Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Onda de jornais gratuitos
chega em julho a São Paulo


Leia abaixo os textos de quinta-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Quinta-feira, 29 de junho de 2006


DESTAK
Ana Paula Lacerda


Jornal gratuito começa a circular em São Paulo


‘O grupo português Cofisa e o empresário brasileiro Andre Jordan investirão 3,5 milhões no lançamento do Destak, jornal em formato tablóide que será distribuído gratuitamente na cidade de São Paulo a partir da próxima quinta. Do total, 30% do capital é do grupo Cofisa e 70% de Jordan.


‘O modelo do jornal gratuito cresce muito no exterior. Após pesquisarmos, vimos que o Brasil, e especialmente São Paulo, poderia ser outro local de sucesso para esse tipo de publicação’, diz o diretor comercial do Destak, Cláudio Zorzett. A tiragem inicial será de 200 mil exemplares por dia, distribuídos em universidades, shopping centers, centros empresariais, hospitais e nos cruzamentos de avenidas como Faria Lima, Paulista, Brasil e Europa.


‘Queremos conquistar o público urbano jovem, das classes B e C, principalmente aqueles que ainda não têm o hábito de ler jornal’, diz. ‘O sucesso de um jornal gratuito vem de uma boa distribuição e da flexibilidade da publicidade. Usaremos anúncios de vários formatos.’


A Cofisa também é dona de parte do Destak distribuído em Lisboa, cuja tiragem é 180 mil exemplares/dia. ‘Em 30 minutos, os leitores obtém ma boa base de informação,’ diz Zorzett.


O interesse pelo jornal gratuito se explica pelo sucesso que o modelo tem no exterior. O Metro, jornal gratuito da Metro International, é distribuído em 83 cidades e obteve US$ 302 milhões de receita em 2005. O espanhol 20 Minutos superou os 2 milhões de leitores do El País. Enquanto a circulação de jornais pagos em todo o mundo aumentou 0,56% em 2005, esse número acrescido dos jornais gratuitos chega a 1,21%. No Brasil, o crescimento em 2005 foi de 4,1%, chegando a 6,789 milhões de exemplares diários.


‘Os jornais precisam se reciclar a cada dia. O crescimento das vendas é pequeno, então os veículos precisam criar alternativas’, diz o vice-presidente da Fischer América, Claudio Venancio. Ele acha cedo para dizer se a onda dos jornais gratuitos se fortalecerá no Brasil. ‘Precisamos de mais tempo para ver como o mercado recebe um diário novo, gratuito, e também os vários jornais populares que estão surgindo. Mas, certamente, o anunciante terá mídias diferentes para analisar.’


O Destak, no entanto, não será o primeiro jornal gratuito do País. Desde 1974, o Metrô News é distribuído de segunda à sexta para as pessoas que utilizam o metrô de São Paulo. São 120 mil exemplares diários. ‘No passado, as publicações gratuitas eram confundidas com produtos inferiores. Nossa longevidade e os exemplos internacionais mostram que não é assim, e nos últimos anos o brasileiro mudou seu ponto de vista’, diz Marcelo Gomes da Costa, diretor financeiro da Folha Metropolitana, empresa que produz o Metrô News.’


TV DIGITAL
Gerusa Marques


TV digital japonesa é oficializada no Brasil


‘O governo dá hoje um passo decisivo para mudar a televisão aberta no Brasil. O presidente Lula assina às 10h30, em cerimônia no Palácio do Planalto, o decreto que estabelece as regras para a implantação da TV digital no País. São normas que vão mudar a cara dos 70 milhões de televisores existentes no Brasil ao longo dos próximos 10 anos, quando todas as TVs do País serão digitais. Também hoje será assinado um Termo de Compromisso entre os governos brasileiro e japonês, com a presença do ministro do Interior e da Comunicação do Japão, Heizo Takenaka, formalizando a adesão do Brasil ao padrão tecnológico japonês.


O decreto cria o Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T), que terá grande parte do padrão japonês, mas com inovações tecnológicas desenvolvidas aqui. As regras do decreto são importantes porque, a partir delas, emissoras e indústrias poderão começar a trabalhar para mudar os equipamentos de transmissão e a produzir os novos televisores.


Somente depois essa mudança é que a TV digital poderá começar a chegar à casa dos brasileiros, o que deve acontecer, numa previsão mais otimista, no final de 2007. E deve começar pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, avançando gradativamente para as demais capitais e outras grandes cidades. As redes de TV terão prazo de sete anos para cobrir digitalmente todo território nacional.


A população poderá continuar a usar o televisor que hoje tem em casa, que funciona no sistema analógico, até 2016, quando esse tipo de transmissão deixará de ser feito. Como os televisores digitais, que custam cerca de R$ 10 mil, ainda vão levar cerca de três anos para baixar de preço, o consumidor poderá comprar um conversor de sinais (‘set top box’), que é uma caixinha que transforma o sinal digital em analógico, o que vai melhorar consideravelmente a imagem, acabando com chuviscos e fantasmas. A estimativa é de que a versão mais simples desse conversor começará custando US$ 50 (cerca de R$ 110). Há um plano, inclusive, de financiar a compra desse aparelho, por meio de instituições financeiras. O consórcio de pesquisa que desenvolve o conversor é liderado pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), da Universidade de São Paulo (USP).


O governo quer usar essa caixinha, que tem as dimensões de um DVD, para promover a inclusão digital. Uma das condições básicas do modelo brasileiro de TV digital é a interatividade, que permite usar o conversor também para substituir o computador em funções próprias da internet, como ter um e-mail, fazer compras e acessar dados do FGTS e INSS, por exemplo. É que no Brasil somente 8% da população tem computador e 12% tem acesso à internet, enquanto 98% das residências possuem televisão.


A TV aberta, mesmo digital, continuará sendo gratuita e seu sinal passará a ser recebido também em aparelhos portáteis, como o telefone celular, e em aparelhos em movimento, instalados em barcos, ônibus e veículos em geral. Com a transmissão digital, a qualidade das imagens vai melhorar significativamente. Mas o padrão de imagem vai depender do modo em que for feita a transmissão, que pode ser em três níveis. O mais elevado deles será a alta definição, com imagens cristalinas e muito mais nítidas. A definição padrão tem qualidade um pouco inferior, podendo ser comparada à de um DVD. O nível mais baixo será a imagem projetada por um televisor analógico que tiver um conversor acoplado a ele. Os dois níveis mais altos somente poderão ser vistos por quem tiver o televisor digital.


A digitalização vai criar novos canais e aumentar a quantidade de programas que serão exibidos ao mesmo tempo, como na TV por assinatura. É que o sinal digital ocupa menos espaço no espectro de radiofreqüência do que o sinal analógico.


Pelas regras, as emissoras de TV comerciais tanto podem transmitir em alta definição como em definição padrão. Neste último caso, cada uma delas poderá transmitir até quatro programas diferentes simultaneamente. Quem continuar usando o televisor analógico terá que adquirir o conversor vai ter acesso à multiprogramação.’


Marina Guimarães


Argentina ainda não se definiu


‘Enquanto o governo brasileiro dá os últimos retoques no decreto para a implantação da TV digital no Brasil, a Argentina ainda não tem uma definição sobre o assunto. A recente visita da ministra chefe do Gabinete Civil, Dilma Roussef, à Buenos Aires parece não ter convencido o governo de Néstor Kirchner a acompanhar a escolha do Brasil pelo padrão japonês. A tendência argentina é a de adotar o sistema europeu, segundo opiniões de fontes oficiais e do setor.


Há uma expectativa de que a escolha do sistema de televisão digital a ser adotado para o país ‘não demore muito’, disse uma fonte diplomática brasileira. Uma fonte do canal estatal de televisão da Argentina disse não entender muito bem as razões da escolha brasileira, já que o sistema japonês é usado somente naquele país. A fonte ponderou que a norma dos EUA é adotada em quatro países, enquanto a da Europa já está presente em 54 países.’


BUSH vs. IMPRENSA
O Estado de S. Paulo


‘NYT’ defende direito de denunciar governo


‘O New York Times defendeu ontem, em editorial, sua atitude de divulgar a existência do programa de monitoramento de contas bancárias realizado pelo governo dos EUA. O jornal diz que uma das razões de ter tomado essa atitude foi a ‘tendência alarmante’ do governo de, em nome do combate ao terrorismo, ampliar seu poder.’


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Renato Cruz


Brasil tem o 12º mercado de software do mundo


‘O mercado brasileiro de software e serviços de tecnologia cresceu 24% no ano passado, movimentou US$ 7,41 bilhões e passou a ocupar o 12º lugar no ranking mundial. Em 2004, estava em 15º. A valorização do real frente ao dólar foi responsável por boa parte do aumento. ‘Sem o efeito cambial, o crescimento foi significativo, de 9%’, afirmou Jorge Sukarie, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), que encomendou à consultoria IDC um estudo apresentado ontem.


No ano passado, a receita líquida consolidada da Totvs, maior empresa de software com capital brasileiro, cresceu 50%, para R$ 219,283 milhões. A Datasul, segunda maior, registrou expansão de 29%, somando R$ 160,757 milhões. Os números da Abes incluem as multinacionais. Foram ouvidas 550 empresas fornecedoras e 780 companhias usuárias de tecnologia da informação.


‘A venda de serviços cresceu mais que a de licenças’, afirmou Sukarie, apontando que a tendência das empresas é trocarem o modelo de venda de licenças para o modelo de software como serviço, onde o cliente paga uma mensalidade, de acordo com o que usa. As áreas que mais cresceram foram a de segurança da informação, de software de gestão (ERP, na sigla em inglês) e voz sobre protocolo de internet. As grandes empresas brasileiras são especializadas em ERP.


A IDC projeta crescimento real médio do mercado de 11% ao ano até 2009. Ano passado, o setor de software movimentou US$ 2,72 bilhões e o de serviços correlatos, US$ 4,69 bilhões. O mercado brasileiro de programas para computador representa 1,2% do mundial e 41% do latino-americano. O Estados Unidos, líderes do setor, movimentaram US$ 287,5 bilhões em 2005, o que representou 43% do mercado mundial.


Globalmente, o mercado de tecnologia da informação movimentou US$ 1,08 trilhão, sendo 40,8% serviços, 20,5% software e 38,7% equipamentos. Incluindo equipamentos, o Brasil movimentou US$ 11,9 bilhões no ano passado, o que representou 39% da América Latina.


A política industrial do governo escolheu o software como um dos quatro setores prioritários, com ênfase na exportação. ‘O número ainda é bastante inexpressivo’, disse Sukarie. A venda de licenças de software ao exterior aumentou US$ 10,2 milhões, para US$ 35,6 milhões, e a venda de serviços avançou US$ 41,4 milhões, alcançando US$ 142,4 milhões.’


TELEVISÃO
O Estado de S. Paulo


Foguinho, a incorreção consagrada


‘Lázaro Ramos virou o primeiro protagonista negro da história da telenovela brasileira. Bravos que ele merece. Tendo feito teatro antes do cinema, Lázaro integrou o elenco de A Máquina no palco, do qual também saíram Wagner Moura e Gustavo Falcão. No cinema, começou arrebentando em Madame Satã, de Karin Aïnouz, cinebiografia do famoso malandro da Lapa, mas centrada na fase em que ele ainda era só João Francisco dos Santos, colhendo pancadas por ser pobre, negro e homossexual. Lázaro fez depois Meu Tio Matou Um Cara, de Jorge Furtado. Merece toda a consagração que um grande ator brasileiro pode ter, independentemente de cor da pele, mas existe um problema com Cobras & Lagartos.


A novela de João Emanuel Carneiro já deu origem a uma polêmica quando os diretores Walter Salles e Daniela Thomas acusaram o autor de roubar a idéia de um filme que pretendiam realizar. Coloco no passado imperfeito porque Daniela e Salles talvez desistam da produção, convencidos de que Carneiro, co-roteirista de Central do Brasil, inviabilizou o projeto deles sobre o romance entre um motoboy e uma garota rica amante de música. Ambos têm todo o direito de se sentir ofendidos, mas Cobras & Lagartos dificilmente terá pontos de contatos com o que será (seria?) o filme deles. Duda é motoqueiro, mas e daí? O protagonista de Os Doze Trabalhos de Hércules, filme inédito de Ricardo Elias, também é, porque motoboy, como personagem de ficção, não é propriedade de ninguém. A pobre menina rica, Bel, começou violoncelista na novela, mas depois daquela apresentação na Luxus, que a aproximou de Duda, nunca mais foi vista com o violoncelo, permanecendo na trama como perfumista. O romance dos dois virou fábula dentro de Cobras & Lagartos, uma coisa que Salles e Daniela, com certeza, evitariam. A tal fábula ajuda a entender como e por que Duda virou personagem secundário na própria novela, suplantado pelo Foguinho de Lázaro Ramos, que ganhou o primeiríssimo plano graças ao interesse do público.


Não se trata de opor Lázaro a Daniel de Oliveira, que é outro ator maravilhoso, conforme demonstrou em Cazuza, de Sandra Werneck e Walter Carvalho. O público não deve estar preferindo Foguinho a Duda por causa do intérprete. É muito mais pelo personagem e é aqui que ocorre o problema. Duda é do bem, um anjo sem asas que habita o Rio ficcional de João Emanuel Carneiro. Ele só faz o bem, não tem malícia, parece despreparado para a violência do mundo e, conseqüentemente, torna-se alvo de todas as maquinações. Um personagem assim vira muito chato porque, no fundo, no Brasil atual, com tantas denúncias de corrupção envolvendo figuras que até ontem pareciam acima de qualquer suspeita, Duda é um corpo estranho.


Não deixa de ser interessante observar que ele tem o mesmo nome do trapaceiro Foguinho e esse é o elo entre os dois. Foguinho também é do bem, tem até crise de consciência, mas quer sair do atoleiro em que vive e isso, no Brasil atual, pressupõe certos comprometimentos. É a ‘mensagem’ subliminar da novela. Na base da trapaça, Foguinho se apossou da fortuna de Duda, mas foi sem querer prejudicar o outro, que ele reconhece ser bom. O telespectador sabe que, no desfecho, vai dar tudo certo e, portanto, pode se entregar sem culpa à incorreção política desse personagem. Essa incorreção é dupla, porque (1) Foguinho é trapaceiro e (2) porque ele também permite que o público dê vazão ao seu racismo.


É evidente que, se o Brasil não tem protagonistas negros em novelas de TV, só pode ser por racismo da sociedade, da qual a trama de ficção é um espelho. Foguinho, desde o começo, sempre foi engraçado, mas agora virou o bobo da corte na qual, como novo dono da Luxus, é o rei. O negro pobre tem feito tudo o que se espera (e um pouco mais) de um novo-rico. Não se trata de cobrar correção política (é o que faz de Duda um chato), mas a consagração de Foguinho é muito mais pelos defeitos que se atribuem aos afro-brasileiros do que por suas qualidades. João Emanuel Carneiro deve ter algum trunfo na manga para reverter o quadro. Esse Foguinho em algum momento vai resgatar a ética – tema de Central do Brasil – e parar de pensar em se dar bem para restabelecer o que, por direito, é de Duda. Só se espera que a mensagem do desfecho não seja a banal – que ele era mais feliz quando pobre, vivendo no meio da rua.’


Keila Jimenez


Leitura labial: crise


‘O quadro de leitura labial do Fantástico criou o maior ‘climão’ na Globo. O técnico da seleção, Parreira, teria reclamado à Globo sobre o quadro em que surdos-mudos fizeram uma leitura labial de seus comentários durante a partida no dia 22, contra o Japão. Nos comentários, Parreira falava uma série de palavrões e desabafava sobre a escalação de Ronaldo Fenômeno.


No dia seguinte, Fátima Bernardes fez um pedido público de desculpas ao técnico no Jornal Nacional. O pedido teria gerado uma crise interna na Globo. A própria Fátima não estaria disposta a ler o texto, mesmo assim o fez. Comenta-se que o diretor do Fantástico, Luiz Nascimento, chegou a pedir demissão do cargo por conta do tal pedido de desculpas dado no JN e da reação do diretor de esportes da emissora, Luiz Fernando Lima, que acatou as reclamações de Parreira.


A Globo nega que Nascimento tenha pedido demissão, mas há quem garanta que o diretor pediu e não foi aceita. A Globo não decidiu ainda se o quadro da leitura labial continua no ar. Se continuar, as falas de Parreira serão mais preservadas para evitar problemas.


A diarista de Tom


Agora é a vez de Jarilene, diarista vivida por Tom Cavalcante, ir atormentar Wanessa Camargo na casa dela. O quadro, gravado na semana passada, tem dado boa audiência e vai ao ar no Show do Tom de domingo, na Record.


Entre-linhas


Fechada a nova equipe do Saia Justa, do GNT. Sai Luana Piovani, entram Maitê Proença e a cantora Ana Carolina para integrar o time já composto por Mônica Waldvogel, Márcia Tiburi e Betty Lago. A atração do GNT volta com sua nova formação em agosto. Até lá, os melhores momentos serão reprisados.


Animada com as vilanias de sua personagem em Páginas da Vida, substituta de Belíssima, Lília Cabral não se conteve ao encontrar o autor Manoel Carlos na coletiva da trama, soltou bem alto um: ‘vou arreganhar..’, se referindo as maldades que vai aprontar na trama.


O Linha Direta Justiça de hoje reconstituirá o incêndio Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, que aconteceu em dezembro de 1961, e deixou cerca de 500 mortos.Ivo Pitangy e Joãozinho Trinta fazem parte dos depoimentos emocionantes sobre o caso.


A Kaiser renovou o patrocínio com a turma do Pânico na TV!, da RedeTV!. Pelo acordo, firmado de julho a dezembro, está avaliado em R$ 10 milhões e envolve uma séries de ações no programa.’


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O Globo


Quinta-feira, 29 de junho de 2006


COPA 2006
Márcio Tavares


Portugal abre guerra contra imprensa inglesa


‘O clima não é dos mais amenos entre portugueses e ingleses. A Federação de Portugal declarou ontem guerra à imprensa inglesa que vem cobrindo os treinos da equipe de Luiz Felipe Scolari porque considerou desrespeitoso o comportamento de alguns veículos de comunicação da Inglaterra. Uma entrevista que teria sido dada por Pauleta, publicada num site inglês e reproduzida em alguns jornais sensacionalistas, provocou revolta.


Sobrou também para o Brasil, que, segundo Pauleta, estaria tentando desestabilizar Portugal. O clima de tensão na entrevista coletiva começou quando um repórter inglês perguntou a Pauleta sobre suas declarações à imprensa inglesa. O jogador nem teve tempo de responder. O assessor de imprensa Afonso Melo antecipou-se:


– Quero dizer que os jogadores de Portugal não dão declarações fora de coletivas e que essa entrevista é falsa. Há uma preocupação visível na delegação de Portugal em relação à repercussão da entrevista do juiz Ivanov, que apitou a partida contra a Holanda, em que ele revelou que esperava jogo violento e deslealdade por parte dos portugueses.


Segundo Pauleta, há uma tentativa de pressionar Portugal:


– Não entendi as declarações do treinador do Brasil, que sempre é um dos países beneficiados. Basta Portugal começar a botar a cabeça para fora que surgem essas pressões. E a gente aprende que Copa não se joga apenas dentro de campo.


A última pergunta, feita por um jornalista húngaro, deixou o atacante ainda mais revoltado: ‘Portugal tem mais medo do time ou da imprensa ingleses?’ Embora tentasse disfarçar, a resposta mostrou sua indignação.


– Quem conhece a história de Portugal sabe que Portugal não tem medo de nada. Estamos trabalhando com respeito e respeitamos quem nos respeita.


Em campo o panorama era diferente. Felipão dirigiu um treino técnico-tático em meio a risadas e algumas raras observações quando algo saía errado.


O técnico nem quis chegar perto da lateral do campo após o treino. Sabia que o assunto da guerra aos ingleses e também uma declaração de Parreira, mal interpretada por Deco e outros portugueses, seriam abordados.


– Hoje não falo. É uma vez por semana – driblou.


Cristiano Ronaldo correu em torno do campo e tocou em bola ontem pela primeira vez desde que recebeu uma pancada no jogo contra a Holanda. Ele treinou sozinho, mas sua presença contra os ingleses está garantida. O treinador testou a nova formação também sem Costinha e Deco, suspensos. O time está confirmado com Ricardo, Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Petit, Maniche, Simão Sabrosa e Figo; Cristiano Ronaldo e Pauleta. Caso dê uma zebra e Cristiano Ronaldo não jogue, entra Tiago no meio e Figo recuará um pouco.’


TV DIGITAL
Mônica Tavares


TV digital começará por capitais e Brasília


‘BRASÍLIA. A implantação da TV digital no Brasil vai começar pelas geradoras de televisão nas capitais e no Distrito Federal. No prazo de sete anos, deverá funcionar em todo o país. O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T) vai ser baseado no padrão de sinais japonês (ISDB-T), incorporando as inovações tecnológicas brasileiras. Estes são alguns dos itens que vão constar do decreto da TV digital, ao qual o GLOBO teve acesso, que será assinado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Haverá uma solenidade no Palácio do Planalto com mais de 400 pessoas, quando Lula fará o anúncio. Deverão participar empresários de comunicação, presidentes de emissoras e afiliadas, empresários da indústria eletroeletrônica e pesquisadores de universidades e centros de pesquisa, além de ministros.


O SBTVD-T vai permitir que o consumidor receba imagens em alta definição, como a de cinema, ou em definição padrão; recepção fixa, móvel (em táxi, ônibus e trem) e portátil (celular e laptop), ao mesmo tempo. Além disso, vai possibilitar a interatividade.


Está prevista no decreto a criação do Fórum do SBTVD-T, com representantes dos setores de radiodifusão e industrial e da comunidade científica e tecnológica. Ele será um órgão de assessoramento na elaboração de políticas e inovações tecnológicas, desenvolvimento e implantação do sistema.


A segunda etapa do projeto é implantar a TV digital nas geradoras dos outros municípios. Depois, serão trocadas as torres analógicas por digitais das retransmissoras de televisão nas capitais e no Distrito Federal. Por último, deverão ser substituídos os equipamentos das retransmissoras das outras cidades. Há mais de 5 mil torres no país que precisarão ser substituídas.


Pelo decreto, as emissoras e retransmissoras de TV são obrigadas a adotar o SBTVD-T. Está garantido ao público o acesso ao novo sistema de forma livre e gratuita, como hoje. Para que isso seja possível, as emissoras receberão em consignação um canal para cada canal outorgado. Com isso será possível a transição sem interromper a transmissão analógica. A norma e o cronograma da consignação dos canais serão elaborados pelo Ministério das Comunicações e regulamentadas em 60 dias a partir da publicação do decreto presidencial.


A partir de julho de 2013, só concessões digitais


Para ter direito aos canais consignados, as emissoras terão que assinar um contrato com o Ministério das Comunicações, que vai estabelecer prazo para utilização e as condições técnicas mínimas. Em seis meses, as emissoras terão que apresentar o projeto de instalação da estação transmissora. Em 18 meses, a transmissão digital deverá começar.


O período de transição para o SBTVD-T será de dez anos, a partir da publicação do decreto. Os canais utilizados para a transmissão analógica serão devolvidos à União após esse prazo. A partir de 1 de julho de 2013, o Ministério das Comunicações não vai mais conceder outorgas na tecnologia analógica.


O ministério deverá consignar, nos municípios onde há espaço, quatro canais digitais para a exploração direta da União: um do Poder Executivo, para transmissão de atos do governo; um de Educação, para desenvolvimento do ensino à distância e capacitação de professores; um de Cultura, para produções culturais e programas regionais; e um da Cidadania, para programações das comunidades locais. O Ministério das Comunicações fará toda a regulamentação da TV digital a partir de agora. Ele deverá ainda estimular a viabilização das programações do canal de Cidadania.


Na opinião do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), ex-ministro das Comunicações, deverá começar imediatamente no Parlamento a discussão do modelo de negócios da TV digital (forma como o serviço será explorado). Ele acredita que as eleições não vão atrapalhar o trabalho do Congresso. O deputado lembrou que as discussões sobre TV digital vêm acontecendo há 12 anos.’


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 29 de junho de 2006


COPA 2006
Clóvis Rossi


Portugal vai à guerra e acerta o Brasil


‘Seja pelo espírito de cruzada com que Luiz Felipe Scolari prepara suas equipes, seja por mero acaso, o fato é que a seleção de Portugal entrou em clima de combate para o jogo de sábado contra a Inglaterra. E sobraram tiros para o Brasil.


O centroavante Pauleta começou reclamando do fato de que ‘futebol, infelizmente, não se joga só no campo’, em alusão a uma suposta (ou real) pressão da mídia inglesa, que teria ‘fabricado’ entrevista em que ele diz que o goleiro inglês Robinson é o ‘elo fraco’ do time.


Mas Pauleta estendeu a pressão (suposta ou real) também ao Brasil. Quando a Folha quis saber a que se referia especificamente, o centroavante criticou o técnico Carlos Alberto Parreira por seus comentários sobre a violência de Portugal x Holanda, ecoando queixas feitas na véspera pelo meia Deco.


‘Há equipes que são mais beneficiadas e respeitadas [pelas arbitragens], e o Brasil é uma delas’, disparou o atacante, que joga no Paris Saint-Germain.


O modo de combate foi acentuado também pelo porta-voz da seleção, Afonso Melo, que, durante a entrevista coletiva dos jogadores Pauleta e Nuno Valente, fez questão de apresentar a ‘preocupação’ da federação portuguesa com declarações atribuídas ao árbitro Valentin Ivanov (o da partida contra a Holanda, recorde de cartões em Copas), consideradas de ‘extrema gravidade’.


Em entrevista (suposta ou real) a um jornal russo, Ivanov teria dito que já esperava de Portugal um futebol rude e violento. Tanto o porta-voz como os dois jogadores lembraram que nos três anos e meio da gestão Scolari à frente do futebol português, a seleção não recebera um único cartão vermelho (os dois primeiros foram justamente contra a Holanda).


A ‘preocupação’ com a entrevista de Ivanov é uma espécie de habeas corpus preventivo ante o ambiente belicoso que vai cercando Portugal x Inglaterra: deixar consolidar-se a imagem de que o futebol português é violento seria um convite a que o árbitro da próxima partida (ou das próximas, se Portugal vencer) visse em cada falta uma agressão e distribuísse cartões com a generosidade com que o fez o russo.


Nuno Valente chegou a lembrar que Portugal cometera apenas dez faltas no jogo com os holandeses, mas, não obstante, tomou nove cartões (confere com o boletim oficial da Fifa sobre a partida).


Pauleta bateu na mesma tecla: criticou o que chamou de exagero dos árbitros (em geral) nos cartões amarelos, ‘devido à pressão da Fifa a respeito, ao anunciar que os que errarem voltam para casa’.


A palavra pressão foi igualmente usada por Nuno Valente, para dizer que, como conseqüência dela, o juiz ‘não teve o controle do jogo’.


Mas pressão mesmo é a da mídia inglesa, segundo a queixa dos portugueses. O jornal ‘The Sun’ publicou entrevista de Pauleta em que ele critica o goleiro Robinson, entrevista essa que o assessor de imprensa classificou, em português, de ‘fabricada’ e, na tradução para o inglês, de ‘fake’ (falsa).


‘É injusto, insuportável e absurdo’, disparou Melo, falando em inglês e avisando que, ‘se esse é o respeito que dão a Portugal, daremos à mídia inglesa o mesmo tratamento’.


E limitou a três as perguntas a que teriam direito os jornalistas ingleses, maioria entre os estrangeiros presentes.


Para os jogadores da Inglaterra, no entanto, os portugueses reservaram respeito até exagerado em relação ao futebol que o time vem jogando.


Pauleta: ‘É uma das melhores equipes deste Mundial’.


Nuno Valente: ‘É uma seleção perigosa e muito experiente. Pode não jogar um futebol bonito, mas é eficaz’.


Respeito à parte, o ambiente de cruzada voltou quando um jornalista húngaro quis saber se Portugal temia a Inglaterra.


‘Não temos medo de ninguém. Se você soubesse um pouco mais da história de Portugal, saberia que Portugal não tem medo’, disparou Pauleta.’


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Jornal lança campanha ‘fica, Felipão’


‘Está no ar o ‘fica, Felipão’, iniciativa lançada ontem pelo jornal esportivo português ‘Record’: em poucas horas, 89% dos que se manifestaram no endereço eletrônico da publicação disseram que querem que o brasileiro Luiz Felipe Scolari continue sendo o treinador da seleção depois da Copa da Alemanha.


Sinal de um prestígio que torna menos exagerada a frase com que o centroavante Pauleta falou sobre Scolari, na entrevista coletiva da tarde de ontem: ‘Sabemos todos de suas qualidades, daí a confiança que os jogadores e todo o povo português têm no treinador’.


Pode ser que ‘todo o povo português’ seja uma figura de linguagem, mas os jornalistas, sim, louvam Scolari sem restrições.


O repórter da Sportv (a portuguesa, não a brasileira) comentava o treino de ontem e dizia ser ‘impressionante’ a união que a ‘família’ Scolari demonstrava.


À Folha, garantiu que a tal união não era apenas para consumo externo, durante os treinos, mas uma realidade também nos corredores do hotel em que se hospedam os portugueses, um antigo convento.


Scolari aproveita a onda: o treino era aberto, os jornalistas podiam ficar junto à linha lateral, com câmeras e microfones abertos para ouvi-lo falar o tempo todo, dando instruções até sobre fazer cruzamentos, ele que não chegou a ser craque em seus tempos de jogador.


Encantava até jornalistas brasileiros que costumam ver também os treinos de Carlos Alberto Parreira. Afinal, Scolari treina táticas o tempo todo. Parreira, dizem os jornalistas, jamais.


Pena para os jornalistas ingleses que não entendem português. E talvez até para jornalistas portugueses que não entendem o gauchês, como no momento em que o jogador Tiago acertou um cruzamento e ouviu do técnico: ‘Boa, guri’.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Para competir


‘A TV digital sai hoje, o monopólio na Copa continua, mas a atenção no universo restrito da indústria da TV já se volta para o próximo combate. Na coluna ‘Outro Canal’, de Daniel Castro, sábado, ‘Telefônica entra no mercado de TV paga’. Na segunda, o site Pay-TV avançou mais, ‘Telefônica vai lançar DTH no Brasil’. DTH é o jargão da área para a TV paga por satélite.


E assim, mal foi aprovado em Brasília o monopólio de Rupert Murdoch e seus associados no satélite, com a fusão entre a Sky e a DirecTV, e ele já foi rompido.


A história, registre-se, vem da semana passada no site setorizado Convergência Latina, com o anúncio dos planos da empresa espanhola para a região toda, a partir do Chile.


Para o Pay-TV, o projeto ‘é clara reação ao avanço das operadoras de cabo, sobretudo a Net, que representa [para a Telefônica] forte competição em banda larga e voz’.


De sua parte, a Net já respondeu para o mesmo site, através de seu presidente:


– Espero que eles venham para competir -e não para acabar com a competição.


É que em banda larga e voz a concorrência entre os dois grupos ‘tem sido agressiva’.


Na avaliação da ‘Outro Canal’, ‘trata-se de boa notícia para o usuário de TV paga via satélite’.


SUBMISSÃO


O QUE MUDA Sites de tecnologia como IDG Now, no UOL, se dedicam a detalhar ‘quando começa’, ‘quanto custa ‘, ‘minha antena de TV vai para o lixo?’ e outras dúvidas da TV digital


Lula não vai anunciar o padrão para a TV digital, hoje no palácio, finalmente, sem ouvir críticas pela esquerda.


Na manchete do site da Agência Carta Maior, ontem, ‘entidades criticam submissão do governo aos interesses empresariais’. Organizações como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e o Congresso Brasileiro de Cinema vêem ‘ambigüidade’, ‘postura autoritária’, ‘açodamento’, ‘perda de oportunidade histórica’ etc.


QUALQUER PESSOA


De sua parte, os ‘interesses empresariais’ olham para a frente, com o detalhamento do decreto de transição nos sites setorizados e as inevitáveis pressões de última hora.


No site TeleSíntese, manchete para o alarme de Steve Solot, da Motion Picture Association, MPA, representante de Hollywood para a América Latina, com o enunciado ‘Proteção de conteúdo, questão para a TV digital’. É que ‘a transmissão não-codificada permite fácil redistribuição do conteúdo televisivo pela internet’. E isso, avisa o texto, ‘torna qualquer pessoa uma verdadeira emissora’.


POR QUE SAIU


Saiu o ministro da Agricultura e a especulação sobre as razões ocupou o dia todo. No fim da tarde, na Folha Online, o pefelista Ronaldo Caiado espalhava que a bancada ruralista havia ‘sugerido’ a Roberto Rodrigues que saísse.


Franklin Martins, no ‘Jornal da Band’, e Míriam Leitão, em seu blog, registraram essa mesma razão, ‘cobrança de setores do agronegócio’ -a três meses da eleição.


GOVERNO ÁGIL


Mas até que demorou, observaram muitos, apontando o ministro ‘ensanduichado’ entre Lula e os fazendeiros.


No blog de tecnologia da ‘Carta Capital’, um dia antes, a notícia de que, no Timor Leste, o ministro do exterior pediu demissão e o primeiro-ministro aceitou, ambos por SMS ou, na gíria, ‘torpedo’:


– Isso sim é governo ágil.


GIL, O MAGNÍFICO


Com Aracruz, com Creative Commons, com Larry Rohter: Gilberto Gil está em tudo.


O ‘Guardian’, ontem, derramou-se em elogios ao show do ‘ministro da Cultura’ no Barbican, em Londres, que ‘levantou o público’ e foi ao limite quando Gil anunciou o aniversário e cantou ‘When I’m 64’. Fechando a crítica:


– O ministro foi magnífico.


MINHA MULHER


Thomas L. Friedman, do ‘NYT’, escreve da Amazônia contra ‘os planos de líderes da América do Sul de integrar sua infra-estrutura’, caso da Interoceânica que vai do ‘Atlântico no Brasil ao Pacífico no Peru’, quase pronta.


Segundo entidades como a Conservation International, CI, isso vai ‘degradar uma das últimas áreas tropicais’ etc. Mas então o colunista avisa:


– Minha mulher é da CI.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Telefônica concorrerá com Sky na TV paga


‘Os planos da Telefônica para o mercado de televisão no Brasil não se limitarão à venda de programas e filmes avulsos pela internet (IPTV), como a Folha antecipou no último sábado.


A multinacional espanhola pretende lançar em até um ano uma operação muito maior, a de distribuição de TV paga via satélite, no serviço conhecido como DTH (direct to home), como a Sky. A Telefônica já deu entrada a pedido na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para obter licença de exploração desse serviço.


Trata-se de uma boa notícia para o usuário de TV paga via satélite. Com a fusão da Sky com a DirecTV, praticamente todo o mercado de TV paga nessa tecnologia ficará sob controle de uma única empresa, com 1,4 milhão de assinantes. A entrada da Telefônica no setor em tese pode baratear os preços dos pacotes de canais.


Na semana passada, a Telefônica lançou uma operação de DTH no Chile, em que combina pacotes de TV paga com telefone fixo e banda larga.


Um alto executivo da Telefônica confirmou a existência de ‘estudos’ para a exploração de TV paga via satélite, modalidade que não exige concorrência pública nem faz limitações ao capital estrangeiro, mas que exige centenas de milhões de dólares de investimentos.


A entrada da Telefônica no DTH será uma resposta à Telmex, sócia da Net, que está oferecendo telefonia fixa.


LÁBIOS DA DISCÓRDIA 1


O pedido de desculpas da Globo a Carlos Alberto Parreira, por ter o ‘Fantástico’ decifrado via leitura labial falas do técnico da seleção durante jogo na Copa, rachou a cúpula do jornalismo da Globo.


LÁBIOS DA DISCÓRDIA 2


Editor-chefe do ‘Fantástico’, Luiz Nascimento foi contra o pedido de desculpas em editorial no ‘JN’. Nascimento _que trombou com Luiz Fernando Lima, diretor de esportes_ não aceita a tese de que houve invasão de privacidade.


LÁBIOS DA DISCÓRDIA 3


Profissionais do ‘Fantástico’ avaliam que a Globo cedeu porque precisa ter um relacionamento quase íntimo com a seleção _e assim manter jogadores acordados até depois das 2h para aparecerem ao vivo no ‘JN’.


CLAQUE DIGITAL


O Palácio do Planalto convidou até diretores de afiliadas das redes para encontro com o presidente Lula, hoje em Brasília, em que será oficialmente instituída a TV digital no país.


IBOPE QUADRADO 1


O canal ESPN Brasil divulgará hoje que atingiu a liderança da audiência da TV paga na última quinta-feira, com Brasil x Japão, pela Copa do Mundo, ‘empatando com seu principal concorrente’ (o SporTV).


IBOPE QUADRADO 2


A ESPN teria sido sintonizada por 245 mil telespectadores _3.000 a menos do que o SporTV. Na Globosat, a versão é outra: o SporTV teria sido visto por 303 mil pessoas, contra 288 mil da ESPN. A fonte é a mesma, o Ibope _que não divulga audiência de TV paga.’


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