Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O Estado de S. Paulo

‘The New York Times. Na preparação para sua campanha de reeleição para o Senado americano, Hillary Clinton está apresentando uma faceta que poderia ter causado grande hesitação em seus partidários alguns anos atrás. Nada capta melhor essa nova faceta que o site que sua campanha lançou esta semana na internet: ele retrata sua firme posição sobre defesa nacional e seu desejo de reduzir o número de abortos.


Nos últimos meses, Hillary tem embaralhado as expectativas das pessoas que a julgavam por seus anos na Casa Branca ao lado do então presidente Bill Clinton. Ela apareceu publicamente com o republicano Newt Gingrich, seu antigo inimigo político. Chamou o aborto de ‘escolha triste, trágica mesmo’. Defendeu com firmeza seu voto autorizando o presidente George W. Bush a ir à guerra no Iraque. É um distanciamento marcante em relação a cinco anos atrás, quando ela era vista como uma democrata feroz.


Hoje, muitos republicanos admitem, meio a contragosto, ter respeito por Hillary como senadora e dizem que muitas vezes encontram terreno político comum com ela. Hillary não se tornou a extremista política que muitos de seus críticos esperavam que seria – e fez e disse coisas que surpreenderam tanto inimigos como aliados.


Embora tenha encontrado aliados no lado republicano do Congresso, seus pronunciamentos públicos e posições sobre algumas questões provocaram suspeitas de que ela está preparando o terreno para disputar a presidência.


A verdade é que Hillary Clinton desafiou qualquer rótulo ideológico simplista desde que entrou no Senado, onde tem caminhado para o centro em questões como assistência médica, bem-estar, aborto, moralidade e defesa nacional, para citar algumas.’


 


CBS NEWS


Saul Hansell


‘CBSNews vai investir mais na internet’, copyright O Estado de S. Paulo, 14/7/05


‘The New York Times. A CBS News está se voltando para si mesma. Como parte de uma ambiciosa tentativa de reavivar a CBSNews.com com uma ampla variedade de noticiários de vídeo produzidos apenas para uso no seu site na internet, a empresa informou que também vai lançar um blog na Web para comentar os noticiários da CBS, sejam eles transmitidos pela televisão ou online.


A ser escrito por Vaughn Ververs, que já foi o editor do ‘The Hotline’, um site que cobria política, o blog na Web, denominado ‘Public Eye’, irá reunir perguntas dos telespectadores e críticas de várias fontes e imediatamente vai repercutir as reações da sala de redação da CBS. Esta medida surge depois que a credibilidade da CBS News foi questionada no ano passado, quando a emissora levou ao ar uma reportagem afirmando que o presidente Bush tinha inadequadamente usado sua influência política para escapar de serviço na Guarda Nacional. A rede reconheceu, mais tarde, que a reportagem se apoiou em documentos que não puderam ter a autenticidade confirmada.


A CBS News vem perdendo audiência. O programa ‘CBS Evening News’ tem menos espectadores do que os noticiários da NBC e ABC. Na internet, o site CBSNews.com está em 17.º lugar como destino de noticiário mais procurado.


A CBS é uma das gigantes da mídia que estão expandindo suas atividades na internet, com o objetivo principal de ir atrás dos dólares de publicidade que estão se transferindo para a divulgação online. No ano passado, ela adquiriu o controle total do site SportsLine.’


 


TV DIGITAL


Martha Beck


‘Ministro descarta padrão brasileiro de TV digital’, copyright O Globo, 14/7/05


‘BRASÍLIA. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, descartou ontem a possibilidade de o Brasil desenvolver seu próprio padrão de TV digital. Segundo ele, o país pode até ter capacidade técnica para fazê-lo, mas, como o custo é muito alto, não há condições para que isso ocorra. Costa disse que o importante agora é escolher qual padrão adotar: o americano, o europeu ou o japonês:


— Não vamos reinventar o padrão de TV digital. Se a roda já existe, por que reinventá-la?


O ministro disse que quer organizar uma reunião com ministros das Comunicações dos países do hemisfério, incluindo Estados Unidos e Canadá, para discutir a TV digital, devido à posição estratégica do brasil na América Latina.


— Ao decidir o padrão, o Brasil pode influenciar vários países da América Latina. Acho essa discussão da maior importância — disse Costa.


Segundo Costa, a reunião pode ocorrer em dois meses. Ele disse que pedirá a ajuda da Comissão de Comunicações da Câmara dos Deputados e do Itamaraty para realizar o evento, e ressaltou que isso não significa uma preferência pelo padrão americano:


— Faremos o mesmo com europeus e japoneses.


Sobre as pesquisas encomendadas pelo ministério na gestão Miro Teixeira sobre o desenvolvimento de um padrão brasileiro, Costa disse que houve muita confusão em torno do assunto. Segundo ele, as pesquisas tratam apenas da adaptação para o Brasil do padrão que for adotado.


Costa frisou que a discussão sobre TV de alta definição está inserida no tema TV digital, mas será mais demorada.’


 


BRASIL FEITO À MÃO


Folha de S. Paulo


‘Série desvenda o artesanato brasileiro’, copyright Folha de S. Paulo, 14/7/05


‘Desvendar o artesanato brasileiro é a (um pouco pretensiosa, mas a bem-intencionada) proposta da nova série do GNT, ‘Brasil Feito à Mão’, cuja estréia acontece hoje, às 22h30.


Muito mais interessante do que a descoberta do que se produz nas pequenas e várias cidades que fazem artesanato no país é a ponte que o programa faz entre a simplicidade de um Brasil quase esquecido, o das artesãs do deserto do Jalapão, em Tocantins, com belas peças de capim-dourado, o das rendeiras de Piauí, e um Brasil mais modernizado, o das estilistas e arquitetos conceituados que vêem beleza no trabalho rústico feito nesses cantos do país.


‘Quero fazer renda até morrer’, diz dona Ozita, no segundo capítulo da série, enquanto, agilmente, embaralha os bilros para tecer uma blusa. Ela é uma das belas personagens da vida real que brilham na tela e tem muito mais a dizer, diga-se de passagem, do que os representantes do Brasil mais moderno, como, por exemplo, o estilista Walter Rodrigues -mesmo que ele tenha seu mérito por ter levado à passarela o trabalho das rendeiras do Morro das Marianas, no Piauí. Outra personagem reveladora do segundo programa da série, é dona Benedita, que dedicou a vida toda à tecedura do filé (tipo de renda característico de Alagoas). Numa casa simples da cidade de Marechal Deodoro, a alegre senhora passou os anos ensinando sua técnica às suas ‘conterrâneas’. Suas aprendizes formaram o núcleo de Artesãs de Massagueira e hoje têm um ‘ponto’ alugado, onde vendem suas bolsas e peças de roupas para os turistas, como explica a rendeira Maria Célia, que, no final do programa, dá mais uma lição da riqueza do Brasil: ‘Nós tentamos colocar nossa cultura no que fazemos e abrimos nosso coração para criar’.


Brasil Feito à Mão


Quando: estréia hoje, às 22h30, no GNT’