Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Deonísio da Silva

‘O sinal arroba designando endereço eletrônico completou 33 anos. Quem inventou o sistema de troca de mensagens por computadores precisava separar destinatário e provedor. Era necessário um sinal gráfico, disponível em todos os teclados, que não fizesse parte dos nomes das pessoas e dos provedores. Por que escolheu o sinal de arroba? Outras opções, como o asterisco e o cifrão, talvez pudessem ser aproveitadas, mas Ray Tomlison, americano, preferiu o simples.

Corria o ano de 1971. Se fosse alemão, talvez fiel ao ditado famoso ‘por que o simples, se o complicado também serve?’, que parece lema da burocracia brasileira, sua escolha tivesse sido outra. Por exemplo: seriam exigidos requisitos para enviar, como reconhecer firma, autenticar cópias, providenciar três vias, molhar o carimbo, enxugar as mãos numa toalha etc.

Os inventores não têm o reconhecimento que merecem. O brasileiro Alberto Santos Dumont inventou o avião, o meio de transporte mais rápido que existe e ainda não superado, se o que você quer é viajar aqui na Terra e não no espaço sideral. Quantos se lembram dele quando embarcam? Talvez fosse de bom tom inserir seu nome como homenagem para amenizar o tom enfadonho dos avisos habituais que as aeromoças são obrigadas a declinar quando o avião está prestes a decolar.

Os inventores do liquidificador, das máquinas de lavar roupas e louças, do aspirador e de outros eletrodomésticos também contribuíram para a libertação feminina. Precisamos prestar atenção a detalhes como esses. Escritoras feministas já nos advertiram do machismo nos dicionários. Sugiro ao leitor, para encurtar este exemplo, que compulse os dicionários e compare os verbetes ‘homem’ e ‘mulher’. Os aumentativos e diminutivos já dão uma idéia da ideologia subjacente. Entre homenzarrão e homão, e mulherão e mulheraça, há mais significados embutidos do que supõe nossa vã filosofia.

O conhecimento de tais usos da língua raramente aparece nas gramáticas ou é ensinado nas escolas, ainda que indispensáveis. Aliás, você nunca se irritou com as instruções escritas de outro meio de transporte, o elevador? ‘Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo está no andar.’ E antes de sair? Não será necessário aviso semelhante? ‘Antes de descer no andar, verifique se o mesmo está aí.’

Voltemos ao computador, um dos mais recentes eletrodomésticos, que hoje convive com a televisão, o rádio e o som, este último já reduzido de aparelho de som, tendo substituído antes o fonógrafo, a vitrola, a eletrola. O e-mail (abreviação de ‘electronic mail’, correio eletrônico) há tempos substitui a carta tradicional.

O sinal de arroba, antes designando apenas medida de peso equivalente a mais ou menos 15kg, veio do árabe ‘ar-rub’, mas consolidou-se com o significado de indicação de endereço porque o inglês já o usava como sinônimo de ‘at’ (em), por meio da abreviatura que designou originalmente a medida correspondente.

O novo significado do símbolo luminoso remete-nos, paradoxalmente, à Idade das Trevas, como tem sido concebida erroneamente a Idade Média. Foram copistas medievais que inventaram o sinal de arroba como sinônimo do latim ‘ad’, que indica em, para. O inglês grafou ‘at’ em vez de ‘ad’. Foram eles também que inventaram o asterisco (*), o ‘e’ com o sinal de sociedade (&), o cifrão ($), o pingo no ‘i’ e a separação das palavras na frase, além do ponto, da vírgula e de outros sinais indispensáveis à compreensão do texto. Afinal, a frase latina ‘in diebus illis’ (naqueles dias) transformou-se em sinônimo de dificuldade, aportuguesada para busílis, porque o copista tinha separado erroneamente as palavras. O inventor da arroba separou corretamente.’



Cláudio Lessa

‘O Novo Português’, copyright Direto da Redação (http://www.diretodaredacao.com/), 21/11/04

‘Há quem diga que todas as línguas vivas são dinâmicas. Não há nada de pretensamente erótico nesta afirmação. Estou me referindo aos idiomas, como o Português brasileiro – que passa por uma reformulação sem precedentes, além de incessante. Parece mesmo que, embalado pela sucessão de reformas monetárias que resultou em monstrengos como Cruzeiro Novo e Cruzado Novo, o povo tenha sentido a necessidade de criar o Novo Português, à revelia dos avós do Brasil, lá na ABL, ou das salas de aula que o povo – ah!, o povo! – teima em não freqüentar.

Acompanhar toda a dinâmica do Novo Português é uma ginástica bastante complicada, quase uma gincana. Para começar, chegou-se ao entendimento tácito – afinal de contas, para que ler livros ou consultar uma gramática, de vez em quando? – de que sinais gráficos como as vírgulas, pontos finais de frase, reticências, pontos de exclamação e interrogação, por exemplo, são digitados apenas depois de um espaço entre os sinais e a última palavra da frase. Assim . Desse jeito, mesmo . Alguns coleguinhas de profissão, jornalistas de tevê como eu, perguntariam … por que não ? À parte o fato de serem, por dever de ofício, mais íntimos com o idioma do que a maior parte dos mortais – e, por isso mesmo, com o dever sacrossanto de mostrar à plebe ignara o que é certo e o que é errado, eles não se preocupam nem com os efeitos deletérios do modismo sobre o teleprompter – aparelho usado pelos âncoras para ler as notícias durante um telejornal. Um ponto não grudado na palavra final da frase pode jogá-lo sozinho para a linha seguinte, fazer com que o apresentador ache que a frase não acabou e, por conseguinte, acabe jogado para o alto diante dos telespectadores, que o chamarão de analfabeto.

Mais palpitantes ainda são as alterações do idioma que pretendem incorporar palavras estrangeiras ao nosso vocabulário do dia-a-dia. Não é mistério que isso ocorre desde que o mundo é mundo – a paixão nacional, o futebol, é um exemplo. Agora, no entanto, ‘todos e todas’ resolveram falar como se fossem íntimos do idioma que pretendem absorver. Ao falar assim, talvez sejam, como disparou um petista coroado outro dia, ‘membros e membras’ de um seleto grupo de pessoas, acima do bem e do mal gramatical, na doce ilusão de estarem falando idiomas estrangeiros que não existem e, assim – quem sabe? – estariam se colocando numa posição superior ao ‘resto’. Nessa linha, entram ‘todos e todas’ que, de ‘bottom’ na camisa, tiram cópias na ‘xérocs’ da repartição, atendem o telefone e perguntam ‘quem gostaria?’, passeiam de ‘môntem báique’ numa pista do ‘cáuntri clube’, fazem a ‘dieta de sete dias do Seven Day Diet’, além de possuírem ‘mini-sístennn’ e ‘rôme-tíete’. Neste último, é possível conferir os mais recentes sucessos do cinema depois de pedir uma comida deliver – o ‘y’ que existe no original é obstinadamente excluído nesta e em outras pronúncias -, ou de ver os detalhes de um bom ‘CD-Rum’ – que, segundo descobri, não possui necessariamente teor alcoólico. Aliás, por falar em show e, por associação, em bares, a língua francesa também não é perdoada. A consumação artística (couvert) é diariamente golpeada nas emissoras de rádio como sendo ‘couvérte’, com todas as letras, em vez da pronúncia ‘cuvér’. Um novo modelo de carro, o Présence, é assim mesmo, em vez de ‘prresance’, com o ‘r’ ligeiramente arrastado. Até a revenda brasiliense, Premier, uma palavra antiga com pronúncia e grafia já aportuguesadas – ‘premiê’, agora rima no rádio com a musiquinha que fala do carro que ‘todo mundo quer’…

O mais divertido nisso tudo – não fosse esta uma trágica realidade ‘Dancin’ Days’, iniciada talvez quando a Vênus Platinada resolveu decretar, para o Brasil inteiro, a mudança de nome do Manda-Chuva para ‘Top Cat’ – é que os ‘membros e membras’ desta nova casta torcem a boca para falar o Novo Português como se o queixo, às vezes até a ponta do nariz, além de todo o restante do maxilar, estivessem na iminência de despencar do rosto (ou da cara, para usar uma expressão mais adequada) e não aceitam sugestões no sentido de melhorar o nível.

Está cada vez mais claro o agravamento deste ‘great divide’ que surgiu depois que o Brasil abandonou seus esforços de educar o povo com seriedade. É agora uma terra de ‘haves’ e ‘have-nots’ num sentido muito mais amplo do que se pôde, um dia, imaginar.’



JORNAL DA IMPRENÇA
Moacir Japiassu

‘Obrigado, bandidos!’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 25/11/04

‘O considerado Camilo Viana, diretor da sucursal desta coluna em Belo Horizonte, confessa que lhe faleceram palavras quando leu na coluna de Augusto Nunes, no Jornal do Brasil, as também palavras de Ângelo Vivacqua, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, ao tratar da violência contra turistas no Rio de Janeiro:

‘Dos estrangeiros vítimas de assalto, metade diz que vai voltar. Muitos ficam curiosos por visitar um país que tem assaltos, acham emocionante passar por isso. É como um turismo de aventura. Quem vem da Suécia, da Dinamarca ou da Noruega compara essa experiência a saltar de pára-quedas do alto de algum penhasco. Eles esperam encontrar tigres e cobras nas ruas. Não temos isso. Mas aqui tem assalto.’

Ao ler este trecho digno de um monólogo de Ionesco, Janistraquis perdeu a fala, ó Camilo, porém recuperou-se, depois de engolir um coquetel de Viagra e anabolizantes veterinários, e conseguiu balbuciar:

‘Considerado, é por dizer coisas assim que o Vivacqua é vice…’

Para crianças

Depois de espreitar, com olhos vidrados de perplexidade, o Roda Viva da última segunda-feira, cujo tema foi, talvez, Segurança e Distribuição de Renda nas Capitanias Hereditárias, passando pelo Jardim Irene e a Favela da Rocinha, Janistraquis enviou mensagem parabenizando o entrevistado e entrou em contato com a Abrinq, na esperança de arranjar patrocínio para criar o Prêmio Luís Mir de Infantes Desamparados.

Será distribuído anualmente no Dia da Criança e os pais do(a) contemplado(a) ganharão o livro deste que vem sendo apresentado pela mídia como ‘historiador’: um tremendo calhamaço de quase mil páginas, intitulado Guerra Civil, Estado e Trauma.

Anais anais

O considerado Sérgio Augusto, que levantou o Botafogo ao lançar seu excelente livro sobre a estrela solitária, leu o nosso Errei, sim! e, em seguida, despachou esta mensagem de sua elegante vivenda às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas:

Para os seus anais: no arquivo de fotos do velho e saudoso Correio da Manhã, encontrei, circa 1962, uma gravura de São Jorge na pasta de… turfe!

Dia desses lembre aos leitores as duas mais hilariantes mancadas da Folha: a definição de ‘perdigoto’ (filhote de perdiz!), no rodapé de uma matéria sobre epidemia de gripe, e o Malcolm 10 que uma redatora lascou no jornal, só porque o manual de redação proibia (e ainda proíbe) o uso de algarismos romanos.

Bem, lá também Jesus já foi enforcado, né?

Como diz Janistraquis, pra se ler alguns jornais só mesmo com paciência de Noé e ele explica:

‘É que paciência, considerado, quem teve mesmo foi Noé e não Jó; você já imaginou passar aquele tempão todo no meio da bicharada?…’

Saudoso Lula

Nosso considerado Robertão Porto abriu O Globo, leu, releu, leu novamente e se convenceu de que realmente escreveram este título:

Celso Furtado é enterrado no Rio, sem Lula.

‘Ora, e nosso querido presidente deveria ter sido enterrado junto com Celso Furtado?!?!?!’, espanta-se Robertão.

Janistraquis diz que não seria má idéia, porém o genial Celso Furtado, nosso ilustre conterrâneo, personagem essencial da História do Brasil, tem direito a merecido repouso. E daqui do meio do mato enviamos condolências à viúva, Rosa Freire d’Aguiar, excelente jornalista dos velhos tempos da Bloch e da revista Istoé.

Bomba atômica

Janistraquis lia a Folha Online quando deparou com o perigo, abaixo do título

AIEA aprova fábrica de enriquecimento de urânio no Rio:

Após uma polêmica internacional sobre as ambições brasileiras no campo nuclear, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovou o funcionamento da fábrica de enriquecimento de urânio de Resende, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.

(…) A agência, por sua vez, fazia questão da inspeção para assegurar as intenções pacíficas do programa brasileiro. Um artigo da revista norte-americana Science chegou a afirmar que a usina de Resende poderia produzir combustível para até seis ogivas nucleares por ano.

Meu secretário, que não entende do assunto mas conhece o estrago que boatos podem causar, desabafou:

‘Considerado, o Brasil é um país tão singular que até o urânio é suspeito de enriquecimento ilícito!’

Gênero?

O considerado Roldão Simas Filho, diretor da sucursal desta coluna em Brasília, de onde se pôde escutar o choro convulso e o ranger de dentes dos expurgados do governo, estava de olho no Jornal do Senado quando tropeçou nesta extravagância que certamente passou despercebida à vigilância intelectual do presidente da casa, escritor José Sarney:

Serys destaca que essa (linguagem inclusiva) é uma das formas de combater a discriminação, além de respeitar as diferenças de gênero.

Roldão, que já perdeu a paciência, etc. e tal, vociferou:

‘Ora, ora, as palavras têm gênero; as pessoas têm SEXO!’

Acontece, mestre Roldão, que a gente conhece muitos por aí que fazem o ‘gênero’ baitola.

Release

Às voltas com os chamados spams, o Mestre de todos nós, Deonísio da Silva, despacha sua ilustrada indignação:

Além de encherem – como direi ? – o recipiente, escrevem como segue, invadindo nossa caixa postal. E, graças à internet, o erro é disseminado em profusão. A programação deve começar no dia de Natal, pois recebi a mensagem hoje, 25 de novembro, e eles dizem ‘no próximo dia 25’. A destinatária deve ser a dúvida, que deve entrar em contato com o trio. E eles enfiam a vírgula em cada lugar!

O, digamos, textículo, é este:

Olá! No próximo dia 25, começa no Guarujá, três grandes congressos de medicina e estética. Para o evento virão especialistas do mundo inteiro para discutir novas técnicas de tratamentos a laser. Estamos enviando um release com mais informações. Qualquer dúvida entre em contato conosco.

Janistraquis pensou em voz alta: ‘Já imaginou o que está escrito no tal release? Não quero nem ver!!!’

Nota dez

A melhor provocação da semana saiu da irrequieta e talentosa pena de Ricardo Setti em sua coluna do site No Mínimo:

Involuntário, mas plágio

Em recente artigo na ‘Folha de S. Paulo’ em que canta as maravilhas do livro, o senador José Sarney (PMDB-AP) afirma que, às previsões de morte do livro diante do progresso dos meios eletrônicos, responde ‘que o livro nunca acabará, porque ele é a maior das descobertas tecnológicas: cai e não quebra, não precisa de energia e, portanto, de ligar ou desligar. Pode ser levado para qualquer lugar, banheiro ou cama, com o que certamente os monitores de televisão não concorrem’.

O ex-presidente pode não saber que cometeu plágio involuntário, mas suas considerações são quase literalmente idênticas às feitas pelo jornalista Elio Gaspari em palestra a alunos do Curso Abril de Jornalismo em Revistas, em fevereiro de 1993, em São Paulo.

Errei, sim!

‘JORNAL DE BAITOLAS – O leitor Damásio Pedroso, de São Paulo, escreve: ‘Sr. Japiassu, é verdade que o Jornal da Tarde é inteiramente feito por homossexuais? O Sr., que é cronista do descarado vespertino, o que tem a dizer?’

Isso é puro folclore, Damásio, e começou após um raro incidente, há alguns anos. Acontece que, para ocupar uma vaga na Editoria de Variedades do jornal, apresentaram-se 32 candidatos. Todos do sexo masculino e, desses, apenas um era homossexual declarado. Pois escolheram o tal rapaz, veado feiíssimo, logo apelidado de Cara de Homem. Na verdade, o JT não é nem nunca foi feito apenas por baitolas.’ (outubro de 1987)’



JORNALISMO CULTURAL
Ana Maria Bahiana

‘Feira de pautas 3: os vôos da imaginação’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 25/11/04

‘Ponto para a Veja desta semana, que pegou com rapidez uma das pautas mais interessantes na arena cinematográfica (além da possível, intensa, politização da estação de prêmios, já discutida aqui): O Expresso Polar, de Robert Zemeckis, e o que ele pode vir a representar para a evolução do cinema como arte, linguagem e indústria.

Há um certo preconceito – que não é exclusivo da mídia brasileira, mas que aqui encontra chão fértil – contra criações da área ‘infantil’ ou ‘infanto-juvenil’, especialmente no cinema. Entretanto é nesse setor, quem sabe liberado da obrigatoriedade de ser sério, passar mensagens ou salvar o mundo, que se deram alguns dos avanços mais notáveis da técnica de execução e narrativa cinematográficas. De Branca de Neve a Guerra nas Estrelas, do longa de animação ao longa de animação digital, passando pelos dinossauros de Jurassic Park e o coquetel pós-moderno do primeiro Matrix, grandes saltos foram dados para acompanhar os vôos de imaginação que o gênero exige.

A matéria de Veja captura um dos aspectos mais intrigantes do Expresso: o conjunto de técnicas empregadas por Zemeckis (que já existem, e são usadas separadamente) possibilita, de fato, um cinema completamente virtual, inteiramente sob o comando absoluto de uma só pessoa, e onde atores podem ou não ser usados (e, se usados, em doses homeopáticas).

Imaginem por um momento o impacto desta possibilidade sobre o que conhecemos como entretenimento audio-visual de grande porte.

A diferença entre Expresso e, por exemplo, um filme como Final Fantasy, que empregava muitas das mesmas técnicas e também tinha atores virtuais, é que a película de Zemeckis vai muito mais além na amplitude e extensão do uso das técnicas, mantem algumas das características dos atores de carne e osso e foi produzido dentro do mais profundo mainstream hollywoodiano.

Uma suíte esperta seria olhar para três títulos que estarão, em breve, em cartaz simultaneamente no Brasil – Capitão Sky e o Mundo de Amanhã (que já está nas telas), Os Incríveis e Expresso Polar – e vê-los bem além do mero foco ‘entretenimento infanto-juvenil de fim de ano’.

O que eles realmente são, o que eles trazem, e os que eles podem vir a ser são temas reais que mereceriam uma boa reflexão.’