Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O Estado de S. Paulo


MÍDIA & GOVERNO
Fernando Henrique Cardoso


Vigiar sem punir


‘Tomo emprestado, modificando-o, o título de Michel Foucault, assim como poderia ter intitulado este comentário Crime sem castigo, parodiando Dostoievski. Não que eu tenha a pretensão de analisar os fatos com a argúcia filosófica de um ou a dramaticidade estilística do outro. Quero apenas reiterar o óbvio: quanto mais apregoamos a vigência de leis, regras e sanções, na prática, mais as desmoralizamos.


Nesta semana os jornais noticiaram um episódio pouco comum: governo cede e oposição ganha a presidência da mais nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a dos cartões corporativos. Suspeita-se que houve acordo espúrio. Tudo isso com o pretexto de `preservar´ os presidentes Lula e FHC. Eu não tenho a mínima idéia sobre acordo algum. O estranho é que nunca se viu governo patrocinar esse tipo de CPI, até porque todos os documentos pertinentes, deste e dos governos anteriores, estão nas mãos do próprio governo. Bastaria investigar, denunciar, punir e pronto. Além do mais, a instalação de qualquer CPI deve versar, como manda a Constituição, sobre `fato determinado´. Por que essa restrição constitucional? Para evitar justamente a `devassa´, ou seja, a possibilidade de manobra política que tenha como objetivo desmoralizar e não apurar. Ora, no caso em pauta se partiu do abuso no uso dos cartões corporativos no atual governo e da suspeita de mau uso de excessiva soma de dinheiro retirada pelos portadores desses cartões sem nenhum comprovante de despesas. Esses são os fatos concretos, `determinados´, que dão margem à abertura de uma CPI.


Por que, então, ampliar a investigação para alcançar o governo anterior? Haveria, ou há, uma hipótese: se no curso das investigações se viesse a esbarrar com algo errado ocorrido no passado. Não foi o caso, pelo menos até agora. Então por quê? Para politizar as investigações e usar duas táticas: dizer, ameaçadoramente, `olha que eu investigo você também´ ou insinuar que os dois governos são `farinha do mesmo saco´. A tática de igualar tudo desmoraliza a política e impede que o eleitor faça uma escolha fundamentada: sendo todos iguais, dá no mesmo votar em qualquer um.


Este o maior risco desta CPI, ou seja, o de jogar todo mundo na vala comum e desmoralizar ainda mais a política, não o risco do cambalacho entre governo e oposição. Até porque o estrelismo parlamentar, os interesses do governo, a competição entre os veículos da mídia tornariam letra morta qualquer acordo uma vez iniciados os trabalhos. Fosse só essa a conseqüência dessa CPI, nos termos em que ela foi proposta, já seria ruim, mas haveria a justificá-la a luta pela maior transparência no uso do dinheiro público. Mesmo que o governo anterior sofresse um arranhão estaríamos revigorando a democracia e a decência. Mas, infelizmente, não é assim. Dificilmente ocorrerão punições, uma vez que nos casos do passado os eventuais delitos estarão prescritos. E, no caso atual, o governo se tem mostrado renitente em aceitar denúncias contra seus membros e retificar condutas, salvo quando obrigado por decisão judicial, geralmente morosa. A CPI poderá resultar em crime sem castigo, se houver comprovação de abusos sem correção ou em castigo sem crime, se nada for apurado e denúncias sem fundamento levarem o povo a pensar que `sempre foi assim´.


Sou pessimista quanto aos efeitos que mais essa onda de escândalos terá para melhorar o desempenho do governo. Ele já usou demais o cachimbo. Mesmo assim, prefiro que a revelação dos fatos prossiga, confiando na máxima `água mole em pedra dura, tanto bate até que fura´ e esperançoso em ver a Justiça decidir com maior presteza e empenho. Meu desencanto decorre de episódios conhecidos. A ministra que usou dinheiro público em um free shop, por exemplo, apenas se equivocou, é `boa companheira´, dizem os governantes. Pode até ser, mas nada justifica que se passe a mão em sua cabeça. Nem em preservar o sigilo de gastos em nome da segurança do Estado. Há gastos sigilosos legítimos a serem preservados da luz pública imediata, embora devam ser justificados na instância apropriada. O mau uso de gastos com a segurança, se houver, constitui delito, como qualquer outro abuso do dinheiro público. Seria simplesmente pueril alegar sigilo para proteger gastos realizados, digamos, há mais de 12 meses. Sua publicidade não pode pôr em risco a segurança das pessoas.


Não me surpreendo mais com cinismo algum. Depois que o próprio presidente, assessorado por algum advogado de porta de cadeia, categorizou como `mero´ crime eleitoral toda a lambança do mensalão, quem há de? O que me revolta é o clima de que `todos são iguais´.


Tal generalização não pode ser aceita passivamente, sob pena de ficarmos sempre a esperar um salvador da pátria, puro e incorruptível (que geralmente se corrompe no poder), pois `os que estão aí´ são todos iguais. Na política não há anjos ou demônios, mas há homens públicos de diferentes qualidades morais e estas contam. Podem não contar eleitoralmente, mas contam para a construção de um país mais decente. Somos falíveis, naturalmente, podemos errar. Mas acobertar o que é crime, chamando-o de engano, é incentivá-lo. Desrespeitar a Comissão de Ética do próprio governo chamando suas advertências de `bobagem´ é nivelar por baixo, confundindo o justo com o delituoso.


Isso tudo leva à descrença na democracia. Vivemos um paradoxo: o de uma sociedade cada vez mais vigiada (pelos órgãos do Estado, pela mídia, pela internet, etc.) e cada vez menos capaz de distinguir condutas e de punir crimes. Pior, o de uma sociedade cada vez mais indiferente à transgressão, como conseqüência da impunidade. A anomia chegou a tal ponto que denúncias em tribunais estrangeiros sobre propinas dadas a personalidades da administração não provocam sequer a reação retórica do acusado, que nem se dá ao trabalho de dizer: vou processar o caluniador. Enquanto isso o presidente da República, permanentemente no palanque, se dá ao desplante de distorcer e enganar o povo, menosprezando tudo o que foi feito por seus antecessores, apresentando-se como o único político que `ajudou os pobres´, gabando-se da inauguração da casa cujos alicerces e paredes se construíram com sua oposição constante. Cinismo igual a República nunca viu.


Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República’



TELEVISÃO
Etienne Jacintho


Quem são os seis resgatados?


‘O flashforward que mostrou uma discussão entre Kate (Evangeline Lilly) e Jack (Matthew Fox), no fim da 3ª temporada de Lost, foi uma injeção de adrenalina para afastar o marasmo que dominou parte do último ano da série. A cena final manteve alta a expectativa para a estréia do 4º ano, amanhã, às 21 horas, no AXN.


O tal do flashforward, que mostra personagens fora da ilha, supostamente resgatados, fez tanto sucesso, que é a chave do início desta nova temporada. Quem abre a sessão futurista é Hugo Hurley (Jorge Garcia). Ele diz em cena: `Sou um dos seis do vôo da Oceanic Air.´ Ou seja, lança a primeira questão do ano. Quem são os seis personagens que conseguiram sair da ilha?


Nos primeiros quatro episódios exibidos nos EUA, cinco personagens aparecem fora da ilha. E essa informação foi mantida em total segredo antes da estréia de Lost nos Estados Unidos. Quando o Estado foi a Los Angeles entrevistar parte do elenco da série, os atores nada podiam dizer. `Durante as gravações dos flashforwards, os fotógrafos que ficam no set para fazer fotos de divulgação da série foram obrigados a se retirar´, contou Naveen Andrews, o Sayid. O papo foi em novembro, quando Lost tinha sete episódios gravados.


Andrews até quis falar sobre a virada que a história dará nesta 4ª temporada, mas não soube como dizer. `É tão difícil falar algo sem revelar o que eles não querem que a gente revele. Como posso explicar? É impossível! Desculpe´, disse o ator. Pouco depois, tentou novamente. `Você saberá que algumas pessoas saíram da ilha, já que as verá no futuro. Como isso acontece, você não verá, mas saberá o que essas pessoas se tornaram´, revela. `Para alguns de nós, foi uma virada incrível.´ Para o personagem de Andrews, a virada foi incrível mesmo. Está tudo no 3º episódio, o melhor da nova safra até agora.


Elizabeth Mitchell também conversou com o Estado e, assim como sua personagem Juliet, foi enigmática: `Haverá um flash de Juliet, mas não sei se será back ou forward´, disse ela. `Este ano, a cada episódio, todos que estão na ilha participam. E as pessoas continuam vivendo e morrendo – a gente sabe quem vai viver e morrer´, afirmou, sem dar detalhes.


Há uma única certeza: apesar de deixar mais perguntas no ar, o 4º ano de Lost não vai afastar nem entediar os fãs. Viagem feita a convite do AXN’



Alline Dauroiz


Eles erram, o povo ri


‘Há 20 anos eles torcem para que algo dê errado na gravação dos programas e novelas da Globo. E não estamos falando da concorrência. Trata-se da equipe do Falha Nossa, um dos quadros mais antigos do Vídeo Show, programa da Globo que este ano faz bodas de prata (25 anos).


Os primeiros erros da televisão foram ao ar em 1984, mas o quadro ganhou esse nome em 1988. Segundo o diretor Mariozinho Vaz, cerca de 30% dos 3 mil e-mails recebidos diariamente pela produção do Vídeo Show são de telespectadores pedindo mais erros no quadro e reprises de gafes memoráveis. Vaz atribui todo esse sucesso à humanização do ator. `O público acha graça em ver que o ator é de verdade, que ele erra, cai, espirra, se desconcentra, se assusta…´


Para conseguir as imagens, a produção conta com a `camaradagem´ (e uma dose de tiração de sarro) dos diretores. `É uma parceria. Assim que algo engraçado acontece, eles nos mandam. Por exemplo, em uma das últimas cenas do Luiz Carlos Tourinho (que morreu dia 21/1) em Desejo Proibido, ele sentou em uma agulha. Foi hilário! O Marcos Paulo (diretor da novela), me ligou na hora dizendo: `Mário, tenho coisa boa pra você´.´


E nesses anos, nem atores consagrados ficaram impunes. `Em O Rei do Gado, Carlos Vereza estava morto em um caixão e dormiu em cena, até roncou. Essa eu não esqueço. Se Deus quiser, coisas vão continuar dando errado.´’



Patrícia Villalba


Amazonas atrás das grades


‘Mulheres no limite e a capacidade de redenção são dois dos pilares de Capadocia, série original que a HBO estréia hoje, às 22 horas, em toda a América Latina. Mas, ao contrário do que o tema pode sugerir, não é uma história dos efeitos do encarceramento sobre a mente feminina – as moças de Capadocia não estão na tela para frescuras.


Carregada de cenas de sexo e violência, a série só não choca mais porque já não somos espectadores tão puros, depois de Amores Brutos e Tropa de Elite. Mas o impacto da superprodução é grande.


O eletrizante capítulo que vai ao ar hoje – Gênesis – conta como foi fundado o moderno presídio, a partir de interesses de empresários inescrupulosos e políticos corruptos. É que, depois de uma sangrenta rebelião das detentas, o governo mexicano se dá conta de que pode transferir a responsabilidade para uma empresa privada, que compra o presídio e, em última análise, se torna proprietária de suas encarceradas.


Neoliberalismo, superpopulação carcerária, tráfico de drogas e trabalho escravo são os ingredientes. `A série propõe ampliar a discussão sobre a privatização do sistema carcerário, em pauta não só no México, mas em toda a América Latina´, diz ao Estado Verónica Velasco, da mexicana Argos, produtora associada da HBO.


Há pelo menos 15 anos, Verónica visita presídios femininos mexicanos – especialmente o de Santa Marta, na capital – e ouve o que as detentas têm a dizer, já com a idéia de contar as histórias delas. `Agora, o que finalmente vai ao ar é uma série de criação coletiva´, explica a produtora.


A discussão sobre o empoeirado judiciário latino é pano de fundo, mas no primeiro plano estão as histórias pessoais das detentas, que vão sendo apresentadas ao longo da série – num esquema de roteiro semelhante ao de Carandiru, de Hector Babenco. Ana de la Reguera, uma das atrizes mais festejadas da nova geração mexicana, encabeça o elenco de intérpretes notáveis – Cecilia Suárez, Cristina Umaña e Dolores Heredia, todas estrelas na América Espanhola, mas pouco conhecidas aqui.


Ana é Lorena, uma mãe de família perfeita que, numa reviravolta, é presa por homicídio. Como tem dinheiro, entra em Capadocia acreditando que tudo vai se resolver logo. Depois, quando vem o `carcelazo´ – gíria mexicana que define o momento de desolação em que a presa se dá conta de que está enjaulada – , ela muda radicalmente. `A sociedade castiga muito mais as mulheres que vão presas do que os homens. Em geral, elas são abandonadas, nunca recebem visitas. Os homens, sim´, teoriza a atriz. `As famílias se desintegram quando as mulheres são presas, mas não acontece o mesmo quando os homens são presos. Elas dão suporte, assumem o sustento dos filhos, tudo.´ Viagem feita a convite da HBO’



PROPAGANDA
O Estado de S. Paulo


DEM pode perder tempo de propaganda


‘A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo pediu cassação integral da propaganda do DEM – no semestre seguinte ao julgamento da ação – sob a acusação de promoção pessoal do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Segundo as representações, nos dias 14, 16, 18, 21, 23 e 25 de janeiro, o DEM veiculou na TV quatro tipos de propaganda para promover Kassab. A sigla tem 5 dias para apresentar defesa.’



PRÊMIO
Marili Ribeiro


´Estado´ premia seus leitores


‘O jornal O Estado de S. Paulo resolveu inovar em sua tradicional promoção de incentivo às assinaturas. Este ano convidou os próprios assinantes para participarem da escolha dos prêmios.


Das seis alternativas de modelos de automóveis apresentadas na primeira etapa da campanha, os leitores votaram pela internet, no site do jornal, em duas possibilidades. As mais votadas entraram agora em disputa com a largada da `Promoção ÃO do Estadão´. As marcas escolhidas pelos leitores foram o Chevrolet Vectra GTX e o Toyota Hylux SW4.


A partir de hoje, para participar do sorteio basta recortar o cupom da promoção, que sairá todos os dias no jornal, e enviar para a Caixa Postal 05941-960. O primeiro deles será no 10 de abril. Ao todo vão ser sorteados cinco Vectras e uma Hilux. Mais detalhes da promoção, assim como as datas dos outros sorteios, estão impressos no regulamento da campanha.


FIDELIZAÇÃO


A proposta de envolver os assinantes antes mesmo do lançamento da campanha, o que é inédito nas ações de marketing do Grupo Estado, tem a finalidade de valorizar o relacionamento dos consumidores com o jornal. Essa é uma tendência em expansão nas estratégias de incentivo que buscam cada vez mais `falar´ com o seu consumidor. Entender o que quer esse consumidor. Isso porque, ao se sentir mais comprometido, o leitor responde melhor ao apelo da fidelização, dizem os gurus do marketing moderno.


´O jornal vem apresentando nos últimos anos um aumento constante no número de assinantes, fruto da qualidade editorial e também do incremento de ações de relacionamento com eles´, diz Antonio Hércules Jr., diretor de Mercado Leitor do Grupo Estado. `Campanhas como essa, com premiação, já mostraram bons resultados, com aumento médio em torno de 8% na captação de novos assinantes nos dois últimos anos. Isso fora a fidelização dos que já estavam em nossa carteira´, acrescenta.


CONTEÚDO


Para as agências envolvidas no desenho da proposta, o desafio é criar campanhas compatíveis com o elevado grau de exigência do leitor do jornal. `Quando pensamos as promoções para o Estadão, sempre procuramos nos diferenciar e ressaltar a qualidade do conteúdo de cada edição que vai chegar às mãos do assinante´, diz João Livi, diretor de Criação da agência de propaganda Talent. `O leitor do jornal não busca apenas o prêmio pelo prêmio, ele quer inteligência. Logo as campanhas promocionais têm de ter a sutileza de passar essa sensação.´


A Talent responde pelo desenvolvimento de todas as peças de comunicação que terão veiculação no jornal e no site, e também pelos filmes para televisão e os spots para rádio.


A ação de comunicação que criou a enquete que escolheu os veículos a serem sorteados, assim como o desenvolvimento do site de votação e anúncio do cupom de participação, ficou a cargo da Agência de Relacionamento Fábrica Comunicação.’



INTERNET
Ethevaldo Siqueira


Um mapa da mina para informação tecnológica


‘Responda, leitor: que quer dizer Kitty Hawk? Para quem não se lembra ou não sabe, esclareço que esse nome duplo se refere pelo menos a três coisas:


1. pequena cidade norte-americana no litoral da Carolina do Norte (onde em dezembro de 1903 um casal de velhinhos teria testemunhado o primeiro vôo dos irmãos Wright);


2. super porta-aviões norte-americano, USS Kitty Hawk;


3. grafado numa única palavra (Kittyhawk), refere-se a um projeto da IBM para construção de um supercomputador e uma plataforma internacional compartilhada, capaz de armazenar e processar todo o conteúdo mundial da internet.


É claro que eu cheguei a essas respostas a partir de pesquisa no Google e no Yahoo, passando em seguida para outros sites mais específicos para checar com maior precisão as respostas iniciais.


A maioria dos usuários sabe que 40% da informação armazenada na web é lixo. Como separar o joio dos 60% de trigo ou da boa informação tecnológica mais confiável e mais atualizada? Esse tem sido um dos grandes desafios que tenho enfrentado – em várias fontes – universidades, laboratórios, congressos, seminários ou na internet. Concentremo-nos no potencial da internet, que é, de longe, o maior repositório de informação do planeta.


No futuro, teremos, seguramente, ferramentas de busca que nos fornecerão informações muito mais confiáveis, que serão testadas, checadas, como as da Britânica (Encyclopaedia Britannica). Enquanto não chegam essas novas ferramentas, temos que criar a melhor lista de sites confiáveis, a partir de nossa experiência pessoal ou de outros.


É com base nessa experiência que indico hoje ao leitor uma dúzia de sites mais confiáveis para sua informação tecnológica, de acesso gratuito a todo o seu conteúdo. Ei-los:


http//:slashdot.org – um dos melhores sites colaborativos de notícias para nerds, cobrindo praticamente tudo que possa interessar a quem gosta de computadores, celular, microeletrônica, satélite, fibras ópticas, nanotecnologia, telecomunicações, software e eletrônica de consumo.


www.eetimes.com – este site da revista inglesa Electronic Engineering Times, editora CMP, é um dos melhores da área de eletrônica em todo o mundo.


www.space.com – criado por Lou Dobbs, da CNN, para divulgar noticiário diário sobre aspectos mais especializados do setor espacial como diz seu nome, é um dos mais completos e confiáveis nas áreas de espaço, satélites e astronáutica.


www.nasa.gov – site oficial da Administração Nacional para Aeronáutica e Espaço (Nasa, sigla de National Aeronautical & Space Administration). Nele, o leitor encontra seções sobre o ônibus espacial (Space Shuttle), a estação espacial, o telescópio espacial Hubble, a Terra, o universo, o sistema solar, a Lua e Marte, aeronáutica, tecnologia espacial, Nasa na Sua Vida e história da Nasa. Para os leitores apaixonados pelo tema, bem como para profissionais ou aficionados que buscam informações ainda mais especializadas, sugiro cadastrarem-se no site seguinte:


www.spacemart.com – Cobrindo o mercado de produtos e serviços espaciais, este site abre links para áreas específicas em outros sites, como: www.solardaily.com; www.spacewar.com; www.space-travel.com; www.marsdaily.com; www.moondaily.com; e www.terradaily.com.


www.media.mit.edu – Este é o site do Media Lab, o Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). Fundado em 1985 pelo prof. Nicholas Negroponte, esse laboratório estuda o desenvolvimento dos meios de comunicações e seu futuro.


www.wikipedia.org – Este é o site da maior enciclopédia colaborativa do mundo, a Wikipedia, com as janelas e links dos principais idiomas: inglês, francês, japonês, espanhol, alemão, polonês, italiano, português e sueco, além de mais de 200 outras línguas. É só clicar no site no idioma escolhido. É claro que, como toda enciclopédia, a Wikipedia tem uma variedade de informação que vai muito além da tecnologia. Entre as coisas mais curiosas, o leitor redescobre na Wikipedia, por exemplo, línguas como o Esperanto (uma língua artificial falada por 2 milhões de pessoas no mundo), com quase 100 mil artigos, ou o Papiamentu (uma mistura de português, espanhol, holandês e línguas africanas, falado em ilhas do Caribe e em Timor Leste), com apenas 126 artigos.


www.classicalarchives.com – Este é, talvez, o maior e mais completo site da web para quem gosta de música clássica. (Seu endereço abreviado é www.prs.com.) Na semana passada, ele abrigava 40.055 obras de 2.093 compositores. Os arquivos são oferecidos em formato WMA e MP3, e também em Midi (Music Instrument Digital Interface). Visitantes gratuitos cadastrados podem acessar 5 arquivos por dia, à exceção dos gravados em MP3 Hi-Fi e outros com restrições. Assinantes pagos (US$ 25 por ano) podem acessar mil arquivos por mês, incluindo os de alta fidelidade (Hi-Fi MP3 e concertos).’



Mariana Barbosa


Internet e celular invadem aviões


‘A última fronteira sem conectividade está para ser rompida. Para a angústia de quem gosta do `álibi´para não ser localizado, ou felicidade de quem não consegue se desplugar, a internet e o celular estão começando a embarcar nos aviões.


De acordo com a consultoria britânica Inflight Management Development Centre (IMDC), no período de 2008 a 2012, as companhias aéreas vão investir US$ 4,6 bilhões em sistemas de entretenimento de bordo de última geração. `O modo como as pessoas voam vai mudar dramaticamente nos próximos cinco anos´, disse ao Estado o presidente da IMDC, Walé Adepoju. `As tecnologias que permitirão aos passageiros se manter conectados, informados e entretidos estão se desenvolvendo muito rapidamente.´


A IMDC estima que, dos 16 mil jatos comerciais que deverão ser entregues entre 2008 e 2012, pelo menos 3 mil sairão de fábrica com sistemas que permitem acessar a internet, ver televisão ou falar ao telefone.


O ano começou com a Air France anunciando um novo serviço que permite mandar e receber mensagens de texto e e-mail pelo celular a bordo de jatos Airbus A318, até uma altura de 10 mil pés.


O sistema, de nome OnAir, funciona apenas na Europa, por meio de acordos de roaming com empresas de telefonia em todo o continente. A tecnologia deve estar disponível, ainda neste ano, em vôos da portuguesa TAP e das companhias de baixo custo British Midlands Airways e RyanAir.


Outra novidade que está se disseminando muito rapidamente é o sistema digital de áudio e vídeo sob demanda, disponível em monitores individuais instalados nas costas dos assentos. Na era da individualidade hi-tech, cada um assiste como, quando e o assunto que quer. O sistema permite a interação entre os passageiros, que podem trocar mensagens ou até disputar partidas de videogame, como se estivessem em uma lan house.


Em muitas companhias aéreas, é possível acompanhar o progresso do vôo por meio de um canal de mapas animados e de imagens captadas por câmeras do lado de fora do avião. A capacidade desse tipo de sistema varia de companhia a companhia e de classe a classe.


OPORTUNIDADE


Algumas empresas, como a JetBlue, viram no entretenimento de bordo uma nova oportunidade de negócios. A companhia americana, que desde 2000 oferece mais de 20 canais de televisão de graça em todos os seus vôos, adquiriu a empresa provedora do serviço a LiveTV em 2002. Hoje, a LiveTV está presente em outras oito companhias aéreas.


A conexão a 35 mil pés não sairá de graça. De acordo com o presidente da IMDC, a tendência entre as companhias aéreas é cobrar por serviços de conexão à internet. `As companhias low cost serão mais agressivas na cobrança por esses serviços, enquanto as companhias tradicionais devem se pautar mais pelas necessidades de oferecer novidades para enfrentar a concorrência, sobretudo em vôos de longo curso, do que em receita de curto prazo´, afirma Adepoju. Enquanto o acesso à internet – seja no monitor do avião, ou com laptops e Blackberries do próprio usuário – será cobrado, a programação de televisão deve ser oferecida de graça.


O Brasil está distante das mais modernas tecnologias. A maioria das companhias estrangeiras reservam seus sistemas mais modernos para outros destinos ou, em alguns casos, apenas para as `classes privilegiadas´. Dentre as estrangeiras que voam para o Brasil, o sistema de entretenimento de bordo da Emirates – premiado internacionalmente – é o que há de mais moderno e democrático, pois está disponível em todas as classes. Além da opção de mais de 300 filmes e milhares de músicas e joguinhos em monitores individuais, todas as poltronas dos aviões são equipadas com um aparelho de telefone. A ligação custa US$ 5 o minuto e a conta é paga na hora, com cartão de crédito. É possível ainda mandar e receber mensagens de texto, por US$ 1, e acessar serviços de e-mail por meio de conexão Wi-Fi.


Dentre as empresas brasileiras, a TAM já oferece monitor individual nas poltronas de todas as classes nos jatos A330. Por enquanto, existe apenas a opção de seis filmes. Mas a companhia está investindo US$ 60 milhões na modernização do sistema. Além de um cardápio bem mais abrangente de filmes e músicas, em breve será possível interagir eletronicamente com os companheiros de vôo.’



O Estado de S. Paulo


Embraer investe em wi-fi


‘Uma pesquisa feita pela Embraer com operadores de jatos da família E-190 em todo o mundo mostra que 72% têm interesse em internet a bordo, ante 26% de interessados em uso de celular. Diante dessa demanda, a Embraer está investindo em um novo sistema de wi-fi, que vai permitir aos passageiros navegar na internet usando os próprios laptops. `Ainda não temos data para oferecer esse sistema, pode ser ainda este ano ou no ano que vem´, afirma Rodrigo Silva e Souza, gerente de Estratégia de Produto para Aviação Comercial da Embraer. `Tem sido difícil achar um sistema com custo adequado para as companhias aéreas. O custo da transmissão de dados ainda é bastante alto, mas estamos pesquisando sistemas alternativos para tentar baratear.´ Atualmente, de 30% a 35% dos jatos da família E-190 já saem de fábrica com monitores individuais nos assentos.’



LITERATURA
O Estado de S. Paulo


Jornalista cria 27 contos narrados no ritmo da vida


‘Autor de duas dezenas de obras literárias para adultos e crianças, como O Calcanhar de Memórias e Cantigas de Ninar Homem, o jornalista baiano Luís Pimentel faz em 27 contos uma construção verbal sem rodeios e sem abrir mão do ritmo narrativo que parece se confundir com o da vida. Seus personagens são comuns – ele também privilegia humilhados e ofendidos. Em seus contos, desfilam a solidão, o desemprego, a violência, o grotesco e até os sonhos. O narrador é dono de enorme placidez e firmeza, a tragédia que ele descreve não é de gritos. Apesar dessa sensação, a loucura tem espaço entre uma história e outra para se manifestar em meio às banalidades. Não só ela, mas o humor e a ironia.’



PERSEU
Ubiratan Brasil


Um dossiê com a história dos trabalhadores


‘Como a esquerda brasileira prepara-se para encerrar um ciclo no poder central, torna-se bem vinda uma publicação que discuta a história de movimentos de esquerda no País. É o que propõe Perseu – História, Memória e Política (R$ 38, 352 páginas), revista editada pelo Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu Abramo. O primeiro número, lançado oficialmente na sexta-feira, traz um dossiê com os primeiros passos do Partido dos Trabalhadores.


Na apresentação, os editores deixam claro o caminho que pretendem seguir: ali, o leitor não vai encontrar a História contada em memórias, biografias, crônicas de caráter semijornalístico e revistas. Em Perseu, `avultarão os trabalhadores e suas organizações culturais, sociais e políticas e sua luta pela conquista dos direitos civis, políticos e sociais, em suas mais variadas formas´.


Assim, no primeiro artigo, O Partido dos Trabalhadores na Voz de seus Fundadores, o professor de história e economia Alexandre Fortes utiliza uma série de depoimentos para mostrar as trajetórias convergentes na formação do PT e o `papel das narrativas orais na construção e reconstrução de nexos entre passado e presente´. Foram selecionados 40 nomes cujo papel é considerado essencial na construção do partido e o texto traz o material de 22 entrevistas. Cada uma foi realizada a fim de demonstrar a relação entre a trajetória pessoal de cada entrevistado e sua inserção na história política e social brasileira. Foram ouvidos personalidades como Antonio Candido, Apolônio de Carvalho e Manoel da Conceição, entre outros.


No artigo seguinte, o professor de sociologia e antropologia Marco Aurélio Santana destaca as esquerdas em movimento: a disputa entre PCB e PT no sindicalismo brasileiro dos anos 1970 e 80. Sua intenção é mostrar como esses agrupamentos atuaram no sindicalismo nacional , travando uma disputa por sua hegemonia.


Em seguida, Carlos Henrique Metidieri Menegozzo, sociólogo especialista em arquivologia, traça uma bibliografia comentada do Partido dos Trabalhadores, no período entre 1979 e 1988. Trata-se de um levantamento de 65 referências, entre livros, artigos de revista, teses e dissertações para mostrar o nascimento do partido até o final da década de 80, quando foram conquistadas importantes prefeituras.


Perseu traz ainda um caderno de fotos que registram tal nascimento e uma seleção de artigos que detalham determinadas épocas do movimento trabalhista brasileiro. Contribuições para os próximos números podem ser enviadas para pesquisa@fpabramo.org.br’




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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.


Folha de S. Paulo – 1


Folha de S. Paulo – 2


O Estado de S. Paulo – 1


O Estado de S. Paulo – 2


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