Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Fidel Castro participa de programa na TV estatal


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 13 de julho de 2010


 


CUBA


Flávia Marreiro


Com voz débil, Fidel surge na TV e vê ‘risco de guerra’


Com um fio de voz, mas corado e aparentando ter recuperado peso, o ex-ditador Fidel Castro participou de programa na TV estatal, na segunda aparição pública em uma semana e uma das mais longas desde que, doente, se afastou do poder em 2006.


A reestreia num vídeo aparentemente gravado, ocorre no dia em que ao menos sete prisioneiros políticos foram para a Espanha após acordo entre Havana, Igreja Católica e Madri na semana passada.


O número dos que saíram ontem para Cuba divergem. A chancelaria espanhola fala em em sete e a comissão de direitos humanos em 11.


Na entrevista, também transmitida pela principal TV estatal venezuelana e pela rede chavista Telesur, Fidel falou sobre o risco de uma guerra nuclear que começaria entre as Coreias e incluiria o Irã. Ele leu, sem óculos, trechos de seus textos recentes sobre o que chama de ‘risco iminente de guerra’.


Fidel vestia um casaco cinza escuro, sobre uma camisa xadrez de tons vermelhos.


O dirigente máximo da ilha, Raúl Castro, 79, irmão mais novo que substitui Fidel formalmente desde 2008, prometeu liberar um total de 52 presos políticos até outubro -20 deles já tiveram os nomes confirmados.


Analistas divergem sobre a coincidência dos eventos.


‘Não se pode ter certeza sobre as coisas em Cuba. É um mistério dentro de um enigma’, diz o jornalista e ferrenho crítico dos Castro Carlos Alberto Montaner.


‘Não me espantaria que Raúl tivesse pedido a Fidel que aparecesse, para mostrar que não está tomando as decisões completamente sozinho. Mas o fato é que Fidel jamais teria incluído a igreja na operação dos presos’, diz.


‘Não vejo essas diferenças entre eles. É uma performance conjunta sempre’, afirma o jornalista independente e blogueiro Reinaldo Escobar.


Há quem pense que Fidel, representante de uma linha-dura contra o suposto desejo de mudança, ao menos econômica, do irmão Raúl, apareceria agora para dinamitar os acenos de Havana à União Europeia e aos EUA.


Ontem, Fidel não fez menção às questões locais. Ele visitara, na quarta-feira, um centro de pesquisa de Havana-evento que também saiu na mídia estatal.


 


 


ELEIÇÃO


Blog mostrará a disputa pelo voto na web e na rua


A cobertura eleitoral da Folha ganha hoje mais um produto especial na versão on-line: o Presidente 40 (tinyurl.com/presidente40), blog que trará para o dia a dia curiosidades que não necessariamente serão tratadas como reportagens na edição impressa do caderno Poder.


Com publicação descentralizada (a cargo de editores, repórteres e redatores do jornal, num total de 45 pessoas), o blog pretende rastrear a mobilização das campanhas pela internet e falar bastante da disputa pelo voto na web, que deverá ser a novidade do processo eleitoral.


Além disso, o blog vai explorar os recursos da plataforma, como fotos, vídeos e áudios de campanha.


Hoje, a página especial de eleições do caderno Poder na internet ganha também uma nova capa, que organizará melhor os assuntos. Novas seções ainda estrearão nas próximas semanas.


PELO MUNDO


A Folha.com também põe no ar o blog Pelo Mundo (tinyurl.com/pelo-mundo), no qual correspondentes do jornal se debruçarão sobre temas de política externa, cultura e comportamento.


A cobertura será dividida em cinco áreas: América (coberta pelos jornalistas Flávia Marreiro, em Caracas, Gustavo Hennemann, em Buenos Aires, Cristina Fibe, em Nova York, Andrea Murta, em Washington, e Fernanda Ezabella, em Los Angeles); Europa (Vaguinaldo Marinheiro, em Londres); África (Fabio Zanini, de Johannesburgo); Ásia (Fabiano Maisonnave, em Pequim); e Oriente Médio (Marcelo Ninio, de Jerusalém).


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Rio ganha terreno


No rescaldo da Copa, jornais pelo mundo voltaram os olhos para a próxima. No francês ‘Le Monde’, ‘Brasil busca investidores’, falando em ‘bela festa’ no Rio e ‘enorme polêmica’ em São Paulo. A árabe Al Jazeera criticou infraestrutura, aeroportos, estádios. Outros, do tabloide inglês ‘Daily Mail’ ao ‘Wall Street Journal’, listaram previsões para o futebol em 2014: ‘mais gols’, ‘livre de vuvuzela’ e ‘uma disputa pelo segundo lugar’, pois o Brasil deve vencer.


A ‘Bloomberg BusinessWeek’ foi além e, ouvindo Carlos Langoni, Armínio Fraga e até Jim O’Neill, dos Brics, deu que o ‘Rio ganha terreno sobre São Paulo’. Com Copa, Olimpíada, petróleo e a ‘pacificação das favelas’, a cidade encontrou sua nova ‘identidade’, ‘recuperou interesse’ e abriu ‘ciclo virtuoso’.


// BRASIL & TURQUIA LÁ?


No alto das buscas de Brasil no Google News, com o jornal ‘Tehran Times’, EUA, Rússia e França ‘concordam em incluir Turquia e Brasil nas negociações nucleares’. Foi o que falou o chanceler iraniano.


A agência France Presse foi atrás e despachou que ‘Potências avaliam a presença de Brasil e Turquia nas negociações com o Irã’. Diplomatas ocidentais disseram que não foi tomada ‘decisão formal’.


Guerra Até a CNN entrou com a ‘mesa redonda especial’ das rádios e TVs estatais de Cuba com Fidel Castro, ontem, anunciada na capa do ‘Granma’. Ele apontou ‘risco iminente de guerra’, com um ataque de EUA e Israel ao Irã.


Rússia e o Irã Dominando a cobertura da agência russa RIA Novosti, o presidente Dmitri Medvedev e outros trataram do Irã, avisando que está ‘perto de produzir armas nucleares’ e cobrando diplomacia para evitar ‘fracasso coletivo’.


Dinheiro, não Em editorial dos seis meses do terremoto no Haiti, o ‘Le Monde’ atacou ‘os grandes doadores que prometeram milhões na ONU e não agiram’. Só ‘Brasil e Noruega desbloquearam recursos’. À AP, Bill Clinton, ‘enviado da ONU ao Haiti’, mostrou ‘frustração’.


Clinton vs. Obama Nas últimas semanas, como vêm destacando ‘New York Times’ e o site Politico, o ex-presidente priorizou farpas contra o atual, em escalada político-eleitoral que incluiu entrevista à CNN.


// O QUE QUEREM OS BRICS?


O ‘Financial Times’ dá nos destaques da semana a ‘cúpula União Europeia-Brasil’, amanhã.


No site do European Council on Foreign Relations, ‘think tank’ europeu de política externa, Jose Ignacio Torreblanca analisa ‘o bloco Bric’, que cresce em contraste com o ‘Ocidente Político (EUA, Europa e Japão)’. Criticando a desarticulação no G20, em Copenhague e a ação de Brasil e Turquia no Irã, escreve que o resultado da ascensão, por enquanto, é que ‘o século 21 não tem quem o governe’. Pergunta, seguidamente, ‘o que querem?’, em poder e em economia _e afirma que ‘nem eles’ sabem a resposta. Porém ‘continuam crescendo e o tempo está a seu lado’.


// CHINA QUER AL JAZEERA


No rastro de Russia Today, Al Jazeera English (Qatar), France 24, PressTV (Irã) e NHK World (Japão), todos criados nos últimos cinco anos, como sublinhou a BBC, a China acaba de lançar seu canal de notícias em inglês, CNC, ligado à agência Xinhua.


Ontem, o ‘New York Times’ deu três artigos esperançosos, de jornalistas que atuam no país, em resposta à pergunta geral ‘A China pode ganhar credibilidade jornalística?’. Um deles destacou a ‘admiração chinesa pelos altos padrões da Al Jazeera e por seu sucesso em apresentar uma visão diferente do mundo’.


MAIS UM


No site da Xinhua, vídeo do CNC promete ‘notícias globais sob uma nova perspectiva’, com ‘120 sucursais ao redor do mundo’. E ‘mais equipado para noticiar sobre esta potência em ascensão’, a China


 


 


FUTEBOL


Thiago Ney


Brasileiro pela TV não terá ‘espetáculo’


O encerramento da Copa não nos deixará apenas sem o jogo ofensivo da Espanha, sem os gols de Forlán, sem as defesas de Suárez, sem o polvo Paul. O encerramento da Copa nos deixará órfãos também das imagens espetaculares que víamos pela TV.


Enquanto as transmissões vindas da África do Sul traziam todos os jogos em HD, além de 32 câmeras (em cada partida) que captavam imagens em ‘superslow motion’, ‘supertira-teima’ e etc., no Brasileirão, que retorna amanhã, teremos exibições bem mais modestas.


Na Globo, por exemplo, apenas 70% dos jogos televisionados serão em alta definição -em 2009, a emissora transmitia só 30% em HD.


Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sportv afirma que ‘pelo menos um jogo por semana’ do torneio poderá ser visto nesse formato.


Já na Band, todas as partidas serão exibidas em HD.


Para exibir imagens em HD, uma emissora deve fazer a captação e a transmissão em alta definição, o que traz um aumento de custos.


Se na Copa do Mundo a captação das imagens era realizada por uma única empresa contratada pela Fifa -e depois distribuída para as TVs de todo o planeta-, no Campeonato Brasileiro, cada emissora (Rede Globo, Band, Sportv) faz a sua própria captação e transmissão.


O Sportv utiliza de 11 a 16 câmeras em cada partida do Nacional -a Globo não divulga esses números. Mas a Folha apurou que é uma quantidade semelhante.


Para perfumar as suas transmissões de futebol, a Globo promete o lançamento de um ‘pacote gráfico’ de novidades para este ano.


Entre elas, artes e quadros que trarão estatísticas atualizadas dos jogadores de cada equipe, além de táticas e estratégias de jogo dos clubes.


Além disso, um novo tira- -teima será captado em HD.


De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, o próximo grande avanço nas transmissões esportivas deve ocorrer na Olimpíada de Londres, em 2012.


Ali, a disputa dos atletas pelas medalhas poderá ser apreciada em sistema 3D.


 


 


PROPAGANDA


Abuso publicitário


Gasto mensal dos governos com propaganda mais que dobra em 2010; dispêndio deveria ser limitado, por lei, a parcela do orçamento


Em anos eleitorais, o já abusivo bombardeio publicitário promovido por governos ganha contornos insuportáveis. Premidos pela lei a não ultrapassar o gasto médio com propaganda do triênio anterior e, ao mesmo tempo, a não veicular anúncios nos três meses que antecedem o pleito, os governos federal e dos Estados concentram seu arsenal autocongratulatório no primeiro semestre do ano.


Apenas entre janeiro e junho de 2010, a veiculação de anúncios das realizações do governo paulista, vitrine da candidatura presidencial de José Serra (PSDB), consumiu R$ 141,8 milhões. O gasto mensal do período foi de R$ 23,6 milhões, duas vezes e meia os R$ 9,2 milhões mensais despendidos, em média, nos primeiros semestres de 2007, 2008 e 2009.


No ano passado, o total de despesas de São Paulo com comunicação institucional chegou a R$ 247 milhões. A título de comparação, o programa Renda Cidadã, que paga R$ 200 mensais a quase 140 mil famílias pobres do Estado, recebeu pouco menos de R$ 100 milhões em recursos orçamentários no mesmo período.


O desperdício de dinheiro em propaganda não é diferente na esfera federal. Nos últimos seis meses, o governo Lula aplicou nesse item R$ 146 milhões, sem contar os gastos de empresas estatais. A média mensal do período foi de R$ 24,3 milhões, contra R$ 12,3 por mês nos primeiros semestres do três anos anteriores.


Em nada surpreende essa acirrada disputa publicitária. Avança-se no bolso do contribuinte para financiar anúncios com o óbvio intuito de promover as candidaturas presidenciais de Serra e da ex-ministra Dilma Rousseff (PT).


Tampouco espanta a coincidência dos argumentos usados por petistas e tucanos para justificar o excesso. Os dois lados afirmam que, uma vez proibidos de fazer propaganda até outubro, os gastos do primeiro semestre serão diluídos ao longo do ano, o que permitirá reduzir a média mensal e, assim, evitar o desrespeito à legislação eleitoral.


O argumento é legítimo, mas questionável. A lei não é clara quanto ao período a ser considerado no cálculo da média mensal do gasto com publicidade. Restringe-se ao primeiro semestre do ano eleitoral ou nele devem ser incluídos os meses seguintes?


Além disso, ao determinar que o teto de verbas destinadas à propaganda no período eleitoral seja calculado com base nos gastos realizados em anos anteriores, a lei contribui para inflacionar o dispêndio com propaganda durante o mandato de um governante.


Seria oportuno que a Justiça se manifestasse em definitivo sobre a questão, embora o problema da publicidade governamental exija solução mais ampla e drástica.


É preciso limitar o uso de recursos nessa área não apenas em anos de eleição. Não faz sentido, do ponto de vista da sociedade, manter os atuais orçamentos publicitários de governos. A comunicação dessas esferas deveria resumir-se a peças de utilidade pública, com verbas que correspondessem a um percentual menor das despesas totais.


 


 


TELEVISÃO


Audrey Furlaneto


Galvão anuncia última Copa, mas Globo não discute troca


Sem comunicado oficial à empresa, o ‘anúncio-desabafo’ ao vivo de Galvão Bueno sobre sua aposentadoria como locutor de Copa do Mundo depois de 2014 pegou de surpresa a Globo.


Às vésperas dos 60 anos, Galvão disse que ‘se fechou um ciclo’ após nove Copas e que a do Brasil, em 2014, seria sua última como locutor. Seu contrato com a Globo, de fato, vence em 2014, mas ‘ele não comunicou nada’, diz Luís Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação.


‘Não é um assunto que esteja em pauta’, afirma. ‘O referencial de 2014 deve ser por se tratar do vencimento do atual contrato [renovado em 2006].’ Por estar ainda distante do fim, a renovação ou a troca de narradores não está em discussão na emissora.


Além de futebol e campeonatos mundiais de vôlei e natação, o contrato prevê narração de Fórmula-1. ‘É nosso principal narrador. É claro que sabemos que um dia será substituído, como todos.’


Contratado da Globo desde 1981, o locutor é alvo de amor e ódio dos espectadores. O ‘Cala Boca, Galvão’, líder de tópicos do Twitter, aliás, soa irônico agora, com o ‘fim de ciclo’ do locutor.


LÁBIA


Em ‘Escrito nas Estrelas’, Jofre (Murilo Grossi, à dir.), mantido em cativeiro, começa a acreditar no vilão Gilmar (Alexandre Nero); a cena será exibida no sábado


Fim de jogo Recorde na Espanha, com quase 14 milhões de espectadores (mais de 82% dos televisores ligados), a final da Copa rendeu no Brasil média de nove pontos de audiência para a Band e de 27 para a Globo (entre 15h e 18h). Na Copa de 2006, a final rendeu mais para a emissora, que fez 42 pontos de média.


Efeito colateral A tarde de domingo foi mais difícil para as louras concorrentes (e sem Copa). ‘Eliana’, no SBT, marcou cinco pontos de média. Ana Hickmann, à frente do ‘Tudo É Possível’, na Record, fechou com seis pontos.


Gincana E o ‘Programa do Gugu’, também na Record, sofreu um pouco menos: obteve sete pontos de média e até chegou a ter picos de 15.


Domingo tenso 1 Enquanto a Globo arejava o denso ‘Fantástico’ com entrevista ‘fofa’ com Cameron Diaz e Tom Cruise, a Record exibia reportagem sobre caso de estupro em Florianópolis.


Domingo tenso 2 E sobraram farpas para a Globo de Paulo Henrique Amorim diante da câmera: ‘É engraçado que a afiliada da Globo aqui nunca disse nada sobre isso, nem os jornais da cidade’.


O tal circo De Sônia Abrão, do ‘A Tarde É Sua’, via Twitter: ‘Que circo de horror foi esse do ‘Fantástico’ com reconstituição da morte da Eliza? E os programas da tarde é que são sensacionalistas?’. No programa dela, o caso Bruno foi alternado com merchan de engenhoca para exercícios.


 


 


QUADRINHOS


Thiago Ney


Morre Harvey Pekar, autor da HQ ‘American Splendor’


Mal-humorado, pessimista, sarcástico, depressivo. São características associadas ao norte-americano Harvey Pekar e a relevante parte da produção de quadrinhos dos EUA. Porque a vida de Pekar, morto ontem, estava escancarada em suas HQ.


O corpo de Pekar, 70, foi encontrado em sua casa em Cleveland pela mulher, Joyce Brabner. Uma autópsia seria realizada hoje para revelar a causa da morte.


O quadrinista lutava contra um câncer linfático desde 1990. Recentemente, ele descobriu tumor na próstata.


Para muitos, Pekar foi um dos principais nomes da língua inglesa a usar o cotidiano de gente comum para criar histórias atraentes.


Assim ele começou a escrever, em 1976, a cultuada ‘American Splendor’, HQ em que Pekar, então arquivista de um hospital, retratava seus hábitos e os hábitos de seus parentes e amigos.


Em 1989, o ‘New York Times Book Review’ escreveu sobre o autor: ‘O trabalho de Pekar é comparado por críticos literários ao de Tchekhov e Dostoiévski, e é fácil entender por quê’.


Não iniciados puderam entender um pouco do universo de Pekar com ‘Anti-Herói Americano’, filme de 2003 de Shari Springer Berman e Robert Pulcin que foi exibido no Brasil -e ganhou lançamento em DVD.


‘Harvey possuía uma compaixão e uma empatia rara de encontrar. Tinha um grande cérebro e uma alma ainda maior. E ele era hilário. Era um grande artista, um verdadeiro poeta americano, e não há ninguém para substituí-lo’, disse Paul Giamatti, que interpretou Pekar em ‘Anti-Herói Americano’.


Pekar nasceu e sempre viveu em Cleveland -na cidade, muitos o comparavam a outro nome associado ao lugar, o Super-Homem.


‘Ele nunca entrou numa cabine telefônica para mudar de personalidade, mas, dentro daquele irritadiço e desafeiçoado arquivista, havia um escritor e um crítico de jazz erudito’, escreveu Joanna Connors, do jornal ‘Cleveland Plain Dealer’.


Muito do trabalho de Pekar está em www.smithmag.net/pekarproject/. No Brasil, a Conrad lançou ‘Bob & Harv’, coletânea de HQs de Pekar e Robert Crumb -sua maior influência.


 


 


DIREITO AUTORAL


MinC diz que associações querem travar debate sobre direitos autorais


Após a abertura do debate ‘O Autor, o Artista e o Direito Autoral Brasileiro’, na manhã de ontem, no Itaú Cultural, o presidente da Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes), Roberto Melo, chamou de lado o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC).


Irritado com a fala pública do secretário José Luiz Herência, Melo ameaçou processá-lo judicialmente.


‘Ele está faltando com a verdade quando diz que cobramos uma taxa dos artistas’, repetiu o presidente da Abramus à Folha.


Herência, durante a abertura dos debates, voltou a afirmar que o atual sistema de arrecadação de direitos não representa todos os artistas e cobra taxas indevidas.


‘A gente não cobra nada’, repete Melo. ‘O próprio sistema de arrecadação se paga. A única coisa que existe são os 7% que o sistema desconta.’


Por trás desse debate que parece ter algo de semântico, está a atualização, para a era digital, da legislação brasileira de direitos autorais.


‘Não queremos punir o menino que tira uma cópia para si, mas queremos nos proteger dos provedores de conteúdo que não querem pagar os autores’, diz Melo


Herência, por sua vez, diz que entidades como Abramus e Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) tentam interditar o debate.


‘Eles vêm com o falso argumento de que queremos estatizar a arrecadação e, com isso, evitam o aprofundamento das questões importantes de fato’, diz o secretário.


 


 


TV CULTURA


PT desiste de pedir apuração sobre diretor da Cultura


Após a exibição, na última sexta, de reportagem sobre o valor das tarifas dos pedágios de São Paulo, o PT desistiu de solicitar ao Ministério Público Eleitoral uma apuração sobre as razões do afastamento de Gabriel Priolli da direção de jornalismo da TV Cultura.


Segundo a emissora, a reportagem, motivo dos boatos de demissão, foi exibida após todos os candidatos ao governo de SP terem sido ouvidos.


O candidato Aloizio Mercadante (PT) conversou com a direção da Cultura e, de acordo com o canal, entendeu os motivos para o atraso na exibição.


Priolli vai assumir cargo na vice-presidência de gestão.


Em campanha ontem em Belo Horizonte, José Serra (PSDB) disse não ter envolvimento com o afastamento de Priolli. Questionado se ‘havia interferido em demissões’, disse: ‘Mentira pura’.


 


 


EDUCAÇÃO


Mariana Barbosa


Abril Educação adquire o grupo Anglo


A Abril Educação anunciou ontem a aquisição do Anglo, empresa de educação que envolve o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a Siga, de preparação para concursos públicos.


O Anglo estava sendo disputado pelos grupos internacionais Pearson, que edita o jornal ‘Financial Times’, e Santillana, editora espanhola que no Brasil é dona da editora Moderna.


O valor da transação não foi revelado. Em uma reportagem recente, o ‘FT’ declarou que o Anglo tinha sido avaliado pelo Credit Suisse em US$ 600 milhões.


Com essa aquisição, a Abril Educação se transforma no segundo maior grupo educacional do país, com faturamento de R$ 500 milhões em 2010. A empresa passa o Objetivo, mas ficará atrás da Positivo.


A Abril Educação é dona do Sistema de Ensino SER e das editoras de livros didáticos Ática e Scipione. O sistema Anglo de ensino conta com 484 escolas associadas e 211 mil alunos.


O SER, criado em 2007 pela Abril, está em 350 escolas, com 85 mil alunos. Segundo a Abril, os dois sistemas de ensino serão mantidos de forma independente.


As editoras Ática e Scipione possuem mais de 3.500 títulos e venderam, no ano passado, mais de 40 milhões de livros.


Por meio de um comunicado, a Abril informou que Guilherme Faiguenboim e Assaf Faiguenboim, membros de uma das famílias fundadoras do Anglo, permanecerão à frente da empresa.


Eles trabalharão em conjunto com Manoel Amorim, ex-presidente do Ponto Frio e também da Telefônica, que em junho foi contratado para presidir a Abril Educação.


‘Uma educação de qualidade é o alicerce tanto de uma sociedade democrática como do desenvolvimento econômico do país. Essa iniciativa é uma evidência da reiteração de nosso compromisso com o futuro do Brasil’, declarou o presidente do Conselho de Administração da Abril Educação, Roberto Civita, no comunicado.


HISTÓRIA


A história do Anglo remonta a 1894, quando o educador português Antônio Guerreiro chegou ao Brasil e fundou, em São Paulo, o Ginásio Professor Guerreiro, rebatizado, depois da Primeira Guerra, de Ginásio Anglo-Latino.


O primeiro curso preparatório para vestibular oferecido pela instituição foi nos anos 1930, com o foco nas provas da USP.


 


 


MÍDIA


Nos EUA, anúncio em revista tem 1ª alta desde 2007


As receitas com publicidade e o número de anúncios nas revistas americanas tiveram no segundo trimestre o primeiro crescimento desde 2007.


O faturamento do setor teve aumento de 5,7% ante igual período do ano passado, para US$ 5,2 bilhões, enquanto o número de páginas com publicidade cresceu 0,8%.


As montadoras foram um dos setores que mais aumentaram seus investimentos.


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 13 de julho de 2010


 


RÁDIO


A flexibilização da Voz do Brasil


O projeto que flexibiliza o horário da Voz do Brasil foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado e, agora, cabe à Mesa Diretora da Casa decidir se ele irá diretamente para o plenário ou se ainda precisa passar pela Comissão de Educação. A transmissão hoje é feita ao vivo e, pela legislação em vigor, deve começar às 19 horas, impreterivelmente. O projeto permite que o programa seja gravado e dá às emissoras a liberdade de levá-lo ao ar, conforme as conveniências de sua programação, sem cortes, entre as 19 e as 23 horas. De autoria do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), o projeto, em sua versão original, permitia que as rádios iniciassem a transmissão até as 23h59m. Alguns senadores, no entanto, consideraram que esse horário prejudicaria a ‘natureza informativa’ do programa, pois A Voz do Brasil seria transmitida no dia seguinte à cobertura dos fatos e a Comissão de Ciência e Tecnologia aprovou emenda estabelecendo as 23 horas como limite.


Vários parlamentares também propuseram critérios distintos para a transmissão da Voz do Brasil pelas rádios educativas e comerciais e pelas emissoras vinculadas aos Poderes Legislativos municipal, estadual e federal. Mas, por causa das diversidades regionais, das diferenças de fusos horários e das especificidades de cada rádio, só foi aprovada a emenda que obriga as emissoras públicas a transmitir o programa no horário atual.


Enquanto alguns senadores resistiram à flexibilização do horário da Voz do Brasil, pois utilizam o programa para se promover, o governo se dividiu. O projeto foi apoiado pelo Ministério das Comunicações, cujos técnicos afirmam que o programa é anacrônico e representa um gargalo na grade das rádios comerciais, pois sua transmissão, no horário nobre, derruba a audiência, afugenta patrocinadores e causa prejuízos financeiros às emissoras. Mas foi criticado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, que continua vendo a Voz do Brasil como vitrine midiática de alcance nacional.


Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, a obrigatoriedade de transmissão da Voz do Brasil entre as 19 e as 20 horas representa uma interferência indevida nos meios de comunicação. Entre outros motivos porque esse rigor prejudica as grandes coberturas jornalísticas, a ponto de as rádios comerciais serem obrigadas a interromper coberturas de eventos de grande repercussão para transmitir a desinteressante Voz do Brasil.


Do modo como foi concebida, A Voz do Brasil é um programa típico de regimes políticos fechados. Transmitido pela primeira vez em 22 de julho de 1935, com o nome Programa Nacional, ele foi criado pelo governo de Getúlio Vargas com o objetivo de fazer proselitismo político e divulgar realizações do governo, sob o pretexto de prestar um serviço público relevante numa época em que o rádio era o único veículo de comunicação de massa. Durante anos, o programa se limitou a transmitir atos do Poder Executivo. Em 1939, já sob o Estado Novo, o nome foi mudado para Hora do Brasil. Em 1962, o Poder Legislativo passou a ocupar a segunda meia hora do noticiário. E, em 1971, por determinação do general Garrastazu Médici ele passou a se chamar A Voz do Brasil, sendo transmitido das 19 às 20 horas. Liderado pela Rádio Eldorado FM, em 1995 um grupo de emissoras paulistas obteve liminar que as autorizou a transmitir A Voz do Brasil fora desse horário, no início da noite ou até de madrugada.


Nesses 75 anos, em que o programa manteve seu caráter compulsório, o País passou por grandes transformações. O Brasil se industrializou e se urbanizou, o que alterou usos, costumes e valores, e ingressou no regime democrático pleno, após a promulgação da Constituição de 88. Com a expansão da tecnologia, os meios de comunicação se diversificaram e as rádios ingressaram numa nova era, adequando-se à concorrência das tevês, blogs e twitters.


A flexibilização do horário da Voz do Brasil pode ser o primeiro passo para a mudança daquele que é o mais antigo – e também o mais jurássico – programa radiofônico do País.


 


 


TV CULTURA


TV Cultura oferece novo posto a jornalista afastado


A TV Cultura ofereceu ontem um novo cargo ao jornalista Gabriel Priolli após especulações de que ele seria afastado de suas funções por causa da produção de reportagem sobre o custo dos pedágios nas estradas de São Paulo. Segundo informações de fontes da emissora, Priolli participou de reunião com a direção na qual lhe foi oferecido o cargo de assessor na vice-presidência de Gestão.


Pela proposta, ele trabalhará diretamente com o vice-presidente da TV pública, Ronaldo Bianchi. Priolli não respondeu se aceitará ou não a oferta. Procurado pela reportagem, ele disse que não quer se pronunciar sobre os acontecimentos.


A assessoria de imprensa da TV Cultura informou que Priolli foi ‘remanejado’ do cargo de coordenador de expansão de redes para o cargo de assessor da vice-presidência. A emissora considera a polêmica sobre rumores de ingerência política ‘caso encerrado e esclarecido’.


A TV Cultura exibiu na noite de sexta-feira a reportagem sobre os pedágios. O episódio provocou protestos do candidato do PT ao governo, Aloizio Mercadante, que fora entrevistado para a reportagem, assim como o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O candidato Fábio Feldman (PV), segundo sua assessoria, foi entrevistado às pressas na tarde de sexta-feira para a reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 


 


CUBA


Após quatro anos, Fidel participa de programa de TV


O ex-presidente cubano Fidel Castro fez ontem seu primeiro pronunciamento televisionado desde que foi forçado, por problemas de saúde, a transferir os poderes do Estado para seu irmão Raúl, há quatro anos. Fidel, que completa 84 anos no próximo mês, participou do programa Mesa Redonda, que durou 1 hora e 15 minutos e foi transmitido por diversas emissoras de TV e rádio em Cuba.


Em uma entrevista aparentemente gravada, ele falou ? lentamente, mas com fluidez ? sobre o risco de conflitos no Oriente Médio e na Península da Coreia. Vestido com um agasalho esportivo azul escuro e uma camisa xadrez, Fidel parecia relaxado.


Segundo o ex-presidente, um avanço do conflito no Oriente Médio levará a um ataque nuclear dos EUA e de Israel ao Irã. ‘O pior é a resistência que encontrarão, algo que não tiveram no caso do Iraque, afirmou Fidel, lembrando que Cuba esteve sob risco de um bombardeio atômico em 1962.


A aparição televisiva do líder cubano coincide um momento de apreensão em Cuba, dias após Raúl prometer soltar 52 presos políticos. No domingo, sites cubanos haviam divulgado fotos da primeira aparição pública de Fidel desde 2006 ? uma visita feita ao Centro Nacional de Investigações Científicas na quarta-feira.


Após 47 anos à frente do governo, Fidel submeteu-se a uma complexa cirurgia no intestino em 2006. Em 2008, ele disse que não se candidataria a um novo mandato de presidente, transferindo definitivamente o cargo para Raúl.


Ele continuava ativo politicamente escrevendo colunas no Granma. Mas nos últimos anos haviam ganhado força os rumores de que já estaria morto. Com a aparição de ontem, segundo analistas, Fidel não só desmente rumores como dá a entender que segue dando as cartas na ilha.


Disputa internacional. Antes de adoecer, Fidel costumava aparecer com frequência no Mesa Redonda. O programa foi criado durante a disputa entre exilados em Miami e cubanos na ilha pela guarda do garoto Elián González, que naufragou com a mãe a caminho da Flórida.


 


 


EDUCAÇÃO


Abril compra Anglo e se torna 2ª maior em educação


Depois de uma disputa acirrada, o Grupo Abril anunciou ontem a compra do Anglo – rede de educação especializada em cursos preparatórios para o vestibular -, tornando-se a segunda maior empresa do setor no País, à frente do Objetivo e atrás apenas da Positivo. O grupo criado a partir dessa aquisição deve faturar este ano cerca de R$ 500 milhões. O valor do negócio não foi divulgado. Único sistema de ensino de grande porte que permanecia sendo controlado integralmente pela família fundadora, o Anglo estava à venda havia dois anos. ?Não porque a empresa passasse por dificuldades, mas porque, com a consolidação do setor, o Anglo só conseguiria crescer se unindo a um grande player?, explica Ryon Braga, da Hoper Consultoria, especializada em educação.


Além do Grupo Abril, por meio da empresa Abril Educação, o Anglo foi disputado por pelo menos outros dois grupos. A britânica Pearson, empresa do segmento editorial e de informação digital, que controla o jornal Financial Times, chegou a fazer uma proposta. Há uma semana, uma reportagem do próprio jornal dizia que a rede brasileira estava sendo avaliada em R$ 600 milhões. Além do Anglo, o Pearson também teria tentado comprar o Sistema Educacional Brasileiro (SEB), que controla escolas, oferece sistemas de educação e tem valor de mercado de R$ 715 milhões. A editora espanhola Santillana, com planos de expansão na América Latina, também estava entre os interessados no Anglo.


O negócio anunciado ontem envolve o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a SIGA, com cursos preparatórios para concursos públicos. O grupo conta com unidades próprias e parcerias com escolas em todo o País. A empresa fornece o material didático (as tradicionais apostilas) e a metodologia de ensino.


Todo o sistema Anglo foi adquirido pela Abril Educação, uma empresa que integra o Grupo Abril e é controlada exclusivamente pela família Civita. Até dois anos atrás, esse braço da companhia tinha a participação de um sócio estrangeiro – a Naspers, maior empresa de mídia da África do Sul, que adquiriu 30% das ações do Grupo em 2006. A família, no entanto, recomprou as participação acionária na Abril Educação em 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 


 


NUDEZ


Penthouse entra na disputa pela playboy


A oferta de Hugh Hefner para fechar o capital da Playboy Enterprises levou à promessa de uma possível oferta do proprietário da revista Penthouse, arquirrival da Playboy. O que levanta a possibilidade de o fundador da Playboy, hoje com 84 anos, perder o controle da revista que lançou há mais de meio século.


Ontem, em um comunicado, Hugh Hefner informou ter se unido com uma empresa de private equity para comprar as ações do império de mídia que não lhe pertencem, num acordo que colocaria o valor da organização em US$ 185 milhões.


Algumas horas mais tarde, Marc Bell, diretor executivo da FriendFinder, proprietária da revista Penthouse, anunciou que sua empresa deverá fazer uma proposta de compra da Playboy.


A Playboy, lançada em 1953, foi muito popular nos anos 70, mas recentemente tem tido dificuldades para lucrar, com suas receitas de publicidade encolhendo e sofrendo uma concorrência cada vez maior de alternativas online gratuitas.


A revista, que ainda gera o grosso da receita da companhia, vendeu 311 páginas de publicidade no ano passado, menos da metade das 765 vendidas em 2000, de acordo com o Publishers Information Bureau. A circulação média da publicação caiu em cerca de 1 milhão de exemplares no mesmo período.


Atualmente, a maior parte dos lucros da empresa vem do licenciamento de sua marca para produtos de consumo, como roupas íntimas masculinas, lingerie feminina, relógios, bebidas energéticas e máquinas automáticas. A unidade encarregada das licenças teve uma receita líquida de US$ 21 milhões no ano passado, seguida de US$ 9,9 milhões de programas exclusivos de TV e apenas US$ 1,6 milhão com a venda da revista e seu website.


Com base no número de ações em circulação em 30 de abril, a proposta de Hefner é pagar US$ 122,5 milhões, ou US$ 5,50 por ação. Isso equivale a um ágio de quase 40% sobre o preço de fechamento na sexta-feira, que foi US$ 3,94.


Parceria. Hugh Hefner, diretor criativo da companhia, conhecido pelos pijamas de seda e as jovens e curvilíneas namoradas, pretende se unir à empresa de private equity Rizvi Traverse Management LLC para realizar esse negócio.


No final de 2008, a filha de Hefner, Christie, renunciou ao cargo de presidente e diretora executiva da Playboy. Scott Flanders substituiu-a no ano passado. Desde então, correm rumores de que a Playboy estaria procurando um pretendente para uma fusão ou aquisição.


Mas Hefner se opõe a isso. Em carta ao conselho de administração da revista, ele disse que não tem planos para vender as suas ações – nem a companhia. E rejeitou, além disso, qualquer sugestão de que a Playboy deveria se unir a outras potenciais interessadas. No final de abril, a Playboy contabilizava 33,6 milhões de ações, das quais 4 milhões, em duas classes de ações, são de Hefner.


 


 


TECNOLOGIA


Microsoft reforça guerra ao iPad, da Apple


O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, conseguiu atrair novos tablets para seu sistema operacional Windows 7. Em uma conferência realizada ontem, o executivo conseguiu juntar cerca de 20 fabricantes de aparelhos, ressaltando a avidez da gigante dos softwares para conter a explosão do interesse pelo iPad, da rival Apple.


O Windows dedicado aos tablets, ou dispositivos portáteis sem fio, está na linha de produção de fabricantes como Acer, Dell, Samsung Electronics, Toshiba, Sony e uma dúzia de outras produtoras de PCs, disse Ballmer na conferência anual de parceiros da Microsoft, realizada em Washington. O evento foi transmitido via internet.


‘Este ano, uma das coisas mais importantes que vamos fazer na categoria de dispositivos portáteis é realmente incentivar o Windows 7’, disse Ballmer. ‘É uma área extremamente importante para nós.’


Desafio. A Apple lançou o iPad em abril, e o aparelho se tornou um de seus maiores sucessos de venda: já foram comercializadas mais de 2 milhões de unidades no mundo todo. Esse sucesso ameaça tirar clientes do mundo da computação dominado pela Microsoft.


Ballmer não mencionou diretamente a HP, maior fabricante mundial de computadores pessoais, e que tem dito planejar ter um tablet com o sistema operacional da Palm – que foi comprada pela HP este ano.


Contudo, o logotipo da HP aparecia na lista de fabricantes de PCs trabalhando com a Microsoft, que foi mostrada na apresentação de Ballmer.


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenes


Reality da Globo criará programa de TV


Vale tudo para criar um novo formato de TV. Já está em produção na Globo, em clima de sigilo, um novo reality que irá confinar jovens criativos, que devem, em 24 horas, criar um bom roteiro de dramaturgia. Batizado de É Tudo Nosso, o projeto está selecionando, em faculdades de São Paulo, oito estudantes que gostem de escrever, com idades de 18 a 24 anos, para participar do programa. Vence quem se destacar mais na criação do roteiro, que deverá ser dramatizado. O teste de vídeo para o reality deve acontecer no dia 26 e a gravação da atração está prevista para setembro. Procurada, a Globo, via assessoria de imprensa, disse não ter informações sobre o projeto.


28 pontos de audiência registrou a final da Copa entre Espanha X Holanda, anteontem, na Globo. A Band alcançou com a partida média de 10 pontos de ibope.


‘Eu sou o único que consegue falar mais que você.’ O mais do que sincero Ziraldo, se referindo a Jô Soares no programa dele na Globo, na semana passada.


Há quem acredite que, após deixar o Roda Viva, Heródoto Barbeiro vá deixar também a TV Cultura, em alguns dias. A emissora nega e garante que ele será aproveitado nos outros jornalísticos do canal.


A Record planeja ter entre seus especiais de fim de ano mais dois telefilmes baseados em contos da literatura brasileira, assim como fez com Os Óculos de Pedro Antão. As obras ainda estão sendo escolhidas.


Walcyr Carrasco já sofre para selecionar estrelas para sua próxima novela na Globo, que substituirá Ti-Ti-Ti na faixa das 7 horas. Laura Cardoso, Nicete Bruno e Ary Fontoura, trio com que Walcyr costuma contar em suas novelas, já estão separados para outras tramas.


R$ 5,5 milhões é o valor de cada uma das três cotas de patrocínio do Criança Esperança, que irá ao ar no dia 14 de agosto, na Globo.


Eliana mostrou fôlego de audiência em dia de final de Copa. No domingo, registrou média de 6 pontos de ibope no horário, ante 5 pontos do Tudo É Possível da Record. A loira também empatou com Gugu em seu horário de embate: ambos alcançaram 6 pontos de audiência.


Adriane Galisteu quer, mas deve ficar mesmo com Edgar Picoli o reality show The Phone, novidade da Band ainda para este ano. O mercado publicitário já foi avisado.


Jaqueline Khury, que deixou Legendários à pedido da direção da Record, pode integrar A Fazenda 3, que estreia em setembro na emissora. O humorista Marcelo Marrom pode entrar no Show do Tom, já Gui Pádua não tem destino certo na emissora ainda.


Dando muito destaque ao caso do goleiro Bruno – com direito até a reconstituição do crime – o Fantástico de anteontem registrou média de 23 pontos de audiência.


 


 


 


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