Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Luiz Garcia

‘Podemos ler pelo prazer de ler – como quem mergulha num bom livro, ouve música ou admira a paisagem. Ou fazê– lo para adquirir informação – como quem estuda, recebe uma carta de casa ou decide o que há de melhor no cardápio.

Uma das boas coisas que um jornal pode fazer, no campo do estímulo à leitura, é tentar apresentar ao leitor as duas formas de leitura. E assim despertar no cidadão o prazer – ou, até melhor, o vício – do contato diário com a produção jornalística, nela buscando tanto a informação saborosa como aquela que o ajudará a administrar sua vida em sociedade.

Para a empresa jornalística, uma das formas de produzir essa reação é criando projetos que levem a comunidade (crianças e adolescentes, principalmente) a conhecer redações por dentro. Abrir as portas faz bem ao próprio jornal. Ajuda– o a conquistar leitores fiéis e – o que nem sempre é agradável mas faz um bem danado – conscientes do que têm direito a cobrar do seu jornal. Sem falar em que promover a leitura de jornais pode estimular algo hoje em dia cada mais distante e depreciado: o amor à leitura em geral – do livro, do jornal, da revista. Mesmo que o texto jornalístico, em todos os veículos, nem sempre seja grande coisa. A maioria da chamada grande imprensa brasileira escreve entre bem e mais– ou– menos: respeitadas as exceções notáveis, dá para o gasto. Ou seja, melhorou consideravelmente, pelos padrões atuais, desde ‘O GLOBO há 50 anos’.

Foi mais ou menos isso o que eu disse ontem num seminário sobre jornal e escola: buscava mostrar de que formas uma instituição ajuda a outra. Ou deve fazê– lo. Mencionei também (já tinham sido exaustivamente mostrados) os projetos que O GLOBO conduz nessa área em parceria com escolas: são três e – sem puxar a brasa, juro – todos dão certo há muito tempo.

Há bastante a ganhar num contato íntimo e organizado entre escolas e jornais. Numa redação, por exemplo, os alunos podem se familiarizar com a questão do respeito ao interesse público – e como ele deve ser confrontado com o direito individual à privacidade. Ou sobre o papel fundamental da mídia criando pontes entre o cidadão e o Estado e entre grupos de cidadãos, aproximando níveis de renda, grupos profissionais, diferentes degraus da pirâmide social.

Em suma, a aproximação com o ambiente de um jornal sério pode ajudar cidadãos em formação a interpretar, decantar e absorver muita coisa importante para a sua sobrevivência e prosperidade no mundo lá fora. Também pode, claro, levá– los a conhecer as áreas de fragilidade que fazem da produção jornalística algo bem menos que perfeito.

E, no contato com pré– adolescentes e jovens, uma organização jornalística que pretende ser levada a sério e marcar sua presença na comunidade tem muito a ganhar: basta prestar atenção no que dizem as visitas.’



CADÊ O TEATRO?
Gerald Thomas

‘Tanto Bush quanto Gil odeiam o teatro’, copyright Folha de S. Paulo, 04/10/04

‘Até o momento do meu embarque para o Brasil, participei, aqui em Nova York (escrevo esse texto em pleno vôo), de um plebiscito, reunião, convocação de última hora, sei lá – da classe teatral off– Broadway e off– off– Broadway sobre o que fazer se Bush for reeleito. Tenho que dizer, com tremendo pesar, que o consenso entre os autores, atores e diretores do assim chamado teatro ‘downtown’ é que não há mais jeito: a reeleição é tida como praticamente certa.

‘Os americanos estão ficando cada dia mais imbecis e, apesar dos livros de Richard Clarke, Bob Woodward, do filme de Michael Moore, da comissão 11/9 e da catástrofe que o Iraque está se provando, o povo americano prefere ser enganado por aquele sorriso ‘creapy’ desse canalha e de sua gangue’, me dizia um diretor (por acaso) da Broadway, mas que morria de medo de ter seu nome publicado.

Essa reação está se tornando comum a muitos. Há um certo clima de caça às bruxas no ar da era de macarthismo, de J. Edgar Hoover voltando à tona.

É como se Tom Ridge e o Patriot Act estivessem trazendo aquele pesadelo de volta e, não seria surpreendente rever o famoso julgamento de Bertold Brecht, só que desta vez com um nome como David Mamet, por exemplo.

Ou Chaplin e a demissão daquela enorme lista negra que incluía centenas de escritores, atores e diretores de cinema e de teatro. A Casa Branca, aliás, já deve estar preparando a sua, com a ajuda de Arnold Schwarzenegger. O clima é absurdo e de pavor.

A reunião tinha enormes paralelos em comum com o que está acontecendo agora no Brasil, com esse Ministério da Cultura sem política definida, justamente quando um artista, Gil, assume a liderança de um cargo de tamanha responsabilidade.

Esse Mistério da Cultura no Brasil também poderia se chamar ‘ministério de si mesmo’.

A palavra TEATRO não consta em nenhuma declaração que eu tenha lido em entrevistas de Gil. Por que será, Gil? Você tem ódio pessoal dessa arte que eu pratico? Você percebe que ela também é ‘áudio’ e também é ‘visual’?

Será que você não entende a arte que compreende todas as outras artes, inclusive, a sua? O teatro é a obra de arte total e inclui a música, Gil.

Mas claro, você não tem tido tempo para se dedicar ao assunto, na medida em que passa pouco tempo no ministério, eu entendo. Falta de tempo. Sei como são essas coisas. Hobby é fogo!

Nessa reunião em Nova York, a grande questão era como conseguir subsídios, já que as verbas distribuídas pelo National Endowment for the Arts estão sendo descaradamente desviadas para entreter as tropas americanas no Iraque e no Afeganistão.

Coisas que Bob Hope ia fazer no Vietnã há quatro décadas….. Lembram? Imaginem Shakespeare montado por uma troupe de amadores de Seattle nos arredores de Fellujah. Não sei se não é grotesco demais pra rir.

Não sei se não é grotesco demais para rir ou chorar quando um gênio da música como Gilberto Gil ocupa um cargo como esse, e a cultura teatral se vê num estado petrificado, estagnado, sem saber para onde ir.

Talvez seja simplesmente porque a Brasília de Lula não entenda o teatro e o cinema de RISCO e só quer o novelão, a choradeira, o drama barato e a dramaturgia de superfície. Chama– se isso de populismo e DEMAGOGIA ou, então, quem sabe, falta de vivência empírica talvez ou, ainda, orientadores desorientados ou corrompidos por um algum pacto do além, que prefiro desconhecer e que deve desembocar neste verdadeiro ódio por essa arte, assim como o rei Cláudio, em ‘Hamlet’, que paranóico que só ele, assassino que era – tinha ódio de tudo e todos, uma vez que chegara ao poder.’



PUBLICIDADE CONDENADA
Martha Beck

‘DPDC processa Fiat por comercial que insinuava roubo de ex– presidiário’, copyright O Globo, 05/10/04

‘BRASÍLIA. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, instaurou ontem processo administrativo contra a montadora Fiat por propaganda abusiva em campanha publicitária da marca Palio. O comercial, veiculado em novembro do ano passado, mostrava um ex– presidiário que se deparava com o novo modelo do carro. A imagem então ficava escura e depois de um barulho de vidro sendo quebrado aparecia a frase ‘Ninguém resiste ao novo Palio’, dando a entender que o ex– presidiário voltara a roubar.

A Fiat tem dez dias para apresentar sua defesa. Caso seja condenada, a multa pode chegar a mais de R$ 3 milhões.

A denúncia foi apresentada em 2003, logo após veiculação do comercial. O DPDC, no entanto, concede às empresas um prazo para apresentação de defesa, a partir da qual os técnicos do órgão fazem uma investigação sobre os procedimentos da companhia. Com base em um parecer produzido nesta fase, decide– se pela abertura ou não de um processo. No caso da Fiat, o processo foi considerado pertinente.

Segundo o DPDC, uma propaganda é considerada abusiva quando tem conteúdo discriminatório, incita a violência, explora o medo ou superstição ou induz o consumidor a comportar– se de forma prejudicial a ele e à sociedade. A nota técnica do departamento sobre a campanha da Fiat afirma que ‘a caracterização da discriminação é evidente, pois passa a impressão de que um ex– condenado jamais se reabilitará’.

A nota continua: ‘A publicidade veiculada pela Fiat é contrária ao intuito governamental de reduzir as desigualdades sociais e permitir uma reabilitação para aqueles que pagaram pelos seus erros e desejam voltar ao convívio social’.

A assessoria da Fiat informou ontem que a propaganda ficou no ar durante apenas dois dias e que deixou de ser veiculada por orientação do Conselho de Auto– Regulamentação Publicitária (Conar). A empresa vai agora aguardar a comunicação oficial do DPDC sobre o processo.’



JORNALISMO CONDENADO
Vicente Dianezi

‘Culpa dividida’, copyright Consultor Jurídico, 29/9/04

‘Os editores, redatores, entrevistados e fontes, quando identificadas, devem responder solidariamente pelos danos causados à reputação e à honra da pessoa atingida pela matéria. Esta foi a decisão da Segunda Seção do STJ, na quarta– feira (22/9), por seis votos contra um, ao julgar recurso do jornalista Wilson Augusto Figueiredo, impetrado na condição de editor do ‘Jornal do Brasil’.

Por ser ‘mero funcionário’ do ‘Jornal do Brasil’, diretor empregado da redação, não sendo dono do jornal, nem mesmo o profissional que assinou a matéria, Wilson Figueiredo entendia que não podia ser responsabilizado pela publicação de notícias contra o ex– presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, José Maria de Mello Porto.

Wilson Figueiredo, a repórter Celina Maria Borges Cortes e a juíza que concedeu entrevista, Maria Elizabeth Tude Junqueira Ayres, ex– presidente da extinta Junta de Conciliação e Julgamento de Itaguaí (RJ), estão sendo processados por Mello Porto, por uma série de matérias publicadas no JB entre o final de junho e início de julho de 1993, consideradas ofensivas à sua honra.

Inocentado de todas as acusações, Mello Porto reclamou danos morais na Justiça, pedindo a condenação solidária do editor, da jornalista e da juíza entrevistada. Fixou a indenização em cem vezes a remuneração que recebia como presidente da Corte, mais 20% de honorários advocatícios, além da publicação na íntegra da sentença transitada em julgado.

Ao decidir sobre o caso, o ministro César Rocha, relator do processo, entendeu que o editor pode contribuir para o dano da honra de alguém, tendo o papel fundamental de evitar o tratamento fragmentário, incompleto, injurioso ou difamatório da matéria, que vai do conhecimento da notícia até a sua publicação.

A decisão da Segunda Seção do STJ esgotou, praticamente, a possibilidade de reforma da sentença na Corte. A Segunda Seção é o órgão com competência interna para julgar matérias desse natureza em razão do critério de especialização vigente.’



IMPRENSA VENDIDA
Carlos Drummond

‘Na cama com a mídia’, copyright Carta Capital, 06/10/04

‘Já no século XIX, os magnatas reconheceram o poder político e econômico do controle da informação

‘Você tem mesmo que ir para a cama com os grandes investidores’, desabafou certa vez o executivo George Morris para um jornalista, referindo– se à dependência da empresa controlada NBC, uma das três maiores redes de televisão dos Estados Unidos, em relação ao dinheiro de terceiros.

Quando deu essa declaração, Morris trabalhava para a RCA, empresa controladora da NBC e que foi adquirida pela General Electric em 1986. Com 30% do mercado de televisão nos Estados Unidos, líder mundial de notícias de negócios e produtora de programas assistidos em mais de cem países, a NBC representa hoje, no entanto, apenas 7% do faturamento da General Electric.

À dependência da NBC em relação aos grandes investidores acrescente– se, portanto, a sua participação irrelevante nos negócios da controladora GE. A superposição de dominações econômicas, externa e interna, dá uma idéia do tamanho da encrenca que é, para o jornalista da NBC, defender o interesse público, função precípua da sua profissão.

Longe de ser exceção, o desequilíbrio de forças entre o jornalismo e os negócios na NBC/GE é o padrão vigente nos grandes grupos de mídia que mandam nas notícias, no entretenimento e na cultura no mundo. O modelo foi consolidado no fim do século XIX, no nascedouro da grande empresa, nos Estados Unidos.

Magnatas que se tornariam ícones do capitalismo americano, como John Pierpont Morgan e John D. Rockefeller, lideraram o processo de constituição das organizações empresariais gigantes a partir da Guerra Civil (1861– 1865), fato de importância decisiva para a economia americana. O problema é que a construção dos impérios privados desses e de outros senhores baseou– se na apropriação desbragada de ativos públicos.

A rapinagem, facilitada por condições materiais excepcionais e pelo anseio das pessoas por crescimento econômico, foi tamanha que os empreendedores receberam o apelido de barões ladrões, em alusão aos nobres da Europa medieval que repeliam as obrigações impostas pelo rei, taxavam as populações das suas regiões e assaltavam as caravanas de mercadores que transitavam por suas terras.

Rockefeller, o rei do petróleo, e Morgan, o czar das finanças, foram expoentes dessa estirpe, de acordo com os jornalistas áulicos; ou dessa gangue, como identificaram os repórteres investigativos ou muckrackers do período. Ambos, assim como Cornelius Vanderbilt e Johns Hopkins, magnatas das ferrovias, perpetuaram os seus nomes em universidades, fundações, museus, teatros e hospitais. A julgar pela sua prática, pertenciam à mesma vertente de especuladores execrados como Jay Gould, Daniel Drew e James Fisk, Jr., a quem superavam apenas na arte da dissimulação e da apresentação dos seus negócios como se fossem cruciais para o interesse público.

Cedo os barões ladrões perceberam o poder político e econômico do controle da informação. Alguns deles se esmeraram na usurpação de uma imprensa que, durante a Revolução, de 1775 a 1783, tinha mostrado seu valor. Nessa tarefa, empreendedores espertalhões, como Rockefeller, e espertalhões empreendedores, como Jay Gould, pontificaram. Mas coube a um outro integrante da plêiade, o banqueiro e construtor de canais e ferrovias Jay Cooke, o pioneirismo na matéria.

Considerado o criador do marketing financeiro e dos grandes negócios com títulos públicos, anunciava maciçamente nos jornais as subscrições de papéis do governo e pagava almoços e bebidas para todo jornalista financeiro que encontrasse. Os anúncios e os agrados rendiam– lhe o apoio dos jornais a projetos de leis e a conduções da política econômica em seu favor. A eficácia das suas ações valeu– lhe a nomeação como agente exclusivo do Tesouro. Em 1863 a sua organização tinha 2,5 mil agentes e lançava títulos equivalentes a US$ 500 milhões por ano.

Rockefeller contava com pelo menos dois instrumentos para obter lucros: as torres de petróleo e o controle da imprensa nas regiões de prospecção. Um dos primeiros periódicos da sua rede, comprado em 1885, foi o combativo The Derrick, da Pensilvânia, que era o seu mais feroz oponente. Em Buffalo possuía o People´s Journal; em Trinidad, no Colorado, era dono de dois jornais, o Chronicle News e o Advertiser.

A cadeia tinha ainda o Chieftain, de Pueblo, e o Post, de Denver. Pioneiro da assim chamada imprensa segmentada, Rockefeller publicava também dois veículos voltados para a sua clientela: o Manufacturer´s Record, dirigido aos industriais, e a Southern Farm Magazine, distribuída para os fazendeiros.

A propriedade de jornais não bastava e Rockefeller desencadeou uma ação que deixaria com água na boca muitos empresários e não poucos assessores de imprensa de hoje. Através da Jennings Publishing Company, de Ohio, firmou contratos com mais de cem jornais para supressão de toda e qualquer menção prejudicial à sua pessoa ou aos seus negócios.

Uma outra cláusula obrigava a publicação de artigos preparados pela sua empresa, a Standard Oil, apenas sob a forma de reportagens ou editoriais, jamais como publicidade. A idéia entusiasmou outros empresários. Um contrato semelhante foi assinado, por exemplo, entre a ferrovia Southern Pacific e o jornal Examiner.

Rockefeller utilizava, em relação à mídia, métodos e padrão moral semelhantes aos usados na construção do seu império, baseado na sabotagem dos concorrentes e em conluios e manipulações para aplastar as produtoras de petróleo independentes. A mesma coerência mostrou Jay Gould.

O New York World, adquirido em 1879 e vendido para Joseph Pulitzer quatro anos depois, era o seu instrumento para manipular o mercado de ações, desacreditar concorrentes e apresentá– lo como paladino da luta contra os monopólios, uma maneira de diminuir a má repercussão dos golpes que aplicava ao mandarim das ferrovias, Cornelius Vanderbilt, e a John Pierpont Morgan no mercado de ações e no setor de estradas de ferro.

Mais insidiosa e eficaz foi a sua manobra para se apropriar da Western Union Telegraph Company e, por meio desta empresa, da Associated Press, a principal agência de notícias nos Estados Unidos. Informações distorcidas para beneficiar os seus negócios, notas positivas a seu respeito e notícias fabricadas contra os movimentos grevistas e em favor do capital eram distribuídas e publicadas por

O efeito dos magnatas americanos sobre a mídia não se restringiu à ação direta. Rockefeller fundou as universidades de Chicago e Stanford; Vanderbilt, as batizadas com o seu nome. Morgan criou o Drexel Institute, além de aportar milhões de dólares para a Universidade Harvard. O financiamento dessas e de outras instituições foi uma operação casada com a imposição, por meio da demissão de professores críticos, de um padrão de ensino de economia altamente favorável aos barões ladrões.

Centralizado na história de negócios laudatória aos empreendedores, esse modelo foi a base de inúmeras revistas dedicadas a tecer loas aos empresários. Com esse lastro ideológico, as práticas rasteiras dos barões ladrões, autores, é bom lembrar, de transformações cruciais para a economia, adquiriram legitimação social.

Não por acaso os grandes meios de comunicação quase sempre poupam empresários e banqueiros e referem– se a eles apenas para enaltecer o brilhantismo das suas jogadas mercadológicas e publicitárias. Essa é a regra e aqueles que fogem do roteiro sabem muito bem das agruras que os esperam.

Tamanha ascendência do dinheiro privado sobre a informação de interesse público só se explica pelo total entranhamento da razão empresarial no Estado, nas instituições democráticas, na mídia e na opinião pública.

A história mostra, no entanto, que nem a razão empresarial nem o domínio da mídia são infensos às grandes crises econômicas, que costumam demolir, em poucos anos, décadas de submissão e de aulicismo, como se viu após a derrota dos monopólios simbolizada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929.

Os livros contam também que nem mesmo nos piores momentos deixaram de existir jornalistas comprometidos com o interesse público e que a sua resistência foi decisiva para o ressurgimento e a revitalização da imprensa crítica.

Carlos Drummond é jornalista e coordenador do curso de Jornalismo da Facamp – Faculdades de Campinas Carlos Drummond.’