Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

O Estado de S. Paulo

SARNEY
O Estado de S. Paulo

Senador usa jornal da família para se defender

‘O envolvimento do senador José Sarney (PMDB-AP) com a crise no Senado passa longe do noticiário do jornal da família, no Maranhão. Nas páginas de O Estado do Maranhão, fundado pelo próprio Sarney, só há espaço para as respostas do senador às denúncias que vem enfrentando e para a agenda positiva encampada por ele para tentar escapar da crise.

A ordem é mostrar Sarney como o homem que está solucionando os problemas do Senado. Na edição de ontem, por exemplo, o jornal estampou como manchete a reação à reportagem do Estado que revelou como a Fundação José Sarney, da qual o senador é presidente vitalício, desviou dinheiro de um contrato de patrocínio firmado com a Petrobrás. Classifica a reportagem como armação. ‘Fundação desmonta armação de jornal para atacar Sarney’, diz a manchete.

Nas páginas internas, o jornal de Sarney evita relacionar o senador às suspeitas de desvio na fundação. Abre espaço para a nota divulgada pelo presidente da entidade, o advogado José Carlos Sousa Silva, e, sem destaque, diz que Sarney, ‘demonstrando não ter nada a temer em relação ao caso’, determinou a instalação da CPI da Petrobrás.

O jornal repete o discurso de Sarney de que as denúncias seriam parte de uma campanha. ‘Desde que assumiu a presidência do Senado, Sarney vem sendo alvo de uma campanha para desestabilizar sua gestão.’ O editorial retoma o argumento, já usado pelo senador, de que seu afastamento da presidência do Legislativo fragilizaria o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

‘A guerra obstinada, aética e, em certa medida, insana, deflagrada por segmentos políticos que têm os tucanos como porta-vozes e principais interessados em fragilizar a estabilidade política do governo por meio da saída do senador José Sarney da presidência do Senado, chegou ontem a um limite intolerável’, afirma o editorial.

O Estado do Maranhão tem exaltado a ‘agenda positiva’ de Sarney. No último domingo, a manchete era ‘Sarney manda TCU fazer devassa em contratos do Senado’. Na quarta, chamada no alto da capa avisava: ‘Sarney anunciará medidas para fiscalizar uso de verbas públicas.’ Ao lado, o jornal apresentava a estreia da coluna ‘O Presidente responde’, assinada por Lula.

No dia seguinte, a edição destacava que ‘Mais de dois mil servidores do Senado poderão ser afastados’ – sem se referir aos familiares e agregados do clã Sarney pendurados na folha de pagamento do Senado. A foto principal era da governadora licenciada Roseana Sarney. Bem ao lado, o destaque era para o irmão dela, deputado federal pelo PV do Maranhão: ‘Sarney Filho é premiado por ONGs.’

Dona do Grupo Mirante, a maior organização de comunicação do Maranhão, a família Sarney controla a TV Mirante, afiliada da Rede Globo, e várias rádios em São Luís e no interior, além de um portal na internet.

O jornal O Estado do Maranhão é o maior do Estado, seguido por O Imparcial, dos Diários Associados, e pelo Jornal Pequeno, que faz oposição cerrada aos Sarney. O controle das empresas de comunicação da família é feito de perto pelo filho mais velho do senador, Fernando Sarney, alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de crimes financeiros.’

 

TELEVISÃO
O Estado de S. Paulo

Domingão faz maratona na Argentina

‘Desafios na água, na lama, esteiras rolantes… Vem aí mais uma daquelas gincanas repletas de tombos que fazem sucesso no Domingão do Faustão. Dessa vez, a competição ficou mais chique, é adaptação do formato da Endemol Wipeout e foi gravada no Parque Benavidez, em Buenos Aires (Argentina). Lá, 64 participantes, 16 por episódio, vão se enfrentar em muros de escaladas, camas elásticas e piscinas em uma competição dividida em quatro etapas. Batizada de Maratona do Faustão, a brincadeira estreia no dia 19, no Domingão, da Globo.’

 

Keila Jimenez

Dupla jornada

‘Autor da série policial A Lei e o Crime, Marcílio Moraes poderá ter jornada dupla na Record no ano que vem. Tudo porque a direção do canal encomendou a ele uma novela, para estrear em fevereiro de 2010. Marcílio já tem acertada com a rede a produção da segunda temporada de A Lei e o Crime, que, a princípio, seria para março, mas já foi adiada para o segundo semestre de 2010.

Nos próximos dias, Marcílio deverá entregar a sinopse do novo folhetim à emissora.

‘A história se passa numa cidade pequena, fictícia, e vai girar em torno de uma conspiração política, esportes radicais e casos de amor conflituosos’, conta o autor ao Estado.

A última novela de Marcílio na Record foi Vidas Opostas, em 2002.

A encomenda de um novo folhetim acaba engavetando a vontade do autor de transformar A Lei e o Crime em longa-metragem.

Já a nova fornada da série está garantida, com 23 episódios, ao custo de R$ 600 mil cada um. A ideia é manter o elenco principal, assim como a direção de Alexandre Avancini que, sem contrato com a Record, sofre agora assédio do SBT.’

 

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