Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Folha de S. Paulo

VENEZUELA
Verba chavista comprou TV, diz Nicarágua

‘A empresa mista Alba de Nicarágua S.A. (Albanisa), vinculada ao presidente nicaraguense Daniel Ortega e à estatal venezuelana do Petróleo, PDVSA, comprou um canal de TV crítico do governo sandinista.

A mudança de donos da Telenica Canal 8 tornou-se pública há dez dias. Como a Folha noticiou, os nomes dos novos compradores foram mantidos em segredo. Reportagens e o jornalista Carlos F. Chamorro, crítico de Ortega e até domingo passado estrela da TV, relacionaram a compra à verba da cooperação entre Caracas e Manágua.

O gerente da Albanisa no país, o venezuelano Rafael Paniagua, confirmou a compra ao jornal nicaraguense ‘El Nuevo Diário’. Albanisa é uma empresa binacional constituída em Caracas em 2007- 51% do capital é da PDVSA e o restante é da estatal nicaraguense do petróleo.’

 

TELEVISÃO
Lígia Mesquita

‘Éramos fantasmas arrastando correntes’

‘A apresentadora do ‘A Tarde é Sua’, na Rede TV!, virou ‘hit’ no Twitter depois que o humorista Mauricio Meirelles lançou o tópico #soniaabraofacts (fatos sobre Sonia Abrão). As tiradas são inspiradas nas histórias trágicas mostradas pelo programa:

‘Sonia Abrão odeia a esperança porque ela é a última que morre’

‘Sonia Abrão usa carro a álcool só pra ter o prazer de ver o carro morrer’

‘A Sonia Abrão não gosta de Yakult porque tem lactobacilos vivos’

***

FOLHA – Ficou sabendo do tópico #soniaabraofacts?

SONIA ABRÃO – Mas mesmo se eu estivesse na Lua eu iria ficar sabendo! O telefone não parou. Meu filho imprimiu tudo e me mostrou.

FOLHA – Você leu o que o Luciano Huck escreveu?

SONIA – Que eu passei o Réveillon em Angra e que vou passar o Carnaval no Haiti, né? Me falaram que o Mion também escreveu.

FOLHA – O Marcos Mion escreveu: ‘O jogo preferido da Sonia Abrão é aquele decidido por morte súbita’.

SONIA – [Gargalhada] Esse eu não vi, mas vi outros engraçados: ‘Sonia Abrão não faz programa ao vivo. Faz aos mortos’. É muito engraçado, não tem jeito. Twitter é assim mesmo. Cada hora eles escolhem um e aí você aguenta. Não é grosseiro, é espirituoso.

FOLHA – Acha que o programa tem muita tragédia?

SONIA – Tem muita tragédia mesmo, mas é o noticiário. A gente andou numa fase muito pesada. No ano passado, então, pelo amor de Deus! Brincávamos que éramos fantasmas arrastando correntes. Agora, temos feito mais matérias de Carnaval, de artistas, para deixar o programa mais leve. Mas aí, de cara, no começo do ano, a gente já pega a Hebe internada. É complicado.’

 

Marcus Preto

Especial marca os 50 anos artísticos do cantor Tom Zé

‘A primeira vez que Tom Zé, 73, cantou ‘profissionalmente’ foi na televisão. Era 1960 e o programa ‘Escada para o Sucesso’ gerava comoção em sua cidade, Irará (BA). Menos nele próprio -que, até aquele dia, nunca havia visto o programa. Nem esse nem nenhum outro. Tom Zé foi cantar na TV sem nunca ter visto TV.

As cinco décadas que nos separam daquele momento são marcadas agora em ‘O Pirulito da Ciência – Tom Zé & Banda ao Vivo’, especial que estreia amanhã no Canal Brasil. Dirigido por Charles Gavin (Titãs), foi gerado de temporada no teatro Fecap, em agosto passado.

A música apresentada em ‘Escada para o Sucesso’ foi composta por ele especialmente para a ocasião: ‘Rampa para o Fracasso’ -óbvia piada com o nome do programa.

Tom Zé conta que fez a música a partir de recortes de jornal.

‘Passei uma angústia até o momento de cantar, pois não sabia se aquelas manchetes cantadas de choque podiam ser ligadas nas cabeças das pessoas’, diz. ‘Quando, no primeiro paradoxo, vi que a plateia ria, entendi que seria possível fazer tudo isso que faço até hoje.’

No princípio, ele diz, tentava ‘obnubilar’ os ouvidos das pessoas para que não esperassem dele um cantor. Falava algo que era da vida do ouvinte, do dia a dia dele, coisa que nunca tinha sido letra de canção.

Por isso, ao menos no terreno da composição, não devem haver grandes diferenças entre o programa primordial e este ‘Pirulito da Ciência’.

Se, em 1960, Tom Zé antecipava o tropicalismo em sete anos sampleando notícias de jornal em letras de músicas, trabalha hoje seguindo a mesmíssima cartilha. Mas toma cuidado redobrado para que ela não se desgaste.

‘É preciso perseguir o ouvinte. ‘Trair para atrair’ é a expressão correta. Para manter a atenção, a pessoa tem que ser surpreendida em algum nível toda hora’, diz. ‘Nunca fui capaz de trabalhar por contemplativo, só consigo por cognitivo. Então tenho que acabar o show antes de as pessoas terem vontade de fazer xixi. Acho que 50 minutos é o tempo exato.’

‘Pirulito da Ciência’, que vai render uma versão em DVD pela Biscoito Fino já na primeira quinzena de fevereiro, dura bem mais que isso -vai além dos 120 minutos. Mas não há com o que se preocupar: acaba bem antes de o espectador pensar em ir ao banheiro.’

 

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