. Eles sempre tentam pegar algo nosso para tentar mostrar que saíram antes, que se anteciparam. Mas sabemos que não é nada isso.’

Há quase um ano, a Globo demitiu um funcionário dizendo ter descoberto que ele passou informações sigilosas sobre o canal para uma pessoa que trabalha na concorrente. ‘Como o uso de segredos comerciais e estratégicos pode causar grandes prejuízos a qualquer empresa, a TV Globo informou à TV Record de que tomou conhecimento do fato, que pode configurar inclusive um ilícito criminal, e de que está estudando as medidas legais cabíveis’, disse a Globo na época, através de comunicado.

A Record respondeu então que não poderia ser responsabilizada por uma ‘suposta’ atitude de um funcionário de outra empresa e que a atitude da TV Globo foi precipitada e passava ‘um ‘recibo oficial’ sobre a sua preocupação com o crescimento da RECORD’.’

 

DESINFORMADO
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Lula ‘não sabia’ da revogação da Lei de Imprensa

‘O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, demonstrou desconhecimento sobre a revogação da Lei de Imprensa. Em entrevista concedida no dia 01/05, no Rio de Janeiro, ele afirmou não saber sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal no dia anterior. ‘Mas eu nem sabia que foi revogada. Não, eu não sabia não’, disse.

O fato foi destaque em todos os jornais do dia da entrevista. Recentemente, o presidente afirmou não ter o hábito de ler jornais e revistas porque ‘tem problema de azia’.

Apesar de desconhecer a decisão do Supremo, afirmou que, em sua opinião, a revogação da Lei de Imprensa não cria um vácuo legal. Também reafirmou a importância do jornalismo para a democracia no País.

‘Eu acho que não existe vácuo, acho que não existe. O que nós temos que garantir no Brasil, sabe o que é? É a manutenção da total liberdade de imprensa. A gente pode gostar, não gostar, pode achar ruim, não achar ruim, mas a liberdade de imprensa é o que garante a consolidação do processo democrático deste país’, afirmou.

O presidente também comentou a atuação da imprensa na cobertura dos escândalos no Congresso. Para Lula, o Brasil possui ‘outros problemas sérios para resolver’ além do controle dos gastos dos deputados e senadores.

‘O que eu acho é que muitas vezes vocês vendem como novidade uma coisa que é mais velha do que a descoberta do Brasil. Analise a história da Câmara desde quando ela estava aqui no Rio de Janeiro e veja o que acontecia na Câmara, no Senado, é o mesmo que acontece hoje. Ou seja, na medida que não era proibido, as pessoas utilizavam’, afirmou.’

 

CRISE
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O Dia continua cortes e demite 19 nas redações dos diários

‘Depois de demitir em diversas áreas como o RH, cortar quatro repórteres nas redações da Agência O Dia e um na do O Dia Online há quase duas semanas, a direção da empresa demitiu também na redação do jornal nesta segunda-feira. Quinze pessoas deixaram O Dia e quatro, o Meia Hora. A justificativa é o corte de custos e a queda no faturamento – eles não informam de quanto foi essa queda.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro prepara uma nota para protestar contra as demissões. ‘O jornal diminuiu o espaço, o tamanho e aumentou o preço. Qual é o consumidor que vai comprar um jornal menor por um preço maior?’, questiona Suzana Blass, presidente da entidade e funcionária da empresa.

‘Essa foi a pior demissão do mercado do Rio até agora. O Jornal do Commercio cortou os editores, que tinham os mais altos salários. O Globo fez um programa de demissão. Quem saiu teve plano de saúde estendido etc. No Dia foi pior’, continuou.

Não se sabe se os cortes vão continuar. A direção do jornal não falou sobre as demissões.

 

CONTEÚDO NA REDE
Bruno Rodrigues

Para o ‘novo jornalista’ (parte 2)

‘Assim que o Comunique-se publicou meu texto sobre a nova visão que o jornalista precisa ter da informação – nestes tempos em que o impresso parece estar agonizando -, comecei a receber e-mails de profissionais assustados com o que vem por aí.

Sinceramente, não vejo motivo para medo. Repito que o perfil do profissional de Comunicação é historicamente um dos que mais se altera com o tempo, e aquele que mais se adapta às mudanças. Há talento de sobra no jornalista para que se decida jogar a toalha – até porque não é o Jornalismo que está em perigo, mas o noticioso em papel, vale sempre lembrar.

Por isso, respondo a seguir duas questões que parecem ter ficado no ar na coluna da semana passada, e que podem gerar ruído se não forem bem esclarecidas:

. Meu filho quer ser jornalista. É para demovê-lo da ideia?

De jeito algum. O Jornalismo sobreviveu e sobreviverá ao fim do impresso; basta olhar para a última década e notar com que excelência os bons jornalistas migraram para a web, e como muitos deles já são profissionais de ponta na mídia digital. A transição – o mais difícil – já foi feita, o caminho aberto e só resta trilhá-lo. Se a web acabar (ué, sabe-se lá?), o Jornalismo sobreviverá, tenha certeza. A atividade de apuração do fato jornalístico é eterna; em que mídia ele será trabalhado é apenas consequência.

. O curso de Jornalismo acabou?

Chega a ser maldade fazer esta pergunta exatamente no momento em que o currículo do curso de Jornalismo está sendo revisto. Temos profissionais competentíssimos na equipe responsável pelo trabalho, e todos estão mais que conscientes do que está acontecendo no mercado. O que devemos esperar? Uma grade básica de disciplinas que poucos países no mundo serão capazes de superar – acredite e verá.

. Este papo de informação não é só texto já faz parte da atividade jornalística há décadas. O que mudou?

Nada – esse é o problema. Se os jornalistas tivessem trabalhado em todas as mídias com a informação em todo o seu potencial, ou seja, com o que é visual/gráfico no mesmo nível do que é textual, é provável o impresso já tivesse sido superado por mídias que surgiram depois. Todos poderiam conviver? Claro que sim – mas a verdade é que a televisão, por exemplo, só acordou para todo o potencial de recursos de informação por conta da explosão da interatividade da web, o que é lamentável. Em suma, o conceito de que informação vai além de texto, e todos os seus elementos se complementam, nunca saíram da teoria até a convergência de mídias, via banda larga, que aconteceu, de fato, há sete anos.

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Mais uma vez: dito isso, respire fundo e vá em frente. As promessas são boas, acredite! 🙂

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A próxima edição de meu curso ‘Webwriting & Arquitetura da Informação’ começa em junho, no Rio. Para quem deseja ficar por dentro dos segredos da redação online e da distribuição da informação na mídia digital, é uma boa dica! As inscrições podem ser feitas pelo e-mail extensao@facha.edu.br e outras informações podem ser obtidas pelo telefone 21 21023200 (ramal 4).

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Gostaria de me seguir no Twitter? Espero você em twitter.com/brunorodrigues.

(*) É autor do primeiro livro em português e terceiro no mundo sobre conteúdo online, ‘Webwriting – Pensando o texto para mídia digital’, e de sua continuação, ‘Webwriting – Redação e Informação para a web’. Ministra treinamentos em Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e no exterior. Em sete anos, seus cursos formaram 1.300 alunos. É Consultor de Informação para a Mídia Digital do website Petrobras, um dos maiores da internet brasileira, e é citado no verbete ‘Webwriting’ do ‘Dicionário de Comunicação’, há três décadas uma das principais referências na área de Comunicação Social no Brasil.’

 

JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

Por que Janistraquis prefere D. Pedro II a Lula

‘O caminhar vira pressa

O gesto fica agressivo

A voz ganha tom de tragédia

(Léo Bueno in Você vai)

Por que Janistraquis prefere D. Pedro II a Lula

A mais fantástica notícia da História do Brasil é, pelo menos na opinião de meu assistente, a que revela que nos tempos do Império os senadores trabalhavam até aos domingos!!! Está escrito no excelente livro Machado de Assis – Exercício de Admiração, de Ayrton Marcondes (A Girafa Editora):

‘No dia 13 de maio de 1888, um domingo, é aprovado em terceira discussão no Senado o projeto abolicionista. Em seguida, membros do Senado levam o projeto ao Paço da Cidade onde a Princesa Isabel o sanciona em nome de Sua Majestade, o Imperador, que está em viagem ao exterior. São três horas da tarde e está extinta a escravidão no Brasil.’

Janistraquis também enxerga outra vantagem do Império sobre nossa República, alquebrada desde que nasceu:

‘Considerado, quando Pedro II viajava, era substituído por uma princesa; neste arremedo de regime republicano em que vivemos, Lula sai pra passear e quem ocupa o lugar dele é o Zé Alencar…’

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Cova dos leões

O considerado Sérgio Matsuura, repórter deste C-se, estranhou notícia do G1, que abriu a seguinte manchete:

Polícia Federal indicia Celso Pitta, Naji Nahas e outros 22 por crimes financeiros.

Acusados foram investigados em inquérito decorrente da Satiagraha.

Relatório final da investigação deve ser entregue nesta semana, diz PF.

Matsuura sentiu falta do banqueiro Daniel Dantas; afinal, seria o chefão de tudo e ficou fora do título, embolado entre os ‘outros 22’.

Janistraquis examinou e concluiu:

‘É esquisito mesmo, considerado; embora tenha uma foto do indigitado logo abaixo, o nome dele não poderia ter sido omitido no titulão.’

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Idéias perigosas

O considerado Ivanir Yazbeck, velho amigo e companheiro de jornal nos anos 60, despacha esta maldade lá de seus domínios em Juiz de Fora:

Entre os alertas do Ministério da Saúde contra a Gripe Suína, acrescente mais este à lista: evitar contato com as idéias de Miriam Leitão.

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Café pequeno

Do senador Pedro Simon:

‘Sou obrigado a reconhecer que, com toda a corrupção que teve de um tempo para cá, o que encontramos no governo Collor deveríamos ter enviado para o juizado de pequenas causas’.

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Sair às ruas

Janistraquis está convencido de que nenhum ministro do Supremo precisa ‘sair às ruas’, como recomenda o excelentíssimo Joaquim Barbosa:

‘De um membro do STF exige-se apenas que tenha notório saber e ilibada reputação, só isso e mais nada.’

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Mais uma cota!!!

A professora Evanir Duarte, do Rio, e o empresário Guilherme Moreira Dias, de São Paulo, foram os primeiros de 14 leitores que enviaram mensagens para registrar protesto contra a aprovação na Câmara de projeto que garante aos deficientes 10% das vagas nos ensinos médio e superior.

O projeto nem mesmo esclarece que deficientes são esses e a omissão realmente assusta. Janistraquis, que desde já se oferece para assinar todas as listas de repulsa, manifestou justa indignação:

‘Era só o que faltava, considerado; era só mesmo o que faltava. Você já imaginou um cardume de deficientes mentais com curso superior por força dessa lei hipócrita, cínica e inconveniente?’

Achei a indignação exagerada; afinal, já existem bateladas de debilóides a tomar decisões em todos os níveis dos serviços públicos e particulares. Alguns milhares a mais não devem fazer diferença.

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Suspeita policial

O considerado Camilo Viana, diretor de nossa sucursal em Belo Horizonte, prédio vizinho ao Palácio da Liberdade onde Aécio deita e rola, principalmente rola, pois Camilo escutava o rádio…

Agora vou contar o que ouvi ontem na CBN. Continuo me batendo para que acabem com as escolas de jornalismo. Por certo as bobagens diminuirão. Não concebo que divulguem uma notícia assim:

LOCUTOR: Será enterrado hoje na cidade… o corpo do professor… encontrado morto no seu apartamento, ao lado do filho de quatro anos, também morto com um tiro na nuca. Como não havia marcas de arrombamento a polícia SUSPEITA ter o professor atirado no filho e em seguida se suicidado.

Quando há suspeição inexiste certeza. Portanto, é permitido que haja outra hipótese. Como só havia duas pessoas no apto. pode-se deduzir que a outra possibilidade é de o filho de quatro anos ter atirado no pai e em seguida se suicidado.

Coisas da CBN.

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Léo Bueno

Leia no Blogstraquis a íntegra de Você vai, cujo excerto encima esta coluna. É um dos instantes iluminados da poesia deste que confessa: ‘Há tempos não trabalho com versos e estou até me sentindo mal com isso’. Pois volte à poesia, considerado Léo; os leitores esperam seu primeiro livro.

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Preconceito racial

O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal em Brasília, de cujo varandão debruçado sobre a burrice nacional enxerga-se o vistoso gramado do Congresso, pois Roldão nos enviou o seguinte depoimento:

Leio no jornal que o deputado Cláudio Cajado (DEM-BA) disse que havia ‘uma nuvem negra’ com relação ao custo da construção da refinaria Abreu e Lima. O deputado Gilmar Machado (PT-MG), afro-descendente, ironizou dizendo que o deputado Cajado não teria tido intenção de usar uma expressão racista, com o quê o deputado Cajado teria ficado sem jeito.

De uns tempos para cá convencionou-se que o termo ‘negro’ significa preconceito racial e, portanto, seu emprego deve ser banido. Uma pessoa negra virou ‘afro-descendente’, expressão ridícula. O significativo é o contexto no qual a palavra é usada. ‘Seu negro!’ é um xingamento. ‘Minha nêga’ é uma expressão carinhosa, usada até para uma companheira branca.

Por isso, não se pode condenar a expressão figurada ‘nuvens negras’ como sinal de ameaça iminente, pois isso é um fato. Quando as nuvens escurecem é sinal de chuva próxima. Quanto mais negras as nuvens mais a ameaça de chuva se aproxima. Aqui o emprego de ‘negro’ não demonstra preconceito, mas uma realidade. Do mesmo modo, não há preconceito de cor quando se diz que as coisas estão pretas. A escuridão impede a visão. Se as coisas estão pretas, não posso prever o que vai acontecer. Simples, não é?

Janistraquis tem certeza, ó Roldão, de que o deputado Gilmar Machado é digno preposto da ornejante récua que assola a nação.

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Cometer suicídio

Sugestão do considerado José Roberto Whitaker Penteado:

A ABI e a ABL deveriam unir-se para instituir – como premio de estilo e espirito patriotico – um trofeu para o primeiro jornalista de qualquer veiculo de imprensa, em todo o pais, que for capaz de escrever, corretamente, em qualquer artigo ou reportagem, o verbo suicidar-se na sua forma pronominal, em vez de utilizar o anglicismo cometer suicidio.

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Coisa horrorosa!

Deu na coluna do considerado Clovis Rossi:

(…) O líder do PTB, Jovair Arantes, aquele mesmo que confunde as ‘coisas’ públicas com as suas ‘coisas’, agora pergunta, ante a ameaça de cancelamento das passagens para parentes de deputados: ‘Não posso mais trazer minha filha para dormir comigo?’.

Janistraquis, a quem nada mais horroriza ou choca, pediu licença para ficar apenas perplexo:

‘Pôxa, considerado, isso é frase que se pronuncie?!?!?! Logo a filha, a própria filha…’

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Frase da semana

A considerada Maria Eugênia Correa Lima, do Rio de Janeiro, envia frase que circula pela internet com celeridade apropriada aos amantes noturnos:

‘Agora você pode transar com outras pessoas e manter seu casamento. Isso não é mais traição. É portabilidade.’

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De capangas

Janistraquis acha que uma boa pauta para repórteres investigativos como Roberto Cabrini e César Tralli é descobrir quem são os tais capangas de Gilmar Mendes homiziados em Mato Grosso e denunciados por seu implacável desafeto Joaquim Barbosa:

‘Considerado, só mesmo no Brasil; um ministro da Suprema Corte faz acusação tão grave e ninguém dá a mínima!!! Nem mesmo o Gilmar, presidente da instituição, acusou o golpe. Num país civilizado, certamente os dois estariam presos até que a verdade descesse das nuvens.’

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Concurso literário

A Guemanisse Editora anuncia o 1º Concurso de crônicas e de textos humorísticos / 2009. Janistraquis ficou animadíssimo e até pediu licença do trabalho para mergulhar na literatura.

Os considerados leitores da coluna, cujas gavetas estão repletas de originais, devem entrar em contato com a editora nos seguintes endereços:

http://www.guemanisse.org e editora@guemanisse.com.br.

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Caminhos da fé

Deu no Erramos da Folha:

OPINIÃO (21.ABR, PÁG. A3) Diferentemente do publicado nesta seção, a sede da CNBB fica em Brasília, e não em Indaiatuba (SP).

Janistraquis, que há séculos trocou a religião pela filosofia e descarregou a matalotagem na escola do cinismo, comentou:

‘Bobagem, considerado, bobagem; afinal, todos os caminhos, partam de Indaiatuba, Brasília ou Desemboque, levam aos generosos braços de deus…’

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Nota dez

O considerado Augusto Nunes, com aquele talento todo em novo endereço (Veja.com), assim recordou a inesquecível visita de Jânio Quadros a Taquaritinga, em agosto de 1958:

(…) Comeu bastante, falou sem parar e, sobretudo, bebeu com formidável competência. Os parentes mais velhos testemunharam nas fila do gargarejo a apresentação do artista. Ali não havia vaga para um menino de oito anos. Misturado à platéia, equilibrei-me na ponta dos pés para acompanhar a performance tão estreitamente quanto possível. Era a primeira vez que via Jânio ao vivo. Achei-o meio doidão. Guardei em segredo minha opinião. Naqueles tempos, como os bichos, moleques não falavam. Principalmente quando gente grande conversava por perto.

Leia aqui a íntegra de A noite em que Jânio Quadros apareceu na casa do meu pai, texto do jornalista num de seus melhores momentos como notável escritor.

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Errei, sim!

JORNAL DOS SPORTS – O leitor Guilherme Salgado Rocha, de São Paulo, enviou preciosidade do Jornal dos Sports. Trata-se de uma legenda que Janistraquis considerou altamente informativa: ‘O apoiador Donizete sai do carro ao chegar às Laranjeiras’. Aos considerados que não acompanham futebol, esclareço: apoiador é aquele moço que joga no meio-campo, ‘carregando o piano’, como se diz; e Laranjeiras é o estadiozinho do Fluminense.

Meu assistente só detectou uma falha na brilhante legenda: ‘Considerado, faltou dizer a marca e ano do carro do Donizete; e se está ou não à venda …’ (setembro de 1990)

Colaborem com a coluna, que é atualizada às quintas-feiras: Caixa Postal 067 – CEP 12530-970, Cunha (SP), ou japi.coluna@gmail.com.

(*) Paraibano, 66 anos de idade e 46 de profissão, é jornalista, escritor e torcedor do Vasco. Trabalhou, entre outros, no Correio de Minas, Última Hora, Jornal do Brasil, Pais&Filhos, Jornal da Tarde, Istoé, Veja, Placar, Elle. E foi editor-chefe do Fantástico. Criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Também escreveu nove livros (dos quais três romances) e o mais recente é a seleção de crônicas intitulada ‘Carta a Uma Paixão Definitiva’.’

 

JORNALISTAS & CIA
Eduardo Ribeiro

Um novo jornal em São Paulo e uma nova revista em Brasília

‘Dois importantes lançamentos estão programados para os próximos dias, um deles em São Paulo, pelas mãos do Diário de S.Paulo (leia-se Organizações Globo), e outro por iniciativa de profissionais da Capital Federal. Se lembrarmos que na última semana chegou às ruas de São Paulo o Jornal Placar, da Editora Abril, que agora veio para ficar, e não mais como um produto sazonal, não se pode dizer que estejamos num mau momento de mercado, em que pese algumas pesadas demissões efetivadas, inclusive no próprio Diário de S.Paulo, que agora chega com essa novidade. Vamos a elas.

O Diário de S. Paulo vai lançar no próximo dia 17/05 um novo jornal semanal voltado para empregos, no formato tablóide, chamado Emprego Já, mesmo nome, aliás, de uma seção do próprio Diário. Será um produto com vida própria, preço de capa e venda desvinculados do Diário e cuja tiragem será definida nos próximos dias. Vai custar 50 centavos (os concorrentes custam entre 75 centavos e 1 real), será full color e terá uma proporção contemplando 25% editorial e 75% comercial.

Rubia Evangelinellis, que até então vinha cuidando do caderno de Empregos do Diário, é quem estará à frente do novo jornal. No caderno de Empregos, que continuará existindo, porém agora vinculado à Economia, Rubia será substituída por Willian Novaes, vindo da editoria de São Paulo. A coordenação geral do novo jornal será da editora de Economia do Diário, Larissa Feria, com acompanhamento direto do editor-chefe Luiz André Alzer.

O Emprego Já chegará às bancas sempre no domingo e ficará até o sábado seguinte. Sua distribuição aproveitará a mesma malha de distribuição do Diário, permitindo que circule em regiões do Estado em que a concorrência não chega. A campanha de lançamento começará em 10/5, inclusive com filme na tevê. E é certo também que haverá, nos primeiros meses após o lançamento, uma forte ação de degustação junto aos leitores.

Na esteira desse lançamento, outra mudança importante está se consolidando no Diário de S.Paulo: a montagem de um grande núcleo, na Economia, que ficará sob a gestão de Larissa, e do qual farão parte tanto o novo jornal quanto os suplementos (cadernos Talento, Emprego e Imóveis).

Caderno Brasil, em Brasília

Em Brasília, como apurou a editora regional deste Jornalistas&Cia, Kátia Morais, também está sendo gestado um novo e importante lançamento editorial, que deve ser lançado em julho. Trata-se do Caderno Brasil, iniciativa de Otto Sarkis, editor Regional do Caderno Brasília, suplemento do Hoje em Dia, em parceria com Américo Antunes, ex-presidente da Fenaj. A concepção editorial é de Ricardo Amaral.

A publicação terá uma tiragem de 600 mil exemplares e circulará como encarte de dez jornais brasileiros, entre eles A Tarde (BA), Jornal do Commercio (PE), Jornal do Brasil (RJ), Gazeta Mercantil (SP) e Hoje em Dia (MG).

Na Capital Federal, a revista será encartada no Caderno Brasília. Segundo Sarkis, o projeto foi criado com o objetivo de fazer uma forte cobertura na área Política e Econômica, diferenciando-se e concorrendo, em conteúdo, com as demais revistas que, diz ele, ‘andam trazendo notícias pasteurizadas pelas agências de notícias’. Ainda está sendo definida a equipe que trabalhará na nova publicação.

(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia ‘Fontes de Informação’ e o livro ‘Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia’. Integra o Conselho Fiscal da Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.’

 

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