Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Ethevaldo Siqueira

‘Pode, sim, leitor. Mas, antes de dar as razões dessa resposta, vale a pena relembrar o que aconteceu após a divulgação da notícia do primeiro sucesso tecnológico – pelo Estado, com exclusividade, no domingo passado. De lá para cá, houve aplausos e protestos diante dessa primeira vitória de nossos pesquisadores e cientistas no desenvolvimento de um sistema brasileiro de TV digital.

E não se trata da sigla burocrática SBTVD, com a qual é conhecido o projeto nas áreas governamentais. O resultado vai muito além do sentido político do projeto, pois há um trabalho consistente da equipe de cientistas que nele atuam. Por isso, respondemos afirmativamente à pergunta que dá título a esta coluna. Sem nenhum nacionalismo tecnológico, xenofobia ou sectarismo.

Nesse campo, o grande desafio não é recriar ou reinventar a roda, mas associar a tecnologia disponível com a contribuição brasileira para produzir o projeto mais moderno, mais criativo e competitivo. E tudo compatível com o mundo.

Sonho? Não. Como demonstra a experiência internacional, a grande competência de qualquer nação nesse setor está hoje mais no poder de inovação dos projetos do que na criação de tecnologias e de padrões. É da qualidade desses projetos que resultam os maiores avanços em diversos setores industriais. O Brasil tem bons exemplos dessa estratégia. Querem um? A Embraer. Com sua competência comprovada mundialmente, essa empresa associa o que existe de melhor em matéria de turbinas, sistemas eletrônicos, softwares e partes e componentes para criar os aviões de classe mundial, exportados para todo o planeta. É na excelência dos projetos dessas aeronaves que o Brasil se destaca internacionalmente.

Filosofia semelhante está conduzindo, até aqui, o trabalho dos pesquisadores brasileiros, partindo de um sistema de modulação comprovadamente moderno, avançado e robusto, como o de Multiplexação por Divisão de Freqüência Ortogonal (OFDM, do inglês Orthogonal Frequency Division Multiplexing). Ou da incorporação do sistema de compressão digital de vídeo MPEG 4. Ou a criação do middleware brasileiro totalmente compatível com o mundo. Ou da criação da caixa de conversão (ou set top box) eficiente, altamente interativa e de baixo custo, como peça fundamental no processo de inclusão social, via TV digital, com que sonha o Brasil.

APLAUSOS

Pesquisadores, cientistas, engenheiros e profissionais do setor aplaudem a idéia central do sistema brasileiro. Assim, em documento enviado na semana passada ao ministro Hélio Costa, das Comunicações, quatro entidades de prestígio e representatividade nacional – a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), a Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT), e a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações (SET) – afirmam que o programa nacional de desenvolvimento tecnológico da TV digital é estratégico para o desenvolvimento social e econômico do Brasil. E manifestam ‘satisfação pelo sucesso alcançado com os resultados obtidos na primeira fase do desenvolvimento tecnológico do programa’. Finalmente, pedem o apoio do governo para assegurar a continuidade das pesquisas em 2006, em especial por meio dos recursos do Fundo de Tecnologia das Telecomunicações (Funttel), aos institutos e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, determinantes ao longo dos últimos anos para a consecução dos excelentes resultados obtidos.

É claro que ainda há muito a ser feito. Ninguém seria ingênuo a ponto de supor que o Brasil já venceu o desafio tecnológico e industrial. O que surpreende é o resultado desta primeira etapa.

PROTESTOS

Como prevíamos, sempre existirão opositores ao projeto por desinformação, mas também haverá opositores honestos e bem intencionados ao modelo brasileiro. Muitos deles, em função de interesses de suas empresas (que podem ser legítimos) num mercado que deverá gerar negócios anuais de bilhões de dólares.

Paulo Saab, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), protesta porque sua entidade não foi ouvida até aqui. Segundo ele, a notícia de que o governo teria optado pela escolha do padrão brasileiro de TV digital foi recebida com estranheza pelos fabricantes de televisores. ‘Embora a indústria eletroeletrônica seja parte fundamental no processo de implantação da TV digital no Brasil, reclama, não fomos sequer consultados pelo governo a respeito da escolha desse padrão’.

A discussão do sistema brasileiro de TV digital vai ganhar destaque nesta semana, em diversos locais, envolvendo o Congresso, ministérios e entidades representativas da indústria e da radiodifusão. É apenas o começo de um grande debate que deverá ainda se aprofundar ao longo dos próximos meses.

Não é fácil manter o equilíbrio diante de tantos interesses opostos. O que desejamos – e sabemos ser quase utópico – é que a discussão seja objetiva, serena e pragmática, levando em conta, acima de tudo, os interesses da sociedade brasileira e do consumidor. Mas contemplando, também, as novas oportunidades que se abrem para a radiodifusão e para a indústria brasileira.’



Darlene Menconi e Eduardo Hollanda

‘Saída paralela’, copyright IstoÉ, 29/11/05

‘Se depender do presidente Lula, a Copa do Mundo da Alemanha será um marco na história da televisão brasileira. Não apenas pelo brilho das estrelas do futebol. Até junho de 2006, o governo espera demonstrar o novo formato de televisão digital no País. Apesar de existirem três padrões mundiais, o japonês, o americano e o europeu, o Brasil optou por um caminho alternativo e criou seu próprio sistema, batizado de SBTVD.

Além da qualidade de imagem e de áudio próxima à do cinema, o novo formato permite enviar e receber dados pelo televisor, como se fosse um computador. Isso inaugura uma interatividade sem precedentes. Num programa de auditório, por exemplo, o telespectador poderia responder de sua casa às questões de um teste de QI. Bastaria selecionar a alternativa correta apertando um dos botões do controle remoto. A Universidade Federal de Santa Catarina criou até um programa para diagnosticar doenças familiares a partir do controle remoto.

Na tela, também seria possível escrever torpedos, acessar a conta bancária, enviar a declaração de Imposto de Renda e consultar o saldo do FGTS. ‘Não estamos reinventando a roda. O forte do sistema brasileiro é a mobilidade, a flexibilidade e a compatibilidade com os outros sistemas’, diz Marcelo Zuffo, professor do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica de São Paulo.

Zuffo fez a síntese da tecnologia desenvolvida por 22 consórcios, que mobilizaram 550 pesquisadores. O grande mérito do sistema brasileiro é a possibilidade de transmitir quatro programas num único canal de freqüência. Com quatro resoluções diferentes: a baixa, que envia imagens para computadores de mão (PDA) e celulares; a resolução padrão, para televisores analógicos comuns; a melhorada, com qualidade de DVD; e a alta definição, ou HDTV, na sigla em inglês.

O pulo-do-gato do sistema nacional é o terminal de acesso, que funciona como um decodificador de tevê a cabo, é comandado por controle remoto e se parece com o sistema operacional do computador. O sistema dispensa ainda a troca dos aparelhos antigos, o que torna possível aproveitar os quase 80 milhões de televisores espalhados pelo território nacional. O mercado de tevê digital, que inclui equipamentos de captação e de transmissão, está avaliado em US$ 10 bilhões.

Apesar de o transmissor, o terminal conversor e os programas básicos serem brasileiros, o sistema conversa com os demais formatos, o que abre caminho para as emissoras exportarem programas e novelas. O governo brasileiro não pretende repetir com a tevê de alta definição o mesmo erro da tevê em cores. Na ocasião, no auge do regime militar, o País criou um sistema próprio de transmissão, o PAL-M, hoje usado apenas no Brasil e no Laos.

Agora, o governo estimulou a indústria local e os institutos de pesquisa a aperfeiçoar o que outros países já desenvolveram, à custa de bilhões de dólares. O prazo dado aos consórcios de pesquisa para entrega dos relatórios técnicos é 10 de dezembro. Se tudo der certo, o projeto será concluído até o fim do ano, mas a decisão final sobre o padrão adotado pelo País pode levar mais tempo. ‘Não dá para entender a razão de tanta pressa. Muitos setores da sociedade civil não foram ouvidos’, reclama Lucas Shirahata, da consultoria Paradigm. Tudo indica que, entre o Natal de 2006 e o Carnaval de 2007, os brasileiros vão poder encomendar seus programas favoritos para assistir na televisão de alta definição, calcula o engenheiro Marcelo Zuffo.’



Renato Cruz

‘Indústria quer ser ouvida por ministro na TV digital’, copyright O Estado de S. Paulo, 27/11/05

‘Os fabricantes de televisores se sentem excluídos do processo de decisão do sistema de TV digital que será adotado no País. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, acionista de uma rádio em Barbacena (MG) e ex-repórter do programa Fantástico, criou um grupo de trabalho com as emissoras para decidir sobre o assunto, mas até hoje não recebeu uma única vez a indústria. ‘Desde que o ministro assumiu, fizemos três pedidos formais de audiência, que não foram atendidos’, afirmou Paulo Saab, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). ‘Está faltando diálogo. O processo ficou opaco, perdeu a transparência.’

A Eletros faz parte do Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), junto a outros representantes da indústria e da sociedade civil. O grupo fez ontem, na sede da Eletros, sua penúltima reunião. O sentimento de falta de interlocução expressado por Saab é compartilhado pelos demais dos integrantes do comitê. Na visão do grupo, o ministro das Comunicações parece ter instalado uma estrutura paralela de decisão, desrespeitando o Decreto-lei 4.901, de 26 de novembro de 2003, que criou o comitê como instrumento de diálogo entre governo e sociedade para a decisão sobre a TV digital.

Em setembro, durante evento da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações (SET), o secretário Joanilson Ferreira, das Comunicações, informou que o ministério tinha um Plano B para o processo de decisão da TV digital, que passava ao largo do SBTVD, programa de pesquisa criado por decreto presidencial. O Plano B ficaria a cargo de um grupo de trabalho formado por radiodifusores, ministério, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e CPqD.

A última reunião do Comitê Consultivo está marcada para 9 de dezembro. ‘Estamos preocupados, pois têm saído notícias de que o ministério pode tomar uma decisão antes de nosso relatório final’, afirmou Saab. ‘Há um descontentamento generalizado.’ Em seus últimos discursos, o ministro tem elogiado o trabalho dos pesquisadores do SBTVD. Apesar disso, até mesmo os grupos de pesquisa se sentem desprestigiados. ‘Trabalhamos próximos, a indústria também participa das pesquisas.’

Saab destacou que os radiodifusores terão de fazer um investimento concentrado, para a transição, enquanto a indústria precisará investir continuamente. ‘Nosso foco é o consumidor’, afirmou o presidente da Eletros. ‘Queremos o melhor modelo de negócios para o sistema digital.’ A idéia não é defender tecnologias estrangeiras. ‘Temos representantes dos três sistemas (japonês, europeu e americano) na associação’, explicou Saab.

‘Nosso temor é que se tome uma decisão errada que inviabilize os negócios.’ Eles já alertaram o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, sobre o problema.’



Elvira Lobato

‘Escolha da TV digital acirra lobby estrangeiro’, copyright Folha de S. Paulo, 28/11/05

‘A expectativa de que o Brasil defina seu modelo de televisão digital em fevereiro de 2006 reacendeu o lobby estrangeiro para influenciar na escolha da tecnologia. EUA, Europa e Japão pressionam o Brasil, que tem de escolher um entre os três sistemas. O Ministério das Comunicações calcula que a implantação da TV aberta digital exigirá investimentos dos radiodifusores de cerca de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões). Quatro anos atrás, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) projetava que seriam necessários R$ 30 bilhões em investimentos até a completa substituição dos televisores analógicos por digitais no Brasil, em um horizonte de dez a 15 anos. No início do mês, o ministro Hélio Costa, em depoimento no Congresso, manifestou preferência pelo sistema de TV digital japonês, conhecido pela sigla ISDB-T, ao afirmar que os japoneses teriam sido os únicos a oferecer isenção de royalties para a adoção de sua tecnologia no Brasil. Como o governo promete anunciar a escolha em fevereiro, foi o bastante para reacender a guerra comercial entre os fornecedores de tecnologia. Na semana passada, o chefe da Delegação da Comissão Européia no Brasil, embaixador João Pacheco, enviou carta aos presidentes das principais redes de televisão do país prometendo vantagens no caso da escolha do padrão europeu DVB-T (Digital Vídeo Broadcasting Terrestre). A carta acena com financiamento de 5 milhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de transmissão de TV digital no país e com possíveis empréstimos do Banco Europeu para investimentos das emissoras na compra de equipamentos. A correspondência foi enviada aos dirigentes de Globo, SBT, RedeTV!, Bandeirantes, Record, TV Cultura e Gazeta, mas os radiodifusores também já declararam preferência pelo sistema japonês -que consideram mais próximo da realidade nacional-, com aproveitamento de soluções criadas nas universidades brasileiras. O Brasil anunciou o desenvolvimento de um sistema próprio de televisão digital, batizado de SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital), que está em teste em São Paulo desde o dia 15. Ele possui transmissor, caixa de conversão e software básico desenvolvidos por pesquisadores das universidades Federal da Paraíba, USP e Mackenzie, de São Paulo. A novidade forçou os consórcios estrangeiros, que há cinco anos aguardam a definição do governo brasileiro, a readaptar o discurso. A Comunidade Européia acena também com a possibilidade de adotar os aplicativos desenvolvidos no Brasil em escala mundial, o que permitiria ao país receber royalties. Um dia depois da manifestação européia, os norte-americanos fizeram chegar ao ministro Hélio Costa um documento que também acena com a possibilidade de incorporar ao seu sistema os softwares desenvolvidos no Brasil. A carta, assinada por Robert Graves, principal executivo de implantação do Forum ATSC (entidade que difunde a tecnologia norte-americana), diz haver possibilidade de financiamento de até US$ 150 milhões para investimentos em televisão digital no Brasil, incluindo parcerias com empresas e instituições brasileiras para desenvolvimento de software, antenas, decodificadores e outros componentes. A entidade diz que ‘a TV digital está disparando como foguete na América do Norte’ e que desde que o serviço foi lançado, no final de 1998, até hoje, foram vendidos 20 milhões de televisores de alta definição digital, pelas quais os consumidores pagaram US$ 31 bilhões. Diz que, com a tendência de queda nos preços, em breve os televisores de alta definição digital vendidos nos EUA custarão menos do que os televisores analógicos vendidos no Brasil. Hoje uma comissão japonesa -representantes do governo, da associação de radiodifusores e de fabricantes, entre elas Pioneer, Toshiba, Matsushita, Sanyo e Sony- desembarca no Brasil para intensificar o lobby em favor do padrão de TV digital ISDB-T.

Pressa

No dia 10 de dezembro, o grupo gestor formado por técnicos de seis ministérios entregará o relatório sobre o sistema de TV digital desenvolvido no Brasil e compatibilidade com os demais sistemas mundiais. O relatório técnico subsidiará o relatório final do governo, previsto para 10 de fevereiro de 2006, com a decisão final.’



Daniel Castro

‘1ª TV digital do país estréia em fevereiro’, copyright Folha de S. Paulo, 28/11/05

‘A primeira emissora de TV digital do país estréia em fevereiro, no canal 24 da Grande São Paulo. Experimental, transmitirá das 7h às 17h programas em alta definição (HDTV) cedidos por Globo, SBT, Record, Band e Rede TV!, como se fosse um canal que juntasse um pouco de cada uma delas. Será a estação piloto do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital).

O canal digital já está no ar desde setembro, apenas para testes. Em fevereiro, ganhará uma grade e passará a ser sintonizado em 200 pontos de acesso público, como shoppings. Durante a Copa, o governo federal quer que seja sintonizado por 5.000 aparelhos.

Segundo o engenheiro Gunnar Bedicks, da Universidade Mackenzie (uma das líderes das pesquisas do SBTVD), o canal poderá ser sintonizado em residências, tanto em televisores analógicos quanto nos ‘ready to HDTV’. Mas o usuário terá que comprar uma caixa decodificadora (set top box), que deverá custar R$ 300.

A Globo já liberou para a Universidade Mackenzie, que gerenciará o canal, o direito de transmitir em HDTV o Carnaval e a Copa, além de programas antigos gravados em alta definição, como os seriados ‘Mulher’ e ‘Os Normais’.

O projeto tem o apoio do Ministério das Comunicações. Parte de seus custos serão bancados com recursos públicos. Isso sinaliza que o SBTVD deverá ser adotado pelo país. Essa decisão deve ser anunciada em dezembro.

OUTRO CANAL

Fico Diretor-geral artístico da Globo, Mário Lúcio Vaz negocia com Octavio Florisbal (diretor-geral da emissora) um novo contrato em que permanecerá no mesmo cargo até o final de 2007. Pelo atual contrato, Vaz deixaria o comando geral da área artística em dezembro e ficaria mais dois anos apenas como consultor.

Opção 1 O canal pago GNT vai continuar investindo em séries ‘alternativas’, como ‘Weeds’, em 2006. O canal anuncia para o primeiro semestre as estréias de três novos seriados mais ou menos nessa linha: ‘Naked Josh’, ‘NY-Lon’ e ‘Love in The 21st Century’.

Opção 2 Produção canadense, ‘Naked Josh’ trata de um professor de antropologia sexual que, fora da sala de aula, tenta colocar em prática seus conhecimentos sobre o comportamento humano ao buscar o amor ideal. A britânica ‘NY-Lon’ aborda uma paixão entre uma americana em Nova York e um inglês em Londres. A terceira série, também britânica, é sobre o amor no século 21.

Cride No evento em que o SBT apresentou a anunciantes sua programação de 2006, na última sexta, Carlos Alberto de Nóbrega (de ‘A Praça É Nossa’) afirmou que prepara um DVD com os melhores momentos de Ronald Golias, morto recentemente. ‘Só falta a aprovação da família do Golias’, ressalvou.’