Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Elio Gaspari


‘Lula precisa chamar os ministros José Dirceu e Luiz Fernando Furlan para que lhe expliquem a posição do seu governo em relação à competição dos ‘softwares livres’ com os ‘softwares proprietários’. Como diria o companheiro, assunto desgramado de chato. (Quem agüentar mais dois parágrafos chegará a uma tentativa de explicação.)


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio disse o seguinte: ‘Parece estranho que um país que está avançando na produção de software, tendo um universo extraordinário de empresas pequenas e médias atuando, possa discriminar o software proprietário’.


Estranho para quem, cara pálida? O doutor Furlan é ministro de um governo que está brigando com a Microsoft para impor programas abertos, como o Linux, à administração pública e às máquinas do futuro programa PC Conectado, pelo qual os companheiros querem levar computadores à classe média baixa. (Ou pelo menos querem dar a Duda Mendonça a oportunidade de mostrar uma criança rindo diante do monitor durante a campanha do ano que vem.)


O software proprietário mais famoso e lucrativo do mundo é o Windows. Trata-se da caixa-preta que faz funcionar nove em cada dez computadores pessoais. O sujeito compra (ou aluga, no caso de empresas) sabendo que não pode mexer nos códigos do programa. O software livre (que é baixado de graça) ordena-se pelo caos. Cada um mexe no que quer, por sua conta e risco.


A agência Reuters e o Google rodam Linux. Oito em cada dez servidores de mensagens eletrônicas rodam o software livre BIND. Dois terços dos sítios da internet usam o Apache, grátis como chuva. A National Security Agency, certamente o negócio mais secreto do mundo, trabalha com programas abertos.


Falar em ‘software proprietário’ ou ‘software livre’ chega a ser impróprio. Em inglês, esse fenômeno chama-se ‘Open Source’, ou ‘Fonte Aberta’. A enciclopédia eletrônica Wikipedia, com 540 mil verbetes, é uma ‘fonte aberta’. O freguês entra, lê e, se quiser, pode fazer acréscimos ou correções. É a ordem do caos e já superou a ‘Enciclopédia Britânica’ em número de consultas eletrônicas.


O comissário José Dirceu comanda uma operação destinada a colocar sistemas abertos nos computadores e na rede eletrônica da administração federal. Faz o que inúmeros governos fazem, inclusive nos Estados Unidos. Vai além: o Brasil foi o primeiro país do mundo a exigir que o dinheiro da Viúva seja usado só em pesquisas de fontes abertas.


Quando o doutor Furlan fala em ‘discriminar’, mexe com uma outra operação do comissariado, que é uma velha e boa compra de equipamentos à custa da Viúva. No tucanato, falava-se em 450 mil computadores (e tinha petista achando que era maracutaia). Os companheiros falam em financiar 1 milhão de máquinas a pessoas de baixa renda, por R$ 50 mensais. Cada computador só operaria com o sistema Linux e, quem sabe, o OpenOffice. Custam zero. É disso que a Microsoft, Furlan e diversos empresários não estão gostando.


Toda vez que o Planalto faz compras para ajudar os pobres, engorda os ricos. É discutível que o governo deva sair por aí vendendo computadores quando ainda não fez o básico. Há sítios do governo federal onde só se pode baixar uma planilha com o programa Windows.


Se os doutores Furlan e Bill Gates querem ajudar o PC Conectado, podem criar uma fundação, oferecendo computadores baratos que rodem Windows a preço de banana. Há no mercado as máquinas AMD, vendidas na Índia a U$ 185. Eles vão ao governo, pedem os mesmos incentivos fiscais do programa oficial, e a patuléia só tem a ganhar. Em vez de 1 milhão de computadores vão aparecer 2 milhões. O que não pode aparecer é um Cavalo de Tróia da Microsoft financiado com dinheiro da Boa Senhora. Até porque Bill Gates tem mais dinheiro que ela.’



Clarissa Oliveira e Renato Cruz


‘Furlan quer alternativa ao software livre ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 26/04/05


‘O governo está ‘rachado’ no que diz respeito à política tecnológica. Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, defendeu a inclusão do software proprietário, como o sistema operacional Windows, da Microsoft, como uma das alternativas para o Programa PC Conectado, que pretende colocar no mercado 1 milhão de microcomputadores de baixo custo, financiados a juros baixos. ‘Parece estranho um país avançando na produção de software, tendo um universo extraordinário de empresas pequenas e médias, possa discriminar o software proprietário’, disse Furlan, durante a abertura do evento Abinee TEC, em São Paulo. O ministro não citou diretamente o produto da Microsoft. ‘Temos de pensar que a propriedade intelectual é um bem para o Brasil. Nós seremos e já somos um importante produtor de software.’


O PC Conectado era para chegar ao mercado em dezembro, mas não chegou. A previsão, agora, é o próximo mês. Um dos itens indefinidos é o sistema operacional. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), da Casa Civil, e o Serpro defendem a exclusividade do software livre, como o sistema operacional Linux, que não exige pagamento de licenças. Na semana passada, o diretor-presidente do ITI, Sérgio Amadeu da Silveira, informou que está pronta a proposta de decreto para obrigar o uso do software livre na administração pública federal.


A política de software livre, porém, entra em choque com a política industrial, que prevê a exportação de US$ 2 bilhões em software até 2007. Se for levado em conta o modelo de software livre, como exportar US$ 2 bilhões de um produto que pode ser copiado, usado e modificado gratuitamente? ‘A política industrial privilegia a produção de software proprietário’, explicou Furlan. ‘Nós temos de ter ações do governo que sejam coerentes.’ E como o governo está trabalhando os conflitos? ‘No meu ministério, muito objetivamente’, respondeu. A maioria das empresas brasileiras de software trabalha no modelo de software proprietário, com cobrança de licenças de uso.


Furlan admitiu, no entanto, que um programa como o PC Conectado possa privilegiar o software livre. ‘Mas a minha visão é muito prática’, disse o ministro. ‘É como se fizessem um programa de um veículo básico e a lei proibisse alguém de oferecer um opcional.’


A própria decisão da Casa Civil de elaborar uma proposta de decreto para tornar o software livre obrigatório mostra que o governo está dividido. Amadeu, do ITI, admitiu que alguns administradores públicos acabavam deixando de seguir a política informal a favor do software livre. ‘ Os administradores vinham perguntar onde estava escrito que o software livre era uma política pública’, afirmou Amadeu, na semana passada. O Brasil paga cerca de US$ 1 bilhão em royalties de software por ano.’



Gerusa Marques


‘Congresso vai votar projeto do PC barato ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 27/04/05


‘O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem que decidiu enviar ao Congresso, em regime de urgência, um projeto de lei com as regras para o Programa PC Conectado, que pretende tornar disponíveis à população computadores mais baratos, com crédito facilitado e acesso à internet. O anúncio vem um dia depois de o ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan ter defendido a inclusão de softwares proprietários (pagos) no programa, como o sistema operacional Windows, da Microsoft, como alternativa ao software livre, gratuito.


Lula destacou, em discurso em evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que a tramitação desse projeto ‘tem de ser uma coisa de poucos dias’, pois pretende atingir milhões de brasileiros, possibilitando maior acesso à informação. Ele disse que pretende conversar com os presidentes da Câmara e do Senado para que a tramitação seja rápida.


O envio da proposta ao Congresso por projeto de lei também surpreendeu, já que a expectativa do mercado era de que fosse por Medida Provisória ou decreto, que passam a vigorar no momento em que são editados. A previsão inicial do governo era de que o PC Conectado, também conhecido por computador popular, chegasse ao mercado em dezembro de 2004. A previsão foi alterada para o próximo mês, mas com o envio ao Congresso, não foi feita nova estimativa de quando esse computador estará à venda.


Ao comentar o programa, Furlan expôs uma divisão no governo em relação à política tecnológica. Uma ala do governo defende que o PC Conectado contenha apenas programas de software livre. Está em estudos na Casa Civil uma norma que obrigará todo o governo a utilizar apenas esse tipo de programa, mas a proposta ainda enfrenta polêmica entre os técnicos.


No entanto, essa diretriz de privilegiar o software livre vai na contramão do que pretende a política industrial e tecnológica coordenada por Furlan. Ela pretende incentivar empresas brasileiras a desenvolver e exportar softwares proprietários.


A regulamentação do programa deverá ficar pronta em aproximadamente duas semanas, segundo informações da área técnica. Ainda está pendente de discussão o uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar a venda de computadores. Também falta decidir quanto custará o PC Conectado.


Está em estudos a redução da tributação sobre o computador popular, que ficaria isento do PIS e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Essa isenção, segundo estudos técnicos, poderia ser estendido a outros tipos de computador, não só os destinados ao PC Conectado. Com isso, o governo espera reduzir o chamado ‘mercado cinza’, ou seja, os computadores e componentes contrabandeados.’



Folha de S. Paulo


‘Software livre não é tema, diz Microsoft ‘, copyright Folha de S. Paulo, 26/04/05


‘A Microsoft, gigante norte-americana da área de informática, convidou 21 autoridades brasileiras, dos âmbitos federal, estadual e municipal, para participar do 8º Fórum para Líderes Globais, que promove hoje e amanhã em Washington, nos Estados Unidos.


A empresa está no meio de uma batalha de bastidores com o governo brasileiro por conta do uso do chamado software livre, que não requer o pagamento de licença, ao contrário do Windows, seu produto mais conhecido.


Entretanto, o evento, de acordo com a empresa, não tratará em nenhum momento da polêmica sobre o software livre.


Será sobre ‘governança, educação e casos de sucesso de governos que utilizam tecnologia’. Entre os palestrantes do evento está o ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell.


Convidados


A assessoria de imprensa da empresa no Brasil não informou quais são os participantes do evento, alegando não ter autorização deles para isso.


Informou apenas que os brasileiros são integrantes dos poderes Executivo e Legislativo.


Entre os convites que a Folha conseguiu confirmar estão os que foram feitos aos deputados federais petistas José Eduardo Cardozo (SP), Professor Luizinho (SP), Nelson Pellegrino (BA) e Jorge Bittar (RJ).


O pefelista José Carlos Aleluia (BA), o tucano Julio Semeghini (SP) e o petebista Alex Canziani (PR) também foram convidados.


O deputado estadual petista Candido Vacarezza (SP), o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), também devem ir ao fórum.


Segundo a Microsoft, somente alguns dos brasileiros terão suas despesas com passagem aérea e hospedagem pagas.


Depende, de acordo com a empresa, de autorização dos órgãos públicos a que pertencem as autoridades brasileiras. A Microsoft não discriminou quem terá as despesas bancadas e quem terá de pagar do próprio bolso.


Cardozo e Aleluia afirmaram à reportagem da Folha que pagariam suas despesas, enquanto Semeghini, por ser palestrante em um evento sobre pirataria, terá os custos cobertos pela empresa norte-americana.’



MÍDIA & PRECONCEITO


Marcelo Coelho


‘Grandeza e miséria das piadas de argentino ‘, copyright Folha de S. Paulo, 27/04/05


‘Vai ver que estou agindo por interesse próprio, mas não acho certo que alguém vá para a cadeia simplesmente por causa do que escreveu ou disse. Ainda que xingamentos racistas sejam uma forma odiosa de agressão, considero que uma boa multa e algum tipo de sanção pesada no plano da Justiça Desportiva sejam suficientes, caso fique comprovada a culpa do jogador argentino Leandro Desábato.


A notícia já ficou meio antiga: ele foi acusado de insultar o brasileiro Grafite, do modo mais preconceituoso possível, durante um jogo da Taça Libertadores. Mas não vou comentar diretamente o episódio.


Até porque fico um pouco em dúvida. Embora tenha havido exagero no caso, senti uma ponta de orgulho ao pensar que, diante da opinião pública mundial, o Brasil deixou claro que racismo, aqui, é tratado com tolerância zero… Ou que, pelo menos, existem instrumentos legais severos para coibir o preconceito.


Deixo o assunto nesse pé, convencendo-me, com certo alívio, de que, afinal, não preciso decidir nada de uma vez por todas. E o tema deste artigo é outro. Topei com ele numa banca de jornal. Trata-se de uma revista, ou melhor, de um livrinho, de cerca de 80 páginas, produzido pela On Line Editora e dedicado exclusivamente a uma paixão brasileira: as piadas de argentino.


São 478 piadas, segundo a capa, ‘para você morrer de rir’. Aqui vão alguns exemplos.


‘O que dá um cruzamento de um paraibano com um argentino? Resposta: um zelador que acha que é dono do prédio.’


‘O que se deve jogar para um argentino que está se afogando? Resposta: o resto da família.’


‘Por que não há terremotos na Argentina? Resposta: porque nem a terra os engole.’


‘O que significa uma Kombi com um argentino caindo num penhasco? Desperdício: a Kombi poderia estar cheia.’


‘Por que os argentinos não brincam de esconde-esconde? Porque ninguém os procura.’


Não cito as piores de todas nem as mais características. Com exceção da piada sobre o zelador, que leva a efeito uma dupla agressão, os exemplos acima não insistem na tecla da arrogância, do ego inflado que se costuma atribuir aos argentinos.


O que me pareceu curioso nessas piadas -e há muitas outras do mesmo tipo- foi o fato de expressarem um tipo de ódio ou de desprezo bastante indeterminado. Não apontam um defeito específico (real ou suposto) dos argentinos, mas servem apenas para dar vazão a uma inimizade que poderia, se assim quisessem os organizadores do volume, voltar-se contra japoneses, nordestinos, gaúchos, cariocas, ingleses, negros ou… brasileiros em geral.


Muitas das piadas do livro, aliás, parecem adaptações de velhos sucessos contra gaúchos ou campineiros. Houve uma época em que virou moda chamar de gays os nascidos em Campinas ou Pelotas: no livro, os argentinos ficam com essa fama também, numa contradição com o estereótipo mais comum a seu respeito. Outras anedotas os acusam de burrice, o que serve mais para atualizar antiqüíssimas piadas de português do que para extravasar nossas críticas ao país irmão.


Mas esse deslocamento, essa ‘troca de vítimas’, não deixa de ser interessante. Posso imaginar que tenha existido ressentimento contra o colonizador português e que, aos poucos, isso tenha diminuído. É possível que, contra os gays, as piadas tenham um efeito psicológico claro: o de exorcizar os fantasmas que ameaçam a própria identidade sexual do sujeito que se acredita ‘macho 100%’.


Mas o que os argentinos fizeram contra nós, além de ganhar algumas partidas de futebol? E qual o fantasma que, debochando deles, queremos expulsar de nós mesmos?


Seria preciso pesquisar, mas acho que o início das piadas de argentino coincide com nosso turismo de massa rumo a Buenos Aires e Bariloche, a partir dos anos 70. E com a crise do milagre econômico, pouco depois.


Defrontamo-nos com uma dupla experiência. Primeiro, pudemos tomar contato com uma cidade incrivelmente mais ‘civilizada’ e ‘européia’ do que as nossas. O aspecto mais antigo, mais estável e refinado de Buenos Aires -e de seus pedestres de terno e gravata- pode ter substituído, em nosso imaginário, o lugar do ‘povo mais velho’, do ‘passado europeu’, ocupado pelos portugueses.


A animosidade contra esse passado me parece menos importante, contudo, do que um outro sentimento, a saber, o medo da nossa própria arrogância, da nossa própria mania de grandeza. Todos os ideais de ‘país do futuro’, de ‘Brasil grande’ etc., vigentes até a década de 80, foram sendo amargamente contestados pelos fatos. Conhecemos crises e mais crises na economia, muito semelhantes às vividas pela Argentina.


É assim que, rindo das pretensões de superioridade do país vizinho, de alguma forma esquecemos o ridículo das nossas.


Preconceito contra argentinos? O termo tem muitos significados. Mas doses de raiva certamente existem. Algumas das piadas do livrinho que comprei são puro xingamento, coisa impublicável. Outras são até engenhosas ou não necessariamente antipáticas. ‘Segundo recentes estatísticas, de cada dez argentinos, 11 se sentem superiores aos outros.’ ‘Por que os argentinos saem para a rua quando está relampejando? Porque dizem que Deus está tirando fotos deles.’


Talvez, nas piadas de argentinos, estejamos tirando fotos de nós mesmos também. E é possível que Leandro Desábato -sem querer desculpar o caso do jogador- esteja pagando por um racismo que é, acima de tudo, propriedade nossa.’



COMUNICAÇÃO CORPORATIVA


O Estado de S. Paulo


‘Jornalismo empresarial terá congresso ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 27/04/05


‘O 8.º Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas será realizado nos dias 4, 5 e 6 de maio, em São Paulo. O tema do evento é ‘Comunicação e negócios – o lucro com responsabilidade social’. A expectativa é reunir 600 profissionais de todo o País, entre jornalistas, relações-públicas, empresários da comunicação e profissionais ligados às áreas de recursos humanos, propaganda e marketing.


Empresas brasileiras e multinacionais farão apresentações sobre seus investimentos sociais. Alcoa e Monsanto, por exemplo, discutirão em um painel as práticas empresariais cidadãs. Em outra apresentação, executivos do McDonald’s, da Net Serviços, da Kraft Foods e da Novartis Biocências falarão sobre responsabilidade social. Também será abordado o quanto os investimentos sociais influenciam na imagem e da credibilidade das empresas perante o público.


Um dos convidados do congresso é o apresentador Carlos Massa (o Ratinho), do SBT, que vai contar sua trajetória de vida e como utiliza as ferramentas de comunicação em suas empresas. Outro convidado é o publicitário Adilson Xavier, CEO da agência Giovanni, FCB.


As inscrições podem ser feitas pelo site www.megabrasil.com. Outras informações podem ser obtidas por meio dos telefones 11-5573-3627 ou 5573-7573.’



MEMÓRIA / SÉRGIO AYARROIO


O Globo


‘Acidente com ônibus em Minas mata jornalista’, copyright O Globo, 27/04/05


‘O jornalista Sérgio Alberto Ayarroio, de 38 anos, da revista ‘Pequenas Empresas Grandes Negócios’, morreu ontem num acidente com um microônibus na BR-040, no sentido Sete Lagoas-Belo Horizonte. Outras dez pessoas ficaram feridas – nove jornalistas e um motorista.


Os ocupantes do veículo, jornalistas especializados em economia e automobilismo, voltavam do lançamento de um automóvel em uma montadora, em Sete Lagoas. A Fiat Automóveis, responsável pelo evento, informou que chovia bastante na hora do acidente e que o motorista perdeu o controle do veículo.


Ayarroio morreu no local. O corpo será levado para São Paulo. O motorista José Pedro Crispim, de 64 anos, e os jornalistas Ivan de Oliveira, do ‘Jornal de Hoje’, de Nova Iguaçu, e César Brezolin, do jornal de Porto Alegre ‘O Sul’, foram transferidos para o hospital Life Center, em Belo Horizonte, e não correm risco. Os outros sete repórteres, com ferimentos leves, foram atendidos em hospitais da capital mineira. José Augusto Ferraz, da revista ‘Frota e Companhia’, de São Paulo, e Bruno César Agostines Sales, do ‘Jornal do Brasil’, do Rio, estão em observação no Hospital Mater Dei. Eles passam bem, mas devem ficar internados para exames. A Fiat Automóveis informou que já está prestando assistência aos feridos e apoio aos parentes.’